quinta-feira, 31 de maio de 2012

Ai! Christine, ai!




A Directora Geral do FMI, Christine Lagarde, tem um vencimento anual de 372 mil euros livres de impostos, a que somam mais de 66 mil euros de despesas de representação.
No final de cada ano Christine arrecada 438 mil euros e não paga qualquer taxa ao Estado. A ser verdade, é natural que os gregos não a entendam. E as crianças africanas ainda menos...

HSC

Crime, disse ele!



"O supervisor do mercado detetou indícios do crime de manipulação da dívida portuguesa num caso que envolve autores que escreveram sobre Portugal num órgão internacional, tendo feito queixa ao Ministério Público, revelou hoje o presidente da CMVM."
A matéria está relacionada com um artigo que foi publicado num "prestigiado" órgão de imprensa internacional, que se deduz seja norte americano, no qual se abordava a questão da dívida soberana e cujos "autores tinham interesse na desvalorização da dívida pública" nacional.
O dito artigo terá tido impacto sobre a cotação da dívida soberana portuguesa, provocando a sua desvalorização. Um dos seus autores  será administrador numa sociedade que teria em carteira dívida pública portuguesa.
Que pena não se ter tomado antes este tipo de decisões...
HSC

terça-feira, 29 de maio de 2012

Um lançamento

Ontem lancei o meu último livro. Comovi-me, porque ele fora adiado por razões tristes. Mas eu prometi a mim própria que continuaria a fazer tudo o que tinha de fazer. E estou a conseguir!
A Fnac estava cheia de amigos que não me abandonaram e têm enchido de ternura a minha vida. Estava também a minha família. E foi um membro dela, o João Paulo Sacadura, meu primo, que apresentou autora e "obra", com imenso sentido de humor.
Até tive lá gente que me visita neste blogue. Só posso agradecer e confessar que foi um bálsamo imenso. Bem hajam!

HSC

domingo, 27 de maio de 2012

O tempo e as casas


Há casas que nos marcam. Outras, nem tanto. Vá-se lá saber porquê, a casa do meu Pai marcou-me muito. Tal como a dos meus avôs.
Há dias fui à Baixa que, para mim, está irreconhecível. Desapareceram lojas que eu conhecia, apareceram outras que nem suspeitava que existissem naquelas bandas e mantiveram-se umas quantas que perderam muito do atractivo, do cheiro, da magia que antes possuíam.
As velhinhas retrosarias, algumas leitarias, umas poucas sapatarias ainda lá estão. Mas o que há trinta anos era chic apresenta, agora, um ar deslocado de loja de província.
Parei na Rua de S. Julião, onde vivi dos doze anos até à maioridade. O prédio e a placa evocativa de Chaby Pinheiro ainda lá estavam. Algum comércio também. Mas tudo parecia diferente. Não porque tivesse mudado  a arquitectura. Mas porque o aspecto exterior envelhecera e, sobretudo, o meu olhar já não era o mesmo.
É verdade que o passado muda muito, quando visto com os olhos do presente...

HSC

Filosofando...


Não sei bem porquê, mas ando dada a filosofias. Hoje lembrei-me da diferença que existe entre "ter sucesso" e "ser bem sucedido". Na verdade, existe uma grande diferença entre o que estes dois conceitos podem representar.
Quantas pessoas têm sucesso e não são, afinal, bem sucedidas? Muitas, porque habitualmente o que procuram é o primeiro objectivo, apesar de o segundo ser bem mais importante. 
Com efeito, se eu for bem sucedida naquilo que faço, isso vai traduzir-se numa satisfação pessoal muito grande, em algo que me dá felicidade. Mas pode, claro, não se traduzir num sucesso que os outros reconheçam.
No meu caso particular, porque me estimo, o que procuro é que o meu desempenho a todos os níveis, faça de mim alguém mais satisfeito, mais realizado, enfim, mais feliz.
Mas se é assim, porque será que a maioria das pessoas procura ter sucesso, mesmo que este as possa fazer infelizes?!

HSC

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Uma aula de português.

A jornalista Pilar del Rio costuma explicar, com um ar de quem sabe do assunto, que dantes não havia mulheres presidentes e por isso é que não existia a palavra presidenta! Daí que diga insistentemente que é Presidenta da Fundação José Saramago e se refira a Assunção Esteves como Presidenta da Assembleia da República.
O mesmo, aliás, faria Helena Roseta quando usou Presidenta, ao retorquir a um  comentário de um jornalista da SICNotícias, muito segura da sua afirmação...

