segunda-feira, 25 de maio de 2015

Que alívio!

Reduzi finalmente para metade os meus livros e as minhas estantes voltaram a contar só com uma fila de livros em que podem facilmente ler.se as lombadas. Já só me restam os livros de economia e de cozinha -  nem refiro quantos - para não assustar.
Seja como for ficaram esses e uns poucos de que me não separo. Quando o meu neto Anfré escolher, dentre os primeiros, os que quer para si, os outros seguirão para a biblioteca da minha Universidade.
Para contentamento da Antónia Palla, a biblioteca da Ana Castro Osório, levou com mais um cento deles e devo figurar entre as boas doadoras. É um alívio olhar, agora, as minhas estantes...
E a casa que estou a desfazer sofreu, também hoje, a derradeira divisão em lotes, sntes de. amanhã, os leiloeiros e os antquários dividirem entre si o meu espólio!

HSC

17 comentários:

João Menéres disse...

É o que ando a semi fazer !
Mas, custa-me muito despedir seja do que fôr...


Melhores cumprimentos.

Anónimo disse...

🌹🌹🌹

Anónimo disse...

Hand on hand.

http://youtu.be/Zz1HPLtecOg

A

Fatyly disse...

O que muitos não têm coragem de fazer e ou não puderam porque a vida pregou-lhes uma partida. A minha mãe já começou a "limpar o sótão" como lhe digo muitas vezes e acho que fazem muito bem. No entanto...

Não é fácil Dª. Helena, mas alguma vez a vida foi fácil?

Beijos

Silenciosamente ouvindo... disse...

Precisava de fazer o mesmo em relação aos meus livros.

Os meus herdeiros vivem na Irlanda e não quererão levar
nada do que é meu.

Mas sentimentalmente ainda não consegui "desligar-me"
mas preciso de o conseguir.

Ainda bem que consigo isso já aconteceu.

Os meus cumprimentos.
Irene Alves

Anónimo disse...


Bom dia Helena!
É preciso muita coragem, para se desfazer dos seus livros, dos seus bens.
Sei, que é uma mulher de coragem, forte, determinada.
O que está a fazer é de uma enorme racionalidade, doar o seu espólio literário à universidade, ali sabe que vão ser lidos, tocados,que vão perdurar no tempo.
Será, mesmo alívio olhar para a sua estante?
Ou será um misto de sentimentos, entre a razão e o coração...
Os nossos bens, fazem parte do nosso percurso de vida, desfazermo-nos deles, é perder um pouco de nós.
Hoje, percebo o valor dos livros, tenho pena que os jovens de agora, ainda não tenham descoberto, essa mais valia.

Permita-me que coloque no seu blog, um numero de apoio a uma associação de animais de rua. A crise atingiu todos, é tão simples ajudar.
Uma chamada= uma refeição

https://pt-pt.facebook.com/ALAAR.PontedeLima

Carla

Anónimo disse...

Admiro-a Tanto!!!
Um beijinho
FL

Anónimo disse...

Senhora,quem me dera ser um desses livros dos quais não se separa.

Ambrósio

Anónimo disse...

É assim vai escrevendo mais uma página do seu livro mais importante - o livro da Vida.Não é fácil mas vai deixá-la com o espírito mais leve e feliz.É corajosa e um exemplo para todos.Bem haja!
FT

Helena Sacadura Cabral disse...

Caros comentadores
Foi preciso alguma coragem de facto para doar os meus livros. Mas sei que ficam em boas mãos e vão servir para que outros se interessem pelo que me interessei.
Quando tudo estiver acabado deixo esta casa ao meu filho e vou viver para uma pequenina arrendada e em Campo de Ourique que é plano, tem jardim e tudo o que preciso. Não gosto da Lapa onde vivo há quase 30 anos...
Agora vai tudo de seguida e acabarei, comoqueria num T2 e a passear. Julgo que não escreverei mais nenhum livro e adaptarei a minha vida àquilo que tiver. E sinto-me muito serena com isso!

