( Em http://duas-ou-tres.blogspot.com/)
O excerto que acima trancrevo, extraído de um post do nosso Embaixador em Paris, e cujo bold é de minha responsabilidade, ficou a martelar-me na cabeça, ontem, uma boa parte do dia. Sobretudo, porque o li a seguir às notícias que davam por terminadas as negociações entre os dois maiores partidos, para aprovação do Orçamento 2011.
E porquê, se uma coisa nada tem a ver com a outra? Porque continuo a constatar que o mais difícil na existência de todos nós é conciliar, com o menor sofrimento possível, a liberdade individual com a organização do colectivo, dado que esta última representa, na maioria dos casos, uma forte limitação da primeira.
Um pequeno exemplo, banal, é o das medidas anti tabágicas. Eu tenho a liberdade de fumar ou não. Mas essa liberdade individual deixa de existir, quando o colectivo me impõe que dentro de certos espaços, eu não fume. A solução será não ir a esses espaços... ou deixar de fumar.
E porquê, se uma coisa nada tem a ver com a outra? Porque continuo a constatar que o mais difícil na existência de todos nós é conciliar, com o menor sofrimento possível, a liberdade individual com a organização do colectivo, dado que esta última representa, na maioria dos casos, uma forte limitação da primeira.
Um pequeno exemplo, banal, é o das medidas anti tabágicas. Eu tenho a liberdade de fumar ou não. Mas essa liberdade individual deixa de existir, quando o colectivo me impõe que dentro de certos espaços, eu não fume. A solução será não ir a esses espaços... ou deixar de fumar.
Logo, vontade cerceada e liberdade curta. Poderia, à exaustão, enumerar casos destes.
Assim, cada um tem que se submeter à vontade de uma maioria na qual, uma parte expressiva de todos nós delegou o poder de estabelecer regras. Mas, face ao que venho assistindo, tenho cada vez mais dificuldades em aceitar o que os outros querem para a minha vida. Porque o que eles querem para mim é, justamente, aquilo que eu não quero...
Assim, cada um tem que se submeter à vontade de uma maioria na qual, uma parte expressiva de todos nós delegou o poder de estabelecer regras. Mas, face ao que venho assistindo, tenho cada vez mais dificuldades em aceitar o que os outros querem para a minha vida. Porque o que eles querem para mim é, justamente, aquilo que eu não quero...
HSC
Realmente andamos todos a viver numa Sociedade da Ilusão...
ResponderEliminarTemos a Ilusão de que o Voto vale alguma coisa, temos a Ilusão de temos Liberdade, temos a Ilusão de que podemos Escolher...
Basta olhar para a quantidade abismal de Leis que existem a restringir, modelar, sancionar e punir os nossos Comportamentos e as nossas Vidas que quem pensar um pouco rápido chega lá!!!
Leio o seu post, detenho-me na última frase e concluo estar a padecer de défice democrático há já algum tempo.
ResponderEliminarE a minha cura não depende de uma qualquer prescrição médica, o que torna ainda menos fácil a aceitação de tanta soberba e incompetência políticas.
Nem mais, Helena! A maioria não tem nada que escolher por todos, ainda por cima porque a própria palavra maioria significa falta de arbítrio. Disse! Raúl.
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