sexta-feira, 27 de maio de 2011

Compre nacional e ajude Portugal


Saíu mesmo bem este título depois de ter passado uma manhã a tentar, num supermercado, comprar só português. Acreditam que na fruta nacional só havia peras e laranjas? Na carne idem, era espanhola ou argentina.
Irritada com a situação, saí a perguntar a mim própria o que fazer quando isto acontece. Voltei a entrar e pedi para falar ao gerente a quem expus a minha perplexidade e indagando como reclamar.
"Só escrevendo para a administração porque as compras são globais e depois a distribuição é feita de acordo com os maiores consumos de cada casa". Solicitei os contactos e aí a coisa ficou mais difícil. Percebi bem a atrapalhação do homem e resolvi ir pelos meus próprios meios.
Não cheguei ao Presidente do Grupo mas cheguei à secretária. Quando disse o meu nome - ai! o poder dos nomes... - mostrou-se muito solícita. Devia ser simpatizante de um dos meus filhos, pensei. Não, vá lá, gostava era de mim. Menos mal.
Disse ao que vinha e o que pretendia. E reclamei. Não é só o consumidor que tem de ajudar. É tambem o vendedor. Preferindo e divulgando o nacional. Ou não?!

HSC

27 comentários:

  1. Sim é a pura verdade. Eu tanto queria comer a famosa sardinha e o meu marido, que é quem faz as compras, resolveu comprar no Pingo Doce. Ao provar a dita sardinha fiquei perplexa... que coisa horrorosa! - Ah... não é ainda tempo delas...diziam-me ao que respondia - desculpem mas por muito que não seja a época, isto não é a sardinha a que me acostumei... esta não é portuguesa! Ontem fui a Matosinhos expressamente para comer sardinhas. Cheguei à conclusão que realmente temos andado a comer (duas vezes e foi suficiente, bolas!) sardinha espanhola... um horror. Bem merece a fama que tem este nosso peixe! mas as grandes superfícies vendem o que há de mais fraco! impressionante!...lucram mais e por isso não compram aos nossos pescadores. Na volta andam os estrangeiros a usufruir do que é nosso. É comparar um tomate "coração de boi" aqui da horta, com esses que se vendem fora de época e que são pulverizados com tóxicos para ficarem vermelhos! (isto é verdade.)As alfaces são um concentrado de químicos, bem como as cenouras... as pessoas pensam que estão a comer algo por ser saudável... O inverso! A minha irmã "caçula" fez investigação nesse domínio. Cuidado... não respeitam os prazos de segurança, nem quantidades de agrotóxicos impostos por lei, pois estragam-se nas viagens!
    Os estrangeiros amigos que conheço, "lambem as beiças" com as delícias das nossas hortas e pomares. A nossa carne é excelente... mas não a dos bovinos criados em massa, bem como todas as outras carnes. É muito bom o produto português e infelizmente cada vez mais difícil de encontrar. Laranjas e morangos da África do Sul, pêssegos da América latina... enfim. Será que às pessoas não lhes passa pela cabeça, que comer saudável é comer o que há na época? O meu avô sempre disse isso... No Verão, fazem-se as compotas para o Inverno. Tão benéficas são e é o que se deve comer quando não há fruta fresca. No Inverno, sopas especialmente de legumes muito verdes! Além de que devíamos ser os primeiros entusiastas da famosa dieta mediterrânica, das mais saudáveis do mundo!
    Quanto aos donos dos hipermercados e até das mercearias, que já fazem o mesmo, penso que apenas pensam no lucro! Mesmo sabendo que um tomate que vem do Japão e faz uma viagem enorme! é a gastar combustível desta forma, na comercialização dos produtos, que a nossa espécie se tornará insustentável para o Planeta!
    Os compradores ligam mais ao aspecto... muito perfeito e cheio de tóxicos para assim serem. Os fornecedores fazem-lhes a vontade. Nada como a fruta com bicho! Se ele lá está é porque é saudável. :)) Mas uma coisa é certa, há certas frutas e hortículas que matam mais depressa do que as pessoas imaginam... para fazer grandes viagens e parecerem perfeitos, nem maginam! Mais valia não comer de todo!

    ResponderEliminar
  2. Gostei de ver a Helena a pensar fora da caixa! O problema é que nesta Civilização o que vale é o Dinheiro, e como comprar português baixa o lucro... safa vamos fazer de conta... anunciamos que apoiamos a campanha, mas continuamos na mesma vidinha.

    É o mesmo que acontece nos produtos que trazem na embalagem escrito "A 'marca x' é contra os testes em animais" e pronto não passa disto... pois quem não anda a babar-se e vai à pesca depressa descobre que a marca utilização ingredientes que foram testados em animais...

    É, no fim de contas, apenas uma questão de ilusão... e cheiro!

