sábado, 8 de setembro de 2012

Parole, parole, parole!

Ouvi ontem as palavras - parole, parole, parole - do Primeiro Ministro e fiquei irritada. De facto ser economista é uma menos valia nestas coisas da política.
Ou estes senhores que nos governam entendem que a classe média trabalhadora, os reformados e pensionistas dessa mesma classe média não aguentam mais sacrifícios, ou o caldo vai entornar.
Fazer trocadilhos com as palavras escolhidas para as decisões tomadas não resolve o problema. As medidas anunciadas envolvem um agravamento tributário sério e são injustas.
Governar é atenuar desigualdades, abrir oportunidades, evitar injustiças. Isso não está a acontecer e é bom que esses senhores que foram legalmente eleitos tenham consciência de que precisam de encontrar outro caminho. Este não serve e é necessário procurar alternativas. Para isso é que eles lá estão. E para isso também é que deve haver uma sólida oposição, na qual possamos confiar.

HSC

38 comentários:

Brown Eyes disse...

Simpatias políticas à parte, estou totalmente de acordo consigo; não sou economista, sou socióloga, mas acho que as medidas tornadas públicas ontem, são um desastre, um verdadeiro fracasso.
Tomando-me como exemplo de cidadã da classe média trabalhadora, solteira e com uma filha bebé a cargo, com as responsabilidades inerentes ao meu estatuto, tento transpor isto para quem tem menos, e o futuro que vislumbro é muito negro.

Um abraço para si Dra. Helena.

Luisa Silva disse...

Nunca vi governantes mais BURROS!!! Tão básicos que até irrita!! Aprendi que para lá de todas a teorias, estratégias e tácticas, impera o bom-senso. Toda a gente conhece a frase "dar uma no cravo outra na ferradura". Mas estes governantes não. Ao anunciar este novo aumento de impostos para os trabalhadores por conta de outrém, TINHAM de anunciar também "qualquer coisita" na tributação das grandes fortunas, lucros das empresas, mais valias, etc etc. Pelo menos isso!!

Fatyly disse...

E temos "uma sólida oposição"? Se já não confiava na maioria dos sucessivos governos pós 25 de Abril, hoje confio cada vez menos nos "sequiosos de poder" que nos olham como meros números e que convidam uma geração a emigrar.
Não sou de nenhum partido, em todos há bons e maus... e de repente lembrei-me de algo que um dia li e guardei porque achei uma grande verdade e desejo que me perdoe a ousadia:

"A vida não é senão um intrincado novelo de relações de poder.
E a política, por maioria de razão.
O paradoxo é que, quanto mais o tempo avança, mais ela é tentada pelo que não precisa e se demite do que deve."

Miguel Portas (Poder)

A bem ou a mal, acredito que iremos sair "Desta guilhotina"!

Um abraço sincero

Gaivota Maria disse...

Obrigada por por ser nossa porta-voz. Deus lhe dê coragem para não se calar

Carlos Fonseca disse...

Mesmo quando discordo de si, não deixo de admirar quer a sua coragem, quer a sua frontalidade.

E tem também uma enorme capacidade de me surpreender. Confesso que não esperava, devido a circunstâncias que me abstenho de mencionar, uma (o)posição tão clara, quanto justa, relativamente à infeliz intervenção que o primeiro-medíocre, perdão, primeiro-ministro, fez ontem.

Não votei nele. Mas podia ter votado, e hoje sentir-me-ia, mais uma vez, profundamente arrependido (e envergonhado).

Bem haja pela sua lucidez.

Marina Maia disse...

Não tenho curso superior, sou empregada administrativa há já vinte anos numa empresa que desde 2009 além de vancimentos em atraso, não nos paga subsidios, em 2010 entrou em insolvencia com um processo de recuperação...neste momento estamos novamente a receber vencimentos em tranches de 200€, neste momento ainda só recebemos metade do vencimento de Julho.
Não sei se vamos sobreviver, os que lá estamos, tentamos a todo o custo, segurar o nosso posto de trabalho...mas agora mais estas medidas, como vamos continuar?
Os nossos governantes deviam ver o esforço que nós, antiga classe média, actual classe pobre vivemos.
Obrigada por ser quem é.
Gosto muito de a ler, mas hoje especialmente concordo tanto consigo...

Anónimo disse...

Drª Helena, em primeiro lugar, quero dizer-lhe que acabei de ler o seu livro e adorei!

Apenas em jeito de desabafo, gostava de deixar o meu cumentário.

Pensei que ja se tinha chegado ao fundo, mas pelos vistos enganei-me.
Sou por norma positiva e quero ACREDITAR que conseguimos dar a volta por cima, mas sinceramente cada vez fica mais dificil continuar a ter vontade de fazer diferente.
Estou irritada pois faço parte dos que foram supostamente alvo de uma Inconstitucionalidade, por unilateralmente terem alterado o meu contratato de trabalho, deixando de receber os subsidios de ferias e natal.
Mas com esta medida, não só continua tudo na mesma como outras pessoas também vao ficar lesadas. Como vai ser para aqueles que ganham 485€? O que virá a seguir com o Orçamento de Estado?

