Um fim de semana de intenso trabalho fez com que ligasse, antes de me deitar, o aparelho. Corri os várois canais nacionais e os filmes de violência repetiram-se ao longo das três noites. Nem queria acreditar...
Dei comigo a pensar o que determinaria tais escolhas, antes de dormir, sabendo-se que a essa hora, só os jovens que não sairam e os mais velhos que dormem pouco, serão espectadores por excelência.
O que se pretende? Provocar insónias nos idosos? Promover a violência nos mais novos? Testar novas formas de ataques cardíacos? Fomentar o medo? Não consigo entender esta programação. Alguém me explica?!
H.S.C
Querida Helena,
ResponderEliminarCompreendeu tão bem a finalidade, que a expressou em todas as suas questões.
É muito triste, não é?
Mas acho que a segunda e última questão, são as mais verdadeiras e dantescas.
Acrescento negócio dos lobbees nos intervalos... D
Deixei práticamente de ver TV, apenas o telejornal 2 e uma ou outra reportagem da BBC, ou National Geographic ou então históricas e políticas. Falo de todos cá em casa...
Eu precisei cair agora de cama para descobrir que (afinal) tenho tv em casa. E não, não percebi nada, não percebo. Descobri meia dúzia, se tanto, de coisas interessantes nos canais temáticos da Cabo, no resto: só o vácuo.
ResponderEliminarHelena, não sou Director de Programação de nenhum canal da Televisão, mas tentarei responder à sua pergunta (felizmente retórica, mas sempre pertinente). Eu não acredito no simplismo dos "ídices de audiência", como num, infelizmente concertado, por vezes quase inconsciente, esforço para manter e aumentar a estupidificação. Povo estúpido = a povo dócil. O mesmo aplica-se ao RU, aos EUA..., a velha história. Dantes, quando passavam aqueles filmes de que nós gostamos, em tempos não politicamente correctos, até os americanos pensavam em elevar o nível dos espectadores. Agora com a democracia sem Cratia, é o que vemos... O que pensa da minha observação?
ResponderEliminarAcabei de ver um na RTP 1, ""A Estranh em Mim", em que a protagonista mata oito pessoas, ainda que crmonosas, tudo isto com a conivência de um polícia. No final viveram todos felizes para sempre...
ResponderEliminarEspero agora não ter insónias.
Os filmes de violência causam insónias nos idosos e eu confirmo isso se, por acaso, o assunto filmado me desperta algum interesse para vê-lo até ao fim.
ResponderEliminarPeçamos, pois, a quem de direito que deixe de nos massacrar com essa programação tão violenta nesse horário, pelo menos.
Tem toda a razão Raúl. Não basta dizer que somos uma democracia. É preciso praticá-la e... não mestificá-la
ResponderEliminarSenhora D. Helena
ResponderEliminardeixe-me cumprimentá-la assim pelo muito que a admiro.
Crio muinto vezes com os escritores que leio uma empatia e simbiose que me faz senti-los como amigos de alma, caminhantes no mesmo caminho, algo parecido se passa consigo quando a ouço, o seu vigor, a sua alegria sei que são fruto de uma inteligência lucida, de um pensamento limpido e descomplexado... muito a admiro!
Este fim de semana ouvia dizer "preciso de estar à altura dos meus filhos", esse é um dos meus impulsionadores...e, reconheço que nem sequer é dificil em termos intelectuais,mas e isto porque estou muito triste nesta altura, é tão dificil manter-nos à altura da alegria, do entusiasmo e da fé deles... a Senhora consegue-o , bem haja por isso!
O mundo sempre foi perigoso; talvez seja agora mais.
ResponderEliminarMas existe o livre arbítrio - podemos desligar, mudar de canal, ver um dvd.
Ler.
Ouvir a noite.
Dar a mão.
Cara Dra. Helena,
ResponderEliminarVi a sua entrevista na RTP, neste domingo e mais uma vez achei que esteve espectacular. Tal como na sua escrita, admiro a sua simplicidade e franqueza, a sua leveza com que encara a vida ( que me pareceu não lhe ter sido fácil). Portugal precisa de muitas mulheres assim, com os pés assentes na Terra,com valores e determinação de vida. Parabéns!Continue assim, somos muitas a apoiá-la!
Helena Soares