José Cardoso Pires
Fui ao blogue da Helena Oneto e detive-me, de novo, nesta frase que me lembrou que, durante anos, me assaltou a ideia de que quando envelhecesse perderia a memória. Envelheci, de facto, mas mantenho uma memória de elefante. Que ainda consegue incomodar algumas pessoas mais desmemoriadas...
Hoje, para mim, a memória é lembrança. Do que vivi. E sobretudo do "modo" como vivi. É, também, memória dos tempos. Históricos ou pessoais. É, sobretudo, saudade dos que partiram e aqui souberam deixar um grão que deu fruto. Que nos fez crescer. E nos ajudou a "ser".
Cardoso Pires tem muita razão. Mais ainda do que a liberdade, o nosso bem mais precioso é a memória.
Cardoso Pires tem muita razão. Mais ainda do que a liberdade, o nosso bem mais precioso é a memória.
HSC
Abençoado, precioso, bem.
ResponderEliminarA felicidade é boa saúde e má memória"
ResponderEliminarIngrid Bergman
Cá para mim, já estou como a Helena, a memória é como uma parede onde expomos os retratos de família - ajuda-nos a recordar e isso é muito bom.
Um beijinho
Helena Figueiredo
Adorei!
ResponderEliminarA Helena consegue sempre surpreender! Adoro aqui vir, saio sempre inspirada!
Joana
A memória é das maiores maldições que o demo doou ao home
ResponderEliminarFelizmente temos pouca
Pensamos ter memória mas temos essencialmente falsas memórias
ainda ia dizer quelque chose
mas esqueci-me
Eu ,um pouco mais nova (60) tenho uma grande admiração por si Dra Helena precisamente pelo seu espirito ,discurso e lucidez .
ResponderEliminarUm Abraço
Carlota Joaquina
Dou por boa a sua opinião, cara Helena.
ResponderEliminarMas, talvez por ser mais novo, tenho a humildade de pensar que ainda não reflecti o suficiente sobre a importância da memória na nossa vida...
Caro Paulo
ResponderEliminarTem ainda os seus avôs? A memória começa a funcionar quando perdemos o primeiro deles. No meu caso, tinha onze anos. Três meses depois morria a minha avó materna sua companheira de mais de cinquenta anos. Que se deixou morrer, porque não sabia viver sem ele!
Estão os dois tão presentes na minha vida - na minha memória - que só os perderei de facto, quando for ter com eles...
Caro Roskoff
ResponderEliminarCreio que as falsas memórias vêm de quem viveu falsas vidas. Mas se assim foi, porque não aceitá-las? As verdadeiras memórias iriam soar a mentira...
Cara Helena,
ResponderEliminarAntes que nos esqueçamos da nossa língua, aqui vai uma dica:
CONTRA O ACORDO ORTOGRÁFICO!!!
Só com uma ILC (Iniciativa Legislativa de Cidadãos) é que podemos fazer chegar à Assembleia a nossa voz . (site oficial -> ilcao.cedilha.net)
Só temos de a assinar, e só temos até fim de Abril para o fazermos PARA ANGARIARMOS 35.000 ASSINATURAS!!!
Desde já agradeço que passe esta informação, caso concorde com a mesma. Só o fiz aqui no seu espaço por saber que também é contra o acordo.
Um abraço
Olinda
Nasci já sem um deles e tenho uma memória delével dos outros três - porque morreram muito cedo e o outro vivia no Brasil. Mas tenho muito medo de passar a ter Memória com a morte dos meus pais. Cada vez mais penso nisso. O meu melhor amigo perdeu recentemente o pai e às vezes pergunto-lhe como ele se sente. Responde-me sempre que está muito bem e "só" sente muitas saudades do pai, mas sabe que ele está bem porque o tem sempre na cabeça - é um ferveroso católico e, eu, invejo-o tanto...
ResponderEliminarTrabalho diariamente com idosos. Nada me aflige mais do que a ausência dos seus passados. Vivem muitas das vezes vidas sem história, que a perderam no tempo e na doença, e com um amargo presente. Pudessem eles agarrar-se às memórias...
ResponderEliminarCara Helena,
ResponderEliminarCorroboro que a verdadeira memória começa quando se perdem os avós. No meu caso, os meus avós maternos dada a grande ligação que tínhamos.
