sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

De elementar bom senso

O país animou-se politicamente com a mini remodelação governamental. E eu que, nestes últimos dias, andei um pouco arredada do que se passava no burgo, eis que abro a televisão e sou apanhada com uma telenovela sobre um tal de Senhor Franklin que fora nomeado. Não percebi para quê. Mas fiquei a perceber o porquê do guião televisivo que, penso, se irá manter até que algo de mais surpreendente venha a acontecer.
Afinal o dito Senhor chamava-se Franquelim, à portuguesa, e terá passado pelo BPN, facto que terá ocultado do seu curriculum. É claro que qualquer pessoa que aceite ser membro de um governo nacional - este ou outro, tanto faz - já percebeu que tem de ter cuidados especiais a fazer o seu CV, nomeadamente se tiver passado por alguns lugares ou estudado em certas Universidades.
Apenas uma pergunta: não seria de elementar bom senso - quer do lado de quem convida, quer do lado de quem aceita -, ponderar bem estas eventuais ocorrências, sabendo-se que o país anda, e com razão, com os nervos à flor da pele?

HSC 

12 comentários:

Anónimo disse...

Estimada Helena

"É claro que qualquer pessoa que aceite ser membro de um governo nacional - este ou outro, tanto faz - já percebeu que tem de ter cuidados especiais a fazer o seu CV, nomeadamente se tiver passado por alguns lugares ou estudado em certas Universidades".

Isso diz a senhora que é uma pessoa séria e bem intencionada.

Cumprimentos

Maria disse...

É o que temos, infelizmente. Não tenho esperança que isto melhore nos próximos anos. Quando se convidam pessoas de " consciência tranquila " para o clube dos pensadores, e outros, com processos a decorrer na justiça, para cargos governamentais, está tudo dito.
Cptos
Carmen

zia disse...

O dito senhor Franquelim devia ter vergonha de ter passado por semelhante banco...
Vergonha é uma coisa de que o governo não tem nem deve saber o que isso é e nos a pagar esta gentinha inculta, irresponsável e desonesta e isso...
Beijinhos,
lb/zia

mina Jesus disse...

pois é Drª Helena!por isso a admiro incondicionalmente!
Mina Jesus

Anónimo disse...


Ou "ingénua"!...acrescento.

J. Monteiro

Anónimo disse...

Só agora conheci êste Senhor, quer no nome, quer a pessoa em si. Pelo que tenho ouvido na televisão e lido nalguma imprensa, não me parece que seja algum bicho "pessonhento". Só porque passou 10 meses na SLN já não tem valor? A burla do BPN toda a gente sabe quem foram os autores e não vejo tanta gente a acusá-los como a êste cidadão.

Anónimo disse...

Acho que acima de tudo há que averiguar o envolvimento do sr. Franklim nos desmandos do BPN. Se esteve envolvido, e o ocultar a sua passagem por lá não é bom sinal, deve ser responsabilizado, caso contrário, não podemos estigmatizar todos os trabalhadores de hoje e de ontem daquele banco, nem os estudantes de certas universidades.

Anónimo disse...

Discordo radicalmente, Senhora Dona Helena!
Há tempos, anos 80, vivia eu num bairro popular de Lisboa, e, pouco tempo depois de me ter mudado, o meu carro foi assaltado.
Estava eu, consternado, a olhar os estragos e aproximou-se de mim um lojista do bairro que me interpelou: "O amigo mora aqui?".
Confirmei.
"Olhe" explicou-me o benemérito "se quer que não lhe assaltem mais o carro, vá logo à noite à tasca do Manel e diga que é morador do bairro. Vai ver que não volta a acontecer".
E foi remédio santo!
Por isso lhe digo: quem melhor resolve as crises são aqueles mesmos que as montaram! Quer que ponha nomes?

a) Feliciano da Mata, emigrante qualificado




patricio branco disse...

explicações sobre as confusões e omissões, e voltar a pôr, e de novo tirar, altamente infantis.
cartas inventadas, etc...que trapalhadas...a bandeira com os pagodes aplica se em s. bento, fica lá bem, tudo aquilo é um pagode...

Helena Sacadura Cabral disse...

Caro J. Monteiro
Ingénua na minha idade seria perigoso...
Caros comentadores
Não pretendi estigmatizar o novo Secretário de Estado. Ele tem todos os direitos de qualquer cidadão. Nem mais, nem menos.
Mas o político não é um cidadão vulgar. Como à mulher de César exige-se-lhe não só que seja sério mas que pareça sério.
E aqui é que está o busilis: é que ninguém, neste momento, está em condições de avaliar as trapalhadas do BPN. Se a sua passagem pelo banco não tivesse sido omitida do CV publicado, possivelmente as reacções seriam diferentes. Digo eu, que não percebo nada de política, mas me esforço por ter bom senso.

Teresa Peralta disse...


A sua notoriedade, mesmo sem responsabilidade, vai ficar, nos tempos mais próximos, ligada à falência Nacional, que também está vinculada à “fraude” do BPN. Deste modo, a actuação do Sr.º Secretario de Estado terá que ser, prova constante, de uma super-evidente competência profissional e de uma super-manifestação de grande idoneidade moral. Originou-se uma guerra desnecessária, que leva, não só, o governo da economia ao próprio descrédito, como enclausura, o trajecto profissional deste português. Certamente, uma pena!.. Tantos estudos, tantas sondagens, no entanto, torna-se necessário um pouco mais de intuição.
Um enorme abraço para si

Anónimo disse...

Antigamente havia uma coisa que hoje se vê pouco, era a honra. Um homem honrado tinha, entre outras qualidades, vergonha na cara. Vergonha, por exemplo, de ser desonesto (então não é desonestidade maquilhar o CV à vontade do freguês?). Vergonha de embaraçar quem o convidou para sercretário de estado sem medir o que fazia (então não se devia já ter demitido há séculos?).
Este homem, se fosse honrado, já tinha desaparecido de cena. Mas não desapareceu. Há comportamentos que falam por si.
~inês, Lisboa.