terça-feira, 16 de novembro de 2010

O verso e o reverso

Portugal no passado recente, com algum peso na consciência, ajudou Timor. Este país quer, agora, ajudar-nos comprando dívida nacional.
A China com quem indirectamente, através de Macau, estabelecemos relações, veio aqui e ofereceu-se para comprar débitos soberanos.
Angola que foi uma antiga colónia é, hoje, accionista das maiores empresas portuguesas e está disposta a fazer do Continente um devedor privilegiado, aplicando aqui enormes quantias de dinheiro.
Podia continuar a citar a lista daqueles que tendo sido, no passado, dependentes de nós, se prontificam, nos nossos dias, a depositar na mão estendida, aquilo que hoje é o nosso infeliz quotidiano. Ou seja, o dinheiro pago a juros de ouro.
Não me movem nestas palavras quaisquer resquícios racistas. Nunca o fui, não o seria agora. Até prefiro que sejam aqueles que falam a nossa língua os nossos liquidatários. Mas não posso deixar de sentir uma tristeza semelhante à daqueles pais que, a certa altura da vida, se tornam dependentes dos seus filhos. Mesmo que esses filhos digam que os ajudam de livre vontade...

HSC

5 comentários:

  1. Olá!
    É verdade, quem diria!
    Mas, exceptuando Timor-Leste, julgo que, essas ajudas é feita à custa de grande exploração dos respectivos povos e de especulação financeira.
    O caso português talvez não seja assim tão estranho. Induziram o povo que tinhamos chegado ao 1º. mundo e que agora tudo era possível. Bem, para alguns até foi.

    Beij.

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  2. Pois, mas há um ditado muito anttigo que diz:'Não peças a quem te pediu, nem sirvas a quem te serviu.'
    Eu acredito na sabedoria popular....

    (Espero que esteja melhor do susto. Eu tb fui assaltada, mas estava em casa a dormir e os assaltantaes entraram-me em casa)

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  3. pena é ter que engolir os sapos que os políticos nos arranjaram

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  4. Concordo. Partilho do mesmo sentimento, Helena.

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  5. As dependências nao sao nunca saudavéis...mas quase que prefiro os filhos que ajudam os pais...do que os filhos que nao conseguem aprender a voar e esmifram os pais até à morte.

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