quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

A herança das greves

Dezembro e Janeiro vão ser marcados por paragens laborais em várias empresas. Feriados e pagamento de horas extraordinárias estão entre os motivos de protesto. Na CP a paralisação começou ontem e o pré-aviso prolonga-se até 2 de Janeiro. A STCP também começou o protesto ontem, mas o calendário do sindicato aponta para suspensões parciais até ao final do ano. A suspensão laboral da CP Carga deverá ocorrer entre 7 de Dezembro e 2 de Janeiro. Já no Metro de Lisboa os trabalhadores prevêem uma paragem parcial nos próximos dias 9,10 e 11.
Ao que informam estas greves já estavam marcadas para questionar medidas do antigo governo. Mas não foram desmarcadas por haver novo governo. Talvez este consiga evitá-las, satisfazendo as pretensões daqueles trabalhadores. Será um bom teste para começar!
HSC

14 comentários:

Virginia disse...


Mas o prejuizo que advirá para os trabalhadores que usam os transportes públicos ( tão queridos da esquerda...) será enormérrima. É esta incoerência que nunca gramei ( desculpe o termo!).

Helena Sacadura Cabral disse...

Ai! Virgínia agora é que vamos saber se há trabalhadores de prmeira e trabalhadores de seguhda....

Anónimo disse...

Ó māe VPM! Há trabalhadores chic e choc.Tal qual os governos,tivemos o chic e agora tempos o choc.
O país foi invadido e a vontade eleitoral do Povo nāo foi respeitada.É um ultraje à democracia.

Anónimo disse...

O bom teste é Tal qual Varoufakis posar para as revistas " CODEROSA" em palacetes de King.Ai nāo!
Xuxalismo a xuxar,brincas?

Anónimo disse...

Boa noite Dra. Helena, sempre com o máximo respeito apetece-me dizer: e se adoptássemos uma outra forma de construir?
É tempo de todos darmos o nosso contributo para que o País avance. Já chega de tanta estagnação.
Sobre os transportes públicos mete dó que depois de tanto dinheiro que o Estado investiu para a sua reestruração sejam agora entregues de mão beijada a privados.
Não tenham receio os seus leitores que os comunistas já não comem criancinhas ao pequeno almoço.
Com os meus respeitos e admiração.
Es.

TERESA PERALTA disse...

Os "Piratas das Caraíbas" voltam a atacar... Se falhas existem na Economia Nacional muito lhes devem, pela simples razão de que ainda não foram privatizados. Infelizmente, o povo, que precisa de trabalhar, está subjugado a esta ditadura.
Não tarda, Arménio Carlos, com o apoio do PC e do BE, exige ser V.P.M. , e Costa não tem alternativa...

Beijinho :)

Helena Sacadura Cabral disse...


Blogger Helena Sacadura Cabral disse...
Es
Tive 18 anos um filho comunista. Fui muito amiga dos já falecidos Octávio Pato e do João Amaral. Comemos muitas vezes juntos. Por isso, creia, sei muito bem o que comem os comunistas e não só ao pequeno almoço!
Conheci, também, para seu sossego, Alvaro Cunhal no tempo em que o meu irmão mais velho era Embaixador na Rússia. E fico-me por aqui nos conhecimentos, que foram muitos, a passar por minha casa, dado serem amigos do meu filho Miguel. E, até, a ficarem por lá.
Digamos que conheço muito melhor a esquerda do que a direita. Essa é a minha vantagem. Não sei se será a sua...

Joaquim de Freitas disse...

Senhora Doutora

Escrevi este comentário noutro "blogue" que a Senhora conhece. Adapta-se bem a outros comentários aqui notados, por isso o transcrevo. Com os meus respeitos.

"Quanto não valeria ao país ver mirrar a desmesurada influência que o PCP e CGTP detêm ainda? E que, deste modo, deterão por muito mais tempo." , disse o Senhor "X".
Esta reacção do Senhor "X" é interessante, porque demonstra bem que ainda há um caminho a percorrer, na democracia portuguesa, para chegar ao famoso consenso necessário para formatar um país moderno. A não ser que se deseje viver numa ditadura de direita ou de esquerda, os sindicatos, com todas as suas exigências e manobras políticas, fazem parte do mundo do trabalho...e da produção das riquezas.
Se o mundo que possui os meios de produção, os empresários, e o sistema capitalista no qual este evolui, com o apoio do Estado que cria as leis, tivessem sido sempre justos na partilha da riqueza produzida, talvez o mundo do trabalho não precisasse de organizações mais ou menos violentas, para o representar e defender.
Na realidade, sem estas organizações, o mundo do trabalho estaria ainda na era das 10 horas de trabalho diárias, 6 dias por semana , com salários de miséria.
Quando, após duas dezenas de anos de ausência de Portugal, regressei à minha Pátria, em missão profissional e descobri que muitas empresas não pagavam os salários ou os pagavam com semanas e mesmo meses de atraso, não queria crer o que ouvia. Mas os Mercedes estavam no parking...
Quando vi , em Portugal, crianças trabalhar, com idade de ir para a escola, a desengordurar peças metálicas por cima dum bidão de solvente tóxico, sem ventilação, compreendi porque existem no país onde vivo, reuniões mensais de CHST ( Comissão de Higiene e Segurança no Trabalho) com os delegados sindicais, compreendi porque haviam sindicatos.
A qualidade de vida e das relações sociais, particularmente entre empresário e trabalhador ,começa pelo respeito do mais fraco, isto é, daquele que só tem a sua força dos seus braços para oferecer. Depois, tudo é mais fácil.
E os que se proclamam da esquerda devem ser ainda mais sensíveis a esta necessidade, sem a qual não há progresso. "Mirrar a influência ", diz? Não, equilibrar a influência pela justiça social.

