quarta-feira, 24 de abril de 2024

AO MIGUEL

Hoje, passa mais um ano que o meu filho Miguel faleceu. Os primeiros pensamentos foram para ele, sorridente, na foto que está na minha mesa de cabeceira. Fiquei ali, sentada a berma da cama, a sorrir-lhe, sabendo que onde quer que esteja, estaria a fazer o mesmo. Dei-lhe um beijo e comecei, serena, o meu dia de trabalho. À noite volto a despedir-me, aguardando o seu aniversário, a 1 de maio. Esta ano irei pela primeira vez passar esse dia no mar da Praia das Maçãs, onde repousam as suas cinzas. E vou ser capaz de lá deixar um ramo de flores. Foi e é um filho abençoado!

Hoje é, também, a altura de me despedir dos meus leitores nas redes sociais. Foram quase dois anos a partilhar convosco uma forma de vida que é a minha, e que julguei poder levar outros, menos felizes, a rever as suas. Se consegui dar animo e força fico feliz. Se não consegui o objetivo, foi muito positivo para mim, ler os vossos comentários, que também me ajudaram a revisitar as várias vidas que vivi! Vou andar por aí a preparar o novo livro, que sairá em outubro, mas, de vez em quando, virei aqui dar novidades.

Finalmente, um agradecimento muito especial para todos aqueles que, antes de eu escrever estas linhas, se lembraram do Miguel.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

VÁ NO SEU RITMO

 

Num mundo que constantemente nos bombardeia com padrões e expectativas, é fácil cair na armadilha das comparações. Desde as redes sociais até ao ambiente de trabalho, somos constantemente confrontados com as conquistas e sucessos aparentes dos outros, o que pode gerar uma pressão insustentável para nos medirmos pelo mesmo padrão. No entanto, a verdade é que cada um de nós está numa jornada única, com circunstâncias, habilidades e objetivos próprios. Comparar a nossa trajetória com a de outra pessoa é não apenas injusto, mas também improdutivo. Cada um de nós tem o seu próprio ritmo de crescimento, as suas próprias experiências e desafios a enfrentar. Ao invés de se deixar levar pela tentação de comparação, é fundamental aprender a valorizar o próprio progresso e caminhada. Isso não significa estagnar ou contentar-se com menos do que se pode alcançar, mas sim reconhecer que o sucesso e a felicidade não são medidas universais. Respeite seu ritmo. Isso significa dar-se permissão para progredir de acordo com as suas próprias capacidades e circunstâncias. Às vezes, pode ser necessário desacelerar e cuidar de si mesmo, enquanto em outras ocasiões, pode-se acelerar o ritmo e desafiar os limites. O importante é manter-se fiel ao seu caminho, sem se deixar distrair pelas realizações dos outros.

Evite comparações que apenas minam a sua confiança e autoestima. Em vez disso, concentre-se em cultivar uma mentalidade de crescimento, onde o foco está em se melhorar a si mesmo a cada dia, em vez de superar os outros. Celebre as suas próprias vitórias, por menores que sejam, e aprenda com os seus próprios fracassos, sabendo que cada passo dado é uma parte valiosa da sua jornada pessoal. Lembre-se que a única pessoa com quem você deve comparar-se, é com a pessoa que você era ontem.

domingo, 21 de abril de 2024

FALHAR NÃO É O FIM


No tecido da vida, os fios do sucesso entrelaçam-se, muitas vezes, com os da falha. É uma verdade inegável que, por mais cuidado que tenhamos, por mais habilidades que acumulemos, às vezes falhamos. No entanto, é essencial reconhecer que falhar não é o fim do caminho, mas um capítulo no livro da experiência.

A sociedade, muitas vezes, estigmatiza o fracasso, pintando-o como uma marca de incompetência ou inadequação. No entanto, é através dos fracassos que construímos a nossa resiliência, a nossa capacidade de adaptação e a nossa sabedoria. Cada tropeço, cada obstáculo superado, ensina-nos lições valiosas que não poderíamos aprender de outra forma.

Os grandes empreendedores, artistas, cientistas e líderes do mundo não alcançaram o sucesso sem enfrentar falhas ao longo do caminho. O que diferencia essas pessoas não é a ausência de falhas, mas sim, a sua capacidade de aprender e crescer com elas. Enquanto alguns se deixam abater pela adversidade, outros abraçam-na como uma oportunidade de se reinventar, de refinar suas estratégias e de continuar avançando em direção aos seus objetivos.

Falhar não é o fim, mas sim uma parte inevitável e essencial do caminho para o sucesso. É uma oportunidade de reavaliar, de aprender, de se fortalecer e de seguir em frente com ainda mais determinação. Então, quando os ventos da vida soprarem contra nós e as ondas da adversidade ameaçarem afundar o barco, lembremo-nos que cada falha é apenas uma página virada, e o próximo capítulo pode ser o começo de uma grande vitória.

sábado, 20 de abril de 2024

O RAPAZ

Antes de tudo, quero fazer uma declaração de interesses. Sou muito amiga do Cláudio, que conheci, há imensos anos, num delicioso programa chamado “AS NOITES MARCIANAS”, um dos primeiros lates night shows que se fizeram em Portugal, sob a batuta admirável de Carlos Cruz. Nessa altura, intui que ele poderia ser o que quisesse, se lhe dessem oportunidade. Agarrou todas. Hoje é um dos pilares da TVI.

