quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Cravos de crochet...

Oiço a Presidente da Assembleia da República e, confesso, começo a ter alguma dificuldade em a entender. Ou, quem sabe, em entender-me.
Primeiro, a senhora admitiu um mecenato institucional para partilhar as despesas com as comemorações dos 40 anos da revolução dos cravos. Depois, perante as reacções negativas face ao projecto, quis expressar a necessidade de que os afectos(?) também fossem tidos em consideração naquelas festividades. E daí, nem sei bem como, ei-la a admitir a hipótese de um desfile de chaimites frente à sede da democracia, ornamentado com cravos vermelhos de Joana Vasconcelos, cujo preço rondaria os 5000 euros unitários.
Alguém me diz se esta ideia tem pés e cabeça, ou mesmo só cabeça, num país como o nosso? Serei eu que estou com dificuldades cognitivas?!

HSC

37 comentários:

João Menéres disse...

5.000 Euros a unidade para decorar as chaimites ?
Baratíssimo, desde que saiam do bolso da dita !
Ai, HSC...



Melhores cumprimentos.

maria isabel disse...

Também ouvi essa pérola,e acredite Doutora Helena se há demência é na Senhora Presidente da Assembleia.A Doutora está com a cabeça mais lúcida que qualquer membro deste governo.
Haja paciência que nos vai faltando.

TERESA PERALTA disse...

Parece que esta Senhora Presidente anda um pouco "confusa"... De uma coisa tenho a certeza é que as ideias de Joana Vasconcelos podem ser boas, mas, só suportáveis por "encomendantes" muito abastados, que, infelizmente, não deve ser o caso do Estado português. Sendo assim, "quem não tem cão caça com gato"... E, é na "adaptação", com "criatividade", que todos nós (os comuns mortais) temos procurado sobreviver.
Abraços :)

Virginia disse...

A mulher tem sede de protagonismo ou é só tola??

Anónimo disse...

Não percebi se só os cravos seriam de Joana Vasconcelos ou se seria uma 'instalação' de JV, de chaimites + cravos.

Embora não suporte a senhora presidente da AR, desta vez penso ter entendido: ela queria festejar o 25 de Abril, com concertos (Rodrigo Leão), instalações (Joana Vasconcelos) etc. mas para isso precisava de subsídios, de mecenato... Por que não!

O pior é que em Portugal até as fundações vivem de subsídios...

Anónimo disse...

Afectos,cravos de "crochet"(?) da Joana Vasconcelos, chaimites... Mas que grande confusão!
Que falta faz a certas pessoas "um emocionante tornado de afectos", como a Helena refere na sua crónica anterior.

maria isabel disse...

Eu,por metade do preço,decorava as chaimites todas com cravos de papel feitos com os diários da república publicados desde 0 25 de abril de 1974,afinal o que lá diz poucos sabem e pouco se cumpre.Até era original.Há mais portugueses com talento não é só a Joana Vasconcelos
E não passava factura, até o governo poupava os 23% de IVA.

Carla Santos Alves disse...

A mim parece-me que com tanto devaneio quem precisa de afeto é a Srª Presidente da AR...ao limite parece-me que goza em grande com a "malta" - nós!

Luis Filipe Gomes disse...

Como é costume dizer agora: a presidenta passou-se.
A Joana já se sabia que se tinha passado.
Passado para o outro lado, para o lado da papa. Não acho mal, até lhe reconheço valor como artista e acompanho o seu trabalho desde as primeiras exposições.
Para mim o que me entristece é o Estado ter nos seus representantes pessoas com esta vontade de abdicar da Nação em benefício de interesses financeiros.
Parece que alguém já defendeu que os parlamentos deviam ter afixados os emblemas, os logotipos, dos patrocinadores das leis que se vão fazendo aprovar. Teóricamente foram leis aprovadas de forma democrática pelos representantes do povo que votou, o problema é quando esses representantes não estão representando o povo.
As declarações da presidenta, sem parcimónia nem pudor afirmam isto mesmo. Afinal a alarvidade chega até às bocas mais delicadas.

Anónimo disse...

A dos chaimites é de nos fazer esgravatar a cabeça!
Edgar

Ältere Leute disse...

" Um fraco rei faz fraca a forte gente"... É isto ? Anda tudo desorientado, meio tonto ?

patricio branco disse...

ideias não lhe faltam, mas antes de as lançar haveria que pensar se são boas, se têm sentido ou são praticaveis, estas não são, pois é o que temos, por lá passaram, no lugar,outras figuras, com menos ideias talvez mas melhor talhadas para o alto lugar, tambem não a entendo, mas não vou fazer esforço para, se é que há algo para entender, etc etc

Anónimo disse...

Há uma coisa que esta presidente saber fazer melhor que qualquer outro português: Como obter uma aposentadoria da CGA, choruda e enquanto jovem!... e os outros que trabalhem...

Anónimo disse...

