Estamos quase a acabar o primeiro período de eleições. Sobreviventes dos petardos que o mesmo nos lançou, faltava um último e excitante acontecimento para criar um pouco mais de confusão nas lusas hostes.
Sem quaisquer explicações, o Presidente da República decidiu demitir o seu assessor de imprensa, Fernando Lima, deixando a cada cidadão português a interpretação do acontecido.
Posso estar enganada. Mas tentei encontrar um comunicado ou qualquer outra pista para perceber, em toda a sua amplitude o que, de facto, o terá levado, em final de campanha, a tomar semelhante atitude relativamente a um homem da sua confiança durante cerca de duas décadas. Não encontrei nada. Logo, entendi que o PR considerara que o seu assessor havia cometido falta grave.
Se assim foi, o caso exige clarificação muito rápida. Ou então, o PR devia ter esperado mais cinco dias e, na segunda 28, não só anunciava a sua decisão como a acompanhava da explicação dos motivos que a tinham determinado. A solução escolhida deixa a coisa francamente obscura.
Pior. Fernando Lima é crucificado, Manuela é prejudicada, o país fica espantado e a oposição agradecida, fica encantada.
Digamos que, ou eu sou muito estúpida, ou não percebo a atitude presidencial. Possivelmente, a culpa será minha que sou pouco dotada para a "cousa pública".
Mas algo posso dizer. Seja o que fôr que aí venha, a posição do Diário de Notícias nesta matéria não foi, do meu ponto de vista, muito recomendável...
H.S.C
That's the one million dollar question. E que eu saiba ainda não apareceu nada no Diário da República sobre que tipo de exoneração foi e se foi...
ResponderEliminarIsto está confuso demais, para qualquer alma simples e sensata...
ResponderEliminarA primeira pessoa, que deveria possuir Sentido de Estado, é o Presidente da República! Já era uma campanha periclitante, em termos de transparência Democrática, mas com a actuação dos Media, ao serviço dos corruptos, neste caso e noutros, que diabo havemos de fazer?! São os Media e seus patrões que estão a desnortear tudo e todos. Aqui o Presidente, como um comandante de um navio, devia ter voz, não se lança assim um homem ao mar e pronto, o problema está resolvido... é a imagem que dá! Isto é de pôr as pessoas doidas... Dá a impressão, que os políticos são marionetas, de quaisquer outras forças e o Presidente compactua!
Que País! é de arrancar os cabelos!
Abraço
Dizer que “Fernando Lima é crucificado”implica aceitar que não agiu de moto próprio. O que torna o caso mais grave. Desde Agosto até hoje, já houve tempo para se esclarecer esta situação. Ou não? Pergunto-me, como cidadão e eleitor porquê uma, eventual, resposta de Belém, apenas depois de Domingo 27? Pacheco Pereira, quer-me parecer, tem a sua razão. Que MFL e o seu Partido são atingidos, parece-me inegável. Quantificar o prejuízo político, já será difícil. Aguardemos pois!
ResponderEliminarP.Rufino
PS: de algum modo a “talhe de foice” gostei de ouvir Joana Amaral Dias nos Gatos. Uma mulher que além de bonita, tem inteligência q.b. e é muito bem articulada.
Quando usei a expressão queria dizer que alguém que é sumariamente despedido de forma pública, sem direito a explicar-se e sem que também publicamente sejam conhecidas as razões está, do meu ponto de vista, a ser "crucificado". Ignoro as razões que a tal levaram, mas entendo que ninguém deve ser exposto a tal vexame em silêncio.
ResponderEliminarNo sec. XXI e num país democrático, fico perplexa!
Um bom ponto, este que aqui faz, Helena.
ResponderEliminarP.Rufino