sábado, 12 de março de 2011

Mais outro discurso

Acabo de ouvir na televisão Pedro Passos Coelho dizer num longo discurso, em Viana do Castelo, que desconhecia o PEC IV que o Primeiro Ministro levara a Bruxelas, elaborado com a intervenção e "conivência" da Comissão Europeia. Pelo que entendi, nem a oposição, nem os parceiros sociais, nem o Presidente da República, tinham tido conhecimento do seu conteúdo.
A ser verdade, o governo prepara "novos saques" aos portugueses sem que, à anteriori, as restantes forças políticas fossem auscultadas.
A ser verdade, nenhum dos partidos vai facilitar a vida ao Engenheiro Socrates e à sua equipa. O que se traduzirá, a muito breve trecho, e tendo em consideração o discurso de Cavaco Silva, no mínimo, em eleições antecipadas.
A ser verdade, como o país não pode esperar pelo resultado do voto popular e Sócrates é parte do problema, temo bem que os próximos dias nos tragam surpresas que apenas antevira para Junho.
E, como não tenho bola de cristal, as previsões que faço, são meros raciocínios de bom senso. É que ninguém aguenta ter um novo PEC por mês. É humanamente insuportável.
Os portugueses que tantos sacrifícios têm feito, não mereciam isto. E o país muitíssimo menos!

HSC

5 comentários:

  1. Drª. Helena,
    Finalmente vou descobrindo que o revolucionário Vasco Gonçalves, foi um anjolas, ao lado do nosso PM...
    Cumprimentos
    MO

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  2. Os portugueses que tantos sacrifícios têm feito, não mereciam isto. E o país muitíssimo menos

    Nem todos os portugueses fizeram os mesmos sacrifícios

    Houve os Krippahlistas que aceitaram de bom grado reduções de 10% no ordenado

    e os pensionistas da mesma ordem que intocados ficaram

    é que um pensionista com 250 ter 0%
    de aumento

    e um de 1500 ou de 6000 euros ter
    0% não é a mesma coisa

    apesar dos zeros serem iguais

    idem cortar-se 10% na comparticipação de medicamentos de pouco uso

    e manterem-se comparticipações elevadas em analgésicos e barbitúricos

    é uma nação a NImed
    e a anti-ácidos
    mas que abusa das comezainas
    e das mezinhas
    que são as causas das suas dificuldades gástricas

    como no resto não se reduzem as causas

    mascaram-se os resultados das imprevidências e dos erros
    com anti-(meia palavra)

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  3. O que eu lamento é que por muito que eu diga: concordo tanto com este texto, isso não se reflicta em nada. Neste país, o que temos de impotência ante o desgoverno geral que nos assola é que não basta dizermos o quão mal se vai. Enfim, apenas um desabafo.

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  4. Cada um, à sua escala, faz o que pode. Os estudantes, pais e avós manifestaram-se. Eu trabalho. E escrevo contra o que acho injusto.
    Acredito que muitos a fazerem o mesmo, consigam ser um grão de areia na pantanosa engrenagem em que colocaram Portugal. E, às vezes, esses grãos de areia imobilizam a máquina...
    Amo demasiado o país onde nasci, para chegar à minha idade e ter medo de dizer o que penso. Ao menos isso eles não me tiram!

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  5. e o problema é que quem pode fazer não faz porque não convém .
    o cavaco esteve à espera da reeleição para agora mostrar as garras , o pedro passos nem sei se tem garras , a meu ver não tem nada , nem mais acima , está à espera da oportunidade certa , que nunca mais chega , porque não se quer comprometer .
    com políticos assim não vamos longe

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