quarta-feira, 23 de outubro de 2019

O livro!


O livro é, sem dúvida, uma preciosidade. Mas ler um livro impresso, que tem cheiro e se manuseia, continua a ser um prazer que nenhuma tecnologia substitui!


HSC

29 comentários:

Anónimo disse...

Penso exactamente o mesmo!

Ana

Paulo Rio disse...

Nada como o cheiro do papel.

Dalma disse...

Sim, é verdade, mas como quase tudo tem duas faces... num ebook pode levar uma biblioteca de baixo do braço!

Maria Isabel disse...

Também preciso de mexer no papel.
Isto não me convence.
Abraços dra. Helena
Maria Isabel

Helena Sacadura Cabral disse...

Dalma
De facto, na vida nada é linear. É verdade que levamos connosco a biblioteca, mas eu que gosto de escrever notas pessoais nos livros e voltar, meses ou anos mais tarde, a vê-las, sinto-me um pouco gorada.
Vejo que viaja muito e num caso desses o ebook é companheiro de eleição perfeito!

João Menéres disse...

Para mim, nada como um livro ( onde posso escolher a qualidade do papel e outros pormenores ) para estar as minhas fotografias !
Por essa razão, em Novembro terei mais um.

Melhores cumprimentos.

Helena Sacadura Cabral disse...

Caro João Menéres
Quando vai para as livrarias, qual a editors e qual o título? Sou sua admiradora e gostava de o ver.

João Menéres disse...

HSC

Antes de mais, MUITO OBRIGADO pela honra !
Título : PORTO MEU
Editor : O próprio.
Distribuidor : IBOOK ( todo país )
Previsão do lançamento : Finais de Novembro.

No meu comentário anterior, saiu " para estar ". Foi mais uma partida do meu MAC !
Era : para editar...



Pedro Coimbra disse...

Confesso que ainda não consegui aderir ao fascínio de ler livros na internet.
Também sou fã de Book.
Em papel, que se pode sublinhar, fazer apontamentos.

Anónimo disse...

Gosto muito de livros, até como objectos.
Mas tb gosto de audio livros, devia haver mais.
Deve ser um regresso à infância, quando me liam livros.
É conseguir «ler» mais livros, quando os olhos já estão cansados.
O ebook é prático mas, para mim, só em último caso.

Dalma disse...

HSC, o “kindle” permite fazer notas, sublinhados... quem sabe se um dia não nos proporcionará aquele cheirinho a papel de que gostamos?
ps. A minha neta que fez 20 anos há dias tb me disse que o gostoso do ler também está no toque e o cheiro do livro!

Carlos de Jesus disse...

A tecnologia pode ser rebarbativa para quem criou hábitos antigos. Acredito que o mesmo aconteceu quando se passou do cavalo para a bicicleta ou para o automóvel… Em todas as sociedades e em todos os tempos sempre houve resistência às mudanças.
Dizer que gosta de tomar notas, escrever nos livros como se tal não fosse possível num livro eletrónico, é mal conhecer a funcionalidade dos e-books. Com a vantagem que, quando necessário, se deixam pesquisar facilmente sem o enfadonho de ter de folhear página a página à procura do que se deseja. E outra vantagem, além do peso mínimo de se trazer uma biblioteca consigo, é que quando deparamos com algo deveras interessante, podermos partilhar instantaneamente com os amigos. E, quando se lê numa língua menos familiar, é um prazer ter a definição do dicionário ali instantaneamente, sob uma ligeira pressão do dedo! E, mais ainda, que dizer de por o aparelhinho a ler-nos o livro enquanto estamos presos no engarrafamento?
Quanto ao cheiro do papel, basta trazer um velho almanaque da Bertrand consigo e por ao lado do Kindle ou do Kobo…
E que dizer dos livros áudio? Ainda mais atrativos num mundo em correria. Só que aí até vamos perder a beleza das letras e da ortografia. Mas afinal, o que conta – o conteúdo ou o continente?

Helena Sacadura Cabral disse...

