sábado, 28 de julho de 2018

Um sábado muito feliz!




"D. José Tolentino de Mendonça, o novo arquivista e bibliotecário da Santa Sé, foi este sábado ordenado bispo no Mosteiro dos Jerónimos.
Numa cerimónia presidida pelo cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente destacou a sensibilidade de diálogo do novo arquivista e Bibliotecário da Santa Sé, e elogiou a “fecunda escrita” do novo bispo.
“Agradecemos ao Papa Francisco por te ter escolhido para zelar por um património único de memória criativa. Imensamente maior é o nosso mundo, com quanto tudo nos espera, com quanto atinge de bom e menos bom. A tua inteligência e sensibilidade saberão partilhar o que agora é confiado ao teu bom zelo, e que assim mesmo crescerá também”, disse o cardeal-patriarca, durante a homilia.
O novo bispo recebeu, simbolicamente, os livros dos Evangelhos, a mitra e o báculo, como sinal da sua missão de pastor.

"Sou mais um português ao serviço da Santa Sé"
Quando tomou a palavra D. José Tolentino de Mendonça falou sobre a escolha do Papa Francisco, afirmando continuar a desconhecer as razões que levaram o Santo Padre a escolhê-lo para o cargo.
D. José Tolentino de Mendonça apontou ainda a sua falta de experiência como bispo, dizendo que ainda vai precisar de aprender a sê-lo. “Há 28 anos eu não sabia ser padre, como agora neste momento diante de vós eu não sei ser bispo. Vou ter de aprender com o povo de Deus”, lembrou, durante a cerimónia.
“Num dia como este, nós olhamos para a nossa vida como um filme em que parece que é possível ver de uma só vez. Eu tenho dois sentimentos muito grandes. O primeiro é sentir que Deus me ama. Não tenho dúvidas disso. De uma maneira que eu nem vos digo. O seu amor abisma-me, deixa-me sem palavras. Sei que Deus escolheu amar-se da maneira mais sublime, através de cada um de vós”, disse ainda o novo arquivista e bibliotecário da Santa Sé, que começará a exercer o cargo no dia 1 de Setembro.
Antes da ordenação, foi proclamado publicamente o mandato apostólico, do Papa, por um responsável da Nunciatura Apostólica (embaixada da Santa Sé em Portugal).
Francisco explicou que confia ao arcebispo madeirense um serviço numa instituição de “grande relevância”, que acolhe investigadores de todas as partes do mundo.
O documento destaca o cuidado que a Igreja Católica presta ao “repositório dos documentos antigos e aos tesouros da cultura humana”, que exigia, na escolha pontifícia, uma pessoa “exímia” para “zelar pelos escritos e testemunhos que os tempos legaram”.

Ao longo de quase duas horas e meia, a cerimónia de ordenação episcopal como arcebispo titular de Suava (norte de África) foi marcada por um ambiente muito especial. Até as vestes de Tolentino surpreenderam. Com efeito, o tecido de que eram feitas inspiravam-se no material das serapilheiras, que sobressaia no branco leite das vestes daqueles que o acompanhavam. Foi, seguramente, a vontade de se aproximar dos mais desfavorecidos que terá estada na base da sua escolha.
Considero que me foi dada uma rara oportunidade, ao ver esta cerimonia. Não sou de choros públicos mas, neste caso, as lágrimas correram-me discretamente pela face. Impossível nega-lo. Toda a minha familia lhe deve muito e, eu em particular, talvez não vivesse com tanta alegria a minha fé se o não tivesse conhecido.
Não sei se, ou quando, o voltarei a ver. Mas o abraço apertado que lhe dei, foi o de quem espera que as sementes que em mim lançou, me tornem mais forte e melhor pessoa. Bem haja, meu querido amigo Tolentino, por tudo aquilo que em mim soube semear!

HSC

quinta-feira, 26 de julho de 2018

A tragédia da vida...