Cláudio Ramos é um comunicador nato com uma paixão pelo Alentejo e as suas gentes. Nascido em Luanda e criado no Alentejo, tem uma trajetória diversificada que inclui passagens pela televisão, rádio, imprensa escrita, publicidade, além de ter sido um dos pioneiros da blogosfera em Portugal.

“O Rapaz” explora temas profundos como a descoberta da sexualidade, a paixão, o prazer das coisas simples e o amor gay. O próprio autor refere que este romance representa uma maturidade crescente na sua escrita, oferecendo uma narrativa que poderia ser a de qualquer um de nós, com as suas histórias de ficção que se entrelaçam com a realidade.

A mensagem central do livro é uma celebração da aceitação e do amor próprio. Através da jornada do protagonista, o autor explora a importância de se aceitar e de valorizar a própria identidade e história pessoal. O livro aborda o amor gay com uma honestidade tocante, destacando que o amor pode ser encontrado em várias formas e que cada pessoa merece ser amada e respeitada como é.

“O Rapaz” é mais do que um romance. É um convite para refletir sobre o amor em todas as suas formas e a importância de nos aceitarmos e valorizarmos. Cláudio Ramos deixa uma marca na literatura portuguesa com esta obra, convidando os leitores a uma viagem introspetiva sobre a vida, o amor e a aceitação.

Além disso, “O Rapaz” convida os leitores a refletir sobre as suas próprias vidas, incentivando-os a abraçar a sua verdade e a encontrar alegria nas coisas simples. É um apelo à coragem de viver autenticamente e ao poder transformador do amor, seja ele romântico, familiar ou de amizade. A história é um alerta de que, apesar dos desafios e das adversidades, há sempre espaço para a esperança e para a felicidade genuína.

DA FINITUDE

A finitude é um conceito que reflete a natureza limitada da existência humana. Ela abrange aspetos físicos, temporais e existenciais, marcando a vida com a consciência de que tudo tem um fim. Na filosofia, a finitude foi explorada por pensadores como Platão e Aristóteles na Antiguidade, e por Descartes e Kant na Modernidade, cada um abordando a condição humana e as limitações do conhecimento e da razão.

 

A finitude nos envolve,

Com seu manto de mistério e inevitabilidade.

Limita nossos dias, molda nossas noites,

E nos lembra que somos passageiros temporários.

 

Nascemos, crescemos e envelhecemos,

Cada respiração é um tesouro, cada momento é um presente.

A finitude nos ensina a valorizar,

A vida, o amor, e as pequenas alegrias.

 

Na filosofia, encontramos perguntas,

Sobre o ser, o conhecer e o existir.

A finitude é o pano de fundo,

Para o drama humano em busca de sentido.

 

Platão via o mundo sensível como efêmero,

Aristóteles, a mudança e a causalidade.

Descartes questionava a certeza do saber,

E Kant, as fronteiras da razão humana.

 

A finitude é nossa companheira silenciosa,

Que nos acompanha desde o primeiro choro até o último suspiro.

Ela nos desafia a viver plenamente,

A amar profundamente e a deixar um legado de esperança.

 

Pois no fim, o que resta é o impacto,

Das vidas que tocamos e dos sonhos que vivemos.

A finitude pode ser o fim,

Mas também é o convite para começar a verdadeira jornada.

 

A finitude física lembra-nos da mortalidade e da transitoriedade do corpo humano. A finitude temporal faz-nos conscientes da preciosa natureza do tempo e da importância de viver o presente. E a finitude existencial confronta-nos com questões profundas sobre o propósito e o significado da vida.

Aceitar a própria finitude é uma parte integral do desenvolvimento pessoal e espiritual, permitindo-nos enfrentar a vida com autenticidade e coragem.

sexta-feira, 19 de abril de 2024

DA SENSUALIDADE

A sensualidade é uma força poderosa que permeia todas as facetas da experiência humana, desde a arte até a interação interpessoal. Ela é mais do que simplesmente uma atração física; é uma expressão profunda da nossa conexão com o mundo ao nosso redor e com nós mesmos.

Em sua essência, a sensualidade é a celebração dos sentidos. É a maneira como nos envolvemos com o mundo através do toque suave da pele, dos aromas sedutores que nos envolvem, dos sabores que nos fazem suspirar e das melodias que acariciam nossos ouvidos. A sensualidade desperta nossos sentidos para a riqueza da vida, convidando-nos a mergulhar em experiências que nos elevam para além do comum.

Além disso, a sensualidade é um poderoso meio de expressão pessoal. Ela permite-nos comunicar os nossos desejos mais profundos, as nossas emoções mais íntimas e a nossa essência mais autêntica. Quando nos permitimos abraçar a nossa sensualidade, estamos nos concedendo a liberdade de sermos verdadeiramente nós mesmos, sem reservas ou inibições.