Carlos de Jesus
É um facto tudo o que refere. Mas, acredite, uma pessoa da minha geração, por norma, não tem a abertura que possuo em relação às novas tecnologias. No meu aparelho faz-se tudo isso e ainda mais, porque até posso escrever à mão os meus comentários.
Mas, há sempre um mas, o toque e o cheiro são muito importantes. Lembro os meus filhos, quando em pequenos se metiam na minha cama e diziam "a almofada cheira a mãe", para não irem para a cama deles!
Leio, como toda a gente quando precisa, o ebook. Ouvir, só poesia. E essa sim, quando muito bem lida, é um prazer!

João Menéres disse...

Que maravilhosa recordação, HSC, essa da ALMOFADA CHEIRA A MÃE !

Banda in barbar disse...

a internet permite a publicação de livros antigos com pouco público que nenhuma editora pensaria em reeditar

Anónimo disse...

Julgo que aqui se promove, com sentido de humor, precisamente a leitura e o manuseamento do Livro impresso em papel (o book). Utilizando eficazmente, através da ironia, os mesmos termos "técnicos" aplicáveis à promoção do e-booK.
Simplesmente genial!!!
Este anúncio publicitário, serve-se do mesmo processo existente no Reino Animal, que consiste na capacidade que alguns seres vivos têm de "copiar" outros morfologicamente, através do mimetismo, por uma questão de sobrevivência.
Aqui, também, tratando-se da sobrevivência do próprio Livro (Book), tomou-se de empréstimo o mesmo método do "mimetismo comercial" usado em relação ao e-Book. E o paralelismo dos termos é correctíssimo, portanto nem sequer existe publicidade enganosa. Muito engenhoso!

Cumprimentos,
Gl

Anónimo disse...

Este sensacional vídeo de incentivo à leitura, apresenta uma revolucionária ruptura tecnológica, um novo dispositivo de conhecimento, bio-óptico organizado, com milhares de bits de informação, sem circuitos eléctricos, sem cabos, sem bateria, com o nome comercial BOOK (em inglês claro, hoje nada existe se não for em inglês!). O BOOK é embatível!
O BOOK vem de longe, começou pelo princípio, isto é, pela escrita, passou à tábuas de argila ou de pedra, aos cilindros de papiro, tornou-se um objecto transportável, com páginas impressas encadernadas, no séc.XV.
O E-BOOK surge apenas no final do séc.XX e, segundo estudiosos do tema, a leitura em suporte de papel é 1/2 vezes mais rápida, mas a pesquisa para melhorar a visualização em suporte digital continua.
Hoje está-se a voltar à LEITURA EM VOZ ALTA, que se fazia em Roma para os populares, e em privado para os ricos. Como eu gostava, por vezes, que me lessem, tenho a certeza que vai ser criada essa profissão!
A leitura foi-se libertando do uso prático inicial para se tornar leitura por prazer- VOLUPTAS- e isto diz tudo!
Pela parte que me toca, tenho com os livros uma luta sem fim à vista- são difíceis de arrumar, precisam de espaço, já tive de doar a bibliotecas.
Conheço pessoas que tiveram de arranjar apartamento para Mister BOOK.
Não sei quem foi que disse que podemos ser felizes com uma pessoa, desde que não a amemos, o meu problema é que amo os livros!

Anónimo disse...

Estou de acordo com os excelentes comentários de GI/11h56 e 12h41.
HSC agradeço este post tão enriquecedor, pelo vídeo, que não conhecia, e pelos comentários.

O que é importante é a LEITURA, qualquer que seja o suporte, de acordo com as possibilidades, as necessidades, os interesses, as motivações, a disposição.

Não é o Book que vem de longe, é o e-Book, o ponto de partida é o mesmo, porque o e-Book é mais uma fase da leitura, que troca o suporte em papel pelo digital, permitindo (como foi dito noutro comentário) a publicação de livros antigos, protegendo-os do manuseamento, e alargando a consulta a um maior número de pessoas, e ainda facilitando os problemas de espaço com a digitalização.