"A vida é uma tragédia quando vista de perto, mas uma comédia quando vista de longe" terá dito Chaplin. Nada mais verdadeiro! 
Quando temos oportunidade e tempo para olhar o passado com alguma distância, perguntamos a nós mesmos como foi possível tanta dor por problemas tão menores.
Como estive quase um mês a tratar-me de uma "encrenca respiratória" que umas pequenas férias no Algarve fizeram o favor de me proporcionar, fui obrigada a estar mais tempo em casa e, em consequência, a ter mais tempo para pensar na vida.
Nesse processo peregrinatório acreditem que me ri de algumas dores passadas e da sua proverbial inutilidade, chegando ao ponto de me questionar como tal me poderia ter acontecido, a mim, que sou pouco a entregar-me a tais sinecuras. Nem sequer nos caminhos que me conduzem a Deus, que nunca foram os do sofrimento, mas sim os do jubilo.
Tanta lágrima inutil, tanto tempo desperdiçado, tanta alegria perdida, tanta fantasia que a mera passagem dos anos quase apagou. Felizmente que possuo uma grande capacidade de adaptação a novas formas de vida e não tenho medo de as enfrentar. Porque, se não fosse isso, talvez a minha proverbial confiança e boa disposição não fosse aquela que é e a minha gargalhada não fosse tão sonora.
Como se vê, as vicissitudes da vida podem dar, felizmente, oportunidade a que nos riamos e muito de nós próprios...

HSC

terça-feira, 24 de julho de 2018

Uma vergonha!


Ignoro quais terão sido as condições impostas pelo ex Ministro Manuel Pinho para se dignar ir à Comissão Parlamentar. Nem me interessam muito porque certamente não seriam, para a maioria dos portugueses, aceitáveis. 
Mas não posso deixar de julgar atentatório, que alguém que os deputados pretendem inquirir, "imponha condições para ser interrogado". Como acho bizarro que esses mesmos deputados aceitem tal limitação ao seu trabalho.
Depois de assistir ao que se passou na dita audição, confesso, senti-me envergonhada. Envergonhada pela humilhação feita aos deputados, pela desconsideração feita à Assembleia da Republica e pelo profundo desrespeito mostrado pelos portugueses.
O que se passou naquela reunião é uma vergonha nacional e não devia admitir-se. Resta a única conclusão lógica. É que se Manuel Pinho não defendeu o seu nome, é porque, muito possivelmente, não tinha meios para o fazer...

HSC

sábado, 21 de julho de 2018

Voltamos à saga!


Quando tudo apontava para que se entrasse na acalmia desportiva, eis senão quando, recomeça a saga do ex-Presidente que volta a querer candidatar-se a presidência do Sporting. 
Já perdi a conta aos candidatos e ontem dei com um jovem imberbe personagem que também se fazia ao mesmo piso. Será que este saga não terá fim?

HSC

terça-feira, 17 de julho de 2018

João Semedo


Tive hoje um grande desgosto. Morreu João Semedo, uma pessoa de quem eu gostava muito e que foi um dos bons amigos do meu filho Miguel. A estima que lhe dedicava vinha mais do que ele era como ser humano do que daquilo que ele pensava, que, como calculam, não era exactamente o mesmo que eu pensava. Mas concordávamos em aspectos da vida muito importantes e, sobretudo, eu sabia que havia nele alguém de uma enorme seriedade e verticalidade.
O João era o exemplo de como as pessoas se podem estimar, mesmo que em campos  ideológicos diferentes e sempre senti que no seu apreço pelos outros, a ideologia não seria o mais importante. Perco, assim, um ser humano com quem gostava de estar e cuja doença me fez voltar a pisar os corredores do IPO, onde tanta vez, por seu lado, ele foi abraçar o Miguel.
Para a Família, nomeadamente a sua Mulher, que também tive ocasião de conhecer, vai o meu abraço de sentidas condolências.

