sábado, 27 de junho de 2015

A caminho do fim?

“...Chegou, finalmente, o momento de o primeiro-ministro grego mostrar as cartas que tinha na mão. E não há, face a estes factos, duas leituras. É evidente que o Syriza apresentou aos eleitores um programa que não podia cumprir. Utilizou o desespero dos gregos para os iludir com promessas e palavras vãs. Ao remeter agora a decisão sobre o acordo com as instituições para a decisão popular, Tsipras assume o fracasso do seu confronto com os credores e a inconsistência da sua proposta política. Pelo meio, ficam mais de cinco meses de governação que teve como único resultado uma enorme sangria  da economia, do sistema bancário e das finanças gregas...” 

                Rui Rocha no http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/

15 comentários:

João Menéres disse...

Um extremista esquerdino que queria mandar !...
Enganou os tolos e agora faz como Pôncio Pilatos...

Melhores cumprimentos.

Anónimo disse...

“É evidente que o Syriza apresentou aos eleitores um programa que não podia cumprir. Utilizou o desespero dos gregos para os iludir com promessas e palavras vãs.”
– E assim se manipula, desvirtua e inventam teorias de conspitação. Abominável conclusão, esta do Rocha.
“Ao remeter agora a decisão sobre o acordo com as instituições para a decisão popular, Tsipras assume o fracasso do seu confronto com os credores e a inconsistência da sua proposta política.”
- O Rocha, que HSC foi, alegremente e ideologicamente repescar, não conhece o conceito de Dignidade.
Pelo meio, ficam mais de cinco meses de governação que teve como único resultado uma enorme sangria da economia, do sistema bancário e das finanças gregas...”
– O tal Rocha está sentido e triste que o dito sistema bancário Grego esteja sangrado, tal como nosso, os mesmos bancos que sangraram as nossas economias.
HSC e Rui Rocha é realmente lamentável escrever e transcrever o que aqui se fez.
A culpa, ao que se lê é do Syrisa e de quem o elegeu. Os governos anteriores nada têm a ver com a crise e suas causas (de que foram culpados, note-se!). Nem os agentes económicos, bancos, armadores, grandes empresas privadas, todos os que fugiram ao fisco, mais de 80 mil milhões de euros, em paraísos fiscais, alguns no seio da própria UE, Luxemburgo, etc!
O que Alex Tsipas fez foi devolver o conceito de Dignidade ao seu povo, o que este governo por cá não é capaz de fazer, até por razões de ordem ideológica. O Referendo é uma resposta popular que se impõe, no caso Grego. É a UE que está em falta, não são os gegos, sobretudo o Syrisa que nenhuma culpa tem desta crise que hoje a Grécia vive.
A desinformação e propaganda anti-Grega, como esta que aqui se lê é lamentável. Uma vergonha.
Os Rochas da vida esquecem, por exemplo, ou se calhar sabem e não querem saber – acham bem – e isso é ainda mais grave, que se o Estado português tivesse evitado os investimentos ruinosos dos Swaps,apostas em produtos financeiros tóxicos, entre empresas estatais e bancos, alguns, como o recurso aos JPMorgan, Goldmana Sachs, Santander, etc, ter-se-iam poupado muitos milhões de euros que daria para evitar os tais cortes nas pensões e reformas; assim como algumas venda de empresas publicas ao sector privado, que envolveram dignatários públicos com interesses nas empresas de consultadoria privadas e escritórios de advogados, que este (e até o anterior) governo fez, a pensar no interesse privado, com tudo o que tal implicou de trafico de influências no seu pior e nos prejuizos para o Estado, visto, em muitos casos, o Estado, com este governo, ter acabado de ter de pagar milhões de euros em juros, compensações, etc, dado o caracter das vendas, ou melhor, das negociações das privatizações. E aí se esvairam milhões de euros que poderiam tapar vários buracos, como na saúde, educação, subsídios diversos, etc.
Este Post revela bem o que é a Desinformação nas mãos da Direita. Portugal está entregue ao seu pior, politicamente falando.
HSc, ao trazer-nos este texto do tal Rocha, fica muito mal na fotografia. Mas, enfim, nada que nos deva surpreender. Afinal, HSC é uma mulher de Direita. E está no seu pleno direito de o ser. O que já não é correcto é, tal como o Rocha, fazer demagogia. É pena. Não a julgava capaz de tal. Estamos sempre a ser surpreendidos. É a vida!
Vasco Serrão,
S.João do Estoril

Silenciosamente ouvindo... disse...

Cada vez estou mais confusa, Drª. Helena sobre a Grécia.
Há muitas inverdades. Nunca sabemos tudo.
Os gregos de uma maneira ou outra têm que escolher a morte?
Vou ver se consigo colocar aqui um texto que acabo de ler:
Como estourar um país para proveito próprio e mau exemplo
Não há respostas simples para perguntas complexas. Mas há pistas para encontrar algumas respostas, só que não necessariamente as que parecem respeitar o senso comum. Já por aqui se disse, a propósito da Grécia, que as variáveis em questão são largamente ignoradas por quem discute de forma tão acalorada o tema, perdendo de vista o que são, com grande frequência, os verdadeiros motores da riqueza e da pobreza das nações, nestes tempos de finanças globais.
«É um jogo muito excitante de risco-retorno, e não há assim tantos ativos subvalorizados no planeta», afirma, a propósito da situação grega, um gestor de um hedge fund. Quando não há subvalorizados, há quem trabalhe a tempo inteiro para os subvalorizar — e seja magnificamente recompensado por isso. Basta ver quem beneficiou da dívida grega em 2012 e está agora a preparar-se para lucrar, largamente, em 2015. Aquele maravilhoso iate, que ainda falta a algum gestor de hedge fund, vai poder ser comprado com o bónus deste ano, lá para o Natal. Apenas para sabermos de que níveis de valores estamos a falar, John Paulson, gestor de um fundo que ajudou a arquitetar a crise de 2007, lucrou, nesse ano, pessoalmente, quatro mil milhões de dólares. O que dava para financiar, em duplicado, o que a Grécia tem que pagar ao FMI este mês.

