sábado, 1 de junho de 2013

Partidos sindicalizados versus sindicatos partidarizados

«Esta é uma greve geral para mudar de política, mudar de governo e promover eleições antecipadas.»

Arménio Carlos anunciando a convocação de uma greve geral.

O sindicalismo mudou muito em Portugal. No meu tempo os sindicatos serviam para defender os direitos dos trabalhadores. Agora os sindicatos servem para fazerem de partidos políticos, como se não bastassem aqueles que já cá temos...

HSC

12 comentários:

Teresa Peralta disse...


E, ainda por cima, a maior parte da remuneração destes sindicalistas fica a cargo do contribuinte. Que miséria!!...
Um abraço.

Virginia disse...

Dá vontade de perguntar: E como é que isso se faz?

Ele não deve fazer a menor ideia....

zia disse...

Há muito tempo que os sindicatos se tornaram em partidos e bem identificados.
É pior cada vez que os trabalhadores olham à volta e estão a ser representados por gente sem escrúpulos muito parecidos com aqueles a quem dizem fazer face... já há muitos anos isto tem sido assim, mas então agora mais significativo parece.
Sou muito anarquista interiormente para conseguir aderir ao que deveria ser uma arma de luta!
Estamos muito mal entregues e não se vislumbra uma luz, no entanto já decidi ouvir e ver noticiários na TV, apenas algumas rádios ainda se podem ouvir noticias, mas o melhor é ler online jornais portugueses e estrangeiros. (é um privilégio poder fazer isso, mas aproveitemos aquilo a que ainda vamos tendo acesso...)
Feliz domingo e bem haja sempre,
lb/zia

João Menéres disse...

Com o João Proença podia-se dialogar.
Com este Arménio Carlos...

Anónimo disse...

Estimada amiga, no nosso tempo eram os patrões que pagavam as quotas do Sindicato para não haver chatices. E se havia 10 trabalhadores pagavam-se as quotas de 3 ou 4 e já era muito.
O cobrador do Sindicato das Industrias de Madeiras e ofícios correlativos que era ali na Rua do Alecrim sempre que ia receber as quotas passava a tarde a falar comigo e a falar do seu desempenho na luta grego-romana e com ele fiquei a saber muito dessa actividade desportiva e depois fazia a folha e guardava o dinheiro e lá se ia embora sempre avisando para dizer ao patrão que convinha meter mais alguns trabalhadores no sindicato. Lá no Sindicato não gostavam nada que houvesse tão poucos trabalhadores inscritos.
No nosso tempo isto é que era sindicalismo?
J. M.

Helena Sacadura Cabral disse...

Caro JM
Está de ver que tivemos experiências diferentes. Os bancários tiveram um sindicalista que sempre os defendeu. Pena é que o Daniel esteja hoje tão esquecido...

Anónimo disse...

Tudo depende da perspectiva com que se encaram as coisas. Se na opinião dos sindicatos a única forma de eles verem os direitos de quem representam melhor defendidos passa por um novo governo, então faz sentido apelar a eleições antecipadas – já agora, seguindo uma sugestão do Provedor de Justiça, bem podiam ter lugar ao mesmo tempo das autárquicas. Em boa verdade, assiste-se hoje a um maior radicalismo sindical, mas tal deve-se, em minha opinião, pela simples razão que o governo toma decisões, muita das vezes que põe em causa milhares de postos de trabalhos, como se quem trabalha fosse um descartável, só depois consultando os sindicatos, apreentando-lhes um facto consumado. Este governo não tem qualquer tipo de consideração de carácter social. Zero.
Também no meu tempo, o PSD era um Partido de cariz social-democrata (Sá carneiro , deve estar hoje a dar voltas no túmulo!) como bem lembrou e escreveu Pacheco Pereira e até António Capucho. Hoje, o actual PSD é um Partido de Extrema-Direita neo-liberal, como é a prática deste lamentável governo.
Não há efeito sem causa. O sindicalismo de hoje explica-se pela política de extrema-direita que tem vindo a ser seguida por este governo.
Mude-se de governo, negocie-se um outro tipo de condições com a Troika, cuja austeridade por ela proposta P.Krugman critica e avisa não ser a ideal para nos fazer sair da crise, e os sindicatos terão outro tipo de comportamento para com os ministros das respectivas tutelas.
P.Rufino

Helena Sacadura Cabral disse...

Meu caro Rufino
A meu ver, aos partidos o que é dos partidos e a Cesar o que é de Cesar.
Se este governo não serve - e, a meu ver serve mal - a oposição deve faze-lo cair.
Aos sindicatos compete a defesa dos trabalhadores e dos seus direitos, devendo exigir aos partidos que façam o seu trabalho. Para isso é que cada um de nós lhes paga.
Mas a oposição não quer governar... e aí é que está o problema!

diogo disse...

a oposição ?
então se eles são quase os culpados por estarmos onde estamos ...

zia disse...

enganei-me a escrever - queria dizer "decidi não ouvir e ver noticiários na tv..."

Anónimo disse...

Ora aí está, a Oposição, se calhar, não quer governar. Tocou no ponto!
P.Rufino

Maria disse...

Minha querida, concordo inteiramente consigo.
Os sindicatos, defendem é os lugares de quem lá está, mais nada! Há excepções, mas são estas que confirmam a regra....
Um abraço.
Maria (seg. interm)