Mas o Book permite aquele lazer, aquele namoro, aquele contacto...
(Mesmo quem gosta de namorar na net, se não chega à presença, ao toque, não dá!).



Anónimo disse...

Apesar do seu estilo Apple, este vídeo de 2010, usa o texto «Learn with the Book» de R.J.Heathhorn, de 1962 (logo, tem mais de 50 anos, o texto).
O vídeo não é portanto nem mimético, nem engenhoso, em relação ao e-Book que ainda não existia.
O eBook tem vantagens em relação ao Book: não é necessário cortar árvores, é gratuito, não ocupa espaço.
Mas o Book é real, é físico, enquanto o eBook precisa de hardware, para o Book o hardware é o leitor.
O Book não precisa de password, não emite radiações, lê-se em qualquer lugar, com a luz do Sol, de um simples candeeiro ou até de uma vela.
Podemos usar todas as possibilidades, do Book e do eBook, de acordo com os nossos gostos.
Prós e contras, mas quem gostaria de ter um cão virtual?

Virginia disse...



Entre ler um livro pesado , com letra miudinha que me obriga a por oculos e a virar as páginas, prefiro le-lo no meu tablet e até na smartphone. Faço-o em todo o lado, no autocarro, no café enquanto espero a comida, até na rua. Leio com letra grande, marco a página em que fico, sei quanto falta para acabar o capitulo ou o livro, sublinho...e é MUITO MAIS BARATO, o que não é despiciente. Os livros de papel hoje custam 20 euros ou mais. Arranjo Kindle na hora por 4-5 euros. É só clicar.

Anónimo disse...

Anónimo das 11:12 de 27 de outubro :

Já sabia que este vídeo tinha alguns anos (2010). Desconhecia que tomava de empréstimo um texto datado de 1962. O que só me vem dar razão a propósito de Criação, Recriação e Continuidade sem ruptura total com o texto primordial "Learn ith the BooK" (o sub-texto) que lhe deu origem.
Esta possibilidade de estarmos a "perscrutar" vestígios de outro(s) texto(s) anterior(es) a este mais recente, quase camada a camada, remete-nos para aquele conceito de Palimpsesto que de certa maneira tem o seu "quê" de mimetismo literário. Um pouca à semelhança do poema de António Gedeão "Leonor Leonoreta(...)que vai de lambreta" que é uma Recriação tendo como ponto de partida o vilancete camoniano "Leanor pela verdura/vai descalça e não segura".
Como um simples vídeo pode, afinal, ser tão complexo e possuir tantas
virtualidades!
Cumprimentos,
Gl

Anónimo disse...

Dizer que quem não adere ao eBook, tem hábitos antigos, e que isto vai sempre de vento em popa, do cavalo para a bicicleta e desta para o automóvel, é muito prá frentex, além de ser um pensamento tecnocrático e... desatualizado. Foi essa ideia «Sempre para a frente e o resto que se lixe!» que foi dando cabo disto tudo.
Porquê parar no automóvel (já foi ultrapassado há muito) quem assim pensa só devia andar de jacto, no mínimo.
A verdade é que se está a regressar à caminhada, à bicicleta (e outros meios de transporte mais eco friendly) tenta-se minimizar as radiações electromagnéticas, geradas por todos os equipamentos que nos rodeiam permanentemente, a bem da saúde das pessoas e do planeta.
Às pessoas sempre atrás do «último gadget tecnológico», desejo que façam aquilo de que gostam e deixem os outros em paz.
Quando preciso também recorro ao eBook, mas não é isso que faz do meu estilo de vida, um estilo actualizado e grandioso.
«Learn with BOOK»!

Anónimo disse...

DETOX DIGITAL é preciso!

Sempre que possível ponhamos de lado o telemóvel, desliguemos microondas e todos os aparelhos que temos em casa.

Anónimo disse...