Na esfera dos relacionamentos, a importância da sensualidade é ainda mais evidente. Ela fortalece os laços entre amantes, criando uma intimidade profunda e uma conexão emocional que transcende o físico. A sensualidade permite explorar o corpo e a mente de nosso parceiro de uma maneira que é ao mesmo tempo estimulante e reconfortante, construindo uma base sólida para uma conexão duradoura e significativa.

Além disso, a sensualidade tem o poder de despertar a criatividade e inspirar a inovação. Na arte, na música, na dança e em todas as formas de expressão criativa, a sensualidade é uma fonte de inspiração inesgotável, infundindo cada obra com uma energia vibrante e uma beleza cativante.

A sensualidade é, assim, uma parte essencial da experiência humana, enriquecendo as nossas vidas de formas incontáveis. Ao abraçarmos a nossa sensualidade, estamos a permitir-nos viver de forma mais plena, apaixonada e autêntica, e a tornar cada momento uma celebração da beleza e do prazer que existe ao nosso redor.

terça-feira, 16 de abril de 2024

O MITO DA CAIXA DE PANDORA

Caixa de Pandora é um objeto extraordinário que faz parte da mitologia grega. Segundo a lenda, essa caixa foi criada pelos deuses e continha todas as desgraças do mundo, como a guerra, a discórdia e as doenças do corpo e da alma. No entanto, havia um único dom dentro dela: a esperança.

O mito da Caixa de Pandora explica a criação da mulher, suas qualidades e suas fraquezas, bem como todos os males existentes no mundo. Desde sua origem, o mito tem um caráter social. Neste caso, a Caixa de Pandora passou a representar a maldade que pode vir dela, a desobediência e a curiosidade que prejudicam os seres humanos.

Aqui está a história para quem não a conheça, mas já tenha ouvido falar dela. Ao logo dos tempos

O titã Prometeu, defensor da humanidade e conhecido pela sua inteligência, roubou o fogo de Zeus e entregou-o aos mortais. Com isso, ele assegurava a superioridade dos homens sobre os animais.

No entanto, o fogo era exclusivo dos deuses e de Zeus, o senhor dos homens e supremo mandatário dos deuses que habitavam o monte Olimpo. Furioso com a ação de Prometeu, quis se vingar. Com a ajuda de todos os deuses, ele encarregou Hefesto, deus do fogo e dos metais, e Atena, deusa da justiça e da sabedoria, de criar Pandora.

Pandora foi a primeira mulher a viver com os homens na Terra. Ela recebeu qualidades como graça, beleza, inteligência, paciência, meiguice, habilidade na dança e nos trabalhos manuais.

Antes de ser enviada à Terra, Zeus entregou-lhe uma caixa com a recomendação de que ela não deveria ser aberta, já que continha todas as desgraças do mundo e também a esperança.

Pandora, no entanto, não conseguiu resistir à curiosidade e, abrindo a caixa, libertou todos os males. Arrependida, tornou a fechá-la, mantendo presa a esperança.

O mito da Caixa de Pandora foi sendo  transmitido por via oral, não havendo precisão absoluta sobre este mito. Mas ele serve como um aviso de que, mesmo diante das adversidades e males, a esperança continua a brilhar como uma luz, no fundo da escuridão.

domingo, 14 de abril de 2024

VIVER EM PÚBLICO

Viver em público é como estar num palco perpétuo, onde cada ação, palavra ou expressão é observada e interpretada por uma plateia invisível. É uma experiência que mistura a sensação de liberdade com a responsabilidade de ser constantemente avaliado. Nas ruas movimentadas das cidades, nas redes sociais que conectam milhões de pessoas ao redor do mundo, ou nos holofotes da fama, viver em público significa estar exposto à atenção constante dos outros.

Essa exposição pode ser tanto estimulante quanto desafiadora. Por um lado, a sensação de pertencer a algo maior do que nós mesmos, de ser parte de uma comunidade que nos observa e interage connosco, pode ser extremamente gratificante. A troca de ideias, o reconhecimento pelo nosso trabalho ou simplesmente o calor humano que recebemos ao nos conectarmos com os outros, são aspetos que enriquecem nossa experiência de vida.

Por outro lado, essa constante exposição também pode ser intimidante e invasiva. A pressão para corresponder às expectativas alheias, a necessidade de manter uma imagem pública impecável e a falta de privacidade, são desafios que muitas vezes acompanham aqueles que vivem em público. A linha ténue entre a vida pessoal e a vida pública pode se tornar borrada, deixando pouco espaço para a autenticidade e a vulnerabilidade.

No entanto, viver em público não precisa de ser uma experiência unilateralmente negativa. É possível encontrar um equilíbrio saudável entre a exposição e a intimidade, entre a influência externa e a autenticidade interna. Isso envolve definir limites claros, cultivar relacionamentos genuínos e lembrar-se sempre de preservar a própria identidade, mesmo diante das demandas e expectativas externas.