Anónimo disse...

🌷

Anónimo disse...

'Esta rotulagem punha ao Constantino problemas sem fim. Se num ano resolvia arrumar os livros por feitios- os triangulares com os triangulares, os quadrangulares com os quadrangulares, os rectangulares, os estrelados, os redondos e assim por diante, havia sempre um ou mais que não cabia em forma nenhuma e tinha de se criar uma secção de Vários Formatos, o que parecia contraditório com os outros vários formatos que já estavam encaixotados- e que sendo vários, não entravam na categoria de Vários Formatos! Pelo que decidia, no ano seguinte, arrumar os livros em duas categorias, os que tinham letras e os que tinham bonecos que não eram letras, aparecendo-lhe sempre mais do que um que lhe causava problemas. E agora estava de novo diante de três grandes arcas de couro, ainda vazias, com um livro na mão, indeciso, sem saber por onde começar. O Cláudio, sabendo que este não era um problema que se pudesse resolver de uma vez, adiantou: - Porque não arrumas os livros por temas, assim sabes sempre onde estão.
- O mano desculpe- ironizou Constantino- mas o que entende por tema?
- É aquilo de que o livro trata. Pode tratar de relógios, pões em Relojoaria.
- Um livro pode começar por tratar de uma coisa e passar logo a outra. Quantas páginas tem ele de ter sobre um tema para se dizer que é sobre esse tema?
- Não sei. Deve ser um pouco a olho, acho eu.
(...) - E um livro sobre relógios de Sol feitos de pedra ou sobre plantas que dão horas, como por exemplo o girassol, fica onde? A meio entre as duas classes?'
em 'Cláudio e Constantino' de Luísa Costa Gomes

Vénus dos trapos

Maria Ana disse...

Tenho por si uma enorme admiração. Pela mãe, pela mulher e pelo que escreve, mas agora ao ler o que acaba de partilhar, confesso que fiquei com um nó na garganta, mas entendo que cada um sabe em cada etapa do percurso, o que deve levar para se sentir "mais leve" e assim, feliz.
Permita-me que lhe peça que não deixe de escrever, ainda tem muito para dar.
Maria Ana

Maria do Porto disse...

É difícil separar-mó-nos das nossas coisas, mas ao sabermos que terão um destino útil e apreciado, custa menos.
Eu estou a fazer isso, lembrando-me que tudo cá ficará e que devemos tentar dar um destino aos bens materiais, principalmente aqueles que sabemos não ter muito interesse para os nossos "herdeiros"...
Custa? Sim, mas tem que ser...

Sandra disse...

Que grandeza! Aprendo muito com a Senhora.Consigo sentir a sua serenidade.Desejo-lhe muita saúde e que esse sorriso lindo nunca desapareça do seu rosto.

Um beijinho com ternura.

Anónimo disse...

Ando a fazer o mesmo e, embora não seja fácil, é salutar. Boa coragem é precisa, mas sabe bem

Anónimo disse...

Realmente é preciso coragem para nos separarmos dos livros. Sou um pouco mais velha que o seu neto mais velho, e adoro ler e livros. Desde miúda que ter uma biblioteca em casa era uma das coisas com que sonhava. Hoje tenho na minha casa um espaço só para os livros. Falta-lhe muito para ser uma biblioteca, mas é o espaço onde vou guardando os livros que vou colecionando desde criança e os que herdei da minha avó, também ela uma amante dos livros e da escrita.
Descobri o seu blogue depois de ter visto algumas entrevistas suas e de se tornar para mim uma referência. Primeiro despertou a minha curiosidade por ser Economista (o curso que eu estava a tirar), depois comecei a ler os seus livros e não mais deixei de a acompanhar. Aprendo muito com a senhora, desejo-lhe tudo de bom e que se possível, não deixe de escrever livros!
MA