quarta-feira, 21 de julho de 2010

Três notícias

Hoje três notícias chamaram a minha atenção. Uma relativa a Saramago, outra ao semanário Sol e outra ainda à dívida angolana. Qualquer delas me provocou alguma perplexidade.
A primeira dá-nos conta de que em Abril passado, um tribunal espanhol condenou o escritor a pagar ao Tesouro de Espanha a quantia de 700 mil euros de impostos relativos aos anos fiscais de 1997 a 2000. O Nobel terá recorrido com o argumento de que o seu centro de interesses vitais e económicos estava em Portugal. Assim, embora a sua residência permanente fosse em Espanha, para efeitos de fisco ele residia em Portugal. Pergunto: poderei, mesmo não sendo nobelizada, fazer o mesmo? Dava-me um certo jeito!
A segunda informa-nos que Rui Pedro Soares, ex administrador da PT, admite converter a indemnização a que se sente com ditreito por parte daquele jornal, em capital aplicado na compra do mesmo. Assim, em lugar do cheque, receberia as acções correspondentes...
A terceira revela que, num gesto de boa vontade, José Eduardo dos Santos, Presidente de Angola prometeu ao Presidente de Portugal que o seu país ia pagar o que devia às nossas empresas. Às grandes fá-lo-ia de forma faseada e às pequenas nos próximos dois meses.
Mais tarde viria "um esclarecimento" que admitia que a citada liquidação poderia vir a ser feita em títulos da dívida pública!
Nós já sabíamos que Portugal era um país muito creativo. Agora ficámos a saber que Angola não lhe fica atrás.Vantagens de ter tido bons professores...

HSC

6 comentários:

  1. lol!...
    Alguém mencionou a criatividade?
    (Milady! Welcome back!)
    Este pendor do pessoal para o desenrrascanço é fantástico, não é?
    Que podemos fazer? Está no sangue..., aliás, nota-se já além fronteiras...
    Que paguem, que paguem, digam lá o que lhes aprouver...
    Sinas de um povo.

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  2. Pois é, os espanhóis não perdoam.Se fosse ao contrário não faltariam logo as más línguas a dizer que era má vontade contra o nobel e que não tinhamos patriotismo e que não valorizamos o escritor, etc, etc.

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  3. Notícias realmente esclarecedoras da impunidade e desfaçatez de certas personagens, realmente anda tudo a dar muito bons exemplos. Sem explicação.
    Quanto a José Eduardo dos Santos, é bem capaz de bater qualquer professor no que respeita a creatividade, basta vermos que a sua família, a filha em especial, já é práticamente dona de metade de Portugal...
    Pena é que essas notícais de negócios obscuros, não saiam nos Media...

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  4. 1ª Exemplos...ou despojos capitalistas!
    2ª Decência: ou falta dela!
    3ª Ingenuidade: ou esperteza Africana!

    E ainda há quem pense que o mundo não roda a combustão monetária!

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  5. Ainda sobre o seu post, não podia deixar de compartilhar consigo o post resposta que efectivou em mim:SER TODOS E NENHUM, SER AO MESMO TEMPO ASTÉRIX E ÓBELIX.
    Ontem perguntaram-me pelas minhas lealdades. Temi pela pergunta e pela resposta. Porque neste mundo globalizado e de entrecruzadas lealdades, a resposta estaria bem situada se dada num país que não teimasse em ser uma aldeia cercada de romanos por todos os lados. Qual Astérix, a dar mais para o Óbelix, respondi titubeantemente: as minhas lealdades repartem-se cirurgicamente de A a Z!
    Como Astérix temia, perante a resposta, ter de tomar a poção mágica de modo a fazer face a embustes e emboscadas.
    Como Óbelix temia não poder ser mais senhor dos meus menhires e não poder pegar mais no meu minúsculo Ideáfix... perdão, na minha ideia fixa de fazer de Portugal um país melhor! E, se calhar, um Mundo melhor!
    Pelo menos este sonho não nos tiram!

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  6. Também...
    A coerência da congruência não é decididamente uma competência do olha para o que eu digo...
    Pois ...
    Isso leva-me de facto a ser...
    Independente até das minhas ideias partidárias... porque acho eu que não quero O poder... E mais ... Já nem digo nada eu sei lá?!... ó que "chigamos" a minha recôndita esperança... doutora Helena... Sempre quis aproximar os discursos das práticas mas ao que vejo... se calhar é missão impossível será?

    Estou salvaguardada (pela tentação desse tipo de corrupção) pela dedução na fonte...
    Já não ponho as mãos por ninguém , nem por mim...
    Isabel Seixas

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