No fundo, viver em público é uma jornada única e multifacetada, que oferece tanto de oportunidades quanto de desafios. Cabe a cada um encontrar o seu caminho dentro deste cenário, navegando pelas águas turbulentas da atenção pública, com autenticidade, resiliência e até compaixão.

SER OUTRO

A essência do "ser outro" reside na profundidade da experiência humana. É um convite para explorar a vastidão de perspetivas que o mundo oferece, para se despir das próprias limitações e mergulhar na mente e no coração de outro ser.

É uma jornada de empatia, um ato de compaixão que nos permite compreender mais plenamente a complexidade da condição humana. Ser outro é transcender as fronteiras do eu e abraçar a diversidade que enriquece a nossa existência.

Na pele de outro, podemos vislumbrar os desafios, as alegrias, as dores e os triunfos que moldam a vida de cada indivíduo. Podemos nos conectar com as suas histórias, suas lutas e suas conquistas, encontrando pontos de identificação que transcendem as barreiras do tempo, da cultura e da geografia.

No entanto, ser outro não é apenas uma questão de observação externa. É também uma jornada interna, um exercício de introspeção que nos convida a questionar os nossos próprios preconceitos, privilégios e suposições. Ao nos colocarmos no lugar do outro, somos confrontados com a complexidade de nossas próprias narrativas e com a necessidade de cultivar uma consciência mais profunda de nossa interconexão como seres humanos.

Ser outro é um ato de humildade e coragem, pois requer a disposição de deixar de lado o conforto do familiar e se aventurar no desconhecido. É um lembrete poderoso de que, apesar das nossas diferenças superficiais, compartilhamos uma humanidade comum que nos une na nossa busca por significado e pertença.

Em última análise, ser outro é uma celebração da diversidade e da riqueza da experiência humana. É uma chamada de atenção gentil de que, embora possamos ser únicos em nossa individualidade, estamos todos interligados na nossa jornada coletiva através da vida.

sábado, 13 de abril de 2024

A SAÚDE DAS PALAVRAS

A saúde das palavras é tão vital quanto a saúde do corpo. Assim como cuidamos da nossa saúde física, devemos também atentar para o bem-estar das palavras que usamos diariamente. Afinal, as palavras têm o poder de curar, inspirar, ferir ou destruir.

Primeiramente, a saúde das palavras está intrinsecamente ligada ao seu significado e uso adequado. Palavras bem escolhidas e empregadas com precisão podem comunicar pensamentos e sentimentos de forma clara e eficaz. Por outro lado, palavras mal utilizadas ou interpretadas de maneira equivocada podem gerar mal-entendidos e conflitos.

Além disso, a saúde das palavras também está relacionada com a sua origem e história. Palavras carregam consigo uma carga cultural e histórica que influencia a sua interpretação e impacto. Conhecer a origem e o contexto das palavras que usamos permite-nos usá-las com mais sabedoria e respeito.

Assim como uma dieta equilibrada é essencial para manter a saúde do corpo, uma exposição consciente a diferentes tipos de palavras é fundamental para manter a saúde da linguagem. Ler obras literárias, jornalísticas, científicas e filosóficas, por exemplo, amplia nosso vocabulário e nossa compreensão do mundo ao nosso redor.

Por fim, não podemos esquecer do poder transformador das palavras. Um simples elogio pode levantar o ânimo de alguém, enquanto uma crítica destrutiva pode causar danos emocionais profundos. Portanto, é importante cultivar uma consciência sobre o impacto das nossas palavras nas pessoas que nos rodeiam e usar esse poder com responsabilidade e empatia.

Em resumo, a saúde das palavras é essencial para uma comunicação eficaz e para o bem-estar das relações humanas. Ao cuidarmos das palavras que usamos, contribuímos para um mundo onde o diálogo é construtivo, as ideias são respeitadas e as emoções são tratadas com sensibilidade.

sexta-feira, 12 de abril de 2024

UMA REFLEXÃO SOBRE O ORGULHO E O PRECONCEITO

No vasto tecido da experiência humana, duas forças muitas vezes colidem e se entrelaçam: o orgulho e o preconceito. São elementos intrínsecos à nossa natureza, que moldam as nossas interações, percepções e até mesmo as nossas identidades.

O orgulho, muitas vezes retratado como uma virtude, pode se manifestar de maneiras diversas. Pode ser o combustível que impulsiona a busca pela excelência, a força que nos faz perseverar diante das adversidades, ou até mesmo a base de nossa autoestima saudável. No entanto, quando cultivado em excesso, o orgulho pode se tornar uma armadilha, obscurecendo a nossa visão, alienando aqueles ao nosso redor e alimentando conflitos desnecessários.

Por outro lado, o preconceito surge das sombras da ignorância e do medo. É o resultado das nossas mentes enraizadas em estereótipos, generalizações e julgamentos precipitados. O preconceito obscurece nossa capacidade de ver a humanidade em sua plenitude, fragmentando-a em categorias simplistas e distorcendo nossas relações sociais. É uma barreira que nos impede de verdadeiramente compreender e apreciar a diversidade que enriquece o mundo ao nosso redor.