O texto que se segue foi elaborado para acabar de uma vez por todas com  qualquer dúvida sobre se devemos usar presidente ou presidenta.
"A presidenta foi estudanta? Existe a palavra: PRESIDENTA?
Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto?
No português existem os particípios activos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio activo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante...
Qual é o particípio activo do verbo ser? O particípio activo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade..
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.
Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".
 Um bom exemplo do erro grosseiro seria: "A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta.
Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".

Não sou especialista de linguística e muito menos sei o que quer que seja após o malfadado/adorado Acordo Ortográfico. Por isso, embora me pareça lógico o texto acima, nada garante que o seu conteúdo corresponda ao que "deve ser". 
Se entre os meus leitores houver quem o confirme, por favor manifeste-se. E no caso contrário também, claro!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

O quadro de honra


A ALUMNI, Associação dos Antigos Alunos de Económicas comemorou ontem o centésimo primeiro ano da criação do ensino desta disciplina, tendo resolvido inaugurar um "quadro de honra" dos seus alunos mais brilhantes.
Fui uma excelente estudante e, por isso, tive a distinção de ser convidada para participar da cerimónia. Aceitei e em boa hora o fiz.
Confesso, sem qualquer ponta de humildade, que me soube muito bem ver o meu nome entre os melhores. E eu, que não sou passadista, comovi-me ao ver desfilar, em projecção, nomes e retratos de pessoas que me marcaram profundamente.
Apraz-me salientar Etelvina Torroaes Valente a minha primeira chefe no meu debute no mundo laboral, à qual estarei, para sempre, muito grata. 
Depois, os Professores Bento Murteira, Luis Teixeira Pinto, Jacinto Nunes, Silva Lopes, Bento Jesus Caraça, Sedas Nunes e tantos outros que me deixaram a sua forte marca.
O ISCEF - Instituto Superior de Ciencias Económicas e Financeiras - fez de mim alguém que sabe pensar e que ainda tem prazer em estudar. Parece pouco, mas afinal é quase tudo!

HSC

terça-feira, 22 de maio de 2012

As estatísticas da realidade




Os números do Boletim Estatístico do BdP, revelam que a dívida do Estado à banca continua a crescer. Esse aumento é de quase 12 mil milhões de euros em relação a Março do ano passado.
Foi em 2010 que a dívida do Estado à banca disparou e quase duplicou. De facto, passou de 22.887 milhões de euros em Dezembro de 2009 para 45.235 milhões no mesmo mês do ano seguinte.
Na segunda metade do ano passado, a mesma dívida reduziu-se ligeiramente, mas voltou a crescer no início de 2012.
Esta evolução deve-se ao endividamento progressivo da administração central.
A dívida à banca representa menos de um terço da dívida total do Estado mas foi a que mais cresceu nos últimos anos, ultrapassando mesmo o crescimento da dívida ao estrangeiro, que se situou nos 40% nos últimos quatro anos.
Pelo contrário, o crédito ao sector privado reduziu-se e essa quebra é maior a partir do final de 2010, ou seja quando a banca aumentou de forma mais expressiva o crédito concedido ao Estado.
Se em Dezembro de 2010, a dívida concedida pela banca a particulares ascendia a 157.341 milhões de euros, em Março ultimo ela estava nos 151.350 milhões. No mesmo período, o crédito concedido às empresas privadas passou de 144.858 milhões para 136.097 milhões de euros.

Não quereria estar na pele de quem tem de gerir este barco, tentando conciliar o interesse do país com a troika e uma certa ideologia. De facto, estes números podem ter várias leituras. A minha é preocupante. Mas eu só interpreto, não giro nem governo. E, sobretudo, tenho muito poucas ideologias. Sou uma tecnocrata, que é o pior que hoje se pode ser...

HSC

A destruição do euro



"Começa a ser evidente para todos que o euro está à beira do colapso. Tal deve-se à forma como foi concebido, destinado a ser a moeda única de uma Europa com economias muito diferentes. O euro poderia funcionar com base em políticas de coesão, mas essas são já passado. A partir do momento em que a crise se instalou e os países europeus adoptaram a regra do cada um por si, é evidente que o euro se tornou numa armadilha para os países do Sul que nunca conseguirão viver nas condições draconianas exigidas pela Alemanha. O irrealismo do Tratado Orçamental, que a Grécia e Portugal ratificaram para alemão ver, iria ser o teste final que provocaria a saída imediata destes países do euro, se a eleição de Hollande não o tivesse transformado num nado-morto.

