quarta-feira, 10 de outubro de 2018

O sexo e a escola


Uma escola, no Porto, distribuiu aos seus alunos inquéritos de caracterização socio-demográfica que estão a gerar controvérsia. De facto, questionam-se crianças entre os 9 e os 11 anos, sobre a sua preferência sexual.
A situação foi denunciada nas redes sociais, onde surge publicado um dos exemplares do inquérito em causa, distribuído a alunos da escola Francisco Torrinha, no Porto e que reproduzo acima. 
Questionada, a escola disse que "não presta qualquer declaração" sobre o assunto, ficando por esclarecer em que contexto é que o questionário foi realizado, com que propósito, e se se tratou de uma situação isolada ou se foi replicada noutros estabelecimentos de ensino.
Mais tarde, em declarações à Lusa, o Ministério da Educação (ME) disse que pediu esclarecimentos à escola sobre a referida ficha, distribuída aos alunos no âmbito da disciplina 'Cidadania'. 
Recentemente um outro inquérito distribuído a alunos, que viria prontamente a ser retirado pela Direção-Geral de Educação, gerou polémica. Em várias escolas de Lisboa e do Porto foram entregues aos alunos e famílias inquéritos em que, entre outras perguntas, havia questões sobre as origens dos pais, nomeadamente sobre se algum deles tinha origem "portuguesa, cigana, chinesa, africana, Europa de Leste, indiana, brasileira".
De acordo com um encarregado de educação, os responsáveis pelos alunos "foram avisados da existência" da disciplina 'Cidadania', no âmbito da qual "se abordariam temas como as relações interpessoais e violência no namoro".
Os encarregados de educação receberam em casa um papel para autorizar a participação dos seus filhos nesta disciplina. Mas não estavam à espera que fossem colocadas questões como estas, acrescentou o mesmo encarregado de educação.
Entretanto, na escola Francisco Torrinha no Porto, a ideologia de género vai entrando devagarinho nas salas de aula. São alunos do 5 ano, com 10/11 anos a quem perguntam se namoram e se se sentem atraídos por homens, mulheres ou outros.
Isto já faz parte do programa escolar. A disciplina de cidadania AINDA não é obrigatória. Mas parece ser esse o objectivo do governo.

Já não tenho filhos ou netos a atravessar situações desta natureza. Mas passei por algumas outras e não deixei, nunca, de esclarecer os respectivos estabelecimentos de ensino que a mim competia “educar” e a eles competia “instruir” e que, nessa matéria, não passava procuração a ninguém.

HSC

4 comentários:

Margarida disse...

Olá,

Trabalhei muitos anos com crianças em diferentes escolas.

Não sei em que contexto esses inquéritos foram distribuídos e é necessário investigar.

Mas sei que nas diversas escolas por onde andei, os pais encarregam a escola de educar para além de instruir, demitindo-se quase completamente do papel de educadores.

Há um longo trabalho a fazer em diversas frentes.

Um beijinho (gosto muito de aqui vir!)
Margarida

https://minhacasadopatio.blogspot.com/

Pedro Coimbra disse...

Já várias vezes bati o pé na escola que as minhas filhas frequentam (a mais nova) ou frequentaram (a mais velha) por causa de dois temas que não admito que a escola aborde - as opções sexuais e religiosas de ambas.
Isso são assuntos que têm que ser tratados no seio da família.
E não admito que não seja assim.

Anónimo disse...

Portanto, as suas filhas só poderão existir à sua identidade e semelhança, Pedro? Que tal aderir ao homeschooling?

Fatyly disse...

MUitos pais demitem-se do seu papel como educadores e quando soube desta "pouca vergonha" perguntei a mim própria que papel teve o professor(a) que recebeu este inquérito muito controverso? Cumprem sem questionar ou estariam de acordo? Ou estariam numa manifestação? Ou de greve cerebral? Também não ouvi nenhum sindicalista dos mesmos a falarem do assunto.

Tenho netos que estudam e fico feliz por ver que os instrumentos que usei na educação das filhas como pai e mãe, são os mesmos usados pelas filhas e genros. Sempre atentos e jamais delegam na escola o papel que lhes pertence.

Um abraço