quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Há males que vêm por bem...

Tinha pensado desligar a televisão durante as autárquicas, porque não me via a aguentar as arruadas costumadas. Mas, por um milagre divino, aqueles meios de comunicação decidiram, por moto próprio, reduzir o tempo dedicado a tal função, dado que se tornava impossível faze-lo nos moldes impostos pela CNE.
Assim, limitamo-nos a ouvir os líderes partidários envolvidos nas campanhas, o que reduz muito os desgastes que nos iriam causar. Claro que esses não falam sobre as as suas regiões, mas sim sobre o país, na boleia do tempo mediático. Deste modo ninguém sabe o que cada um dos eventuais futuros autarcas pensa para o seu pequeno reino. Mas será que, quando havia debates, ficávamos a saber? Penso que não.
Para mim tem sido um sossego. Quando eles aparecem desligo o som, porque o conteúdo do discurso já conheço há muito tempo, ou seja, não difere do que dizem no resto do ano. Nem sequer os rostos mudam.
Assim, saberemos os resultados Domingo à noite. Para já, pressinto uma enorme abstenção. E depois as inevitáveis vozes de todos a dizerem que ganharam. Uns, realmente. Outros, nem tanto. Fico-me por estes...

HSC

13 comentários:

Anónimo disse...

No final do seu texto está a resposta. Estou curioso só para ouvir, cada um deles, dizer que a sua pontuação foi a melhor de todas...

Fatyly disse...

Já somos duas e a Srª ainda tira o som mas eu faço logo zeping. Não há pachorra! Tal como diz eu também acho que abstenção vai bater todos os recordes.

Também não irei perder tempo a ouvir os resultados de Domingo, e saberei na Segunda, porque nada me tirao meu sono e deito-me com as galinhas:)

Um abraço

Anónimo disse...

alguém disse em relação aos números - torturem-nos que eles confessam. Domingo vão ser massacrados, por isso vão dizer tudo

Teresa Peralta disse...


A paciência vai-se esgotando ao ouvirmos repetidas divagações... No entanto, hoje, gostei de ouvir o comentário semanal do Dr.º Bagão Félix, sábio e elucidativo, vem ao encontro daquilo que penso.
Uma profunda tristeza me assola, quando sou obrigada a proferir que, devido à intervenção a que estamos sujeitos, as eleições portuguesas e, os seus resultados, tornam-se, em grande parte, uma farsa.... Com o poder central repartido entre nacionais e estrangeiros, graças às dividas acumuladas, o que resta ao poder autárquico? Certamente, muito pouco....
Boa noite, com um enorme abraço para si.

Dalma disse...

Que sorte que tenho, a este lado do Atlântico não chega nada, como se compreende, os americanos têm mais com que se preocupar! Bom, eu portanto também vou ser uma das absentistas mas a diferença também seria pouca pois seria uma " nulista " !!

Professora disse...

Acontece-me o mesmo. Eu, que já andei colada nas paredes, que dei "a alma ao manifesto" lutando por ideais, desligo a televisão agora sempre que surge a campanha. Mas, ainda assim, angustia-me a situação. Tenho medo do fracasso que esta democracia anuncia...
Luísa Moreira

Maria Braga disse...

Cara Helena, também sou adepta da técnica de desligar o som no momento das "politiquices", a triste realidade é que passo mais de metade do telejornal sem som, só a gastar energia...

Carlos Fonseca disse...

Mas sempre vamos sabendo coisas muito interessantes.

Por exemplo, o candidato do PS à Junta de Belém quer pôr todos os jovens belenenses a navegar (sem ser na net) e a mergulhar.

Pergunto eu: e, já agora, por que não a fazer pastéis?

Por outro lado, o candidato do PSD a Bragança propõe-se construir uma auto-estrada (e chamar-lhe-ia A6, que já existe no Alentejo) entre a fronteira de Quintanilha e a cidade espanhola de Zamora. O facto de que estaria a fazer a obra em território espanhol (talvez em parceria público-privada) não deve passar de um pormenor para ele.

Esta gente julgará que todos somos parvos, quando prometem "bacalhau a pataco"?

Ou, pensando melhor, se calhar somos, que os aturamos. E às vezes até os elegemos.

Helena Sacadura Cabral disse...

Caro Carlos Fonseca
Somos parvos, de facto. Por mim, há muito tempo que me não sentia tão idiota. O meu problema é saber se isto me passa ou se veio para ficar...

Anónimo disse...

Ainda não ouvi um único tempo de antena! Desde que ando alheia a certas coisas, o meu nível de bem-estar melhorou... O psicológico, claro! :))

Isabel BP

maria isabel disse...


Um presidente de junta de freguesia que me dizia que o pior dia da semana,era o de receber os pobres a pedir coisas, hoje candidato a presidente de camara, o que vai fazer pelo povo? Histórias desse conheço eu. os outros serão mais ou menos iguais.Bem podem esperar pelo meu voto

Anónimo disse...

Esse seu cansaço de politiquice está também a afetar a minha velha amiga médica, a 'velha senhora', que me diz quase não abrir a tv. Mas alguém lhe falou de umas declarações do PM em campanha, e a senhora ficou passada. Saiu-lhe sonetilho - patético, como sempre - de que remeto só o final, para não aborrecer demasiado:

"pra trás mija a burra"
declara o estadista
e o povo (boçal?)

o esmurra e empurra
- ah povo fadista! -
pra trás do animal

Maria disse...

Minha querida Helena, estou totalmente em sintonia com a senhora.
Um abraço
Maria (seg. inter.)