E, aqueles que não fogem, ficam a desempenhar trabalhos de baixa qualificação roubando, por sua vez, o lugar a pessoas que não possuem hablitações para fazer mais. São cerca de 45000 os licenciados que se encontram nesta situação.
Mais significativos ainda, são os cerca de 49000 titulares de cursos universitários que, em Setembro último, se encontravam inscritos nos centros de emprego. Ou, mesmo, os escassíssimos 9,6% que possuem hablitação superior, um dos valores mais baixos da OCDE.
Em conclusão, não só temos muito poucos licenciados, como nem estes, sequer, conseguimos fixar. Ou seja, uma boa parte do esforço de investimento feito na educação foge-nos e vai enriquecer o património cultural e científico de outros países.
A juntar a este panorama, em Portugal não brilhamos. Porém, quando saímos ficamos entre os melhores...
Levamos imenso tempo a discutir as questões da imigração. Contudo, por mais estranho que pareça, são raras as intervenções a chamar a atenção para o problema, grave, da actual emigração portuguesa. Péssimo sintoma!
H.S.C
Gostei especialmente desta frase
ResponderEliminar"A juntar a este panorama, em Portugal não brilhamos. Porém, quando saímos ficamos entre os melhores..."
Nem mais.
De facto este é um problema muito sério e que urge reflexão e medidas.
ResponderEliminarA acabar de escrever “reflexão e medidas”, apercebo-me que esta é uma situação que não se irá resolver facilmente por decreto. Ou seja, não será esta ou aquela medida isolada que vai permitir aos jovens licenciados progredirem a sua carreira, a sua vida e, consequentemente, desenvolver a terrinha.
Contudo trata-se, entre outros aspectos, de uma questão de gestão das ofertas formativas disponibilizadas em função das necessidades do país. E esta e uma sensibilidade que tem faltado aos sucessivos governos.
Tal como diz, o país tem poucos licenciados e muitos destes estão no desemprego, mas se olharmos para os números, a maior percentagem de licenciados desempregados corresponde aos cursos com o maior número de vagas disponibilizadas.
Isto quererá dizer alguma coisa, não?
Tem razão Daniel. E estamos a exigir médias absurdas par entrar em certas Faculdades para, depois, "importarmos", por exemplo, médicos argentinos...
ResponderEliminarA educação em Portugal não pode ser vista isoladamente. Tem que ser pensada em várias facetas. Mas com urgência. Não podemos continuar a negar aos jovens as expectativas a que têm direito.
É o sintoma da que o País inteiro, ou quase, andou a trabalhar e ainda o faz, para lucro de senhores, pertencentes a seitas da maçonaria, que minaram completamente a economia do o País. A corrupção é tanta, que se preconiza que em breve, a solução é saír do País, para ter uma vida mínimamente condigna.
ResponderEliminarNós não temos tido Governos, temos tido uma espécie de Máfia a dirigir o País. Basta ver por exemplo, as propinas das Universidades, para casais no desemprego. O trabalho precário é outro sintoma dessa corrupção. Nunca mais acabariam estes sintomas, a lista é infindável.
Eu pertenço a uma classe profissional, que tem sido afectada por o desemprego em grande massa. Por ano saiam milhares de enfermeiros, para o desemprego, uma das causas é a quantidade de faculdades privadas, neste momento o estado não devia abrir mais vagas no curso para se absorver esse profissionais nos próximos anos. Os colegas que não têm trabalho em Portugal, têm recorrido ao estrangeiro, para arranjar trabalho. Em Portugal somos uma classe profissional desvalorizada pela sociedade, pelo próprio governo, eu sou licenciado a 8 anos, e nunca me pagaram como tal, e nem querem pagar. Somos considerados licenciados de segunda. E eu até trabalho para o estado. Eu ao longo dos anos tive muitos colegas que foram para outros países como: Espanha, França, Suíça, Inglaterra e até Arábia Saudita. Os enfermeiros portugueses são considerados nos outros países como uns dos mais completos do mundo, uns dos melhores... Só um exemplo soube esta semana que uma colega com quem trabalhei, está a uns meses na Arábia saudita e já é a responsável pelos transplantes cardíaco do hospital aonde está... Demonstra a qualidade dos nossos licenciados... Claro que em Portugal se é português olha-se de Lado...
ResponderEliminarAcabo de ler o comentário de Daniel Monferrato. Realmente, parece -me que as ofertas formativas e o número de vagas correspondem mais aos interesses corporativos dos adultos ...do que à real necessidade do país , bloqueando obrigatoriamente a ideia de empregabilidade que um jovem , naturalmente e ao tirar um curso , possui....
ResponderEliminarEnfim , pode ser que a senhora Ministra se lembre um dia de analisar isso ...
Muitos "fogem" porque aqui não lhes dão o devido valor. A inveja muito pequenina, mesquinha, foi sempre o maior inimigo de nós mesmos. Pensemos no Eça, que ja denunciava esta triste realidade tão sempre em acto em Portugal!
ResponderEliminarNos últimos 3 meses o Ministério do Trabalho Moçambicano emitiu mais de 450 vistos de trabalho a compatriotas nosso que vêm par cá trabalhar (como eu fiz) pois aí querem e não podem. A maior parte são licenciados, entre os quais juristas, advogados, economistas, engenheiros, etc. Há depois também muitos que preferem ficar aí no desemprego e baixar os braços ou porque não estão habituados a fazer sacrifícios na vida ou porque são apenas comodistas ou ambas as coisas.
ResponderEliminarCá ou no nosso país há que lutar por um lugar ao sol como fizeram os antigos emigrantes dos anos 60 e 70 e muitos estão a fazê-lo envergonhando o nosso Governo que nada faz para impedir isto.
Os meus parabens.
ResponderEliminarvi a sua "entrevista" na nossa televisão que passou este fim de semana. É por voce ser tão simples.., quando teria tudo para se "armar" em importante que a admiro como cidadã e como mulher.
Obrigado
Jorge Graça
P.S. .- Minha amiga, dê uma perninha na politica tenho a certeza que ia colocar nela um pouco mais de verdade e decência, bem como respeito pelos cidadãos.