quarta-feira, 22 de julho de 2009

O buraco nacional

Não, não estou a referir-me aos múltiplos buracos funcionais. Do alcatrão, da electricidade, do gaz, do telefone, da água, da tv, etc. Sempre que uma destas empresas actua, abre um buraco. Que permanece até que a edilidade o feche. Uma vez fechado, vem uma outra, que abre nova caverna que continuará como tal, até que a entidade competente a tape. E assim, sistematicamente, o rendilhado citadino vai alegremente sendo alargado...
Mas não é destes que hoje vos falo. É do orçamental. Com a quebra real da economia, as receitas fiscais vieram por aí abaixo. Com grave impacto no defice que "apenas" quadruplicou relativamente a período homologo do ano anterior.
No primeiro semestre deste ano atingiu 7305 mil mihões de euros, o que representa para as contas públicas, qualquer coisinha como mais de 40 milhões de euros por dia.
Afinal tanto sacrifício para controlar o dito, serviu para quê? Alguém me dá uma explicação económica - que não política - convincente?
É claro que nunca iremos conhecer a verdadeira dimensão do defice do Estado, porque as despesas ocultas no Orçamento o não irá permitir. Mas haverá, ainda, quem acredite que em 2010 - seja qual for o partido que ganhe as eleições - os impostos não sejam aumentados?

H.S.C


6 comentários:

  1. Respondendo à sua questão, cara amiga Helena, e embora sejamos um povo esperançoso, penso que não, a menos que já estejamos todos completamente alienados.
    O que me preocupa (e espanta!) é que caminhamos para o abismo, sem que se ouça uma voz que diga "CHEGA!".
    Não é demagogia dizer que os pobres estão cada vez mais pobres mas, o que é facto, é que essa constatação, por si só, também não resolve nada.
    É por tudo isto que os manos "Porta" me deixam numa indecisão sem nome. E porquê? Porque estou, de certa forma, de acordo com medidas que ambos - embora em campos opostos - defendem. É que os nossos políticos, além de não pensarem no social, esbanjam, ou por outra, continuam a esbanjar dinheiro de uma forma completamente inclassificável.
    E assim, caminhamos alegremente em direcção a...?? Que responda quem souber.

    Abraço de Amizade.

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  2. Eduquei os meus filhos com os mesmos valores. Por isso eles são tão amigos.E o mesmo direi do magnífico Pai que lhes dei.
    Quando, a sorrir, digo que são iguais, mas ligados a correntes diferentes, as pessoas surpreendem-se. Mas é a verdade. E a Teresa de certo modo acaba de o confirmar!

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  3. Helena querida adorei o seu blog !!! um bj muito grande !! saudades !!!!! já já estou de regresso quase definitivo a Lisboa.......

    GGGGG

    http://poportugal.blogs.sapo.pt

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  4. A questão das companhias é que é complexa...
    Aquilo do 'diz-me com quem andas...' às vezes faz estacar e...
    apetece abanar um bocadinho e dizer ao ouvido: 'estais hipnotizado ou quê?!' ou então: "quem és e o que fizeste com ele?"...
    É que rondam figuras francamente sinistras, com os seus arrepiantes discursos de homilia.
    Por outro lado, há a acutilância do dedinho-em-riste.
    Um sonha, outro faz sonhar.
    E isto é de tal forma um circulo que quem é quem se homogeniza e dilui.
    A essência, já sabemos, é lírica.
    E comum.
    :))
    ...
    ah, o tema não era bem este, pois..., hmmmm, não há ilusões, há peneiras. É que não podemos com a intensidade da verdadinha que nos cái como o sol do meio-dia.
    Queima.
    Fazer o quê, se não pagar?!
    Marcar lugar no foguetão para Marte?
    ai...

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  5. Ai... lá essa de acreditar não acredito. Aliás, no dia em que, com uma lanterna, escondida atrás da porta da cozinha, descobri que o Pai Natal era uma Loura parecida comigo em ponto grande, nunca mais acreditei em nada.
    Explicar para que é que serviu o sacrifício, pois... este neurónio louro dá uma excelente desculpa para as coisas que me transcendem.

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  6. Margarida, qualquer das várias companhias me constrange. De ambos os lados...
    Quando penso nelas - tirando umas excepções que, inexplicavelmente me atraem e a poriam a rir se eu revelasse quem -, tudo o resto me horroriza de modo atroz.
    Mas, confesso, prefiro a estética italian à da R. dos Fanqueiros! Questão de mera educação. Não de classe social, como calcula.
    Minha doutoradíssima loura, veja lá que, com esta idade, ainda acredito nalgumas coisas. Nunca apreciei a figura do Pai Natal, muito nórdico para meu gosto.
    Mas meninos nas palhas continuam a emocionar-ne. Mesmo figurativos. Não lhes beijo os pés. Mas gosto de saber que eles lá estão.
    Um pouco como os meus infantes que até ao meu ultimo suspiro serão o simbolo de algo que já não existe na forma original, mas subsiste como a mais sólida opção de toda a minha vida, 50 anos depois...
    E o que eu gosto que assim seja, meu Deus!

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