terça-feira, 6 de maio de 2025

ESCOLHEMOS OU NÃO?

Escolhemos como sentimos? Ou, na verdade, as nossas emoções acontecem quase sem que as possamos perceber? Às vezes, parece que estamos no controle das nossas reações, como se pudéssemos decidir, no meio do caos, como vamos lidar com o que sentimos. A sociedade até nos ensina que temos esse poder, que podemos escolher não ser dominados pela raiva ou pela tristeza, e que podemos, sim, buscar a felicidade, mesmo nas situações difíceis.

Mas será que a escolha é realmente nossa? Muitas vezes, as emoções surgem sem aviso, e ficamos imersos em sentimentos que não escolhemos. A raiva, a saudade, o medo... elas aparecem de repente, sem pedir licença. E, por mais que tentemos controlar, parece que a mente tem a sua própria vontade. Como se, por um instante, fôssemos apenas espectadores de algo que se desenrola dentro de nós, sem que possamos fazer muita coisa.

É curioso perceber que, embora tentemos racionalizar tudo o que sentimos, as emoções parecem vir de um lugar profundo, algo que não conseguimos controlar, mas que está lá e faz parte de quem somos. No entanto, há também momentos em que conseguimos, com algum esforço, criar um espaço entre o que sentimos e a forma como reagimos. Não no sentido de negar o que estamos a sentir, mas de dar um passo atrás e perceber que talvez, naquele momento, haja uma escolha.

Acho que a beleza disto está em saber que, muitas vezes, as emoções são imprevisíveis. E, talvez, ao invés de tentar entender tudo, possamos apenas aceitar esse fluxo natural. Sentir é algo tão humano, tão espontâneo, que talvez a verdadeira escolha seja aprender a estar em paz com o que se sente, seja o que for, sem pressa de controlar ou mudarParte superior do formulário

Mãos pequenas, coração grande

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2 comentários:

  1. On e off, um interruptor para as nossas emoções?
    Que sensaboria.
    Passamos a ser a versão humana do R2D2.

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