quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Compromissos e consensos

"E passa-se o tempo a exigir o impossível, o consenso, quando o que se deve exigir é o compromisso."


Esta frase que li num inteligente comentário a um post do "nosso" Embaixador Seixas da Costa, diz exactamente o que eu penso acerca do que devem ser as coligações políticas. Com as quais, aliás, vivem países do Centro-Norte europeu, que, na generalidade, consideramos estarem melhor organizados do que nós e nos quais muitos de nós não desdenhariam viver.
Há décadas que a vontade do povo é soberana e para quatro anos. Os partidos têm por isso que se entender. E para o fazer, assumem "compromissos" e não "consensos". 
Cá na terrinha esta situação é impensável. Talvez seja a altura de começar a pensar nela...

HSC 

7 comentários:

Escrever Fotografar Sonhar disse...

Sempre directa e certeira.

TERESA PERALTA disse...


Para se firmarem "compromissos" é necessário que os próprios políticos alcancem o grau de verdadeiros Estadistas. Todos sabemos que a maior parte está muito longe disso...
Abraço grande, Helena!

Anónimo disse...

cá na terrinha qualquer coisa serve, e os políticos sabem disso. Cá na terrinha pratica-se o 'quanto mais me bates, mais eu gosto de ti'. por isso, para quê ter trabalho a investir em compromissos? Não é necessário, o pessoal come e cala.

Ana disse...

Completamente... Essa abertura permite que um governo identifique mais eficazmente os problemas, que em geral não têm apenas uma forma certa ou errada de abordagem e resolução. No setor privado é precisamente este sistema de ideias aquilo que mais contribui para a criação de oportunidades de inovação e investimento, que são os motores do crescimento económico.

Anónimo disse...

O Cavaco não diria melhor! Discordo – inteiramente. Pela simples razão de que não se pode, nem deve, extrapolar situações e realidades que são completamente diferentes. Nós por cá (como dizia om outro) vivemos circunstâncias totalmente diferentes daquelas dos tais países que Silva invoca. Eles têm uma situação razoavelmente equilibrada, do ponto de vista economico-financeiro – para além de respeitarem os direitos dos reformados, pensionistas e de quem trabalha, o que não sucede cá, por causa da política deste governo – e nós temos miséria, uma economia estagnada, uma emigração crescente, um desemprego galopante de 20% (ao contrário do que diz a propganda governamental), uma carga fiscal asfixiante (com excepção das grandes empresas e banca), um decréscimo de investimento e uma dívida pública que de 89% (ao tempo de Sócrates) passou para 130% - o que aliás, tudo isto, mais coisa menos coisa, já tinha sido objecto de comentário no mesmo Blogue que aqui invoca, mas que “se esqueceu” de invocar nessa ocasião, quendo FSC o publicou.
Em resumo, “confundir”, deliberadamente as coisas, a nossa realidade com a dos outros, a nossa grave situação com a desafogada dos outros, não é sério.
Daí que o tal Sr. Silva não tem razão e no nosso caso não faz sentido falar em compromisso, ou consensos.
Quando se chega a um estado de coisas deste tipo só mesmo com soluções radicais se remedeia, no caso, em devido tempo, eleições antecipadas.
Propor seguir outros em circunstâncias diferentes e manter e prolongar a crise é de gente sem visão política, de gente que é insensível ao sofrimento social, de gente como este governo – e de quem o apoia. Como parece ser a autora deste Blogue ("compreensivelmente").
Luís Santos

Silenciosamente ouvindo... disse...

Faltam em Portugal sem dúvida "estadistas"...
Em Portugal os políticos "querem ser os donos de tudo"...
Em Portugal o voto de cada cidadão não tem valor igual!
Em Portugal há uma imensa falta de verdade na classe
política para com o povo e o povo tem uma grande
falta de interesse pela política = abstenção.
Cumprimentos, drª. Helena.
Irene Alves

Helena Sacadura Cabral disse...

Senhor Luis Santos
1.Refiri o blogue do nosso Emb. Seixas da Costa. Quem aqui vem sabe de qual se trata. Só o Sr Luis Santos parece não saber, o que é manifestamente um problema seu.
2. Não me referi ao Prof. Cavaco - como o Senhor gostaria - nem tinha de referir, porque ele pretende consensos e estes não me interessam.
3. O que eu apreciaria seriam compromissos - que vão ter de existir porque ninguém terá maioria absoluta- que Portugal tem tantas condições de fazer como tiveram noutros paises e não só no Norte. A Bélgica é um exemplo.
4. Quanto à seriedade dos meus post's tem bom remédio. Não venha cá. Mas não qualifique moralmente quem teve a educação de o não qualificar, a si, por aquilo que aqui escreveu.