Para variar falo do "exemplo" em tempo de crise. Da nossa. Não da destes senhores que passo a elencar e cujos salários - se é que a valores deste jaez se podem chamar de salários - são, em euros, os que se seguem:
Faria de Oliveira da CGD 371.000,
Vítor Constâncio do BdP 249.448,
Carlos Tavares da CMVM 245.552,
Guilherme Costa da RTP 250.040,
Henrique Granadeiro da PT 365.000,
Cardoso dos Reis da CP 69.110,
Luís Pardal da Refer 66.536,
José Manuel Rodrigues da Carris 58.878.
A estas parcas massas salariais acrescem viatura com motorista, cartão de crédito, telefones, ajudas de custo, subsídio de representação, participação na distribuição de lucros e, claro, reforma milionária.
Surpreendentemente acabo de ler nos jornais que Luis Pardal, por ter terminado a tempo uma obra - não será essa a sua obrigação? - irá receber um louvor e mais três salários de prémio...
Como é que um Estado, face a remunerações destas, em empresas onde ele põe o nosso dinheiro, pode arrogar-se o direito de nos pedir sacrifícios?Estão a brincar connosco?
E depois, sem vergonha, chama aos críticos de "populistas"...
Bem prega Frei Tomás. "Faz o que ele diz, mas não faças o que ele faz!".
HSC
De facto nunca o ditado teve tamanha aplicação.
ResponderEliminarNa minha juventude, na brincadeira, muitas vezes aplicávamos a frase. A diferença é que actualmente se aplica a situações muito graves e aos mais altos representantes da nação, o que julgava ser impensável em democracia.
Será que vivemos num estado democrático? Democracia não é só ainda podermos dar uns “bitaites”, pois não?
Um abraço
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto."
ResponderEliminarRui Barbosa
Boa noite DrªHelena qdo li o que escreveu só me veio à cabeça este pensamento de Rui Barbosa...acho triste de mais pensar assim mas to qse subscrevendo o que ele disse.
O que mais ouço cá em casa qdo assisto aos noticiários é a voz de meu marido dizendo "ah Salazar"ás vezes me irrita de tanto que ouço isso,e hj ao ler o que a srª postou em seu blog, digo eu: ahhhhhhh Dr Oliveira Salazar
e que meu marido não me ouça
cumprimentos
Fátima Gomes
Vou imigrar... a sério!
ResponderEliminarOlá Srª D. Helena, adoro ler tu o que escreve,livros crónicas, ouvi-la fico sempre de boca aberta pena o tempo passa tão depressa e seja qual for o tema e se gosto de vê-la à segunda feira na Fátima Lopes não esquecendo o programa do Manuel Luis Goucha foi simplesmente fantástico a Helena (desculpe tratá-la assim) é uma SENHORA e fala de um modo tão simples e gracioso que me encanta. Mas comentando o o seu post será que alguém poderá explicar como estes senhores conseguem dormir tranquilos e ter uma vida, vida dita normal sabendo que ao lado estarão pelo menos crianças a quem os pais não lhes podem dar pelos menos o essencial para se considerarem HUMANOS
ResponderEliminarCumprimentos
Uma Avó
Excelente Post, Estimada Helena! Muito oportuno e cheio de razão. Subscrevo inteiramente as suas observações criticas.
ResponderEliminarP.Rufino
PS: ...estou a gostar deste seu último livro.
Inveja! Inveja! Inveja! Mil vezes inveja, esse defeito nacional, essa mesquinhez e pobreza de espírito! 200.000, 300.000, é poucochinho,não compara internacionalmente,uma agulha no palheiro da criação de valor.
ResponderEliminarE os accionistas, os grandes, não reconhecem o nosso valor, são muitos milhões de lucros?
E aos nossos clientes, não lhes sobra o orgulho de arvorar o estandarte de terem os mais "altos" preços internacionais?
Blablabla!Tudo isto é revoltante mas sempre existiu,só com a diferença de antes ser pela calada.Se estes não receberem serão outros.O socialismo
ResponderEliminarhonesto já lá vai e se calhar só existiu em 74.É claro que só o povo é prejudicado porque o único a ser ignorante e calado,esses srs.não ficam.Ao que chegámos não éPacifismo mas burrice!
Um grande abraço.
Se a falta de decoro, que é o mínimo que se pode chamar, fosse só aí!!...
ResponderEliminarE então quê dos outros???
ResponderEliminarDevo-lhe um pedido de desculpas, D. Helena, pela grosseria, da qual apenas me apercebi, depois de ter enviado o comentário, não é, de todo, meu hábito, a grosseria, nem sequer desculpar-me as minhas falhas pelo comportamento dos outros, mas creia que é a revolta e a mágoa de sentir um povo sofredor ....
ResponderEliminardesculpas, apresentadas que sem duvida deveriam ter sido evitadas... mas sabendo que "eles" nem sequer merecem o nosso respeito, de certeza que o merecemos nós e sobretudo quem a lê.
Carolina
ResponderEliminarAqui toda a gente diz o que pensa. A começar por mim. É um espaço de liberdade.
Não tem que se desculpar. O direito à indignação é um direito legítimo. Talvez, hoje, um dos mais legítimos!