Entretanto, a explosão iminente na Grécia leva as instituições comunitárias a manobras desesperadas, como se vê agora com esta medida do BCE de injectar 100 mil milhões nos bancos gregos. É extraordinário que o BCE aposte em bancos de onde os seus depositantes retiram todas as suas poupanças, com base no dinheiro dos contribuintes europeus, que é assim atirado para um poço sem fundo. Resta ver quais vão ser as consequências desta medida para a credibilidade do euro.

Na verdade, a demonstração de que o euro é neste momento tudo menos uma moeda única resulta evidente das sucessivas propostas para o dividir em várias moedas. Primeiro, foi na Holanda que se propôs uma nova moeda para os países do Norte, que se chamaria o neuro. Agora é o Deutsche Bank que propõe a quadratura do círculo com um euro exclusivo da Grécia, que se chamaria o geuro. Calculo que logo a seguir o Deutsche Bank venha propor também um euro exclusivo para Portugal, o peuro. Isto seria cómico se não fosse trágico.

Mas, perante este extraordinário espectáculo, ainda há quem tenha ideias para o negócio. Está a ser distribuído um jogo, o Euro Destruction, em que é suposto os jogadores atirarem moedas de euro contra os banqueiros ou contra os cidadãos. Parece que o cenário final do jogo é o "End of Europe as we know it". Deve ser um jogo muito popular para os actuais governantes europeus".

Este post que aqui reproduzo na íntegra foi escrito por Luis Menezes Leitão e publicado no blogue colectivo Delito de Opinião. É tão claro que acrescentar-lhe algo seria absolutamente inútil.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O meu Sporting...

"O Sporting é um mar de oportunidades...
Para os outros clubes!!!
É a vida".

Este é um comentário da minha querida amiga Isabel Seixas colocado no blogue Tim Tim no Tibete. E eu, sportinguista sofredora, dou-lhe razão! 
HSC

domingo, 20 de maio de 2012

Alguma dúvida?


Seguem-se as ultimas afirmações de quem pode e de quem sabe:
Angela Merkel
A Alemanha e a França não têm divergências sobre a necessidade de apoiar o crescimento.
Paul Krugman
Considera inevitável a saída da Grécia da zona euro pois nenhuma das soluções até agora propostas é uma verdadeira alternativa.
Durão Barroso
A Europa fará tudo o que for possível para manter a Grécia na Zona Euro.

Alguma dúvida?

HSC


Um esclarecimento


Há alguns dias, julgo que no Correio da Manhã, li uma crónica do Juiz Rui Rangel, pessoa que admiro, na qual se afirmava que os empregados do Banco de Portugal, entre outros, haviam recebido os famigerados 13º e 14º meses. Não é verdade no que aos reformados - também eles empregados da casa -, respeita. 
Sou reformada daquela instituição e, até agora não recebi qualquer das referidas prestações.
Não sou porta voz do Banco, nem ninguém me encarregou de tal tarefa. Mas enquanto antiga trabalhadora julgo ser meu dever fazer esta clarificação.

HSC

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A Europa está órfã de mãe



"...Num dia de 1950, Jean Monnet, do país vencedor, foi a Bona encontrar-se com Konrad Adenauer, do país destruído. Monnet, perito em finanças, soube encontrar o tom lírico e sincero para convencer o alemão desconfiado. 
Simples: mostrou-lhe que era coisa mútua. Ontem, o espanhol Rajoy criticava o Banco Central Europeu de só ajudar à beira do abismo - e estava a ser otimista, a alemã Merkel, patroa do BCE, é capaz de esperar mesmo o abismo. E a francesa Christine Lagarde, patroa do FMI, já passa receitas post mortem: a saída da Grécia do euro "deverá ser feita de forma ordenada". Como se eles fossem capazes de ordem em alguma coisa. A esta gente Jean Monnet não teria convencido de nada."
(in "Europa teve pais mas está órfã", crónica de Ferreira Fernandes)
De facto, as duas mulheres de quem se fala acima, não têm ilustrado o género, quando se trata de tomarem decisões políticas. Mas creio que será o seu lado masculino que se manifesta nessas ocasiões, de tão habituadas que estão, a só dialogarem com homens.  É pena!
HSC

Um nome algo insólito!