    ResponderEliminar
  3. Drª Helena, queria pedir-lhe o favor de deixar colocar esta petição pela Verdade nos meios de comunicação social, sobre a Tróika. Por favor, quem puder assinar aqui. Agradeço, obrigada.
    É para o bem de todos e ao que isto chegou!
    Quem puder divulgar também agradeço.
    Um abraço.

    ResponderEliminar
  4. nã dá

    a morangada vem de Huelva

    a fruta com bicho nacional vem com fungos tóxicos que nos arrebentam os fígados

    maus ou bons fígados tanto faz

    a Mercedes e a Audi nã fabricam cá carros

    nem pesticidas cá produzimos

    quanto mais comida

    aspergillus variados isso produzimos e aflotoxinas associadas

    o qué nacional é bom
    e se nos matar intão é bótimo

    a nossa carne o nosso pão a nossa fruta

    os nossos agricultores vietnamitas moldavos e brasileiros

    felizmente ainda cá ficaram cabeças quadradas qué marca de ruindade

    mas ao menos apanham o que é nosso
    ou dos holandeses que têm os pomares ali de Elvas

    os filhos já nasceram cá

    é como os ingleses que nos tomaram as binhas da ira

    o Porto é nosso os ingleses tamém

    30% da carne consumida é de produção nacional

    ninguém quer cuidar das bacas e dos leitões

    logo...nacionalize-se a baca brasileira

    e o engenhêro agrícola que anda nos ministérios e supermercados

    deve ser nacionalizado tamém
    é pô-lo no campo...

    que ele dá fruto

    ResponderEliminar
  5. sincheramente com agricultores dos 65 para cima

    e quase 0 dos 40 para baixo
    queriam que os matos desse frutos

    e que o minifúndio emparcelasse

    ou os duzentos e 500 hectares que dão mais em set-aside e em plantação de arvoredos variados e arbustos de mau porte

    mas ricos de subsídios

    se temos árvores das patacas

    iamos investir numa agricultura que quando chove se vai

    ou quando não se mete pesticidas fica com mau aspecto e apodrece sem que ninguém a compre

    tenham dó...nosso?

    meu...vosso ...vão plantar as vossas batatas

    qu'as minhas ficaram destapadas com as chuvadas

    ou servem de parque de estacionamento à turistada e aos reformados de Odivelas e aos trolhas ex-emigrantes na Alemanha

    que precisam de pôr os carros debaixo das árvores

    que o sol estraga a tinta

    quer figos nacionais?

    atão venha apanhá-los antes que o pessoal qu'acimentou o país mos aleve todos

    Bila Nova de Castela
    Quatro Caminhos fim da estrada

    bom proveito

    tem lá um rendeiro

    mas nã s'amofine com isso

    já vai nos 68 anos

    é só ameaçar cu home fogi

    tem umas melancias no chão

    pode levar que tamém nã se vendem

    nã têm fungicidas
    têm mau aspecto

    sa puder levari uns baldes de caliça
    pra consertar os buracos que os carros têm feito nas paredes da casa

    agradeçu

    ResponderEliminar
  6. Boa tarde,
    Se algo de bom saiu desta crise foi mesmo esta vontade de comprar Português. Confesso que agora olha sempre para o código de barras.
    Já na fruta e legumes sempre fui muito esquisita. Sendo de uma aldeia quase alentejana sempre me habituei a fruta com sabor a fruta e legumes a saber a alguma coisa. E a minha época favorita de fruta é esta. Infelizmente ainda este ano não consegui comer fruta boa porque moro em Lisboa. É que nem nas lojas de produtos biológicos, de que sou fã, consigo comprar nêsperas e cerejas daquelas mesmo boas....

    ResponderEliminar
  7. D. Helena:
    Apoio a 100% a sua decisao de só comprar o que é nosso. Tenho a vantagem de viver na períferia da terceira cidade do país e poder comprar em pequenos mini-mercados. E a pergunta é sempre a mesma" é nosso?" Aqui encontro carne dos Açores e o peixe é da Póvoa- pelo menos é o que dizem.
    Temos todos de apoiar o que é português!.

    ResponderEliminar
  8. Util e oportuno, como os demais posts que aqui leio, este "compre nacional" e o comentario da Fada do Bosque, são um importante incentivo para reconciliar os portugueses com os excelentes produtos do "terroir" nacional, preservar a saude publica e diminuir a divida externa!