É interessante notar como esses dois elementos muitas vezes estão entrelaçados, alimentando-se um ao outro num círculo vicioso. O orgulho pode nos levar a formar preconceitos, pois nos faz acreditar na superioridade de nossas próprias crenças e identidades, enquanto o preconceito pode inflamar o nosso orgulho ao convencer-nos de que somos melhores do que aqueles que julgamos.

No entanto, apesar de sua influência, orgulho e preconceito não são imutáveis. Podemos desafiá-los, questioná-los e até mesmo transcendê-los. Através da empatia, da educação e do autoconhecimento, podemos aprender a reconhecer a humanidade em todos os seus matizes, superando as divisões que o orgulho e o preconceito tentam impor.

Em última análise, orgulho e preconceito são reflexos de nossa humanidade imperfeita, mas também são convites para a introspeção e o crescimento. Ao reconhecer e confrontar essas forças dentro de nós mesmos, podemos abrir caminho para uma compreensão mais profunda, tolerância e aceitação mútua - ingredientes essenciais para a construção de um mundo mais compassivo e inclusivo.

quinta-feira, 11 de abril de 2024

A BELEZA DO EROTISMO

A beleza do erotismo reside na sua capacidade de transcender os limites físicos e mergulhar nas profundezas da alma. É um universo vasto e multifacetado, onde as fronteiras entre o desejo e a arte se desvanecem, dando lugar a uma experiência sensorial e emocional única.

No cerne do erotismo, encontra-se a expressão mais íntima da paixão humana, uma dança sensual entre corpos e mentes que se entrelaçam numa sinfonia de prazer e conexão. Cada toque, cada suspiro, é uma nota na melodia da luxúria, uma ode à sensualidade que ressoa através dos séculos.

A beleza do erotismo reside também na sua capacidade de desafiar convenções e tabus, de explorar os recantos mais profundos da imaginação humana. É um terreno fértil para a criatividade, onde artistas de todas as épocas têm encontrado inspiração para dar vida a obras que celebram a sexualidade de forma sublime e provocadora.

Mas o erotismo não se limita apenas ao domínio da arte. Está presente em cada olhar carregado de desejo, em cada gesto que revela a tensão elétrica entre amantes. É uma linguagem universal que transcende barreiras culturais e linguísticas, comunicando emoções e impulsos primordiais que habitam o âmago de cada ser humano.

A beleza do erotismo está na sua capacidade de nos transportar para além dos limites da realidade quotidiana, para um reino de prazer e êxtase onde as preocupações do mundo desaparecem e somos totalmente absorvidos pelo momento presente. É uma experiência que nos lembra da nossa própria humanidade, da nossa possibilidade de sentir e de amar.

Em última análise, a beleza do erotismo reside na sua capacidade de nos conectar uns aos outros de uma forma profunda e significativa. É através do erotismo que descobrimos a intimidade mais profunda, que nos tornamos vulneráveis e autênticos perante o outro. É uma jornada de descoberta e de autotranscendência, onde encontramos a verdadeira essência do que significa ser humano.

quarta-feira, 10 de abril de 2024

A PERDA

A perda é uma experiência universal, um fio que tece a tapeçaria da existência humana com matizes de tristeza e crescimento. Ela manifesta-se     de inúmeras formas: a partida de um ente querido, o fim de um relacionamento, a saudade de um tempo que não volta mais, ou até mesmo a despedida de uma parte de nós que deixamos para trás ao crescer.

Cada perda carrega consigo uma sombra de dor, um eco de silêncio onde antes havia presença. Mas, paradoxalmente, é no vazio deixado pela perda que muitas vezes encontramos espaço para nos redescobrir e reconstruir. A dor da perda nos ensina sobre a efemeridade da vida e a importância de apreciar cada momento.

Com o tempo, a intensidade da dor pode diminuir, dando lugar a uma saudade serena ou a lembranças que aquecem o coração. A perda nunca é fácil, mas é um convite para a reflexão e para encontrar significado e beleza até nas experiências mais difíceis.

Aqui está um pequeno poema sobre a perda:

 

No silêncio da perda, o coração escuta,

O sussurro do tempo, que cura e disputa.

Na dança da vida, um passo é retirado,

Mas na música do amor, sempre será lembrado.

 

A dor que ensina, a lágrima que fala,

De um adeus que dói, mas também embala.

Na perda, um espaço, um vazio que clama,

Por novos começos, por uma nova chama.

 

Assim segue o rio, assim sopra o vento,

Levando a dor, trazendo alento.

Na perda, a vida se revela inteira,

Na dor, a esperança de uma nova maneira.

A perda é um capítulo inevitável na história de cada um, mas não é o fim. É, talvez, um ponto de viragem, um momento de introspeção e de encontrar novos caminhos.

AMOR NÃO CORRESPODIDO

O amor não correspondido é como uma sombra que paira sobre o coração, uma ferida invisível que dói mais do que qualquer outra. É a tristeza silenciosa que acompanha aquele que ama sem ser amado em retorno. É um labirinto de emoções onde a esperança e a desilusão dançam uma dança interminável.

