quinta-feira, 19 de novembro de 2015

A crise do Estado

"...O capitalismo vive uma das suas piores crises, com o empobrecimento de parte da classe média, a morte das indústrias, a alta instabilidade dos mercados e o desemprego crónico elevado. Mas o mundo contemporâneo revela também uma profunda crise do Estado. Muitas profissões lutam hoje pela sobrevivência e estarão amanhã extintas. As democracias afogam-se em impotência e retórica. Pode vir por aí nova vaga de colapsos, desta vez nas economias emergentes, e serão mais uma vez os pobres a pagar as dívidas.
O mandarinato atraiçoa o povo. É incompreensível a eleição sistemática de políticos cada vez mais fracos. As elites mediáticas habitam o mundo da lua, com a sua linguagem de fachada ridicularizando os valores tradicionais e negando o passado. A nossa identidade está a ser perseguida e estilhaçada. Os intelectuais desapareceram ou foram silenciados. A cultura transformou-se na busca do insignificante e a arte tornou-se uma xaropada sentimental que cultiva a bela frase vazia e a lágrima ao canto do olho."

                       Luis Naves in Delito de Opinião

HSC

1 comentário:

Unknown disse...

Olá,

Dra.Helena, agradeço-lhe a partilha deste post.
Concordo com esta reflexão, "quase" totalmente!

Que tudo lhe corra bem amanhã!

Um abraço,