    ResponderEliminar
  9. Excelente e muito oportuno o comentário de Fada do Bosque! Só de pensar na fruta algarvia que em tempos se produzia e foi rareando, só de pensar no tipo de fruta “UE” com uma componente de água que só visto! Como se alguma vez aqueles burocratas de Bruxelas alguma vez percebessem de produtos de qualidade, genuínos, agrícolas. Faz-me uma profunda confusão. Conheço situações, por experiência pessoal/familiar onde se recebeu, nos famosos idos “do grande arranque do desenvolvimento do país”, nos anos 80entas, dinheiro da UE para se proceder a diversos arranques, e hoje, volvidas 2 décadas, optaram – e bem – por voltar a produzir vinha, fruta, etc. Temos, cá por “casa” excelentes produtos de qualidade e a prova é que já foi revista determinado tipo de produção e sua qualidade pela UE e voltou a ser possível produzir-se “português”, ou seja com as nossas anteriores características. Por mim, quando um dia me reformar, dar-me-ia um imenso gozo poder produzir certos produtos com o tal sabor genuíno e natural, mesmo que tal desagradasse aos burocratas de Bruxelas e daqui.
    Ainda hoje, de cada vez que vou até ao profundo Interior, a chamada Província, onde me reencontro, o que como, dos vegetais, ao frango do mato, ao porco do campo (cada vez mais), à fruta natural, com ou sem bicho, é natural, ali produzido. Felizmente! Longe, bem longe esses burocratas que muitas das vezes nem sabem distinguir uma boa peça de fruta, um bom naco de porco, um bom bife de vaca, um bom (e amarelíssimo) ovo estrelado, uns bons vegetais, um bom azeite (nem o usam muitas vezes), um bom vinho (bebem essa zurrapa “Coca-Cola”), etc e tal.
    E, a terminar, sabem lá essas patéticas figuras o que é saborear uma boa sardinha, com batatas cozidas e pimentos, tudo bem regado com bom azeite, acompanhado de uma boa cebola! Até já estou a salivar! Bom, vou mas é beber um bom tinto a acompanhar a sardinhada!
    P.Rufino

    ResponderEliminar
  10. Há dias queria cebolas e lá andei à procura do código de barras 560...
    Encontrei, coloquei no carrinho e enquanto estava na fila para pagar as compras peguei na embalagem e, ao virar a etiqueta tinha escrito atrás " produzido em Espanha". Questionei a operadora sobre a validade do código 560. Respondeu-me que os grandes hiper têm centrais de embalagem próprias e que, nesses casos, como é embalado cá,eraconsiderado produto nacional.
    Fiquei estupefacta e deixei as cebolas.
    Estamos constantemente a ser enganados,afinal.

    ResponderEliminar
  11. Cara Helena
    Ao ler hoje o seu "Made in Portugal", mais uma vez senti um apelo que vai tomando forma no meu espirito, numa sincera vontade de servir o meu País como cidadã, já que o acto de votar desta vez, mais do que nunca, vai ser difícil e insuficiente.

    Ora, se alguma coisa parece ser consensual, é a certeza de que temos de produzir mais, importar menos e "exportar é preciso".

    Claro que uma teoria tão elementar sempre foi verdade e de repente parece que alguém diz isto como se tivesse acabado de descobrir a pólvora.

    Lembro-me bem quando nos anos oitenta e tal, se abatiam vinhas,
    olivais, barcos de pesca, em troca de apetecíveis subsídios. E não é que à medida que a agricultura fechava, floresciam jipes e mais jipes???.
    Ao mesmo tempo entravam no País resmas de dinheiro e qualquer "chico esperto" abria num qualquer prédio velho e desabitado
    uma inevitável "Escola de Formação"?!

    (... Ah Sr Presidente, como é que não viu e travou este desperdício???)

    Enfim, passaram alguns anos,outros políticos, outros desencantos, e redescobre-se a importância de comer, vestir, calçar, fazer férias em Portugal.

    Não estará então na altura de passar à acção??? A sério. Com um plano exigente.Feito em Portugal. Marketing português. Design nosso, moda, gastronomia,informática, literatura, arte... e sol e mar, tanto mar. Juntar orgulho e muita auto estima e servir a gosto.

    Helena, pegue na sua ideia, na nossa e "bora aí" dar vida a uma vaga de fundo por esta causa...
    Acho que muitos pensam nisso mas falta um projecto VERDADEIRAMENTE AGLUTINADOR.COMO UMA MISSÃO.
    Como diz o Pedro Abrunhosa "VAMOS FAZER O QUE AINDA NÂO FOI FEITO"
    Vá lá...

    ResponderEliminar
  12. Cara Benilde
    É verdade, sim senhora. Tencionava falar hoje disso, que só soube há dias. Nem já o código nos salva.
    Vou voltar à "praça" mesmo sem estar segura que lá não se passe o mesmo! Daqui a pouco, só falta o fantasma de Salazar aparecer...
    É isto que eu não perdôo a este ainda PM. Cruzes!

    ResponderEliminar
  13. Quanto ao código 560 deixo aqui a minha pequena contribuição...

