Quem duvida da falta que fazem os amigos? Muito poucas pessoas. Mas, infelizmente, em muitos casos, só quando eles desaparecem é que realizamos bem o quanto deles precisávamos.
Perdi já, ao longo da vida, alguns. Talvez, por isso, prezo enormememente os que tenho.
Vem este post a propósito de ter estado, no espaço de quinze dias, por duas vezes, com uma velha amiga que não via há anos. O que me fez pensar um pouco no tema.
O que é que nos leva a escolher os amigos? Porque é que nos aproximamos de uns e de outros não? Porque é que só uns é que ficam para toda a vida?
Não sei responder. Sei apenas que descobri relativamente tarde a amizade feminina. Com efeito, a minha vida profissional - uma boa fonte de conhecimentos - foi feita no meio de homens e foi entre estes que escolhi e fui escolhida. Até aos trinta anos, tive sempre predomínio de amizades masculinas.
Depois dessa data e, creio, por motivos que me ultrapassaram, descobri a sua versão feminina. Hoje o núcleo está equilibrado. Mas as minhas maiores amigas são, agora, curiosamente, as filhas dos meus amigos, ou com idade muito póxima de o serem. Também não sei explicar porquê. E, mais surpreendente ainda, alguns meus amigos estão, hoje, entre os dos meus filhos.
HSC
A AMIZADE, minha cara Helena valor supremo.
ResponderEliminarPrezo muito a amizade e felizmente nunca me encontrei sem o ombro amigo nos bons e maus momentos, curiosamente mais nos maus, pertenço aos afortunados.
O meu núcleo forte são os amigos, até por que cedo demais perdi os meus pais, e eis que os meus amigos não mediram esforços na dura tarefa de me fazer emergir neste oceano de provações.
Sem eles nada disto teria sido possível, este post pretende louvar a amizade, e agradecer a si o facto de me fazer lembrar, não é que esqueça, o contributo incomensurável dos amigos, família alargada na minha curta existência.
BEM HAJA…
Com admiração
Anabela D C
Considerada Maria rapaz desde que me lembro, também como a Helena, sempre tive inclinação para as amizades masculinas. Ainda não consegui equilibrar o núcleo, mas também não faço mínimamente a ideia do porquê.
ResponderEliminarO que realmente acho muito interessante, é a Helena ser amiga, dos amigos e das amigas dos filhos também. Eu adoro conviver com pessoas bastante mais velhas, mas com espírito jovem. Aquele "género" raro de pessoas que se vão aperfeiçoando com a idade, tornando-se sábias, alegres e como as Magnólias perenes, cada vez mais imponentes (altruístas). Com chegar do Verão o número de flores, multiplica-se numa esfusiante festa de sentidos e aroma envolvente, sombra para quem precisa... ali está, para oferecer de bom grado a sabedoria. Há maior egoismo, do que se ser sábio e não partilhar, por todos aqueles que por isso mesmo, se queiram aproximar?
Realmente há pessoas como as Árvores e a Helena é uma delas, Cativa! o seu Espírito é magnético... a Fé avassaladora na Vida, que possui, é simplesmente contagiante e os jovens mais do que ninguém, sabem disso...
Dou outro exemplo, de um Sábio magnético de quem gostaria de ser amiga, tal como a Helena, S.S. Dalai Lama! :) Mas há sábios anónimos... e eu tenho a mesma idade, do seu filho mais novo... :)
Há pessoas que considero um privilégio, ter a sua amizade.
Dignas de entrega total na amizade e isso, é algo que só elas com o passar do tempo, sabem aperfeiçoar. São pessoas em consonância com a Natureza. Outras infelizmente, não sabem envelhecer e em vez de se tornarem um Vintage, azedam como vinagre! :)
Desculpe os meus pobres recursos estilísticos, Helena, mas não me saberia exprimir sem eles. Sou pouco erudita... :)
Adorei este seu texto.
Pois a Fada do Bosque ia-me deixando quase de lágrima ao canto do olho. O seu texto é tão bonito, tão simples, tão despojado, que me sensibilizou muito ter sido provocado por mim.
ResponderEliminarHá dias em que, depois dum comentário destes, a gente vai para a caminha feliz!
Bem haja!
Que bom minha, ou melhor, Nossa Querida Helena! :)
ResponderEliminarBem Haja, pela sua Bendita Sabedoria!
Porque a Helena é uma mulher sem idade. Inteligente, culta e com uma visão desassombrada da vida. Só a conheço da televisão das revistas e da escrita e de um encontro profissional do qual já não se lembrará, mas seria com certeza uma escolha minha para amiga. Além do mais tem aquela gargalhada franca e espontânea que em Portugal é tão mal vista nas "senhoras" ... tal como a minha.
ResponderEliminarEu me sinto muito confortável de explicar, pois tenho 31 anos. Eu acredito que a juventude, de hoje, busca versatilidade e conhecimento. Não apenas amizades fúteis e inúteis. Pessoas que nos acrescentam o intelecto, mas acima de tudo, o espírito (não me refiro à religiões).
ResponderEliminarEstamos no meio de uma turbulência tremenda de informações, algo jamais visto na história da humanidade. E, quando estas podem vir dinamicamente, discernidamente e levemente atrai a juventude de forma precisa.E, você faz isso plenamente...
Por que será que eu sempre volto a este blog ? Eu estou tão longe...
Reflita...