Pouco dada a manifestações de massas, dei-me conta de que estava no meio do que se chama, hoje, uma "arruada". Ao longe, lobriguei Santana Lopes que conheço há muitos anos. Naquele próprio segundo pensei que estava frita. Bastava uma fotozinha e, pumba, lá se diria que estava a proteger um dos filhos furando, por fim, a tal equidistância pela qual tanto me tenho batido.
Pernas para que te quero, enfiei na primeira loja que tinha porta aberta. Era um café. O meu ar devia ser elucidativo, porque o empregado me perguntou de imediato se queria água fresca. Lá bebi a dita e mais uma mistela castanha. Fiquei até a caravana passar.
Já segura de mim e daquilo de que escapara, retomei a lista dos deveres, em passo mais calmo. Nem cinco minutos haviam passado, surge outra comitiva. Lobrigo a cabeça de Fazenda, que até é um bloquista da minha simpatia. Ia avançar quando me lembrei, de novo, da eventual fotozinha e da proteção dada, agora, ao outro filho. Num ápice voltei para trás e entrei noutra loja. Desta vez eram electrodomésticos, onde acabei por comprar pilhas...
Derreada, afogueada e estafada sem nada ter feito, entrei na Basílica da Estrela, onde, finalmente tive alguma paz.
Claro que Deus não me explicou porque é que os diversos partidos têm estas rotas de colisão...
H.S.C
:))) Deus foge a sete asas disto tudo!
ResponderEliminarMas adquirir pilhas quando podia experimentar a tal da Bimbi (se calhar até já a tem...) ou a maquineta 'fabulástica' que faz pão? ;)
Milady tem de andar com o chapéu que usa pelas margens do Sena e uns óculos bem fumados, para se disfarçar...
;)
e não rir! não rir!
bom, q correria. gostei de ler, foi divertido. um bom post.
ResponderEliminarAi minha querida amiga! não quero ser mázinha, mas parti-me a rir com a sua "pequena" estafadela! :))
ResponderEliminarAcredito que uma mãe tão prudente, em tempo de "arruadas" (o que eu detesto esta palavra, é nova?!)só consiga encontrar a paz num santuário. A sorte dos bons, é que existe sempre uma porta aberta, dos silêncios protectores.
Está contado de uma forma tão engraçada! :) realmente, qu trecho tão realista e divertido! :))
Se não fosse contado por si, imaginava-me a ver um filme antigo com o querido Charlie Chaplin como protagonista. Acredite que consegui "visualizar para dentro", como diz a Helena, a cena e o seu ar afogueado e não me contive de dar uma gargalhada.
ResponderEliminarO que sofre uma mãe de dois importantes infantes e ainda por cima uma mãe que não é nada fácil de passar despercebida, mas desta feita por mérito próprio.
Um beijinho
Mae sofre...
ResponderEliminarCC
Que post tão divertido!
ResponderEliminarTambém imaginei a cena a preto e branco.
Mãe sofre.
Deus não explicou mas por certo sossegou o seu coraçãozinho.
(Tenho estado com imenso trabalho, nem tenho vindo aqui e não tenho falado com a Maria. Gostou dela, ficou?)
beijinhos
"Quem tem filhos tem cadilhos..."
ResponderEliminare eu costumo dizer que dois sao uma familia e três uma empresa. Ainda bem que os meus ainda sao pequenos (e so sao conhecidos ca em casa).
Mas que fiquei cansada com este seu post fiquei.
Enquanto a li veio-me à memoria o filme "After Hours" (Nova Iorque fora de horas) de Martin Scorsese. Até ouvia o tic-tac do relogio preocupada com a lista das coisas que HSC tinha para fazer (preocupaçoes de mae de familia numerosa, certamente...porque como em qualquer empresa que se preze, a logistica é a base do sucesso)
Em minha casa (em Portugal) também ha um candidato, mas parece-me que a vida da minha mae tem sido menos trepidante nos ultimo dias.
Coragem. E que ganhe o melhor !
Julia Macias-Valet
PS Y OJO EN LOS PAPARAZZI !