quarta-feira, 7 de abril de 2010

Continuando...

O cenário traçado pelo Banco de Portugal, no seu Boletim Económico, já com Vítor Constâncio de saída, é tudo menos animador.
Assim, à "cautela e com muitos caldos de galinha", alerta que este PEC irá conduzir em 2010 a uma desaceleração, a que se seguirá, em 2011, um baixo crescimento. Tão baixo que o Banco Central o estima à roda de 0,4% e o governo o atira, como sempre, para perto do dobro, ou seja 0,7%. Coisa de menos importância como se depreende...
Reflexo disto, a poupança - sim, por mais estranho que pareça, ainda há quem poupe! - andará pelos 7% do rendimento disponível - sim, por mais estranho que pareça, ainda há quem tenha rendimento disponível! - quando o ano passado andava pelos 8,6%.
O Banco de Portugal admite que o PEC terá "efeitos recessivos no curto prazo", mas - há sempre um mas compensatório - "é fulcral a prossecução de uma estratégia orçamental credível".
O Ministério das Finanças - apesar da disparidade dos números -, diz que as previsões do Banco Central para o crescimento da economia são "consistentes" com as previsões do PEC. E acredita que o aumento das exportações fará diminuir o défice da balança de bens e serviços.
Nem teço comentários. Estou a aprender as novas técnicas de compatibilização, através das quais, em Portugal e na actualidade, números diferentes produzem sempre resultados iguais...
Que Deus nos valha e faça o milagre de haver petróleo na costa!

HSC

5 comentários:

  1. "estratégia orçamental credível" só podem estar a gozar...
    Desde quando é que há em Portugal orçamentos credíveis? Quem souber de algum deixe aqui a ligação que merece ir para o Museu...

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  2. Peço desculpa... pelos dois comentários seguidos...
    Eu só espero é que não exista petróleo em Portugal pois a existir ficamos tipo Nigéria... ver aqui

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  3. Espero que não ficássemos como o vídeo revela. E que o ouro negro nos tirasse da crise. Mas é capaz de ter razão voz a 0 db.
    Quanto ao credível é como a matemática nacional. Nada bate certo!

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  4. Petróleo na costa? Já não peço tanto, Helena, bastava-me que no meu jardim aparecessem uns ossos de dinossauro, ou do Neandertal, ou mesmo até umas “pinturas rupestres” e já me dava por feliz! Arregimentava um qualquer professor Galopim dos tempos de hoje e com recurso a alguma imprensa, sempre ávida de coisas esquisitas para preencher telejornais e encher páginas de diários, fazia algum escarcéu, tendo em vista valorizar aqueles achados e “pimba”! vendia a casita, mailo o jardinzito e punha-me estirado ao sol, de óculos escuros, chapéu na cabeça, perna traçada, a gozar “os tostes”, sem…nunca mais me ter de preocupar com este ou qualquer outro governo e “sus medidas para contrair la crise”!
    Sempre que me ponho a cortar a relva, ou escavo qualquer coisa no jardim, fico ansioso: “e se de repente fico assim rico como o Mexia?” Mas, para meu azar, nem tenho a sorte dele (Mexia), nem a do Galinha, quando em tempos encontrou umas pisadas de dinossauro na propriedade dele. E assim sendo, resta-me “ajudar”, como todos nós contribuintes, para que a economia do país não desacelere e que o PEC (ou “Péeque”, como se pronuncia no Norte…com raiva) nos salve a todos, qual medalhinha milagrosa.
    P.Rufino
    PS: Será que pelo facto de Constâncio já ter futuro assegurado, ainda por cima “fora de portas”, já se pode “dar ao luxo” de contrariar as “legítimas” expectativas do governo que vela por nós? Hum…

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  5. Claro que sem o petróleo sobra os nossos bolsos onde o cotão é o que mais abunda, ainda vêem raspar as moeditas que por cá andam...
    Credo!!
    Mas porque é que nós não nos fazemos ouvir?! è fácil o racíocinio ao saber quantos assim vêem e pensam...e temos que nos ficar por conversas e lamentos...e a caravana vai passando...
    Bolas :-(
    Que nunca foi vigente um espirito revolucionário, juro que agora se fôr para ir para a rua eu vou!!! Chega!!!
    Ainda ontem recebi um e-mail interessante, desses que circulam por aí, que a ser verdade é demasiado... triste.
    São tantos os milhões em prémios e reformas que acumulam com outras reformas e subsidios de integração e outros que tais... que fiquei escandalizada. Arre!!!
    Desculpe, desculpem o desabafo de quem nesta empresa pequena e familiar se esfalfa para cumprir com os deveres e dos direitos tem uma miragem.
    A. Malheiro

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