segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Transparência qb...


"A SIC Notícias tem informações que indicam as razões da saída antecipada de António Domingues da Caixa Geral de Depósitos, rejeitando o pedido do Governo para assegurar a transição até ao dia da entrada em funções de Paulo Macedo
O presidente demissionário da CGD estaria disposto a ficar por mais alguns dias, mas seria confrontado com a necessidade de entregar mais uma declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional; tal como já tinha acontecido no ano passado, António Domingues não se mostrou disponível para divulgar os detalhes dos próprios rendimentos e acabou por dar ao Ministério das Finanças uma resposta negativa.
                                 
                                         in Noticias ao Minuto

O caso da CGD é paradigmático da forma como se olha o público e o privado, em certas funções, no nosso país. Pessoalmente considero que quando se aceita uma determinada função, aceitam-se todas as implicações que a mesma traz à nossa vida. O problema é que essa aceitação acaba, nalguns casos, por ter consequências, também, nos familiares.
Estou à vontade para abordar o tema, porque durante anos as declarações de património feitas pelos meus filhos, arrastavam naturalmente a revelação do meu. 
Sempre lidei bem com essa situação porque não podia nem queria dar-me ao luxo de ter contas em que os meus filhos não pudessem mexer. E até paguei cara a decisão. Com efeito, num diferendo que opunha os deputados europeus do BE e a nossa Autoridade Tributária, por um qualquer milagre foram-me à conta que tinha na CGD e um terço ficou logo bloqueado. 
Na altura a situação irritou-me bastante, mas depois pensei que continuava a ser o preço que tinha de pagar pelas funções que ambos desempenhavam e pelo critério de partilha que eu tomara. 
A transparência deveria, de facto, limitar-se aos visados. Mas isso não acontece. E, no caso de António Domingues, admito que ele se tenha cansado de tanta transparência!

HSC

7 comentários:

Anónimo disse...

Querida Dra Helena Sacadura Cabral,

Perdoe-me, mas não se pode comparar esse sujeito (que vergonha e que molusco, saiba de economia e finanças ou não - em que país viveu esse homem?) com uma grande Mulher e os seus dois maravilhosos filhos, ambos com muitos anos de actividade política, digna, corajosa, cada um à sua maneira, mas dois grandes Senhores e qualquer deles com sentido de Estado.

Tenho saudades das conversas, bem como dos silêncios, com o seu filho Miguel, de quem fui muito amiga e a quem ficarei sempre grata pela franqueza que partilhávamos, sendo eu da sua geração e não da dele (os seus filhos da geração do meu).

O nosso querido Miguel Veiga diria que se tratava de dois políticos «clássicos» (i.e., como ele dizia «com classe», com aquele sorriso malandro).

Esta novela deste indivíduo e respectivo ministro da tutela já agonia...

Muitas saúde e paciência!

São Jordão

João Menéres disse...

Para o Domingues não há paciência que chegue !

Melhores cumprimentos e votos de um Ano Novo muito próspero.

Anónimo disse...

O Diabo tomou conta de Portugal...vāo ver!

Anónimo disse...


Helena
Quem não deve não teme, há quem temeu...

Terminei de ler o seu último livro, gostei tanto gostava que tivesse mais páginas, achei pequeno a leitura foi galopante.

Abraço
Carla

Anónimo disse...

A NACIONALIZAÇÃO vai ser o opção a seguir...opção translúcida / opaca.

Zé ( sem guito na CGD )

Anónimo disse...

Devil

Real or Virtual...just choose!

"The more secretive or unjust an organization is, the more leaks induce fear and paranoia in its leadership and planning coterie. This must result in minimization of efficient internal communications mechanisms (an increase in cognitive ‘secrecy tax’) and consequent system-wide cognitiva decline resulting in decreased ability to hold onto power as the environment demands adaptation."

Helena Sacadura Cabral disse...

Carla
Obrigada pelas suas palavras.