Gosto da ideia do cão virtual, eheheh!
Dá menos trabalho, menos despesa, não deixa pelos por todo o lado, não é necessário haver alguém que o leve à rua (isso, às vezes, gera algum grau de conflito), não temos de apanhar os seus dejectos, não adoece, não envelhece, não morre.
É só clicar e lá está ele, totalmente controlado pelo dono, a sacudir a cauda com a alegria de ver o dono, sempre jovem, com o pelo sempre brilhante, é só clicar.
É como as flores de plástico, mas não, que essas não são virtuais!
O eBook é uma possibilidade entre outras, nada mais, nada menos.
Mas irritam-me os modernaços que se acham o máximo, porque têm as tecnologias todas, e já não dormem se não adquirirem a última.
FL

Anónimo disse...

Corrijo no meu comentário de 27 de Out. 11.12:
«Learn with Book» e não «Learn with the Book».

Anónimo disse...

Alertando para aquele que é considerado o maior vício do séc. XXI, mais tempo com as tecnologias do que com actividades sem tecnologias, foi criada por um copywriter a campanha «Online Offline» que espalhou cartazes por Lisboa com as seguintes frases (entre muitas outras):
- «Sorris mais para as selfies do que para as pessoas»
- «Olhas mais para o telemóvel do que para o mar»
- etc.
A comparação entre a vida online e a vida real é particularmente premente para que os adolescentes tomem consciência da importância das relações «cara a cara», para as quais fomos programados ao longo de milénios, e sem as quais pomos em risco a nossa saúde mental, de acordo com estudos científicos.

Virginia disse...

Para quem já fez manuais escolares - que são vendidos, quer em forma de livro tradicional, quer em CD-ROm - esta comparação não tem pés nem cabeça. Os manuais são bons para usar na aula quando a escola não tem materiais tecnológicos que sirvam para todos os alunos ou quando os profs tem dificuldades em gerir os audiovisuais. O livro acabado de comprar tem um cheiro agradável a tintas e papel que atrai no início. O CD Rom é algo completamente diferente, pois utiliza-se em interactividade com audio, PPw, videos, etc. Fazer um CD Rom dá muito trabalho, já fiz uns dez, e sei do que falo. Mas é sedutor e capta muito melhor a atenção do aluno. Imagine-se o que é ler um texto de História, podendo ver um video simultaneamente com imagens dum filme ou mesmo de livros diferentes, ouvir relatos de pessoas relacionadas com os factos ou manejar o rato de modo a clicar numa parte do texto mais interessante. Os meus netos estudam com ambos, manuais e CD Rom e vejo que aprendem muitas coisas mais depressa do que nós. Eu passei grande parte da minha vida de estudante com o dicionário na mão e não gostava mesmo nada!! Hoje em dia leio imensa coisa na net, adoro os grupos - os de poesia, Lobo Antunes, Fernando Pessoa, etc.etc. Todos os dias leio artigos dos jornais que me interessam, partilho, comento, discuto. Um livro é muito limitado. O mundo online é muito mais colorido e multifacetado.

Anónimo disse...

Corrijo uma gralha no título "Learn with Book" - (saiu "ith")
Também o verso de Camões é " (...)vai fermosa e não segura ", muito embora a pobre Leanor tivesse ido para a fonte, de facto, "descalça" coitadinha! E pelo que sabemos ainda fazia algum frio...:-)))
Gl

Anónimo disse...

No ensino, mas também no nosso dia a dia, existe um antes e um depois das Tic, técnicas de informação e comunicação, todos sabemos isso.

Há muito que se tornou totalmente impossível ensinar e aprender, sem usar os recursos informáticos e tecnológicos adequados à situação concreta.

Mas o que me parece que alguns comentários criticam, são os estilos de vida, sobretudo dos miúdos (mas não só), sempre fechados no quarto em frente do computador, com um quase inexistente contacto com os outros (estão sempre no tm ou no tablet) e com a realidade.

Júlio Machado Vaz fala deste alheamento no programa «Por Falar Nisso», em formato vídeo ou podcast, na Tvi, Tvi24, em porfalarnisso.pt.

No vídeo em que fala do envelhecimento, com a lucidez que lhe é habitual, JMV diz «Uma coisa é envelhecermos bem, outra é fingirmos que não envelhecemos»