    ResponderEliminar
  14. A sério? Mas é mesmo a sério que o 560 já não nos safa?
    Bem, na fruta é difícil ser enganada porque sou mesmo muito esquisita, mas no resto não tenho hipótese.

    ResponderEliminar
  15. Cá em casa somos 100% a favor do produto nacional e muito raramente compramos estrangeiro. Fruta nem pensar!!!

    No comentário do P.Rufino há uma palavra que me é muito querida - Província - e aquilo que comi em casa dos meus avós faz-me dizer que já tenho o "papinho" bem cheio de coisas boas.

    Há especialidades que a minha avó fazia que nunca mais voltei a comer. Sinto tantas saudades do Arroz de Míscaros acabadinhos de apanhar, da Galinha Estufada com Ervilhas Tortas...

    Isabel BP

    ResponderEliminar
  16. Pois é bem verdade, é difícil encontrar, alguns produtos portugueses, ate nos bens frescos que deviam ser portugueses, mesmo que viessem do Algarve para o norte seria preciso apenas umas horas para ser feito o transporte, mesmo assim vem do estrangeiro, em camiões frigoríficos durante dias e chegam cá e são fresquinhos acabados de colher... LOL

    ResponderEliminar
  17. Pela busca dos produtos nacionais é que eu agora vou para o Supermercado de óculos de ver ao perto e demoro o dobro do tempo a fazer as compras. É realmente uma tristeza. Nem para nós somos bons. O meu marido fez uma hotinha no pequeno jardim da casa e as minhas netas comem o dobro dos tomates e das alfaces que comiam porque, segundo elas, "têm outro gosto"

    ResponderEliminar
  18. Caros Fada e Voz
    Muito obrigada pelos esclarecimentos. É para isto que os blogues servem: partilhar conhecimentos e emoções!
    E, sim, vamos tentar dar uma ajuda a este nosso país fazendo cada um o seu bocadinho!

    ResponderEliminar
  19. Concordo com quase tudo o que foi escrito mas tocou-me muito o comentário do Era uma Vez.

    Se a Helena quiser avançar com um movimento à séria também pode contar comigo. Voluntariamente.

    ResponderEliminar
  20. Aqui há anos ia-se a um mercado municipal e pela compra geral de frutas e hortaliças a vendedora poderia oferecer um molhinho de salsa ou um raminho de folhas de louro. Há dias vi numa grande superfície uma embalagem de folhas de louro originário da TURQUIA.Julgo que por exemplos destes, não se deve dissociar a produção agrícola nacional da forma em que é feita a sua contribuição. ~.

    ResponderEliminar
  21. Boa tarde,

    E, já agora que se mencionou o código de barras, deixo aqui uma constatação acerca desse assunto:
    - Uns sapatos de marca espanhola, com um magnífico MADE IN SPAIN na sola, apresentavam o preço numa etiqueta cujo código de barras tinha os nºs de Portugal.

    Suponho que a marca de Portugal seria proveniente de um de dois factos:
    - A etiqueta com o preço era portuguesa,
    Ou
    - A caixa e os papéis que acomodavam os referidos sapatos eram made in Portugal.

    Pelos vistos não basta verificar o código de barras para saber se um produto é português.

    Todo o cuidado é pouco, realmente.

    Porque, penso eu, há muitas pessoas que se “enganam”nessa marcação dos produtos.

    Atentamente

    Rui Carlos

    ResponderEliminar
  22. Desafio-vos a TODOS a olhar para a etiqueta da roupa que trazem vestida...para os cd`s que trazem no carro...para os livros na vossa mesinha de cabeceira...etc...
    Belos discursos...

    ResponderEliminar
  23. Caro homem vulgar
    Só a sua sugestão já merecia os nossos "belos discursos". Ou não?!
    E já agora como vão as ávidas olhadelas pela suas roupas, cd's e livros.
    Confesso: na minha mesa de cabeceira tenho dois livros franceses...
    Mas eu vivo entre lá e cá. Tenho alguma desculpa!

    ResponderEliminar
  24. caro homem vulgar,
    Deve esquecer-se de um detalhe importante, porque é claro que o não sente na pele... eu só gasto dinheiro em comida e material para trabalho. Esses "luxos" a que se refere, são para quem pode, como o senhor. Se julga que me sinto diminuída por usar apenas o que foi já usado, tire o cavalinho da chuva, pelo contrário, muito me orgulho disso.

    ResponderEliminar
  25. Para mim os produtos portugueses são os melhores só não compreendo o porquê de as pessoas comprarem produtos de marca espanhola,a meu ver acho que o governo em vez de gastar tanto dinheiro a importar produtos estrangeiros devia era apostar na agricultura portuguesa e nas empresas portuguesas,pois os nossos produtos são melhores do que aqueles que vêm do estrangeiro.
    Como diz a frase o que é nacional é bom.

    ResponderEliminar