Tenho a certeza que o Miguel aprovaria. Paz à sua alma.

Helena Sacadura Cabral disse...

Joaquim de Freitas
Entendo muito bem o que diz. O meu filho Miguel numa entrevista televisiva disse a sorrir "a minha mãe é a mulher de direita mais à esquerda que eu conheço e se tivesse que escolher uma mãe era ela que eu escolhia, porque foi dela que recebi todos os princípios que defendo". Está gravado e qualquer um pode ouvir.
A esquerda a que um dia julguei pertencer está, infelizmente, muito à direita para meu gosto!
Talvez isto lhe diga alguma coisa sobre mim.
Obrigada!

Anónimo disse...

Boa noite Senhora Dra. Helena,
Sou a anónima Es. que muito a admira e respeita e por esse facto me dirijo a si de forma educada pedindo desculpas por ter a ousadia de aqui vir de vez em quando escrever umas coisas.
Claro que já terá deduzido que as minhas ideias políticas são muito mais próximas das do seu querido filho Miguel que ainda hoje continuo a admirar! Por outro lado pode acreditar que sou católica praticante (ou tento ser). Quero com isto afirmar que não sou extremista respeitando as várias ideologias, o que não me impede ter as minha simpatias;))!
Por outro lado não tenho a menor dúvida do que acima refere.
Ao referir-me a este assunto é porque tenho algum conhecimento de causa, dado que trabalhei muito próximo da administração de uma das maiores empresas de transportes públicos durante quase quarenta e três anos e pude acompanhar ao longo de todos estes anos as situações de greves e as suas variadas causas, muitas vezes não concordando.
Mantenho a minha opinião sobre o que acima refiro a propósito das privatizações ou concessões desta (onde trabalhei) e outras empresas.
Os meus cumprimentos e muito obrigada pela sua atenção.
Es.

Anónimo disse...

É hoje é dia de lembrar um grande Homem de Portugal,Francisco Sá Carneiro.O transporte em que seguia foi...
Sempre Presente com dignidade á sua memória.
J Mello

Joaquim de Freitas disse...

Senhora Doutora

Se me permitir, e sempre sobre o mesmo tema, deixo aqui uma reflexao desta manha, do qual, a sua cultura francesa detectera a inspiraçao. Je m'amuse!!!



A CIGARRA E O BAILE

Existe, em Davos, num canto secreto do planeta,
Um dancing exclusivo, uma espécie de discoteca,
Onde se dança todas as noites, até à madrugada.
Os músicos famosos, que animam este baile,
Têm um alto nome: "Grupo da Finança Mundial".

Na pista de dança vêm-se pavões que se pavoneiam,
Exibindo as suas formosas penas de todas as cores,
Feitas de mil moedas e notas que estonteiam,
Cintilantes como as paletas decoradas dum pintor

Na pista brilhante alguns privilegiados dançam,
Garças reais com um longo pescoço diamantado,
E alguns louva-a-deus de fraques negros vestidos,
Que para a circunstância se foram assim coligado.

Uns dançam com biliões, outros só com milhões,
Enquanto que lá fora, com um frio de rachar,
Com algumas moedas no bolso, frutos de gorjetas,
Os excluídos , esfomeados não param de gritar.

Subitamente, estranhamente, é a histeria colectiva :
Os tambores e as trompetas , toda a orquestra enfim,
Tocam a rebate, num acesso de fúria depressiva,
Gritam e gesticulam, numa dissonância sem fim!

E toda a gente cai da pista, situação quase cómica,
Escorrega nas notas de banco em grande trambolhão,
Arrastando a "Miss Mundo da Crise Económica",
E gritando enfim em harmonia : "Maldição" !

Falta agora saber onde está o culpado deste horror,
Que estragou o baile, a festa e a grande farra.
Pois bem, culpado só pode haver um, disse sem temor,
O presidente que conhece bem os animais : Foi a cigarra !

Este insecto imundo que desde os tempos da arca de Noé,
Maldito porque apesar dos conselhos que recebeu em vão,
Fartou-se de comer e dormir, e dormindo mesmo em pé,
Levava a vida a cantar e cantava todo o Verão.

Oiçam bem aquilo que lhes digo caros amigos da festa,
Tudo vai entrar na ordem , porque não é um pobre animal,
Preguiçoso , que vai impedir-nos de fazer a nossa sesta,
Vamos retirar-lhe as asas, que para cantar é o órgão vital.

Uma oração de Santa Moeda Virtual leve como o vento,
Uma dose de corrupção real, pesada como um pesadelo,
Uma boa porção de superstição de apocalipse, que invento,
Uma boa lição de ditadura se necessário para limpar o pelo.

A cigarra cala-se.

Anónimo disse...

A gárgula-mor ( bochechas e seu motorista provocaram um acidente e fugiram.A ser verdade é mais um lindo exemplo deste pavão socialista.
E carro e motorista pago por todos nós.
José Gonçalves

Dalma disse...

Estou em Malta e ontem e hoje houve greve de autocarros e só posso dizer que as greves de transportes deviam ser sempre assim: incomodam o patronato mas nunca os utentes já que os autocarros ( únicos transportes da ilha) funcionam todos, a única diferença é que não cobram bilhetes aos utentes! Há dois dias que viajamos à borla...