quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Há dias assim...

Este último Domingo foi um daqueles dias em que se pode dizer que o melhor era não ter saído da cama e ter ficado em casa a "esmoer" o calor que, ao contrário do frio, me deixa num estado de letargia total.
Tudo, mas tudo, correu mal. Comecei por me levantar estupidamente cedo, o que me teria dado oportunidade de aproveitar bem o tempo. Porém, uma ciranda doméstica idiota, fez com que não desse pelas horas e perdesse a missa das 11h. Irritada comigo mesma, decidi que iria à da tarde, que voltei a perder, na sequência do que até lá me iria acontecer.
Havia combinado ir almoçar com amigos num restaurante italiano. Mas, cautelosa, avisei que teria de fazer uma compra num centro comercial, antes de rumarmos ao cinema que se seguiria ao repasto.
O almoço correu bem, a comida estava boa, a conversa idem e o preço foi baixíssimo. O pior estava para vir. Fiz a dita compra e quando disse que queria duas embalagens, uma das amigas resolveu fazer o mesmo. Resultado, fiquei só com uma, porque o stock esgotara. Compro noutro sítio, pensei. Havia de comprar...já que depois de correr cinco estabelecimentos percebi que o produto ia ser descontinuado.
Resolvi desligar, apesar de contrafeita, confesso. Feita a escolha cinematográfica por essa mesma amiga, desembocámos todos numa "coisa" chamada A Família Bélier que, começando por volta das 17h, já não me permitiria cumprir a devoção dominical. Paciência, pensei toda ligeira.
O filme é "um pincel", como dizem os meus netos. Uma estória idiota, melodramática, recheada de canções do Michel Sardou, quase tão velho como eu e com muito menos graça. Ou seja, uma desgraça!
E como esta nunca vem só, à saída, percebi que perdera o saquinho da minha compra. O retorno aos sítios onde estivera foi, claro, inútil. O produto era um bem que qualquer mulher apreciaria...
Depois disto, cheguei a casa bastante irritada e resolvi deitar-me. Nem fome tinha, o que, no meu caso, é uma verdadeira raridade.
Foi nessa altura que me deu um ataque de riso e, em simultãneo, vontade de bater em mim própria por me ter deixado dominar por uma ninharia.
Há, de facto, dias assim, em que devíamos ficar em casa a ler e ouvir música, com o ar condicionado ligado. Porque isso, sim, é que é um luxo!

HSC

15 comentários:

Tété disse...

Minha querida amiga, que bem fez em rir de tudo isso porque é assim que consegue manter a sua jovialidade, ao não dar demasiada importância a coisas que só servem para a desgastar.
Mais uma vez e como é habitual, venceu.
Mas deixe que lhe diga: lá que irrita e abana qualquer uma, ah! pois é.
Abrações

TERESA PERALTA disse...

Realmente Helena, um dia cheio de peripécias. Há muito tempo que não conseguimos ver um bom filme. São mais do que um "pincel", são uma "seca" bem grande, que consome o nosso tempo, dinheiro, e a nossa paciência. O melhor é revivermos o passado até que o presente se recomponha.
Bjo :)

noname disse...

ahahahahahahah
Há dias de manhã que nós à tarde não deveríamos sair à noite

Anónimo disse...

🌹🌹🌹

Janita disse...

Pois é minha Cara Dra. Helena, mas adivinhar é proibido, e mais vale arrependermo-nos daquilo que fazemos e não nos satisfaz do que ficar remoendo no que, provavelmente, teria acontecido de bom se o tivéssemos feito!
É verdade ou não?

Não assistiu à Missa dominical? O que não se faz no dia de Santa Luzia, faz-se no outro dia. E há mais marés do que marinheiros!! :-)

Ternuras minhas.

Janita

maria isabel disse...

O melhor do dia:

"O ataque de riso".
Nada que nos irrite que não se resolva com um verdadeiro ataque de riso.
Já agora um resto de semana muito bom
Maria Isabel

Silenciosamente ouvindo... disse...

Foi um dia "anormal" sem dúvida...
Mas como no final assimilou que não
valia a pena dar grande importância e
conseguiu sorrir: pronto, passou!!!

Quanto a ir ao Cinema é realmente complicado escolher
e acertar, parece que só por cá anda em exibição
"sucata"...

Os meus cumprimentos
Irene Alves

Terapia das palavras... disse...

Helena,

Para alem dos muitos atributos que a admiro,,,essa seu humor tao peculiar e a sua gargalhada fazem de si de facto e só a pessoa que é..

Nem sabe o que ja me ri,,com estas suas peripecias..

Obrigada pela partilha e admira-la sempre!

Beijinhos

Anónimo disse...


Bom dia Helena
Gosto de ler os seus diários, há dias assim menos positivos. Foi pena ter perdido a sua compra. Vejo, que é uma pessoa muito organizada que programa os seus dias, onde ir, o que fazer. No ginásio que frequento, entrou uma senhora que me faz lembrar a Helena, a voz é muito parecida com a sua. A idade 60 e poucos é professora, muito comunicativa, os braços dela chamam atenção estão todos tatuados, não existem idades para gostos, o que importa é a pessoa se sinta bem com ela própria, os que os outros pensam não interessa. Hoje penso assim, também creio que somos uma partícula que o vento pode sobrar, levar-nos e levar os nossos em segundos. Somos tão frageís é pena que muita gente não veja isso. Infelizmente só mudamos com alguns contratempos da vida mais duros e tristes.
O meu avô cantava-me uma canção ciranda ó ciradinha... não recordo o restante, achei muita piada quando vi essa palavra no seu texto, recordou-me o meu avô.

Ciência é o conhecimento organizado. Sabedoria é vida organizada.
Kant

Carla

Anónimo disse...



Gosto e admiro o Goucha gostei do seu texto.
http://cabaredogoucha.pt/envelhecer-com-estilo/

Carla

Fatyly disse...

Gostei e sobretudo da análise que fez sobre o domínio "de ninharias" onde gastamos energias que podem fazer falta em coisas mais sérias.

Saio a sorrir porque "o ar condicionado" é o meu inimigo nº. 1:):):)

Anónimo disse...

🌷

Dalma disse...

Citando alguém : " ao longo da vida há duas ou três coisa muito importantes, algumas apenas importantes e milhares delas sem importância nenhuma". MRS

Anónimo disse...

Don't worry about bad days cause you Shine Like a Diamond in the Sky.

http://youtu.be/YH7jciPDcuI

Ghost

Anónimo disse...

Um luxo é ler o Fio de Prumo,ora nem mais!
AM