Quando o coração se entrega sem reservas, quando os sentimentos fluem livremente, espera-se que o universo responda de volta com a mesma intensidade. Mas nem sempre é assim. Às vezes, o destino nos prega partidas cruéis, coloca-nos diante de alguém cujo coração não bate na mesma frequência que o nosso.

O amor não correspondido pode manifestar-se de várias formas. Pode ser aquele amigo que enxergamos como mais do que um amigo, mas que nunca nos vê da mesma maneira. Pode ser um amor platónico, aquele que nutrimos por alguém que está fora do nosso alcance. Ou pode ser até mesmo alguém que um dia nos amou, mas que, por razões que não compreendemos mais, deixou de nos amar.

A dor do amor não correspondido é única. É uma mistura de tristeza, frustração e uma sensação de vazio. É como se uma parte de nós estivesse faltando, como se a cor e a luz tivessem sido retiradas do nosso mundo.

Mas, apesar de toda a dor, há beleza no amor não correspondido. Há uma nobreza na capacidade de amar sem pedir nada em troca. Há coragem na vulnerabilidade de expor os nossos sentimentos, mesmo sabendo que podem não ser retribuídos. E há crescimento na aceitação de que nem todas as histórias de amor têm finais felizes.

No final das contas, o amor não correspondido ensina-nos a valorizar a nós mesmos. Ensina-nos a ser pacientes e resilientes. Ensina-nos que, embora não possamos controlar os sentimentos dos outros, podemos controlar como escolhemos lidar com os nossos próprios sentimentos.

E, talvez, um dia, quando olharmos para trás, perceberemos que o amor não correspondido foi apenas uma parte do nosso caminho, uma página no nosso livro de vida. Uma página marcada pela tristeza, sim, mas também pela coragem, pela esperança e pela capacidade de amar novamente, mesmo depois de termos sido esquecidos.

segunda-feira, 8 de abril de 2024

UM ÓTIMO LIVRO

Há livros que nos tocam emocionalmente e outros que nos ensinam. Aquele de que vos vou falar tem o dom de conseguir os dois objetivos. Antes de matar a vossa curiosidade, quero esclarecer-vos sobre dois aspetos: não conhecia pessoalmente a autora, mas conhecia a qualidade do seu trabalho na Microsoft. Já posso, agora, revelar que se trata de Rita Piçarra e do seu livro “A VIDA NÂO PODE ESPERAR”.

Rita, aos 44 anos e sendo CFO da empresa Microsoft, decidiu mudar o rumo da sua vida e aposentar-se, antecipando aquilo que eu fiz, há três décadas, quando tinha 50 anos. Sei, julgo, que poderei falar da importância de uma decisão destas.

Já livre, fez umas férias e, para surpresa de todos, lança no mercado aquele livro que irá dar que falar, porque se trata de algo muito especial, em que vida pessoal e vida profissional se combinam de forma exemplar. Ao lê-lo tive três reações. A primeira, a de ter voltado aos bancos da Faculdade, tal a precisão dos métodos usados para ensinar ou apurar a nossa literacia financeira. Fá-lo de forma clara e percetível, muito útil para quem queira saber mais do essencial.

A segunda, de encantamento, pela capacidade de uma mulher com família formada, ter a coragem de fazer os sacrifícios, que o objetivo escolhido impunha. Para mim foi muito enriquecedor e, conhecendo, já hoje a autora, só posso aconselhar a sua obra, e esperar o que, mais tarde ou mais cedo, aquela cabecinha linda, ainda terá para nos continuar a surpreender.

Finalmente, a terceira, e não menos importante, o gosto enorme que tive de conhecer uma mulher de uma enorme simplicidade que, sabendo o que vale, não presume do seu valor, Já é muito raro!

domingo, 7 de abril de 2024

A SEDE HUMANA

A pessoa é um ser complexo, cuja essência transcende o mero conceito biológico, e é entendida como algo único e irrepetível, que se desenvolve e realiza na relação com os outros. As suas diferentes dimensões não são partes sobrepostas, mas constituem a unidade do ser pessoa. Nesse contexto, busca-se valorizar a relação com o transcendente, ou seja, a dimensão religiosa da pessoa.

A sede pode ser interpretada de várias maneiras, desde a necessidade física de água até um desejo profundo por algo mais abstrato.

Por isso, a sede não é apenas a ausência de água, é a presença de um vazio. Um espaço que clama por preenchimento, seja ele no corpo ou na alma, porque, na verdade há sedes que vão além do tangível.

Há a sede de conhecimento, que nos impulsiona a buscar respostas para as perguntas que a vida nos apresenta. Há a sede de amor, que nos faz estender as mãos em busca de outra pessoa que possa compartilhar a jornada conosco. E há a sede de propósito, que nos leva a questionar a nossa existência e a procurar o nosso lugar no mundo.

Além da dimensão espiritual, a sede humana também é uma necessidade vital. A água é essencial para o nosso organismo. Sentimos sede quando nosso corpo precisa de se hidratar. Enquanto podemos ficar sem alimentos por um tempo, não podemos sobreviver sem água.

