domingo, 12 de outubro de 2014

Ainda Maastricht.


As palavras que se seguem são excertos de um artigo de Wolfgang Munchau para o Financial Times, que o Díário Económico publicou a 7 de Outubro. 
Parece que o grande receio de Bruxelas "é que a nova Comissão Europeia não seja suficientemente restritiva na aplicação das regras do défice previstas no tratado de Maastricht".
Pese embora não estar inteiramente de acordo com as sugestões feitas, vale a pena pensar nelas.

“...é de crer que eventuais medidas drásticas terão de ser tomadas via política monetária. Eis a mensagem do extraordinário Relatório de Genebra, compilado por um grupo de académicos, para os quais existe o risco real de uma estagnação secular, isto é, um período prolongado de crescimento reduzido e fraca procura. Neste contexto, recomendam uma nova expansão monetária, incluindo medidas de "alívio quantitativo" combinadas com um compromisso credível para manter as taxas de juro baixas por um longo período de tempo. 
Já agora, sugiro que também suspendam o pacto orçamental, uma vez que França e Itália não estão em condições de cumprir as metas orçamentais num futuro próximo. Infelizmente, o debate seguiu o rumo inverso.
...É deprimente saber que na primeira semana de audições do Parlamento Europeu aos futuros comissários nenhum tenha apresentado ideias novas sobre a sustentabilidade do euro.
Talvez a pressão externa surta algum efeito - como sempre aconteceu. Recomendo, por isso, às figuras de topo da finança global que confrontem Washington com a estratégia da zona euro questionando-a em detalhe. Se descobrirem alguma, claro."

HSC

2 comentários:

Sérgio disse...

Todas estas questões são muito profundas, especializadas e até intelectuais, inacessíveis para o povo vulgar. Só há uma questão que não percebo bem nesta coisa toda da prioridade serem os racios do euro: afinal a principal razão pela qual se criou a Europa foi o Euro? Se sim, acho que começo a perceber certos ingleses...

Helena Sacadura Cabral disse...

Ora aí está uma boa questão. Mas eu sempre fui eurocéptica e, até hoje, não vi razões válidas para mudar...