HSC

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Um mês especial

Terminamos um mês marcado pelo acidente dos jovens futebolistas encerrados numa gruta da Tailandia, com a paranóia de quem iria ganhar o Mundial de 2018, com um debate da Nação que mais parecia o "olhem como nós somos competentes e os anteriores uns asnos" e, finalmente, para dar alguma pimenta à historia o fica ou sai de Lula da Silva, coroado pela transferência do nosso Cristiano Ronaldo para o Juventus de Turim e mais uma "estórias" das gaffes do Sr Trump ou a visita quase misteriosa do Sr Obama...
Convenhamos que qualquer destes acontecimentos deu pano para mangas nas televisões e orgãos de comunicação social. 
Assim, as notícias da terrinha ficaram-se pelos festivais - mais do que as mães - e a entourage que os rodeou, uns tantos crimesitos já banais de violência domésticas, coisa pouca, uns maridos que matam mulheres, uns filhos que matam os pais e umas rusgas feitas ao futebol e autarquias cujo resultado demorará tanto tempo como o roubo das armas de Tancos, cujas ultimas peripécias envergonhariam qualquer país decente.
Escrever sobre estes pontos seria um mera perda de tempo. Eles só interessam a quem vende jornais ou aos que dependem das audiências. Não é, felizmente, o meu caso, que nem publicidade consenti ter neste blogue.
Esperemos, enfim, por melhores dias, embora a silly season seja tudo menos a mais adequada a algo de interesse que se possa escrever.

HSC

terça-feira, 3 de julho de 2018

Viver feliz para sempre!


“...Num mundo em que as ideologias - de esquerda e de direita - estão a soçobrar, os eleitores também se tornaram "migrantes". Tal como eles, flutuam entre quem a cada instante lhes oferece as soluções que lhes parecem mais adequadas aos problemas do momento, ou que estão mais conforme o que exigem as suas preocupações. É asfixiante o espaço reservado para a discussão dos problemas estruturais e à política distante do ruído dos holofotes mediáticos que, como é natural, estão mais interessados em ganhar audiências do que em resolver os problemas do mundo...”
 
Álvaro Nascimento in Negócios

É um facto que o debate politico no nosso país está reduzido à chamada propaganda eleitoral. As televisões encharcam-nos de pseudo discussões que, em lugar de nos esclarecerem, visam apenas definir quem é o vencedor das mesmas.
Sendo assim, os melhores não perdem tempo com querelas partidárias e, quando chegam ao topo das carreiras, sabem que para se manterem é conveniente/vantajoso ir distribuindo as suas benesses por todos os partidos do chamado arco do poder e deste modo... viverem felizes para sempre!

HSC

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Madonna nossa!



A notícia divulgada no último sábado, sobre uma cedência a Madonna de uns terrenos da CML para que esta pudesse estacionar a sua frota de 15 carros é algo que, no mínimo, se reveste de alguma bizarria.
Com efeito, Fernando Medina gere e administra dinheiros que são dos contribuintes. Logo, impõe-se que a “coisa pública” seja tratada de acordo com regras de transparência e clareza.
É claro que todos sabemos existirem benefícios quando grandes estrelas internacionais se instalam no nosso país, já que divulgam e promovem lá fora a “marca” Portugal e, no caso, a “marca” Lisboa. 
Mas, ou a “estória” está mal contada, ou as decisões tomadas são tudo menos transparentes. De facto, a Câmara começou por não divulgar o valor do contrato. Depois, lá revelou que o valor cobrado seriam 720 euros mensais e,  por fim, soube-se que este valor não só não está ainda a ser cobrado, como só o será no fim do período de utilização.
Os mecanismos de excepção sempre existiram. Mas, por norma, as balizas são previamente definidas. Como seria de esperar, a oposição camarária trouxe o tema para a praça publica.
O que significa que Medina não só vai ter de esclarecer este assunto rapidamente, como os seus esclarecimentos têm de ser muito claros e...transparentes. É que ser autarca e político com ambições, tem os seus custos!

HSC

domingo, 1 de julho de 2018

O caminho é para a frente

Lá estive pendente do aparelho, a ver a nossa seleção. Malfadada relva aquela em que os jogadores escorregavam como se estivessem numa pista de gelo. Julgo que não jogámos mal, mas a equipe adversária não largava os nossos pés. Parece que havia sempre um uruguaio á frente de cada um dos nossos jogadores.
É o futebol, é a vida. Ganhámos quando jogámos pouco e perdemos quando fizemos bom serviço. Mas fiquei com pena, gostava que pudéssemos chegar às finais. Não foi possível. Não vale a pena chorar sobre leite derramado. Para a frente é que é o caminho!

HSC