Estas ideias atrevidas (e ignorantes) dão cabo de qualquer 25 de Abril:

- 'eu decorava as chaimites com cravos de papel e nem passava cheque' (não passava cheque porque ninguém lhe fez ou faria a encomenda!);

- ' Os Miró são uns rabiscos que até eu fazia...' (fazia...mas não faz!);

- 'As gravuras de Foz Côa são uns pedregulhos que não valem nada'

Anónimo disse...

Essa senhora já nasceu assim ou foi afectada por alguma bactéria?

Começa a faltar-me a paciência para a número dois da estrutura.

Cumprimentos

Maria Gonçalves disse...

Já sem qualquer paciência para tanta leviandade...
...sem esquecer que não devemos gastar para além das nossas possibilidades...(não é esta a desculpa para nos andarem a transtornar tanto a vida ?!)
Sejamos coerentes e honestos!!!

Pôr do Sol disse...

Cara Helena,
Não é a Senhora que está com dificuldades cognitivas, nem eu nem mais meio mundo. Mas que anda por cá, e não só, uma febre de destroi neuronios e bom senso, isso afianço-lhe!
Li algures que responsáveis por um Jardim Zoologico mataram esquartejaram e deram de banquete a leões, tudo isto frente aos visitantes, uma jovem girafa a titulo de conservação da especie.
Não havia necessidade, como diria o humorista.
Com a categoria de filme de humor estreia-se hoje uma "obra" baseada numa tragedia que chocou toda a gente menos aquele realizador. Surpreende-me como é que alguns dos nossos bons actores alinham naquilo.
Não a vou maçar com mais exemplos deprimentes, mas só lhe digo que já tinhamos sentido a falta de sensibilidade da PAR, agora que continue a querer manter a artista do regime a preço de ouro, com ideias sem pés nem cabeça, é demais.

Vanda Serrão disse...

A Senhora não é a única a saber fazer cravos em crochet. Tenho a certeza que se pedisse a um bom punhado de MULHERES que lutaram pela democracia e se fosse para continuar a lutar pela democracia,elas faziam os benditos cravos a custo zero!

Anónimo disse...

Há um bom punhado de mulheres que lutaram pela Democracia neste país que quase de certez fariam os cravos a custo ZERO

Helena Sacadura Cabral disse...

Não tenho qualquer dúvida que se a ideia tivesse sido lançada, todas faríamos, gostosamente, esses cravos.
E então, sim, talvez a ideia tivesse pernas para andar. Não era, sequer, difícil.
Por esse país fora há regiões decoradas a flores de papel, num espectáculo lindíssimo!

Tété disse...

Ora aí está! Era o que eu estava a pensar . Se cada uma de nós fizesse um par ou dois de cravos que bonita e diferente seria esta comemoração. Mas sabe Helena, eu acho que não só não temos grandes razões para comemorar o que não se soube aproveitar, como por trás de tudo isto lá vêm os muitos interesses. E continua sempre a mesma dança.
Beijinho

Anónimo disse...

Relativamente à participação de Joana Vasconcelos apenas existe o diz que diz. Não me parece que a sua possível proposta, se é que chegou a existir, possa ser 'decorar' com cravos de croché.

Os projetos de JV são obras artísticas de grande fôlego, engenho e arte, que movimentam muitas pessoas e meios e reúnem, em geral, escultura, instalação, estruturas arquitetónicas (tanto quanto sei é do marido, arquiteto, a colaboração nessa área) performance, vídeo, música, etc.

JV tem levado consigo (a Versailles, à Bienal de Veneza, a todo o mundo) as tradições e cultura portuguesas, muitas delas de simples uso e costume popular 'feminino' como o croché, os tachos e tampas, as pegas de cozinhas, etc.

E fá-lo com um olhar terno sobre a identidade portuguesa e, ao mesmo tempo, crítico sobre os nossos defeitos, as nossas sociedade e cultura.

No Palácio de Versalhes (onde foi a primeira mulher a expor, e a mais jovem artista) deu a conhecer as rendas dos Açores, a tapeçaria de Portalegre, o mobiliário da Fundação Ricardo Espírito Santo, a filigrana (em que se inspiram as suas peças de grande formato - coração português). Levou consigo artesãos, artistas, chefs, estilistas, portugueses (ah...e políticos, penso que Paulo Portas)

Em Santa Maria da Feira, para a sua instalação 'Donzela', envolveu centenas de mulheres e crianças das escolas do concelho, que durante meses confecionaram rosetas de croché para uma colcha de enorme dimensão, que cobria uma das faces do Castelo, inspirando-se na tradição popular de pendurar colchas à janela, nos dias de procissão e de festa.

Na Bienal de Veneza em 2013, JV representou Portugal, levando um Cacilheiro (já desativado pela Transtejo) transformado em obra de arte e em pavilhão flutuante. Revestido com azulejos pintados à mão na Viúva Lamego, o 'Trafaria Praia' divulgou a tradição de azulejaria portuguesa. No interior forrado com as suas instalações características, de tecidos de Nisa, de esculturas de croché, incorporou LEDs.