Portanto, a sede é um aviso constante de nossa dependência da água para a manutenção da vida. Assim como na dimensão religiosa, a busca pelo que nos falta, é fundamental para a nossa existência como seres humanos.

sexta-feira, 5 de abril de 2024

A DESCONFIANÇA

A desconfiança é um estado emocional ou mental caracterizado pela falta de confiança ou fé na integridade, habilidades, intenções ou comportamentos de uma pessoa, grupo ou instituição. Pode surgir por uma variedade de razões, incluindo experiências passadas negativas, falta de transparência, comportamento suspeito, rumores ou má interpretação de ações alheias.

A desconfiança pode ser prejudicial para relacionamentos pessoais, profissionais e sociais, pois mina a comunicação aberta, dificulta a colaboração e pode levar a conflitos. Por outro lado, em certas situações, um nível saudável de desconfiança pode ser prudente para proteger-se de possíveis danos ou enganos.

Superar a desconfiança muitas vezes requer esforço consciente para examinar as próprias crenças e experiências subjacentes, comunicar-se de forma aberta e honesta com os outros e construir gradualmente uma base de confiança mútua através de ações consistentes e comportamento transparente.

AS PESSOAS: O CAPITAL MAIS IMPORTANTE

No palco do desenvolvimento económico e social, há um ator sempre brilha com intensidade singular: as pessoas. São elas que impulsionam as engrenagens da inovação, da produtividade e do progresso. Em qualquer empreendimento, organização ou nação, o capital humano emerge como o recurso mais precioso e valioso.

Ao considerarmos o tecido social e económico de uma comunidade, percebemos que são as habilidades, conhecimentos e criatividade das pessoas que verdadeiramente impulsionam o crescimento. Empresas podem ter tecnologia de ponta, infraestrutura robusta e recursos financeiros substanciais, mas é o talento e a dedicação dos colaboradores que transformam esses recursos em resultados tangíveis.

O conceito de que ”as pessoas são o capital mais importante” transcende a mera força de trabalho. Refere-se à valorização do potencial humano em todas as suas dimensões: intelectual, emocional, social e cultural. Quando as pessoas são capacitadas, motivadas e comprometidas, elas se tornam catalisadoras de mudança e fontes de inovação.

E uma era de rápida transformação tecnológica e globalização, o valor do capital humano torna-se ainda mais evidente. As habilidades de adaptação, aprendizado contínuo e pensamento criativo são as moedas do futuro. As organizações que reconhecem e investem nesse capital humano estão mais bem posicionadas para prosperar em um mundo em constante evolução.

Além do impacto económico, o reconhecimento do valor das pessoas também tem implicações sociais e éticas. Promover desenvolvimento pessoal de cada indivíduo a dignidade e o bem-estar, não fortalece apenas a coesão social, mas também constrói uma base mais sólida para a sustentabilidade a longo prazo.

Entretanto, para que o potencial humano seja plenamente realizado, é necessário um ambiente que fomente a equidade, a inclusão e o respeito mútuo. Políticas públicas, práticas empresariais e iniciativas sociais devem estar alinhadas para garantir que todas as pessoas tenham oportunidades justas de desenvolvimento e crescimento.

No fundo, a verdadeira riqueza de uma sociedade reside nas pessoas que a compõem. Ao reconhecermos que 'as pessoas são o capital mais importante', reafirmamos o compromisso com a construção de um mundo onde cada um possa alcançar seu pleno potencial e contribuir para o bem comum. Essa é a essência de um verdadeiro desenvolvimento humano e sustentável

quarta-feira, 3 de abril de 2024

A VOCAÇÃO

A vocação desempenha um papel fundamental na vida de uma pessoa e na sociedade como um todo. Ela refere-se à inclinação ou chamamento interior de uma pessoa para uma determinada atividade, carreira ou estilo de vida.

Seguir uma vocação pode levar a uma sensação de realização pessoal e satisfação. Quando uma pessoa está envolvida em algo que é verdadeiramente significativo para ela, isso pode trazer um profundo sentido de propósito e contentamento.

As pessoas que seguem a sua vocação têm, muitas vezes, uma paixão natural pelo que fazem. O que, geralmente, se traduz num trabalho de maior qualidade e contribuições mais significativas para a sociedade. Quando as pessoas estão a realizar atividades alinhadas com sua vocação, elas tendem a ser mais produtivas e inovadoras.

Seguir uma vocação pode promover o bem-estar emocional e mental. Sentir-se realizado na sua vida profissional e pessoal pode reduzir o stresse, a ansiedade e a depressão, promovendo uma melhor saúde mental e emocional.

A busca e o seguimento da vocação exigem, muitas vezes, autoconhecimento, exploração e desenvolvimento pessoal. Isso pode levar a um maior crescimento e amadurecimento, à medida que a pessoa enfrenta desafios e se envolve num processo contínuo de aprendizagem e de autodescoberta.

Quando as pessoas seguem a sua vocação e são bem-sucedidas nela, podem inspirar e influenciar positivamente os outros ao seu redor. Isso cria um ciclo de encorajamento e motivação para que outras pessoas também busquem e sigam as suas vocações.

