terça-feira, 10 de agosto de 2010

Notícias? Crise?

Uma passagem pelos jornais diários, permitiu ficar com uma tormentosa noção do que aqui se vai passando, além dos fogos que nos devoram. Escolhi:
D.NOTÍCIAS - No ano 2009/2010 foram abertos processos disciplinares a 17.649 alunos, o que representa em relação ao ano anterior um aumento de mais de 15%. A situação preocupa Pais e Professores. O Ministério da Educação afirma que se trata de "uma maior atenção e rigor nas escolas"...
PÚBLICO - Cerca de 40% das empresas portuguesas apresentaram prejuízos em todos os exercícios que se desenrolaram ao longo do período 1997/2007, último para o qual há estatísticas oficiais. Antes, entre 1989/1996 os prejuízos acumulados somavam 35 mil milhões de euros. Agora, entre 1997/2007 aquele montante situa-se em cerca de 100 mil milhões de euros! Um "pequeno acréscimo" como se vê...
Neste mesmo jornal afirma-se que ninguem sabe exactamente quantas Fundações existem nem tão pouco quanto recebem do Estado aquelas às quais é reconhecida utilidade pública. Em 2009 os dados disponíveis apontavam para 306 instituições a receberem do erário público algo como 166,5 milhões de euros. Um pequena migalha sem qualquer importância...
JORNAL i - A OCDE prevê, num seu estudo, que a retoma de certos países que a integram está parada. No caso português a situação é bastante complicada, porque regista a terceira pior marca do euro. Será que nos especializámos em ser "os piores"?!
Podemos dizer que o panorama não é, de facto, animador. Mas, em compensação os festivais de música e as festas algarvias, vão de vento em pôpa e ninguem se queixa do preço dos bilhetes...

HSC


8 comentários:

  1. Noticias "super animadoras", a juntar a mistérios insondáveis. Enfim...

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  2. Ora é sinal que o fado e as touradas deram lugar ao rock.
    Sinais dos tempos. Nada de preocupante. Tudo continua na mesma.
    :-))

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  3. A crise ??? Qual crise???
    Já escrevi no meu blog uma nota referente aos festivais.
    Este ano em Portugal já contei o Rock In Rio, OptimusAlive!, Super Bock Super Rock, Músicas do Mundo de Sines e Paredes de Coura. Falta o Sudoeste para completar o roteiro. Pelo que dizem sempre cheios.

    Então e donde vem o dinheiro para a frequência de tantos festivais? Não sei, mas a juventude e não só, farta-se de festivalar se calhar é para afogar as mágoas. Interrogo-me da existência de tanto festival e com os bilhetes bem caros.Pensando bem se calhar os festivais estão cheios de desempregados. É mesmo capaz de ser, pois quem canta seus males espanta! Eu sempre que posso e passam na televisão dou uma olhadela, também gosto de alguns festivais.
    Quanto às praias nem falo, até porque com este calor só se pode estar em zonas caras e elas também estão cheias.Enfim é gastar até não poder mais!

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  4. Claro que o post é muito bom mas hoje acho que o cartoon é por demais ilucidativo do que vemos acontecer. Quem diz o que vou dizer é chamado tantas vezes de demagogo e tantas vezes com razão, admito, mas ainda assim, não resisto,é verdade que todos falam de demasiados directores de institutos quase "fantasmas", demasiados gestores, demasiados deputados para tão pouco país, que os salários dos politicos deveriam sofrer cortes reais, e que remover esses "pormenores" faria diminuir substancialmente a despesa do estado, mas esse é um tema sem solução, arrasta-se há demasiado tempo em falsas discussões, demasiado utópico.. No entanto, veja-se com que celeridade se decidiu cortar, nos apoios sociais, nos subsídios de desemprego, no congelamento de salários e se rapidamente o pensaram, rapidamente o executaram, todas essas medidas estão em vigor...é que tirar a quem pouco tem é fácil e não tem consequências já diz o povo, pisar onde é mole… dificil mesmo é mexer em quem tem muito e quer ter cada vez mais! faz-me pensar, apenas, por paralelismo de principio na questão da Justiça, os nossos Juizes são extraordinários quando se trata de aplicar a lei ao cidadão comum, mostram-se incapazes de julgar quem aparece na televisão ou ocupa cargos publicos, parece que toda a sua sabedoria se lhes esvai sabe lá por onde...coisas estranhas num mundo cada vez mais estranho, eu sou apologista do corte dos subsidios de RSI cegos e de má consciência, contudo, convenhamos que nada representam os subsidios dos pobres quando comparado com o que se paga aos amigos de quem tem amigos... ah! país de faz de conta em que vivemos

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  5. ...ultimamente fecho os olhos, com a náusea dos talhos (cheiro e tudo); mas "as notícias" arranjam sempre maneira de me perturbar...

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  6. Tenho por aqui passado muitas vezes,leio com atenção e fico com a sensação que não falamos do mesmo Portugal.Ora vejamos,Portugal não está todo no desemprego e na miséria,é só parte,e essa parte não vai aos concertos,nem faz jantaradas em casa de amigos,nem sabe que isso existe,não é por acaso que tudo isto é feito de Coimbra para baixo.Deixemo-nos de fazer pouco de quem é efectivamente pobre,é só perguntar aos Drs Portas que tanto defendem os pobres que eles explicam melhor,a mim faltam-me as palavras certas.
    Vitor Nunes

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  7. Vitor Nunes
    Se há algo que não faço é pouco de quem tem menos, como deve calcular!
    Mas se entende que quem vai aos festivais são só os ricos então está enganado. Em Portugal mesmo os que têm menos, fazem despesas bizarras em telemóveis, tabaco, alcool, etc.
    Falamos do mesmo Portugal, sim senhora. Há 50 anos que o estudo. E empenho-me bastante, creia. Mas não divido o país em duas partes. A boa acima de Coimbea e a má abaixo dela.
    Quanto aos políticos que refere, justamente por serem políticos é que não abordo com eles estas questões!

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  8. Dra Helena
    não disse que de Coimbra para baixo é pior,o que eu disse é que os concertos são todos, ou quase, de Coimbra para baixo,por outro lado,os verdadeiros pobres não têm maneira de ir a concertos,já quanto aos telemóveis e ao tabaco aí estamos de acordo.Mas convenhamos que esta gente, tambem é gente e pondo-me no lugar deles,também gostaria de fazer uma ou outra extavagancia.Quanto aos politicos que refiro,a senhora tem perto de si dois excelentes politicos que conhecem como ninguem a realidade do Portugal profundo,e eu para lhe ser sincero já votei nos dois o que até parece um contacenso,mas para lhe ser franco ,eu não acho.
    Com todo o respeito
    Vitor Nunes

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