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Qualquer língua, mesmo que tenha uma raiz comum, pode constituir um obstáculo ao diálogo. Deve ter sido este o embaraço sentido nas redacções do Médio Oriente, quando François Hollande nomeou Jean-Marc Ayrault, para a chefia do seu Governo. 
É que a leitura do seu apelido é semelhante a “Ayru”, o que, em árabe literário, tem o significado fálico.

Aliás, quando a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein
recusaram, em 2010, a acreditação do diplomata Akbar Zeb como embaixador do 
Paquistão foi justamente porque o seu nome completo tinha uma tradução inaceitavel.

O árabe é uma língua fonética em que as letras são pronunciadas, sem consoantes mudas, como o L e o T de Ayrault. 
“Ao lerem o nome do primeiro-ministro francês como ‘Airut’, os árabes seguem a pronúncia e tendem a respeitar, na escrita, a transliteração original”, esclareceu um especialista.

Certamente para não correr riscos, o diário “Al Hayat”, uma referência em todo o mundo árabe com sede em Londres, modificou o nome de Ayrault para “Aro”. 
E uma das estações de televisão dos Emirados Árabes Unidos enviou um memorando aos seus jornalistas, aconselhando a que o político que substituiu François Fillon fosse identificado com “Aygho”. 
No Dubai, o jornal “Al Bayam”, propriedade da família real, optou por excluir o apelido, e titulou em primeira página: “Hollande inaugura o seu mandato nomeando Jean-Marc como primeiro-ministro.”
 

Temos que convir que até os nomes que usamos se podem virar contra nós...


HSC


quinta-feira, 17 de maio de 2012

1º Governo da era Hollande


Copiado da imprensa francesa eis a lista completa, ministério por ministério do primeiro governo da era Hollande


Jean-Marc Ayrault, Premier Ministre


Laurent Fabius, ministre des Affaires étrangères
Vincent Peillon, ministre de l'Éducation national
• Christiane Taubira, garde des Sceaux, ministre de la Justice
Pierre Moscovici, ministre de l'Économie, des Finances et du Commerce extérieur
Manuel Valls, ministre de l'Intérieur
Cécile Duflot, ministre de l'Égalité des territoires et du logement
• Marisol Touraine, ministre des Affaires sociales et de la Santé
Arnaud Montebourg, ministre du Redressement productif
Nicole Bricq, ministre de l'Écologie, du Développement durable et de l'Énergie
Michel Sapin, ministre du Travail, de l'Emploi et du Dialogue social
• Aurélie Filippetti, ministre de la Culture et de la Communication
Stéphane Le Foll, ministre de l'Agriculture et de l'Agroalimentaire
Geneviève Fioraso, ministre de l'Enseignement supérieur et de la Recherche
Najat Vallaud-Belkacem, ministre des Droits des femmes et porte-parole du gouvernement
Jean-Yves Le Drian, ministre de la Défense
Marylise Lebranchu, ministre de la Réforme de l'État, de la Décentralisation et de la Fonction publique
Victorin Lurel, ministre de l'Outre-Mer
Valérie Fourneyron, ministre des Sports, de la Jeunesse, de l'Éducation populaire et de la Vie associative
Jérôme Cahuzac, ministre délégué à l'Économie, chargé du Budget
Alain Vidalies, ministre délégué auprès du premier ministre, chargé des Relations avec le Parlement
Delphine Batho, ministre déléguée auprès de la Justice
François Lamy, ministre délégué auprès de l'Égalité des territoires, chargé de la Ville
Bernard Cazeneuve, ministre délégué auprès des Affaires étrangères, chargé des Affaires européennes
Michèle Delaunay, ministre délégué auprès des Affaires sociales, chargé des Personnes âgées et de la Dépendance
Sylvia Pinel, ministre déléguée au Redressement productif, chargée de l'Artisanat, du Commerce et du Tourisme
Benoît Hamon, ministre délégué auprès de l'Économie, chargé de l'Économie sociale et solidaire
Dominique Bertinotti, ministre déléguée auprès des Affaires sociales, chargée de la Famille
Marie-Arlette Carlotti, ministre déléguée auprès des Affaires sociales, chargée des Personnes handicapées
Pascal Canfin, ministre délégué auprès des Affaires étrangères, chargé du Développement
Yamina Benguigui, ministre déléguée auprès des Affaires étrangères, chargée des Français de l'étranger et de la Francophonie
Frédéric Cuvillier, ministre délégué auprès de l'Écologie chargé des Transports et de l'Économie maritime
Fleur Pellerin, ministre déléguée auprès du Redressement productif, chargée des PME, de l'Innovation et de l'économie numérique
Kader Arif, ministre délégué auprès de la Défense, chargé des Anciens Combattants
Regozijo-me com alguns destes nomes, em particular Fabius. Mas, confesso, gostava francamente de saber o que irão fazer os ministérios que se ocupam do Redressement Productif e da Economia Numérica.
Ah! enquanto Hollande desce os salários dos ministros em 30%, a Alemanha sobe-os em perto de 6%. Europa diversificada, esta nossa!