As pessoas que estão alinhadas com sua vocação, por noma, demonstram maior resiliência diante de desafios e obstáculos. Elas têm uma motivação intrínseca para superar dificuldades, porque estão comprometidas com algo que consideram verdadeiramente importante e significativo.

Em suma, a vocação é importante porque está intimamente ligada ao bem-estar pessoal, à contribuição para a sociedade e ao desenvolvimento humano. Quando as pessoas seguem a sua vocação, não só experimentam uma vida mais gratificante, mas também têm o potencial de fazer uma diferença positiva no mundo ao seu redor. E nós precisamos disso!

terça-feira, 2 de abril de 2024

COUGARISMO

Já se deu conta do aumento de casais cuja mulher é substancialmente mais velha do que o homem? E já se lembrou de que, até há pouco tempo, esse tipo de ligação era muito mal visto? Ainda pensa assim? Não deve!

O fenómeno de mulheres mais velhas casadas com homens mais jovens, também conhecido como "cougarismo" ou "cougar culture", vem sendo observado em várias sociedades, nas últimas décadas. Este movimento desafia as normas tradicionais, onde geralmente o homem é (era) mais velho do que a mulher. A que se deve a inversão?

Com o aumento da igualdade de género e do empoderamento feminino, as mulheres estão a tornar-se cada vez mais independentes financeira e emocionalmente. O que as capacita a tomarem decisões sobre as suas vidas amorosas com mais liberdade, incluindo a de escolher um parceiro mais jovem.

As normas sociais estão a mudar, e o estigma relativo a relações com diferenças de idade significativas, está a diminuir. As pessoas estão a tornar-se mais tolerantes em relação a envolvimentos que desafiam as normas tradicionais.

Há mulheres mais velhas que procuram relações mais informais, sem as pressões associadas ao casamento e à maternidade. O que pode tornar mais atraente a ideia de um envolvimento com um parceiro mais jovem, que partilhe das mesmas expetativas

Com os avanços na medicina e nas tecnologias de saúde, as pessoas estão, à medida que envelhecem a viver mais e a manter uma qualidade de vida melhor. Assim, as mulheres mais velhas sentem-se mais jovens e querem relacionar-se com parceiros de mentalidade semelhante.

Se há homens que preferem mulheres mais jovens, há mulheres que preferem homens mais novos. As preferências individuais desempenham um papel significativo na formação dos envolvimentos, e algumas mulheres não escondem sequer sentir-se atraídas por homens mais novos, independentemente da sua idade.

Em resumo, este comportamento reflete uma mudança nas normas sociais e nas expectativas sentimentais, bem como um aumento do empoderamento feminino e a aceitação da diversidade de preferências e estilos de vida.

segunda-feira, 1 de abril de 2024

O PAPEL DO ENTRETENIMENTO

O entretenimento desempenha um papel significativo na formação das nossas percepções e comportamentos sem disso nos darmos conta.

Os personagens e histórias que vemos na televisão, filmes, jogos e outras formas de diversão, podem servir como modelos para o nosso próprio comportamento. Se vemos personagens agindo de certa maneira, especialmente se elas forem apresentadas como heróis ou modelos a serem admirados, podemos ser influenciados a imitar os seus comportamentos.

O entretenimento aborda, muitas vezes, questões sociais, políticas e morais, e as histórias que consumimos podem influenciar as nossas próprias opiniões sobre essas questões. Filmes, programas de televisão e outras formas de distração podem retratar certos grupos ou ideologias de maneiras positivas ou negativas, moldando, assim, as nossas visões de mundo.

O que vemos na média tende a normalizar certos comportamentos. Se alguns destes, como o uso de drogas, o consumo excessivo de álcool ou a violência, são retratados de maneira positiva ou de glamour na média, isso pode fazer com que pareçam mais aceitáveis ou normais na nossa própria existência.

O entretenimento, muitas vezes expõe-nos a diferentes culturas, perspetivas e experiências de vida, que podemos não encontrar no ambiente que nos rodeia. Isso pode ajudar a expandir os nossos horizontes e promover a compreensão e empatia em relação a pessoas de diferentes origens.

A distração tem o poder de nos transportar para outros mundos e nos fazer sentir uma ampla gama de emoções. Essas experiências emocionais podem influenciar os nossos estados de espírito e até mesmo afetar as nossas decisões e comportamentos futuros.

O entretenimento pode refletir e, ao mesmo tempo, influenciar as normas sociais e as expectativas de comportamento de uma sociedade. Por exemplo, programas de televisão populares podem definir tendências de moda ou popularizar certos estilos de vida.

O entretenimento também pode ser uma ferramenta poderosa para educar e consciencializar as pessoas sobre questões importantes, como saúde, meio ambiente, direitos humanos e muito mais. Filmes, documentários e programas de televisão podem levantar questões importantes e inspirar ações positivas. Em suma, o entretenimento desempenha um papel complexo e multifacetado em nossas vidas, influenciando não apenas nossas percepções e comportamentos, mas também nossa cultura, sociedade e visão de mundo.