Silenciosamente ouvindo... disse...

Desculpe drª. Helena, no comentário anterior não coloquei o link
do blogue de que retirei o texto:
http://xilre.blogspot.pt

Fatyly disse...

Assisto a uma guerra vergonhosa mas este golpe do referendo foi mesmo de mestre e acho que vencerão o "Não" aos credores.

Também acho que os restantes membros não sabem o que fazer, como e quando e anda tudo num suspense dantesco e inflexível por décimas percentuais.

A Grécia poderá sair do Euro e ao longo dos séculos onde é que começou sempre ou quase sempre a história? Pois é...e como ficarão os restantes países desta já velha (Des)União Europeia?

Falo como mera cidadã e jamais como política, economista e muito menos banqueira!!!!

Helena Sacadura Cabral disse...

Ó Vasco Serrão o que é que o irritou tanto que até se permite qualificar-me politicamente, sem me conhecer de lado nenhum? Eu não fiz qualquer comentário ao texto e você larga num desatino que vai ao ponto de ver coisas que eu nem sequer escrevi. Porque se eu quisesse comentar o texto te-lo-ia feito, não acha?
Arrefeça a cabeça, apanhe menos sol e vá escrever o que escreveu num blog seu em lugar de vir para aqui fazer leituras sobre a filiação política de quem escreve.
Já não estamos em ditadura. Em democracia cada um tem direito a pensar pela sua cabeça e a não ter qualquer partido...

maria isabel disse...

Boa resposta Doutora Helena.
Só mesmo a sabedoria da idade permite responder com tanta clareza.
Parabéns
Maria Isabel

M,Franco disse...

Quem serão os detentores da verdade?
Cada um julga ser a sua, e será?
A música é a linguagem universal e aqui partilho
uma canção, para todos os que gostem de música.
Uma boa tarde para todos.

https://youtu.be/TEmnhCpaQkI

Anónimo disse...

A incrível voz da cantora grega Savina Yannatou que mostra que «muito mais é o que nos liga que aquilo que nos separa»

https://youtube.com/watch?v=FeTHQL1L2BY&list

Anónimo disse...

Rui Rocha escreveu muitíssimo bem.
O que é de lamentar é que pessoas como Vasco Serrão, incapazes de admitirem e respeitarem opiniões diferentes, comecem imediatamente no insultozinho ... " o tal Rocha ", "os Rochas desta vida" e no insulto "O Rocha, que HSC foi, alegremente e ideologicamente repescar, não conhece o conceito de Dignidade" .....
Quanto a mim quem ficou mesmo muito mal na fotografia foi Vasco Serrão.
Se há coisa que aprendo consigo cada vez que aqui venho lê-la é a total abertura aos temas da vida, uma total liberdade de pensamento e uma garra imensa que certamente já a muitos ajudou, a mim sem qualquer dúvida.
Obrigado por continuar livre.
Inês Galvão

Carlos Fonseca disse...

Subscrevo por inteiro tudo o que o comentador Vasco Serrão escreveu sobre a questão política grega, bem como sobre o que parece ser a desonestidade intelectual (e política) do autor do texto.

Quanto às considerações que faz sobre a autora deste blogue, julgo que foi longe demais. Não venho aqui diariamente em função da sua ideologia. Venho porque aprecio a sua escrita escorreita e sempre pertinente.

Mas é bom não perdermos de vista que cada um diz o que pensa (ou, às vezes, o que é mais conveniente pensar em cada circunstância), e podendo existir alguma animosidade em relação à autora deste blogue, por parte do Sr. Serrão, não me parece que haja ofensa, ou mera intenção de ofender a Dra. Helena Sacadura Cabral. Mas esta é a minha leitura, e às vezes sou um bocado ingénuo.

Anónimo disse...

No comentário anterior sobre Savina Yannatou o endereço que queria colocar é este:

Canções do Mediterrâneo/ Mivópe:

https://www.youtube.com/watch?v=M4ir0rK_ci8

Anónimo disse...

É certo que assim que o Syriza tomou posse começou o início do fim...
Dúvidas? Está á vista.
Rodrigo Mello

Helena Sacadura Cabral disse...

Carlos Fonseca
A Inês Galvão antecipou-se a mim e deu-lhe a resposta que eu iria dar.
Ser democrata, ou seja tolerar posições diferentes das nossas sem tentar amesquinhar "os outros" é, para certas pessoas, muito difícil. Para mim não é. Tive um longo treino com os meus filhos e com a minha Família, graças a Deus!

Anónimo disse...

A análise de Rui Rocha é dum primarismo grosseiro. (Atenção, que não faço a mínima ideia quem é RR). São importantes neste momento difícil as análises de vários quadrantes, que permitem uma compreensão pura e dura dos erros dos gregos (tendo tb em conta os erros dos vários intervenientes) que conduziram à crise grega, mas fazer o jogo básico do preto e branco, da má fé dos maus gregos, fazer um julgamento moral dos gregos, quando foram arrastados para esta situação até pela própria UE é, no mínimo, uma leitura pobre e limitada. A crítica «à portuguesa» no seu pior, linear, moralista, clubista, meia bola e força.
Duarte