Não li, mas dizem-me que veio publicado no Expresso, num artigo do Embaixador do Reino Unido em Portugal, nesta época, e em vésperas de voltar ao seu país. Basicamente o diplomata salienta dez aspectos nacionais que, espera, não mudem nunca. A saber:
1- A comunicação inter gerações e a influência dos avós no seio da família;
2- A importância da comida na vida diária. Os portugueses, mesmo não almoçando em casa, não se limitam a ingerir sandes. Têm gosto de tomar a refeição à mesa e fazê-lo em companhia;
3- A variedade da paisagem do Minho ao Algarve;
4- A tolerância. Portugal é considerado pelo estudo internacional MIPEX como um dos países mais acolhedores para os emigrantes estrangeiros que o procuram;
5- O café e os cafés servidos em locais simples e acolhedores. Quando tomados com um pastel de nata morno são um prazer inesquecível;
6- A inocência tão bem traduzida nas nossas danças folclóricas regionais;
7- O espírito de independência que surpreende quando se olha o mapa ibérico;
8- As mulheres. Conselho precioso "se quiser uma tarefa bem feita entregue-a, neste país, a uma mulher". Conselho seguido pelo Embaixador que casou com uma portuguesa!
9- A curiosidade. A influência do "de lá" é marcante no "cá";
10- O dinheiro não é, entre nós, o mais importante. Sair da praia num fim de tarde e jantar um peixe grelhado com um bom vinho, entre amigos, não tem preço para os portugueses.
Bem haja o Senhor Embaixador pela simpatia revelada!
HSC
É um delicioso gentleman.
ResponderEliminarSorte da nossa conterrânea que 'o fisgou'! ;)
Enviei o link, para que saboreie o sotaquezinho fofo ao dizerre estáz coisáaz tãô simpáticáz sóbrrre ôz pórtuguézéz...
:)))
"Tem minha casa o brazão,
ResponderEliminarde entre todos o mais nobre,
receber sem distinção,
tanto o rico como o pobre".
Volte sempre que quiser Sr. Embaixador
o numero dez só quero o numero 10 e mainada
ResponderEliminarkis :=)
Que nutriente Bom para a nossa auto estima,(Embora modéstia à parte Nós sabemos que reunimos requisitos de humanismo incontestáveis) já que é tão importante a terapia do elogio que como diz Alberoni deve ser administrada por algém que consideremos idóneo.
ResponderEliminarAgora... "Inocência" traduzida nas nossas danças folclóricas...
Uma visão interessante no mínimo sobre a inocência e sobre as danças folclóricas...
Está bem...
Isabel Seixas
O comentário da Margarida é uma delícia. Voltando ao Post, diria, no bom português que ele bem compreende, que Sexa é um excelente tipo!
ResponderEliminarP.Rufino
Apenas para lhe dar os meus parabens por este e pelos outros blogues que só hoje descobri. Tornei-me seguidor.
ResponderEliminarUm Feliz Ano Novo
JTMB
P.S. Não se lembrará certamente de mim mas há uns anos atrás costumávamos frequentar a mesma Piscina ( Estalagem Sra da Guia )
Subscrevo o comentário da Margarida... que sorte ter um marido assim - inteligente, com sentido de humor e muito bem parecido!:)
ResponderEliminarTentei acompanhar sempre as crónicas do Embaixador Alexander Ellis e espero que não terminem após a sua partida.
Um verdadeiro bálsamo para a auto-estima lusa.
Isabel BP
Quer dizer que Portugal recomenda-se!? Folclore inocente! Hummm
ResponderEliminarEstes 10 aspectos selecionados pelo embaixador do ru transformam-nos em gente insignificante. Será comer um pastel de nata acompanhado de café uma virtude?
ResponderEliminare a tolerância? Há apresentadores de televisão negros ou asiáticos (como na cnn ou bbc)? Temos deputados, directores gerais, ministros, presidentes da Cãmara,empresários, etc, negros?
E a inocência simbolizada pelos ranchos folclóricos, a curiosidade no de lá, o estatuto dos avós (em espanha, italia ou no país do embaixador os avós não contam como cá?)
Confesso que se estes aspectos são os que definem as virtudes portuguesasa para o embaixador, pois então parece estar a dizer que somos uma gente muito básica, insignificante, sem rasgos de maior grandeza, apagada.
Não, não gostei. Ou então será que somos mesmo assim e o embaixador acertou?
Por mero acaso, encontrei o seu rosto no "Facebook" de uma amiga e recuei 40 e tais anos pois a fotografia (à Tonia Carrero,se bem que a intenção não fosse essa, o facto é que se assemelham)retrata-a tal como a conheci (eu era bastante jovem) quando ia às reuniões, no 7º.andar da TAP. A saber: Gabinete de Estudos e Planeamento e Direito Internacional Aéreo; Cte. Roger de Avelar e Dr. Félix Pereira residem algures na sua memória?
ResponderEliminarBom ano e cumprimentos.
Teresa Alves
É a prova de que, afinal, até temos algumas virtudes e coisas boas...
ResponderEliminarSó um pequeno reparo relativamente ao ponto 8: não que o meu "orgulho masculino" se sinta tocado com aquilo que é dito, mas acho - e sempre o digo - que é inusitado colocar as coisas, neste caso a competência e o bem fazer, em termos de comparação entre géneros. Há mulheres competentes e mulheres pouco competentes, tal como há homens competentes e homens pouco competentes. A competência advém dos genes de cada um, não do género.
Caro Nuno Costa
ResponderEliminarEmbora partilhe pouco da chamada "guerra dos sexos" das feministas, o que é facto é que, à partida, ainda são as mulheres - 52% da população - que têm, na sua maioria o duplo horário de trabalho. E ainda são escassas as que chegam aos lugares de topo nas empresas, na Administração ou na política. E eu, que ainda estou vivinha da costa, precisei da autorização do marido para trabalhar ou agregar os meus filhos ao passaporte.
Assim, a "igualdade de competências", por enquanto, é mais no papel do que na realidade. E sou uma felizarda, porque sempre soube muito bem lutar pelo que quiz. Mas tive, é verdade, a chance de "poder" fazê-lo...pagando, em certas ocasiões, um preço bem alto!
Cara Helena:
ResponderEliminarConcordo, obviamente, consigo. Aliás, mais do que concordar ou discordar, os factos que apresenta - mulheres em maioria no que toca ao duplo horário de trabalho, dificuldades na progressão profissional e até, acrescento, discriminação salarial - são mesmo isso, factos, dados mais do que adquiridos, insusceptíveis de serem discutidos à luz dos argumentos e opiniões subjectivas de cada um. É a famigerada questão da desigualdade de oportunidades, que tanta tinta tem feito correr, sintoma da tal tradição masculina e patriarcal do mundo em que vivemos, desde há séculos e até milénios (pelo menos o Ocidental, mas não só).
Mas lá está, é mesmo isso, uma questão de desigualdade de oportunidades que deverá, diga-se, ser eliminada (tem-se progredido, mas ainda falta palmilhar algum caminho...).
Quanto às competências e bem fazer, continuo a defender que não dependem do género, mas sim dos genes de cada um, seja-se homem ou mulher.
Cumprimentos!