terça-feira, 7 de março de 2017

Os donos disto tudo...


"A Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa cancelou a palestra "Populismo ou Democracia? O Brexit, Trump e Le Pen em debate", cujo único orador era Jaime Nogueira Pinto.

A decisão da Universidade Nova surgiu depois de uma moção aprovada pela Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas que solicitava o cancelamento do debate por considerar que o evento estava "associado a argumentos colonialistas, racistas, xenófobos que entram em colisão com a mais básica democraticidade e inclusividade".

Conheço Jaime Nogueira Pinto. Não penso como ele, mas reconheço-lhe as qualidades intelectuais e considero-o uma pessoa coerente. Entristece-me pensar que numa Universidade portuguesa, num país que diz viver em democracia, os futuros homens da elite de amanhã se comportem deste modo. E ainda me surpreende mais que a Faculdade tenha cedido a este tipo de pressões. 
O passado de um povo - por mais lamentável que tenha sido - não se apaga por métodos desta natureza. E mal vai o futuro de um país quando o presente se quer desfazer de um passado do qual saíu. Lamentável, de facto, o exemplo da Academia!

HSC

10 comentários:

Augie Cardoso, Plymouth, Conn. disse...

Interessante e lamentavel que que pessoas inteligentes quando Se juntam em grupos ou partidos reagent estupidamente.
E ver o quake se passa com partidos europeus. Corupcao total das elites francesas. Uma assembleia da republica portuguesa.incapaz de por na rua um primeiro ministro mentiroso sem etica e que se tornou atrasado mental!!!!

Augie Cardoso, Plymouth, Conn. disse...

Afinal funciona, como alguem dizia, Desde OS institutos ate aos ministros, A POLITICA NAO MAIS QUE O ECO DAS PALAVRAS.

João Menéres disse...

A atitude da Faculdade foi de pura cobardia !
Lamentável.

Melhores cumprimentos.

Unknown disse...

COITADINHO DE QUEM É PEQUENINO, INFELIZ
E DESGRAÇADINHO!!!

Unknown disse...

100% de acordo!

Anónimo disse...

As lagartixas que chegaram a jacaré.
JG

Anónimo disse...


Helena
São atitudes destas que fazem questionar se existe democracia total ou não. Não me parece, há coisas que passam de modo velado, e só quem as percebe fica indignado.


Hoje dia da mulher, não sou de dar importância ao significado dos dias, há coisas que tem que ser lembradas sempre.
As igualdades devem existir para ambos os géneros, pode ser utopia mas o que seremos de nós sem sonhar?
Sabe que é uma referência de coragem para milhares de mulheres e homens, muitos gostariam de ter a sua coragem, ousadia, liberdade, força, de mim falo também.
Há vozes/palavras que fazem eco as suas fazem, continue a despertar consciências. Fazer do silêncio/ruído, do oculto ficar a descoberto, somos um povo brando, conformado.

Abraço
Carla

Anónimo disse...

Não é só cobardia, Dr. João Meneres, é falta de espinha dorsal. É falta de cultura, de inteligência, de vontade de saber. Um nojo!

E os variadíssimos professores da casa calam-se, quando alguns foram presos, no tempo da «outra senhora», por delito de opinião???

Gostava muito da senhora que foi sua mulher, Maria José Nogueira Pinto,
infelizmente já desaparecida e que não merecia a horrorosa escultura, que está junto ao rio, já toda vandalizada, mas sim, hoje, Dia da Mulher, um bom colóquio com mulheres a sério de direita, de esquerda, do centro, mas MULHERES!

Não aprecio o estilo de Jaime Nogueira Pinto, sou uma mulher de esquerda, há décadas, lembro-me muito bem do salazarismo e ele sempre soube estar em colóquios, onde o contraditório exista. Faz isso há anos. Como fazia o saudoso Lucas Pires, Noites inteiras à conversa, com especial atenção pela não/memória de gente mais nova.

Estes meninos não são como os seus filhos, Helena Sacadura Cabral, honra seja feita, tanto ao Miguel, como ao Paulo, cada um nas suas convicções, cultos, coerentes com os seus princípios, mas tolerantes com quem pensa diferente e, sobretudo, bem educados. Em suma, Gente...

Pedro Coimbra disse...

Acompanho em Macau o excelente "Radicais Livres" com Jaime Nogueira Pinto e Rúben de Carvalho.
Gente com ideias muito diferentes, opções muito diferentes.
Que se respeita, que nos enriquece com os seus debates.
Quando uma Academia trilha estes caminhos sinto tristeza pela Academia, pelos que a dirigem, pelos que a frequentam.
Pobres de espírito!

Silenciosamente ouvindo... disse...

Subscrevo as palavras do meu amigo
Pedro Coimbra.
Fico muito triste com muitas coisas
que se estão a passar neste país.
Dmocracia? Hum...
Os meus cumprimentos.
Irene Alves.