segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Vítor Alves

Conheci alguns capitães de Abril. De uns gostei, de outros nem tanto.
Vítor Alves foi um dos primeiros. Era frequentador assíduo do Botequim, um bar onde pontificava Natália Correia, de quem eu era amiga, e no qual alguns dos ditos militares da liberdade se reuniam. Foi aí e pela mão da poetisa que o conheci, na informalidade da noite lisboeta de então.
Nessa época apenas três desses revolucionários suscitavam a minha curiosidade. Um vinha da Marinha e era muito inteligente. O outro foi Ministro dos Negócios Estrangeiros e considerado a cabeça pensadora do Movimento. Vítor Alves era o terceiro. Guardo dele a imagem de um homem que sabia ouvir e sabia comunicar. E, no trato, era uma pessoa sensível.
A sociedade portuguesa continua, neste fim de 2010 e princípio de 2011, a perder, em dose concentrada, alguns dos seus melhores. É pena!

HSC

3 comentários:

  1. É deveras interessante o excerto da nossa dimensão pessoa que lastima a Ida, despertamos na nostalgia de uma saudade Só e sentida no desaparecimento dessa vida, com travo agridoce de cegueira inevitável em que o pensamento se entrega então em exclusividade a Ela, tendemos a equilibrar os pratos da balança com ternura atenuante do sem tempo já Era e a anestesia gerada é o sopro do murmúrio silenciado no respeito por um corpo materializado em comportamentos protocolados do nosso sentido de ética deontologia justiça e o nosso arrepio quente ou frio é a verdade o acordar da nossa também mortalidade...

    Isabel Seixas

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  2. Pode crer Dra Helena, o país está a perder alguns dos seus melhores.

    Cada um vai na sua vez, mas andam por cá tantos "estafermezinhos"... e nem o diabinho quer nada com eles!

    Isabel BP

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  3. Cada época com seus valores, é da história universal, outros se lhes seguirão...!
    M.O.

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