quinta-feira, 9 de abril de 2009

O parque de campismo

As frases infelizes dos políticos começam a atingir um grau de paranóia procupante. Depois do belo exemplo dado pelo erudito Presidente do Brasil, Lula da Silva, a medalha da insensibilidade vai agora para Silvio Berlusconi que, desde que fez a plástica ao rosto e o implante capilar, parece ter plastificado também o reduzido miolo cerebral.
Com efeito, depois de uma catástrofe como a que atingiu a Itália, esta semana, será possível que, face aos desgraçados que se encontram alojados em tendas do exército, o PM italiano, que nem aos lugares sinstrados foi, ficando apenas lá por perto, lhes peça que encarem a situação como "um fim de semana no parque de campismo" ?
São vinte e oito mil os desalojados, duzentos e oitenta os mortos, trezentas e cinquenta as réplicas, e o político não encontra nada mais para dizer?
"Perdoai-lhe, Senhor, se conseguires, porque este homem não sabe o que faz". Mas perdoa, também, àqueles que nele votaram e permitiram a sua eleição...

H.S.C

2 comentários:

  1. Realmente, este tipo de afirmação nos remete a mais profunda indignação. Eu acredito, plenamente, que a base das relações humanas está justamente na palavra "sensibilidade". Sensibilidade para entender os problemas do próximo; para compreender suas necessidades e seus anseios. Isso é a base para um bom relacionamento interpessoal seja no trabalho, na academia científica ou em qualquer outro ambiente onde se possa conceber e manter as relações humanas. Este é o alicerce precípuo para a Diplomacia Externa, o que dirá na diplomacia interna, então, nem se fala!
    O que se pode dizer de um primeiro-ministro, ao fazer tal afirmação deveras irresponsável ?
    Apenas se me permitir Helena, peço a todos um minuto de silêncio em homenagem ao primeiro-ministro italiano...

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  2. Na política, como na vida, paga-se sempre caro a ilusão...

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