Parecia o princípio de uma canção. Não era. Tratava-se apenas da surpresa e da angústia de um jovem de 19 anos que sentiu na família o efeito das medidas anti crise tomadas pelo governo, que lhe roubaram a possibilidade de continuar a estudar e lhe hipotecaram, assim, um futuro pelo qual ele próprio e os pais trabalharam.
Pouco depois desta conversa oiço a resposta do nosso Primeiro Ministro ao discurso de Passos Coelho, em que afirma, após seis anos de governação, "estar aberto ao diálogo".
O que será, para os iluminados que nos governam, o significado de abertura ao diálogo?
Continuar a mascarar os números vendendo imóveis para depois se tornarem seus arrendatários e tudo isto com a aquiescência da Comissão Europeia? Impor aos reformados e pensionistas mais pobres, que as suas pensões e reformas se mantenham no próximo biénio? Prometer uma baixa generalizada dos medicamentos e depois voltar atrás?
Se isto é governar, o "iô-iô" não é um brinquedo. É uma mera ferramenta política!
HSC
o governo impõe-se pela restrição
ResponderEliminardaqueles que não podem contestar
ou onde pela sua natureza
a contestação é transitória
a energia revolucionária esgota-se
numa manifestação
sem raizes nem razões num país onde vegetam as populações subsidiadas não se alimentam as revoltas e murcham à nascença
os ignorantes não são os semi-analfabetos que sabem que o governo não presta
são as sábias gentes que ignoram como se faz durar um governo impopular
mas mesmo assim tentam mantê-lo ou reenviá-lo para nova encarnação
Drª. Helena,
ResponderEliminarQuando um país nasce do desentendimento entre Mãe e Filho, os vindouros jamais se entenderão sem ser pelo desentendimento...
Cumprimentos
MO
BOM POST!
ResponderEliminarP.Rufino
Se me pemite, discordo do modo como aborda a questão. O seu texto tem duas partes distintas. A primeira, relativa à pergunta do seu aluno, tem que ver com a própria essência da democracia. Exceptuando situações de crise grave em que se exige uma lógica de salvação nacional acima da lógica partidária e da conquista do poder, a democracia é precisamente feita de desentendimento, divergência, alternativa e luta pelo poder. Contrariamente ao que sucede numa ditadura na qual, aí sim, existe harmonia, uniformidade, previsibilidade, nauseabundos consensos.
ResponderEliminarOutra coisa é a segunda parte do seu texto: a incompetência e irresponsabilidade de um primeiro-ministro cuja máscara há muito caiu. É um mau governo, sem dúvida, e, como refere, cheio de esquemas manhosos. E isso não está necessariamente pressuposto na primeira parte.
JR
já sabemos em que tudo isto vai dar, abstenção do psd e passagem do novo pec.
ResponderEliminarO psd é um partido sem energia e Socrates um maquiavelico politico que consegue sempre o que quer.
Quando um país nasce do desentendimento entre Mãe e Filho
ResponderEliminarEsta é boa
Quando um país nasce, ver um pedaço de terra como uma coisa viva
tem o problema de tudo o que é vivo ser mortal
se um país nasce assi
então tambien morre
Depois de o ver aos abraços ao Hugo Chávez e aos beijos ao Kadafi... suponho que o sentido do chefe do Governo, para "aberto ao diálogo" não é o mesmo que para o resto dos concidadãos. Basta ver aqui os amigos do nosso 1º ministro, para se perceber. Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és.
ResponderEliminarE que está a penhorar por completo o futuro, não só dos mais jovens, ai isso ele está. Não entendo como está ele ainda no poder... deve ser porque apenas a minoria votou... "o castigo por não participares activamente na política, é que acabas por ser governado por alguém mais medíocre que tu" ... e Platão tinha razão!
Depois é ... a Lei do Eterno Retorno, que Nietzsche tanto deu a conhecer. E realmente andamos nisto há séculos!
Será que o poço tem fundo, ou ainda há mais espaço para caír?
Caro José Ricardo Costa
ResponderEliminarO problema é que a democracia serve para mascarar opções muito diversas e sob a sua cobertura digladiam-se os mais diversos interesses...
Se olhar o panorama das democracias europeias - para só falar destas - encontra Berlusconi, Sarkozy, Zapatero,Papandreou, Cameron, Rasmussen, Van Rampuy, Socrates. E, francamente, há aqui nesta lista de nomes, concepções de democracia muito diferentes...
Sim... Cara Helena... tão diferentes, que se assemelham em muitos planos, aos dos senhores do link, que deixei no comentário anterior!
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