De facto aqui na rua já fomos atacados. Um vizinho meu, residente no bairro, ia toma a sua bica ao café mais próximo, quando encontou o carteiro. Simpaticamente pediu-lhe a sua correspondência. Apenas uma carta. Percebeu que se tratava das Finanças.
Tal como na "síndrome da bata branca" o ritmo cardíaco dispara só com a visão do médico ou enfermeiro, também a "sindrome das Finanças" provoca uma terrível aceleração da corrente sanguínea.
O senhor Francisco olhou o envelope e sentiu de imediato o coração a bater mais. O nervoso era tal que teve de pedir um copo de água e que lhe abrissem os bordos colados da missiva. Todos os que assistimos ao caso, vimos o olhar esbugalhado do homem. Que não parava de tremer.
"Não é possível", gritava a criatura, desanimada. "Não é possível", repetia cada vez mais lívido. À terceira não acabou a frase. Está internado. Dizem que foi um ataque de pânico...
Mas nós na rua, mais realistas, pensamos que foi um ataque fiscal!
HSC
Um dia ainda me passa uma coisinha ruim e proponho uma penhora…às próprias Finanças, por nos extraírem o couro e o cabelo! Era giro. Neste caso, seriam os CTT a executar a penhora. E levavam pessoas (sim, pessoas também), bens imóveis, bens móveis, dinheiro em caixa, que era nosso, decretos-lei, despachos, etc. E vendia-se aquilo tudo em hasta pública e depois mudava-se de política fiscal, baixando impostos, por exemplo. E devolvia-se a dignidade aos Correios, que poderiam, por exemplo, passar a enviar-nos, apenas, boas notícias. Sim, se calhar um dia reúno um grupo de amigos e penhoramos as Finanças. E obrigamo-las a pagarem o tratamento a esse infeliz hospitalizado. Que tal?
ResponderEliminarP.Rufino
Metafórico ou descritivo ?!
ResponderEliminarCredo!!!
DEsculpem, receio bem que me vá transformando numa criatura enfadonha , revoltada e com laivos deraiva que julguei não possuir.
A. Malheiro
Nas ultimas semanas observou-se a chamada caça ao desorganizado. Com uma quase óbvia má fé, o fisco persegue as contabilidades ditas organizadas com base na sua própria (do fisco) desorganização onde 'os sistemas informáticos' emitem processos de multas com custas e juros de mora onde depois ou se reclama com a cópia dos comprovativos ou paga tudo outra vez com os custos extras. O que se tem que desmistificar é que os 'os sistemas informáticos' executam as ordens de humanos que na senda de cumprir certos objectivos até dá geito ter os sistemas 'desorganizados'. Estes ataques-fiscais estão a matar mini, micro nano pme's que ficam completamente bloqueadas nas bichas das repartições em vez de se dedicarem a fazer dinheiro que geraria impostos bons.
ResponderEliminarQue ninguém tenha dúvidas de que este fundamentalismo das finanças está a matar Portugal.
ResponderEliminarNum país de elites maioritariamente inteligentes, onde para se ser ministro não bastasse ter um lábio descaído ou um olhar vagamente despojado e morto que tudo seca à volta, a relação dos cidadãos com o fisco, seria uma relação de cordialidade baseada num princípio de custo benefício.
- Pagas, mas como cidadão, não te atiramos para o lixo da história e para a morte do empreendedorismo!
Excepção feita aos grandes grupos, que se deleitam na cama com, o empresário Português é na sua maioria um pobre biscateiro, um self man, que tenta a todo o custo amealhar uns tostões para colocar pão à mesa.
O sucesso e insucesso do empreendedorismo mede-se por um variável marginal de 20 ou 30%, pelo que a morte da responsabilidade limitada constante no antigo Código Comercial, acrescida dessa figura solene e defunta da reversão das dívidas das empresas, cutelo na cabeça da vida de todos os que se atrevem a arriscar, é o maior cancro e o motivo do afundamento Titanic da economia e da degradação vertical empobrecedora da sociedade Portuguesa.
O dramático em Portugal é que o curto prazo da manutenção de benesses inauditas, estilo um vizinho alta patente militar, em farda caqui civil, a ser conduzido para um Mercedes com motorista às ordens, revela um país que se sangra a si próprio, as algibeiras sempre cheias de umas sangue-sugas nauseabundas, sempre à espreita dos já pequenos capilares por onde ainda se sente uma réstea de seiva monetária: impostos às centenas, taxas aos milheiros, portagens aos quilómetros, enxameiam Portugal dessa doença terminal que se chama descrença.
Tudo a bem da nação do Estado dos paramentos e das elites dos ornamentos!
Aliás, se olhássemos com atenção a acomodação espartana no Afeganistão do ex comandante chefe das Forças Armadas Americanas no Afeganistão, o General Crystal, perceberíamos que as elites parasitárias Portuguesas preferem afundar o país a médio, longo prazo, do que abrir mão das suas estonteantes e paramentais benesses.No Afeganistão Português um General Cristal não aceitaria menos que um Sheraton e mais que um Jumeirah Palace!
Mas isso parece ser num lugar onde os homens de branco e de burka, amam muito mais cada grão de pó daquela terra inóspita, do que da própria vida.
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ResponderEliminaroh! Doutora Helena
ResponderEliminarCom a avidez que os manuais de classificação internacional de doenças têm em criar nova nomenclaturas, ainda vão pegar na sua sugestão, ignorar a doença/ sofrimento e remeter o paciente para o local gerador da doença...
Ambas sabemos que até os direitos inalienáveis de autor se pagam...
Registe a patente antes que algum olheiro "Chico esperto"...Ou Não vá o diabo tece-las.
Agora a etiologia/Causa muito bem diagnosticada por uma Prof. na matéria, mas que gerou um ataque de pânico... Pudera... Cada um ponha-se no lugar...
Abraço
Isabel Seixas
Ah! Já vi Pessoas morrerem de suicidio por sentimento de corte abrupto de respiração e letal aperto angustiante de Ruina... (Não obrigatoriamente ruina financeira... mais abrangente Emocional)