quinta-feira, 9 de junho de 2016

Os milagres da ciência


Confesso-vos que tive de esperar um dia para escrever sobre este milagre da ciência, de manter viva uma mãe morta, para que esta pudesse dar ao filho, a vida que transportava consigo antes de ter sofrido um acidente vascular cerebral fatal.
Confesso-vos também a minha particular admiração pela família que assim decidiu e pela equipa de médicos que corporizou essa opção. Abençoado amor de mãe, abençoados pai e avós que irão criar esta criança numa altura da vida em que a maioria de nós apenas se dedica a gozar do afecto dos netos.
Talvez porque perdi um filho sem poder trocar a minha vida pela dele - o que não daria para o poder fazer ! - este caso comove-me profundamente. Porque fala dos milagres da ciência, mas também fala do amor ilimitado, sem esperança de retorno, que marca o sentimento que une pais e filhos.
Que o caminho desta criança e de todos os que nela se empenharam possa, no futuro, ser o espelho daquilo que uniu todos eles.

HSC

8 comentários:

Silenciosamente ouvindo... disse...

Depois do feito da medicina, do nascimento do bebé e em boas
condições, começo a ficar preocupada com as notícias desencontradas
na n/Comunicão Social.

Dizem que o pai não tem condições para tratar da criança

que são os avós que ficarão com a criança, mas que não
têm muitas condições

Depois dizem que o pai vai lutar para ficar com a criança

Onde estará a verdade? Espero que depois do sucesso da
medicina se preocupem, com quem fica com a criança e que
a mesma tenha as condições necessárias para o seu desenvolvimento.

Era altura de haver união na família e da Comunicação Social
ser isenta e verdadeira.
Os meus cumprimentos.
Irene Alves

Helena Sacadura Cabral disse...

Irene
Não vi nem ouvi nada disso. Se assim é fico com o coração nas mãos a pensar no que sucederá à criança!

Anónimo disse...

🌷

Anónimo disse...


Excelentíssima Senhora

Leio-a sempre com prazer e algumas vezes discordo do que escreve.
Hoje, quero maravilhar-me com a notícia que a maravilhou; perfilho totalmente o que escreveu.

Anónimo disse...

Há família materna, paterna e o pai naturalmente. Que se entendam para bem de todos. Oxalá sejam notícias para vender papel.
Uma avó

Silenciosamente ouvindo... disse...

Durante os últimos meses, os pais de Sandra sofreram a sua morte sem conseguir fazer o luto. O funeral só se realizou esta quarta-feira, um dia após o nascimento de Lourenço. Consumidos pela dor da perda de uma filha, querem agora ser eles a criar o bebé, permitindo ao pai que o visite com regularidade.

Já Miguel Ângelo quer ser ele a cuidar do filho. Diz que alimentou sempre a esperança de que ele nasceria bem e que queria cuidar dele. Mesmo contra a vontade dos pais da companheira, com quem namorou pouco mais de um ano.

Fonte da família de Sandra disse ao Observador que os pais dela já estão à procura de um advogado. E que vão pôr uma ação de regulação do poder paternal em tribunal. Miguel Ângelo diz não ter cabeça para pensar nisso agora. Aliás, os amigos dele dizem que nas últimas semanas ele “andava em baixo”. O nascimento de Lourenço veio
mudar-lhe a vida.

(Parte de um texto no Observador)

.......................................

Foi por ter lido que fiquei preocupada.
Cumprimentos,drª. Helena

Anónimo disse...

Um caso surpreendente e deveras profundo que me toca a alma.
Sensacionais os médicos e todos quantos estiveram envolvidos para que fosse possível a "morte dar vida"...isto dá que pensar.
A morte não é o fim,pode trazer vida,dar vida,esperença,luz,fé...
Que este ser pequenino seja muito feliz e viva sempre rodeado de amor e com saúde.
Grande lição de vida que esta mãe deu.Que permaneça serena e em paz.
Fica um enorme aplauso cheio de Orgulho a toda a equipe médica,bem hajam!

Quanto a si,Querida Mãe,o seu Miguel guarda as suas palavras no coração.

Podemos todos rezar uma Avé Maria por esta Mãe e seu filho.



Anónimo disse...

Por ter perdido, há pouco mais de um mês, um neto que sobreviveu menos de 2 dias após uma gravidez e parto normalíssimos, e por saber toda a dor e luto que a perda do nosso bebé trouxe a toda a família, também a mim este caso me tem tocado particularmente e também eu me regozijei com a luta deste bebé e com esta mãe "incubadora" de vida, de esperança e de amor. Também por isso tenho acompanhado com grande nojo o tratamento que alguma comunicação social tem dado a este caso tão inspirador. Saberão eles do que falam?
Bem-vindo e felicidades Salvador!