Primeiro morreu a minha avó e o meu avô (e padrinho) "deixou-se morrer" lentamente durante uns meses até ir para junto da grande companheira de mais de 50 anos. Viveram uma história de amor lindíssima.
Os avós são das maiores bençãos da vida e todos os dias (sem excepção) falo deles porque é uma maneira de os ter perto de mim.
Na família sou apelidada de "menina dos avós" porque fui a única durante muitos anos... Daí, a nossa forte cumplicidade que me proporcionou os momentos mais felizes da minha infância.
"Mais ainda do que a liberdade, o nosso bem mais precioso é a memória", mas é preciso saber preservá-la e, acima de tudo, respeitá-la.
Este post provocou-me umas lagriminhas.
Isabel BP
Drª.Helena,
ResponderEliminarSempre gostei de ter guardadas gratas recordações de tudo aquilo, e de todos quantos tocaram meu coração de homem, pouco dado às memórias, porque sempre fui extremamente selectivo, por temperamento.
O Bem mais precioso que tenho, é a minha Vida, porque às Portas da Morte, por mais que uma vez, estive.
Cumprimentos
MO
Como eu gostava de ter o talento de escrever com a lucidez e lisura, que percepciono nos seus escritos, mas aí está é um talento! ou se tem ou não se tem...bom talvez um pouco de trabalho ajude...pois, é muito caro para mim este assunto da memória, que a minha também é de elefante. o meus "ex-libris" inclusivé até assunto de debate familiar, porque uma das minhas tias morreu com alzeimheir e passamos muitos serões a discutir que horrivel aquela forma de morrer, não basta envelhercer perder tantas faculdades fisicas, que nos retiram dignidade, ainda perder a memória, é abdominável, é regredir até ao impensável. A memória da nossa vida, vivida, aqueles dias em que tanto amamos, nos de que sem duvida choramos e aqueles em que a dor quase nos matou, recordar os dias de sol, dos filhos que nasceram, da areia debaixo dos pés, do pensamento que ao longo da vida fomos estruturando e que resumem a nossa aprendizagem...Meu Deus, quem fala em falsas memórias?
ResponderEliminar---
Creio que as falsas memórias vêm de quem viveu falsas vidas. Mas se assim foi, porque não aceitá-las? As verdadeiras memórias iriam soar a mentira...isto é quase mote para ensaios e tratados!
Cara Olinda
ResponderEliminarFui das primeiras a asinar essa petição, que é preciso que seja assinada, impressa e enviada pelo correio.
Nas outras bastou-me assinar, mas nesta não.
"Contra o Acordo, lutar, lutar, porque havemos de ganhar"!
Carolina, muito obrigada pelas suas palavras!
ResponderEliminar" A verdadeira arte da memória é a arte da atenção ". (Sammuel Johnson)
ResponderEliminar... e quem me ensinou a estar atenta aos mais pequenos detalhes da Criação, desde o que pensamos ser, o mais insignificante insecto, à mais "banal" das plantas, foi o meu avô paterno. Desde os 13 anos em que o "perdi" para o Criador, comecei a dar uso à memória, seguido do meu pai, aí já eu tinha 21 e nunca mais deixei de prestar atenção, ao mais ínfimo detalhe, sei que por muitos anos que viva, a memória acompanhar-me-á.
ResponderEliminarSubscrevo cada uma das suas palavras. Também tenho uma memória que direi boa, a tal memória de elefante...
ResponderEliminarE confesso que alimento muito a lembrança, gosto de lembrar de recordar, faz-me sentir mais viva e estar ainda mais perto daqueles que vivem cá dentro.
Abraço
ElsaTL
A falta de memória leva-nos aos suburbios do inconsciente......sem lugares, cheiros e recordações.
ResponderEliminarNesse lugar, só os que gostam de nós nos podem acender uma luz.....
Querida Helena,
ResponderEliminarEste post "toca-me" profundamente!
Um grande abraço, muito, muito amigo.
Por muito que me esforce por aceitar as partidas que a vida nos prega, a mais dura, aquela que ainda hoje não aceito, foi a perda prematura do meu pai. Aos 59 anos, a Doença de Alzheimer privou-me dele. Fisicamente, continuou por mais dez anos, mas já não era ele...
ResponderEliminarSeremos alguma coisa, sem memória nem raciocínio?