quarta-feira, 22 de outubro de 2025

FUGIR AO QUOTIDIANO

Há dias em que o peso das rotinas parece maior do que devia ser. O despertador toca, o trânsito repete-se, as conversas soam iguais, e tudo se mistura num ciclo previsível, quase automático. É nesses momentos que nasce a vontade de fugir - não necessariamente de um lugar, mas de uma sensação. A vontade de respirar ar novo, de ver rostos desconhecidos, de sentir que o tempo pode ser vivido de outra forma.

Fugir ao quotidiano é um impulso de liberdade. É o desejo de romper com a ordem, com os compromissos que nos definem, com as obrigações que nos moldam. Não se trata de rejeitar a vida que temos, mas de lembrar que há outras formas de existir. Uma viagem improvisada, um passeio sem destino, uma tarde de silêncio - pequenos gestos que nos fazem recuperar o sentido de estar vivos.

Talvez o que realmente procuramos ao fugir não seja a distância, mas o reencontro. Reencontro com a curiosidade, com o espanto, com aquilo que o hábito nos fez esquecer. E quando voltamos - porque sempre voltamos - trazemos connosco um pouco dessa liberdade que nos renova e dá novo significado aos dias comuns!

 

terça-feira, 21 de outubro de 2025

AS MARCAS

Algumas pessoas passam pela nossa vida como o vento leve de uma tarde de verão. Não ficam para sempre, mas deixam uma brisa que refresca a alma.

Outras, chegam como tempestade, transformam tudo, revolvem, ensinam, e obrigam-nos a crescer. Há, também, aquelas que parecem raízes firmes, silenciosas, sempre ali a sustentar os nossos passos, mesmo quando não percebemos.

Cada encontro, seja breve ou duradouro, deixa em nós um traço invisível. Às vezes, é um sorriso que lembramos em dias cinzentos. Outras vezes, uma palavra que ecoa quando precisamos de coragem. Pode ser uma dor que nos ensina limites, ou um gesto de bondade que nos mostra que ainda existe beleza no mundo.

O que realmente marca não é o tempo que alguém passa ao nosso lado, mas a intensidade da presença, a verdade do afeto, a maneira como nos tocam por dentro. E, no fim, somos feitos disso: de pedaços das histórias que vivemos com os outros, de lembranças que nos moldam, de marcas que nos transformam.

 

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

QUANDO O TEMPO QUISER

Há coisas que não dependem da pressa, nem da ansiedade.
O tempo tem seu próprio compasso, um ritmo invisível que conduz a vida.
Quando o tempo quiser, as respostas chegam,
as feridas cicatrizam,
os encontros acontecem,
e os sonhos florescem.

É inútil forçar o que ainda não está pronto,
assim como não se apressa o nascer do sol
nem se antecipa o desabrochar de uma flor.

Tudo vem no instante certo —
nem antes, nem depois.
Enquanto isso, cabe a nós aprender a esperar,
cuidar do presente
e confiar na sabedoria do tempo.

Porque, quando o tempo quiser,
a vida se revela em plenitude.

 

domingo, 19 de outubro de 2025

"Há sempre um momento certo"

O ditado “há sempre um momento certo” carrega uma sabedoria antiga e profunda. Ele lembra-nos que a vida tem seus próprios ritmos, e que nem tudo acontece quando queremos, mas sim quando deve acontecer.

Essa expressão popular está ligada à ideia de tempo oportuno — aquele instante em que tudo se encaixa com mais naturalidade e fluidez. Muitas tradições filosóficas e espirituais abordam esse conceito, desde a Bíblia, em que se lê que que o tao fala sobre agir em harmonia com o fluxo natural da vida.

Na prática, isto significa que forçar situações antes do tempo, pode gerar frustração, erros ou perdas. Por outro lado, saber esperar e reconhecer o momento certo é uma virtude ligada à sabedoria, à paciência e à maturidade.

Este ditado também convida à confiança na jornada. Às vezes não entendemos por que algo não deu certo agora — mas, mais à frente, percebemos que o adiamento foi uma forma de proteção ou preparação.

Num mundo tão imediatista, lembrar que “há sempre um momento certo” é uma chamada à calma, à fé e à escuta interior. Nem tudo o que é bom vem rápido. Mas tudo o que é verdadeiro vem no tempo certo.

 

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

E SE UM DIA ACONTECER …

E se um dia acontecer?
Se aquilo que você tanto teme finalmente bater à porta?
E se o que você evitou por medo, cansaço ou dúvida, se tornar inevitável?

Talvez esse dia não venha para o derrubar, mas para lhe mostrar que você é mais forte do que imaginava.
Que a vida não espera que tudo esteja pronto — ela simplesmente acontece.
E, quando acontece, é o seu coração que precisa escolher: parar ou seguir.

E se um dia acontecer, respire fundo.
Lembre-se de tudo o que você já superou, de todas as vezes em que achou que não conseguiria — e conseguiu.
Talvez o que vier não seja o fim, mas o começo de algo que você ainda não entende, mas que um dia vai agradecer por ter vivido.

Porque o “acontecer” da vida nem sempre é fácil, mas quase sempre é necessário.
E, no fim, o que realmente importa, não é o que acontece…
Mas o que você decide fazer com isso.

 

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

TALVEZ UM DIA…

“Olhar para dentro é o primeiro passo para entender o mundo lá fora.”
Vivemos rodeados de informação, mas será que paramos para refletir sobre nós mesmos e sobre o mundo que nos cerca?
Este livro é um convite à pausa, à consciência e à análise crítica. Nele poderá encontrar:
Perguntas que desafiam certezas
Reflexões para aplicar no dia a dia. Um olhar lúcido sobre o ser humano e a sociedade atual
Não se trata de um manual com respostas prontas. É um espelho e uma janela.
Um espelho para se ver com mais clareza, e uma janela para compreender o mundo em transformação.
Está disposto a questionar-se e a questionar a forma como vivemos num mundo de permanente incerteza? Se sim, vai gostar de ler este livro.
TALVEZ UM DIA… já está disponível nas livrarias e supermercados, desde 14 de outubro.

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

E SE NUNCA ACONTECER?

Vivemos cercados de expectativas. Um sonho que guardamos em silêncio, um plano que adiamos, uma oportunidade que esperamos, como quem aguarda a mudança do vento. Mas, e se nunca acontecer?

Talvez a resposta esteja em perceber que a vida não é só feita de grandes acontecimentos, e sim dos pequenos passos que damos todos os dias. Às vezes, a realização não está no destino que idealizamos, mas no caminho que percorremos, enquanto tentamos chegar até lá.

E se nunca acontecer, ainda assim teremos aprendido, crescido e nos reinventado. O que parece um “não” definitivo pode ser a abertura para novos caminhos, diferentes do que imaginávamos, mas igualmente valiosos.

Talvez o mais importante não seja esperar pelo momento perfeito, mas criar vida no agora, com o que temos, com o que somos. Porque a verdade é que, mesmo que “aquilo” nunca aconteça, outras coisas vão acontecer. E podem ser ainda melhores do que as que nós planeamos.

A minha caminhada é um bom exemplo do que aqui digo. Nem tudo que sonhei se realizou, mas o que surgiu foi melhor do que eu pensava!