 HSC

quarta-feira, 16 de maio de 2012

O aviso do Olimpo


No Olimpo, os deuses não se entendiam - cá também não - sobre a visita de Hollande a Angela Merkel. Daí, uma acesa discussão em que o grupo mais fracturante fazia as mais terríveis ameaças.
O empossado Presidente da República, consciente da urgência deste encontro toma o avião. Mas - há sempre esta adversativa quando o Olimpo não está de acordo -, quando a aeronave seguia viagem, um raio imenso abateu-se sobre ela obrigando-a a recuar e voltar ao aeroporto de partida. Está de ver que o grupo fracturante cumprira a promessa...
Finalmente Hollande pôde seguir viagem e, atrasado, mas ainda no próprio dia de ser empossado, cumprimentar a chanceler.
Hoje tentei perceber através da comunicação social qual o resultado de tanta urgência. Só vi banalidades. Que sim, que ambos estavam de acordo em que a Grécia devia manter-se no euro. Que não, que a austeridade estava a impedir o desenvolvimento. Que talvez sim ou talvez não, se tornava necessário trabalhar em conjunto e ouvir as vozes europeias. Enormes novidades, como se deduz.
E pronto. Só que a Grécia segue para novas eleições, que sim ou que talvez não, resolvam o assunto. E eu continuo sem perceber a urgência do encontro. Defeito meu, certamente, que ando menos acelerada que a França!

HSC

Como no Japão


A Matéria Prima é uma jovem editora dirigida por duas grandes mulheres - a Liliana Valpaços e a Inês Queiroz - de quem tenho o prazer e o orgulho de ser amiga.
Por outro lado, gosto muito de cozinha japonesa, desde que, há já alguns anos, tive a oportunidade de visitar aquele país. Voltei mais vezes e vim sempre encantada.
Paulo Morais e Ana Lins são uma referência para quem gosta deste género de comida e recebem-nos maravilhosamente no seu restaurante UMAI na Rua Cruz dos Poiais 89, em Lisboa.
Na Feira do Livro tive oportunidade de estar com ambos e de os felicitar pelo belo livro que ambos escreveram, o "SUSHI em CASA", e que a Matéria Prima, em boa hora, editou.
É lindíssimo e ensina tudo aquilo que os apreciadores precisam de saber para receberem maravilhosamente chez soi a família e os amigos.

HSC

Perdi neurónios?!



"O ministro da Solidariedade e Segurança Social diz que o desemprego é o maior problema do país e garante que a resposta está a ser estuda não só pelo seu Ministério como também pelo da Economia e Finanças. Uma das medidas que deverá entrar em vigor será a possibilidade de acumular o subsídio de desemprego com rendimentos do trabalho".

Alguém me explica a lógica desta decisão depois de todas as medidas restritivas anteriormente tomadas? Se há rendimentos de trabalho é porque há trabalho. Se há subsídio de desemprego é porque não haverá trabalho. Ou apenas trabalha quem tem emprego?
Estou confusa. Decerto perdi neurónios!

HSC

terça-feira, 15 de maio de 2012

Para quê tanto afã?!


