Confesso já que sou iberista para que compreendam melhor o que escrevo. Corre-me nas veias, pelo lado materno, "sangre de españa", que não escondo nem renego e por vezes se manifesta em querelas políticas familiares. Mas cada um aqui em casa pensa livremente e não seria esta pequena diferença que nos abalaria. Pelo contrário, dá mais sal às nossas divergências nacionalistas. É que antes de ser europeia, muito antes mesmo, sou portuguesa, pese embora o politicamente incorrecto da situação! O mesmo se passa com o acordo ortográfico, que só obrigada, cumprirei...
Vicky Cristina é, a meu ver, uma obra maior de Woody Allen. Os protagonistas, Penélope Cruz e Javier Bardem, são os espanhóis que faltavam a um filme que fala de amores difíceis e duma cidade maravilhosa como Barcelona.
O realizador sempre se ocupou deste tema, que sabe como ninguém, satirizar. Mais apreciado na Europa do que na "sua" América, que lhe perdoa mal, entre outras coisas, o facto de ser judeu, Woody consegue explicar como se alimenta um amor que renasce quando vive a três e fenece enquanto dupla. O assunto não é fácil e no imaginário de muitos de nós está longe de ser apenas virtual...
A crítica não apreciou muito este triunvirato. Ignoro se por motivos morais ou outros. Quaisquer que tenham sido as razões, pessoalmente discordo da menorização da fita. Para os apreciadores do estilo Allen, Vicky é uma lufada de ar fresco nesta Europa cinzenta e infeliz!
Só por isso já valeria a pena ir vê-lo. Mas há, felizmente, muito mais. E há, sobretudo, Javier Bardem, que lava a alma feminina e a leva a sonhar que ainda existe esse tesouro perdido que se chama "latin lover".
H.S.C
Tem toda a razão!!! Nesta europa triste e cinzenta fazem falta mais Javier(es). Muitos! :)
ResponderEliminarE Woody está fantástico neste VCB. Em grande forma.
Cara Helena,
ResponderEliminarPeço licença para lhe enviar um vídeo muito interessante:
http://www.roberthappe.net/port/video.htm
Grata pela atenção,
Renata.
Tenho urgentemente de ver o filme!
ResponderEliminarGostei da sua crítica, mas não posso concordar consigo quando diz que a América perdoa mal a Woody Allen o facto de ser judeu. Spielberg também o é... e é um campeão de bilheteiras.
Teresa,
ResponderEliminarE quantos óscares já ganhou o Spielberg?... Pois.
Helena
ResponderEliminarDe comum vejo que não temos apenas o nome: Javier Bardem para sempre!
:D
MariaHelenaMalhoa(mhmalhoa)