No Cacilheiro, criou um palco, onde decorreram eventos que divulgaram em Veneza, a cultura portuguesa: concertos, mesas-redondas com convidados portugueses da área artística, música, desde o fado, a guitarra de Carlos Paredes, à música contemporânea.

Muita gente sabe fazer croché, muita gente saberá fazer cravos de papel (de que gosto muito, em determinados contextos) mas os projetos de JV têm outra dimensão, criam novos sentidos, que vão muito para além da 'decoração' e do fazer croché. E isso não pode ser menorizado.

O que não quer dizer que a ideia de toda a população fazer cravos de croché, de papel, de jornal, do que seja, para o dia 25 de Abril, não seja uma ideia muito interessante, mas temo que se fosse orquestrada pela presidente da AR e não por Joana Vasconcelos, ficaria muito 'inconseguida'.





Maria disse...

Drª Helena, quem tem as dificuldades cognitivas é a Presidente da Assembleia da República! Há muito tempo, mas só se começaram a notar mais de há um tempo a esta parte...
Maria

Anónimo disse...

Todos nós somos livres, podemos falar e agir como bem quisermos, porém, da maneira como falamos e de como agimos, o mundo saberá com quem está a lidar.

Ora nós já percebemos!

Anónimo disse...

Ó dra Helena,a PR que nós temos!

http://www.youtube.com/watch?v=VE2lEKtl_aQ

Quem me dera ter este "soft power divino"...

Bom domingo

Anónimo disse...

Boa noite!
Portugal é pequenino?
Eu vejo que não!...é tudo á Grande e á Portuguesa...
Senão vejamos como é Grande a nossa conheçida artista
Joana Vasconcelos.
E as suas obras também Grandes e apreciadas por este mundo fora...
E tudo em tamanho XXXXXL.
E o preço dos cravos é só para acompanhar a Grandeza de Portugal.
Oxalá haja quem os compre, mas lá fora,e o dinheiro fique em Portugal.
Quanto á idéia da PGR é um enorme Inconseguimento !!!
Shiuuuuu,! mas é só para "picar miolos" digo eu!

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Se é pequeno, é porque é pequeno, se é grande, é porque é grande.

Não há dúvida que muitos portugueses só se sentem à vontade com o M (de medíocre) e o seu cérebro não reconhece o talento e a grandeza.

E até acham que se fizerem uns crochets e uns cravos de jornal enquanto vêem a telenovela, e se depois os meterem num cestinho e os espetarem com alfinetes nos membros da AR, são geniais e evitam a bancarrota a Portugal!

Mas é que nem isso fazem, é só falar, falar, mas fazer, são outros quinhentos ou outros cinco mil...

Assim é que é, um custo zero perfeito: falar sem fazer é falar barato. Assim é que é...o que Joana Vasconcelos faz tb nós sabemos fazer, ainda por cima ela é enorme Córror... Cinco mil por decorar o'capacete' louro da presidente da AR com uns crochets!

Helena Sacadura Cabral disse...

Anónimo das 16:00
Ainda bem que sabe reconhecer uma mente XXXXXXXXXXS.
Por alguma razão será...

Helena Sacadura Cabral disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Helena Sacadura Cabral disse...

Anónimo das 23:35
Mas contamos consigo para "fazer", porque nós só sabemos falar!

Anónimo disse...

Cara dra Helena,
Quando afirmei que a Artista JV é Grande,e reafirmo GRANDE é no Sentido Positivo de elogiar a sua Arte que aprecio e me faz Orgulhar de Portugal.
Jamais pensei em referir-me ao seu fisíco...Jamais!
Mas sei que a Senhora entendeu.
Gosto de Arte em tamanho XXXXXL,e principalmente de corações.
Um dia feliz para si pois..."Gosto de si mais do que ontem é menos do que amanhã."

Uma mente com o tamanho que me faz sentir Muito Bem. :)





Anónimo disse...

Emendo PGR para PAR.
A 21:59

Anónimo disse...

Penso que chamar artistas para desenvolverem projectos comemorativos do 25 de Abril, nunca poderia ter um custo baixo, por mais altruístas que fossem, e estaria isso correcto, podemos exigir-lhes isso? a minha posição é claramente, não.
Sem desvalorizar Joana Vasconcelos que está na moda porque merece (na verdade é característico da portugalidade em geral não se gostar muito de quem está na moda) que outros artistas em Portugal desenvolvem trabalhos de 'instalação'? Ângela Ferreira seria tb alguém que vejo como hipótese, tem tratado temas geopolíticos, tb já representou Portugal na Bienal de Veneza (2007) com 'Maison Tropicale' (nasceu em Moçambique).
Mas não seria certamente barato, e talvez viesse a ser bastante polémico.

Helena Sacadura Cabral disse...

Caro Anónimo
Para fazer o que pede diga-me se é das 21:59 ou das 16:00.

Helena Sacadura Cabral disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Helena Sacadura Cabral disse...

Anónimo das 16:00
Está feito como pediu.