François Hollande tomou posse hoje como PR da França e parte de imediato para a Alemanha para se encontrar com Angela Merkel.
Por muito que Hollande diga que leva na bagagem uma nova era no relacionamento entre os dois países, confesso que me causa um certo incómodo a rapidez com que esta viagem se realiza. É que tanta pressa - no próprio dia da tomada de posse... - configura mais subserviência do que o contrário.
Seguramente que Hollande tem bons conselheiros. Mas neste caso não seria preferível que a chanceler alemã viesse cumprimentar o novo PR no seu país? E não sendo assim, o que é que justifica que esta visita não pudesse ser realizada dentro de dias? Será que é a agenda alemã que continua a comandar a vida na França?
Há algo de verdadeiramente bizarro no afã desta deslocação...

HSC

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Ainda o JPMorgan


Segundo o Wall Street Journal, as perdas do JPMorgan estão relacionadas com uma operação específica deste banco, que tinha como objectivo protege-lo do risco na Europa.
Foi pensada por Ina Drew, directora de investimentos que trabalhava há trinta anos para aquela instituição, que é, em termos de activos, o primeiro banco norte-americano.
Na quinta-feira, Jamie Dimon, director executivo do JPMorgan, assumiu ter perdido nas últimas seis semanas, mais de 2 mil milhões de dólares em transacções de mercado. Este valor ainda poderá aumentar devido a investimentos de risco em derivados de crédito.
Ina Drew apresentou, por várias vezes, em Abril, a sua demissão. Contudo ela só seria aceite agora, depois de conhecidas os crescentes prejuízos. Outra possível baixa será a de Bruno Michel Iksil, operador francês do JPMorgan na capital londrina, conhecido como "a baleia de Londres" ou "Voldemort", um dos bruxos de Harry Potter.
Admite-se que a saída de um dos braços direitos de Dimmon, possa significar um volte-face na posição de poder de uma das mulheres mais influentes de Wall Street.    


HSC

domingo, 13 de maio de 2012

A Feira do Livro


Este ano a Feira do Livro ajudou-me muito a voltar ao mundo real, apesar de ter sido muito estafante devido ao calor. Mas recebi tanto, mas tanto, carinho das pessoas que me procuraram, que não tenho o direito de me queixar.
Foram esses abraços carinhosos, esses beijos sentidos que me devolveram a uma certa forma de vida quotidiana. 
Se fosse possível retribuir o muito que recebi, não me chegariam os anos que ainda me restam, para o poder fazer. O que prova bem como sabemos ser solidários com a dor daqueles de quem gostamos. E aquelas pessoas mostraram que me estimam.
Não posso deixar de estender este agradecimento aos muitos que aqui neste blogue e no Delito de Opinião me deram o seu incondicional apoio. Bem hajam todos!

HSC

sábado, 12 de maio de 2012

Promessas americanas...



As perdas de 2.000 milhões de dólares com operações em bolsa do JPMorgan Chase afundaram toda a banca norte-americana. Os títulos do maior banco norte-americano em activos afundaram 9,28% para 36,96 dólares, arrastando consigo outros títulos do sector financeiro: o Goldman Sachs e o Citigroup perderam 3,94% e 4,24%, respectivamente, ao mesmo tempo que o Bank of America caiu 1,95%.

Dá que pensar, e muito, a continuidade destes fenómenos. Com efeito, ainda há bem poucos meses altos responsáveis políticos afirmavam que tal se não repetiria...

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Bernardo Sassetti


Nem sei que escreva. A foice da morte vem arrasando o nosso país. Hoje foi a vez de Bernardo Sassetti que desaparece com 42 anos, quando tinha ainda muito para entregar ao país no domínio musical.

HSC

Obama no seu melhor



O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse na quinta-feira que a situação económica na Europa é "difícil" em parte porque o velho continente não tomou alguns passos "decisivos" adoptados pelo seu país para enfrentar a crise.

Até parece que os Estados Unidos da América não tiveram qualquer responsabilidade nesta crise!

HSC

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Que barafunda...


