domingo, 4 de agosto de 2019

O hábito de matar...

Há qualquer coisa de estranho, diria mesmo, inexplicável, na frequência com que se praticam "matanças" nos Estados unidos da América. E, de cada vez que isso acontece, acabo sempre surpreendida, o que já é menos aceitável.
Pertenço à geração do velho "sonho americano", daqueles que acreditavam que lá, independentemente da condição social, quem tivesse valor, poderia se quisesse subir na vida. Durante muito tempo acreditei nisso. Depois, depois vivi lá por uns tempos e a neblina apoderou-se dessa mirifica América.
Hoje considero - independente de existir ou não um Presidente Trump - que se trata de uma nação interiormente muito diferenciada e com, talvez, mais qualidades do que defeitos. Mas esse lado utópico, que antes lhe atribuía, está muito desvanecido.
E esta tendencia de praticar ataques que mais parecem ter cariz terrorista, decorrentes da liberdade com que naquele terra se compram e vendem armas, causa-me calafrios.
Esta semana, em dois dias seguidos e em locais distintos, as pistolas mataram e feriram, sem motivo aparente, uma serie de pessoas de forma indeterminada. 
Não se tratou de atacar um grupo escolhido, pré determinado. Tratou-se de levar por diante o hábito de matar...

HSC 

9 comentários:

Anónimo disse...

Vivi nos EU no tempo em que C.Heston era um lobista de peso. Será que estão a pagar o preço dos vários lobistas pelo porte de arma?

Dalma disse...

Pelo menos uma vez por ano vou para esses lados... adoro viajar por lá, qualquer que seja o estado e acredite, que ultimamente penso que posso ser apanhada nesses “fogos cruzados”!

Pedro Coimbra disse...

Quando se compram armas com mesma facilidade com que se compram pastilhas elásticas os resultados são desastrosos.
Boa semana

Silenciosamente ouvindo... disse...

Sim é horrível, "matar por matar"...

Mas a venda de armas é intocável…

Não é um sítio onde eu gostasse de viver.

Os meus cumprimentos.

Irene Alves

Anónimo disse...

Trump veio dizer que estes casos derivam do ódio e da doença mental. Mas o que é que próprio difunde, com a sua cara de criança mimada balofa, senão o ódio e a doença mental?! Apresenta-se como alguém de sucesso, mas sabe-se que teve várias falências na administração do seu património, e só o dinheiro da família o manteve à tona. Aldrabão!

Para a Posteridade e mais Além disse...

Um pelo menos queria matar hispânicos que estão a invadir o Texas, tinha um propósito determinado

João Santana Pinto disse...

Independentemente de tudo o mais... e da questão histórica que em parte leva à defesa das armas... ainda à pouco ouvi o Presidente americano desculpar a posse de armas, retirando a este aspecto qualquer responsabilidade... independentemente da figura que é, é republicano e os republicanos defendem as armas.Independentemente de tudo o mais... não é o Mundo que queremos...

Semisovereign People at Large disse...

E o hábito de matar é próprio da natureza humana, matamos para comer, matamos para viver, matamos por hobby caça grossa ou miúda, matamos nos jogos de vídeo etc

Anónimo disse...

Nos EUA existe um potente lobby das armas que não é de agora (anteriores presidentes quiseram interferir sem sucesso) mas que Trump veio acentuar. Já este ano Trump assinou uma lei que permite o acesso a armas a pessoas com problemas mentais.

O que aconteceu foi um CRIME DE ÓDIO, como o próprio atirador de El Paso deixou escrito- afirma que queria acabar com os imigrantes. O crime de ódio não tem nada a ver com matar para comer, por desporto de caça, etc.

Este ano, num comício, Trump perguntou à assistência o que poderia ser feito para impedir a imigração na fronteira com o México, e riu-se quando alguém no público respondeu que deveriam ser fuzilados.

Devido ao incitamento de Trump aos crime de ódio, desde a sua chegada à Casa Branca, alguns deputados democratas pedem a Trump responsabilidades pelos massacres.