sábado, 23 de março de 2013

Da indiferença... e do humor


"Always forgive your enemies; nothing annoys them so much." Oscar Wilde

Esta frase que tirei de um dos meus blogues de eleição, o Timtim no Tibet, fez-me lembrar a de um amigo, grande filósofo, que costumava dizer que "nada é pior do que a indiferença".
Por razões várias tenho pensado muito acerca deste assunto. Já aqui disse que não sei viver em conflito. Nem interior, nem exterior. Morro aos poucos, se for submetida a essa provação.
Um tempo houve na minha vida, lá nas calendas romanas, em que tive de passar por essa experiência, que só aguentei para salvaguardar valores maiores do que o meu equilíbrio pessoal. 
Nunca mais tal se repetiu, porque, ao intuir qualquer tipo de conflito que possa avizinhar-se - e eu sou melhor do que Gaspar a prever - ele é morto à nascença. E, garanto-vos, sou habilíssima nesse género de assassínio sem corpo de delito.
Perguntar-me-ão como? Pela mais absoluta indiferença e pelo mais apurado sentido do humor de que sou capaz. Sei, assim, por experiência própria, que nada liquida mais e melhor, do que a impassibilidade e a ironia. 
Foi com estas duas armas que sempre geri as singularidades familiares. É com elas que olho, hoje e agora, o momento que atravessamos. E cuja prática aconselho vivamente a todos aqueles que queiram sobreviver á original  forma de democracia que temos...

HSC 

11 comentários:

Anónimo disse...

Tem toda a razão. Também tento seguir o seu caminho. Dá tanto trabalho zangarmo-nos, desgasta tanto irritarmo-nos, mas dá um certo "gozo" ignorarmos!
Beijo amigo e um resto de bom fim de semana.
Nocas

Anónimo disse...

No Bom Combate, atacar ou fugir faz parte da luta. O que nao faz parte eh ficar paralisado de medo.
Diario de um Mago, Paulo Coelho

Anónimo disse...

Que a indferença e a ironia não nos tolha a vontade de mudar...
Nota: não eram as calendas gregas?!... ía jurar...

Madalena Amaral disse...

Sem dúvida! Só gente inteligente é que procede criticando com ironia.
Ao longo dos anos que a venho seguindo sobre várias formas,Pois é! Aprendo consigo e com outras pessoas do género a ver a vida de outra forma!
Muito obrigada!

Madalena Amaral

Helena Sacadura Cabral disse...

Ó Caro Anónimo das 21:42
Então julga que nesta altura alguém se refere às calendas "gregas"?!
Passei para as "romanas" mas nada garante, de facto, que não sigam as gregas...

Dalma disse...

Não costumo fazer elogios banais ou de circunstância, mas desta vez tenho que dizer que achei a relflexão interessante. Muitas vezes usei o método com alunos recalcitrantes e quase sempre dava resultado torna-los " transparentes" durante uns tempos...

Raúl Mesquita disse...

Cara Helena:

Não queria intrometer-me no diálogo, mas já que estamos no humor, como muito bem diz, quem segue as calendas gregas fica à espera do que não existe, o que se poderá aplicar aqui em Portugal.

Raúl

Anónimo disse...

Pelo sim pelo não passe para as calendas suíças! Foi o que eu fiz.

a) Feliciano da Mata

Helena Sacadura Cabral disse...

Meu caro Feliciano
Não sei, não meu amigo.
Se fosse sua consultora, não era para essas calendas que o mandava. São óptimos a receber, mas dificílimos a devolver. E, sobretudo, não faça aplicações...
Há calendas bem mais seguras fora da Europa e dos Sates...
Mas eu não sou o Gaspar!

Anónimo disse...

Indiferença e humor. Boa! Consigo usar a primeira, que resulta, e doravante vou tentar aliar o segundo. É bem visto. Obrigada pela lição.
Luísa

Isabel Mouzinho disse...

Sempre sábia, Helena! :))