Nem todos podem ser políticos. O exercício desta carreira vai muito para além da profissão. À mulher de Cesar diz-se que não basta ser séria. É também preciso parece-lo.
Na política passa-se o mesmo. Não basta ser bom e competente na área da sua dependência. É preciso saber fazer passar a mensagem. É afinal, também, preciso parecer-se sério. 
Difícil de entender? Nada. Esta é, aliás, a base da actividade política e da sua estratégia: ser sério e parecer sério.
Ontem liguei pela primeira vez a televisão. Apanhei um emaranhado de histórias de espiões, de secretas, de documentos que foram para Bruxelas e não para os deputados, uma salgalhada tal que pensei ter havido uma hecatombe enquanto o aparelho esteve desligado.
Afinal, era a inépcia do costume. Os espiões eram os mesmos, mas acrescentaram-se-lhes outros. E a documentação fora mais rápida para fora do que para dentro, mais célere em inglês do que em português. 
O nosso Parlamento levou dois dias a discutir estes casos. Um que será julgado nas instâncias competentes e o outro, pelo ridículo da questão, até faz pena.
De facto, não é político quem quer. Só o é quem tem talento para isso. E quem tem, claro, apetência para tal...

HSC

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Vamos indo


Retomei a normalidade do quotidiano. Foi com alguma dificuldade. Mas com uma enorme mais valia, porque faço tudo mais devagar. Encontrei finalmente tempo para olhar à minha volta e descobrir cores e volumes que via todos os dias sem os olhar.
Hoje fui lanchar com uma querida amiga ao Darwin, um local esplêndido na Fundação Champalimaud. Há muitos anos que não fazia isto a meio da semana. Na verdade, como gosto muito do que faço, enleio-me no  trabalho e perco a noção do lazer - descanso.
Agora estou noutra perspectiva. A de fazer só o que me der prazer. Por isso deliciei-me com a vista, o sol, o rio. As coisas simples da vida. Com a noção de que esta pode acabar a qualquer instante e que vale a pena estar atenta aos pequenos detalhes que nos trazem felicidade.
Sem qualquer nostalgia. Apenas sabendo que quando se perde tudo, o pouco com que se fica, é já uma riqueza...

HSC

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Uma pequena alteração



Por motivos que certamente compreenderão decidi adiar o lançamento do meu último livro AQUILO EM QUE EU ACREDITO para o dia 28 de Maio próximo. Será como antes na FNAC do Chiado e à mesma hora, ou seja 18:30.
A data não é gloriosa, mas foi a única disponível...

HSC

domingo, 6 de maio de 2012

As duas eleições



Hoje houve eleições em dois países europeus. Um, a Grécia, mergulhado numa crise como não há memória, deu ao partido socialista uma derrota da qual vai ser difícil sair. O outro, a França, a caminhar para uma crise cujos contornos são ainda pouco claros, deu ao socialista François Hollande, o seu voto para que ele ponha em prática as sessenta medidas com que se comprometeu.
Nenhuma destas eleições é, hoje, apenas nacional. Elas terão repercussão a nível europeu e até de algum modo a nível mundial. Veremos se a mudança foi, ou não, para melhor...

HSC

Os vinte anos da Inês



Há mulheres de quem gosto muito. Que sabem multiplicar, fazer crescer os dons com que nasceram. E que sabem, sobretudo, dar dignidade àquilo que constroem. 
Inês Pedrosa é uma delas. Conheci-a no Independente e revia-me no que  ela escrevia quando tinha idade para ser minha filha porque a sua escrita era intemporal. Ela escreve com a inteligência dos afectos, mantendo o gosto de ser mulher e nunca tendo tido de se masculinizar para desempenhar na sociedade portuguesa o seu papel.
Anos mais tarde haveríamos de manter um programa de rádio que muito nos divertiu e onde a sua voz jamais se calou perante o que considerava justo ou injusto. Sem espartilhos partidários ou preconceitos sociais.
Depois, haveria de aceitar o desafio de ficar à frente da Casa Fernando Pessoa onde o seu trabalho tem sido notável. Mesmo quando os fundos de que dispunha estavam longe de serem os mínimos necessários, não abandonou o barco e soube fazer daquele espaço um centro de homenagem à língua portuguesa nas diversas vertentes que ela assume. 
Hoje, na praça Leya, na Feira do livro, celebram-se 20 anos da sua carreira literária. Parabéns minha querida Inês, porque tu mereces inteiramente essa homenagem. E se não fosse eu estar a recomeçar devagarinho, seria das primeiras a ir dar-te um abraço!

HSC

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Fernando Lopes

Morreu hoje Fernando Lopes, alguém de quem gostava muito. É mais uma perda para o país e, sobretudo, para o cinema nacional.
Agora comove-me particularmente o abraço que há dois dias recebi da sua mulher Maria João Seixas.

HSC