terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A Misericórdia dos mercados


"Gostar", como todos sabem, não se explica. Eu já gostava do poeta Luis Castro Mendes antes de o conhecer, através do que ele escrevia. Depois conheci-o e percebi porque gostava dele. É que em muitos aspectos penso como ele, mas por razões bastante diversas. Difícil de entender? Talvez, mas é a verdade. 
A blogosfera consegue esta maravilha de pôr em contacto pessoas que "deviam" conhecer-se e que, sem ela, jamais se teriam encontrado. Foi assim com o poeta e com mais três bloggers de quem passei de amiga virtual, a amiga real.
A sala da Livraria Barata estava cheia. Uma elite discreta da política, das artes, das letras e da diplomacia. E muitos amigos. Cheguei cedinho, vi gente de quem gosto bastante, outra de quem gosto menos e fui sentar-me no meu cantinho com a minha amiga Alice Vieira, que já não via há algum tempo e que estimo imenso.
A apresentação foi feita por Fernando Pinto do Amaral que não podia esta mais inspirado e até conseguiu que a ausência de Nicolau Santos - o outro orador, que não apareceu, sabe-se lá porquê -, nem sequer fosse notada. Para mim que muito o aprecio, foi uma delícia ouvi-lo.
O autor agradeceu emocionado e leu, admiravelmente, alguns dos seus poemas. Não sei como decorreu o que se seguiu - os autógrafos e os abraços - porque saí pelas 20:00 sem ter conseguido despedir-me do poeta. Felizmente que tivera oportunidade de o abraçar à entrada. 
E este fim de semana, faça sol ou faça chuva, vou deleitar-me com a obra!

HSC

4 comentários:

Isabel Mouzinho disse...

Tem razão Helena! Foi um fim de tarde delicioso. Não conhecia até agora a obra de Luís Castro Mendes; apenas o nome. Por curiosidade, segui a sua sugestão.
Mais ainda quando soube este fim de semana, por acaso, que ele é casado com Margarida Barahona, professora da Faculdade de Letras, na minha época de aluna. Foi como um regresso ao passado. Reencontrei o meu melhor professor do liceu, responsável pela minha opção pela Literatura, colegas de Faculdade e de Mestrado (como Fernando Pinto do Amaral, que fez uma apresentação muito interessante e bem humorada).
E gostei muito dos textos que ouvi, especialmente lidos pelo autor. Agora vou à procura de mais.
Definitivamente, Helena, fico a dever-lhe mais esta. Obrigada, pois!

(E deixo para o fim o que não é menos importante: também gostei muito de a ver, linda como sempre!)

Um beijinho (outro)

Alcipe disse...

Tive muita pena de não ter falado consigo no lançamento. Os sorrisos cúmplices que trocámos foram ainda assim um diálogo. Até uma próxima vez. Temos que jantar um dia destes e trocar umas ideias sobre muitos assuntos. Tenho junto de mim duas grandes admiradoras suas: minha mulher e minha mãe! Um beijo amigo

a) Luis Filipe

Helena Sacadura Cabral disse...

Meu caro Alcipe
O François morreu há um ano e eu decidi dar um pulo aos "nossos sítios"... Não foi fácil!
Ontem só estive mesmo em Lisboa para lhe dar "aquele" abraço. E não me apetecia estar no meio de muita gente. Cada vez gosto mais dos pequenos grupos.
Um dia jantaremos tranquilamente e falaremos sobre aquilo que nos aproxima.
Para a Margarida e para si, o abraço da Helena

ERA UMA VEZ disse...

Querida Helena

A essa hora, uma TAC no Hospital da Luz... E a Dra dizia NÃO RESPIRE/PODE RESPIRAR. Outra e outra vez.
E eu a apetecer-me fugir dali, esquecer as razões e correr para a Av. de Roma...

Saudades destes encontros, dos sorrisos, das palavras, dos momentos, das cumplicidades e dos abraços.

Ainda bem que contou.