Um abraço,

Ailime disse...

Muito obrigada Dra. Helena Sacadura Cabral por dar voz às classes que estão sendo devastadas por este governo desastroso.
Além de irritada senti um mal-estar geral enorme pela falta de humanidade e imponência de que este primeiro-ministro está imbuído e a desfaçatez com que dita as coisas, pensando que o povo é estúpido. Somos um povo de brandos costumes. Vamos ver até quando.
Como a oposição não é respeitada e muitos, por medo, calam-se, vamos assistindo pacificamente ao desmoronar deste país.
Um abraço.

Anónimo disse...

Estimada D. Helena
A sua escrita, a sua forma de analisar as coisas, a sua honestidade intelectual não me surpreendem.
Confirmam, como se fosse preciso, o que há muito penso de si.

Sobre a conversa de ontem, onde o primeiro ministro nos atira, ainda mais, para o pântano, considero existir uma total insensibilidade política e humana.
E não me venham dizer que 'Troika oblige' porque não vou nessa.

Aguardemos melhores dias porque estes são turvos e incertos.

Cumprimentos

Nini disse...

Só estes políticos é que não viram/veem que austeridade leva a menos consumo, menos IRS e IVA, menos economia e a mais pobreza.

"Não somos a Grécia", dizem.
Não, não somos, mas temos o mesmo receituário e estamos a ficar como eles.
Abraço solidário

Clara Luxo Correia disse...

Como a compreendo...dou comigo muitas vezes a pensar que não deveria ter estudado economia ou que não percebi nada do que estudei. (Sou economista há 20 anos). Ontem, depois de escutar o Primeiro-Ministro fiquei verdadeiramente irritada. É horrivel ser governada por alguém a quem não reconheço nenhuma competência e muito menos "estaleca" para exercer o cargo. Aquilo em que eu não acredito...que as novas medidas de austeridade ontem anunciadas fomentem a criação de emprego. A consequência destas será uma maior queda da procura interna o que provocará que as empresas vendam menos para além de uma previsivel redução da receita fiscal. Na melhor das hipoteses estas empresas manterão os actuais postos de trabalho ( o que eu dúvido). Para além disso estas novas medidas irão aumentar ainda mais as desigualdades existentes no nosso pais. O senhor que falou ontem ao pais é o mesmo que na festa de verão do seu partido anunciou o final da recessão para o próximo ano?! (Faço parte daquele conjunto de portugueses que consideraram aquelas declarações patéticas). Alguém está a "brincar" com o povo português e somos já muitos a não gostar do que se está a passar com as nossas vidas...

Anónimo disse...

Não é só classe média. Um trabalhador que ganha 485,00 e que vai passar a descontar 87.30 Euros quando descontava 53.35 que classe é esta? Levava para casa 431.65 e vai passar a levar apenas 397.70. Mas o que é isto, em nome de que valores ou de que utopias?.
A Receita fiscal desce sempre cada vez mais e não vai parar devido ao aumento dos impostos. Ignorantes desta realidade continuam a lavrar no mesmo erro mas não havia vozes do governo que se opunham a mais aumento de impostos? Onde param eles agora? e a coisa vai-se agravar com a mudança dos novos escalões do IRS de que já se fala.
Obrigado por esta oportunidade.
JC

António Pedro Pereira disse...

A propósito da comunicação ao país feita ontem pelo primeiro-ministro Passos Coelho, o constitucionalista Jorge Miranda disse:
«Quanto aos rendimentos de capital e de riqueza apenas disse que iria fazer alguma coisa, mas não especificou».
Considera J. Miranda que o Tribunal Constitucional vai analisar a constitucionalidade das medidas anunciadas ontem à noite pelo primeiro-ministro. O professor e constitucionalista acrescenta que, na sua opinião, «os novos cortes anunciados continuam a violar o “princípio da equidade”.
Quanto aos rendimentos de trabalho, o primeiro-ministro foi relativamente preciso no que pretende fazer. Pelo contrário, quanto aos rendimentos de capital e de riqueza apenas disse que iria fazer alguma coisa, mas não especificou, por isso, temo que por aí a equidade não venha a ser respeitada».
A situação acabará no Tribunal Constitucional, considera Jorge Miranda. «O tratamento desigual dos pensionistas em relação aos trabalhadores no activo, parece-me que fere claramente o princípio da equidade. Acho que mais cedo ou mais tarde terá de voltar ao Tribunal Constitucional.»
In Rádio Renascença

Maria disse...

Tem toda a razão. Palavras, só palavras. Palavras ocas, loucas, sem sentido para ninguém.
É preciso dizer: BASTA! mas quem vai resolver tanto disparate?
Se a situação se resolvesse com palavras, havia muita gente. Falam todos muito. Mas precisamos de actos e soluções. Quem temos para actuar e reagir?
É esse o maior problema.
Parabéns pela sua coragem.
Abraço grande
Maria

Maria disse...

Olá Drª Helena!
Concordo inteiramente consigo. Para mim é uma vergonha o que está a acontecer. Tinha 16 para 17 anos quando se deu o 25 de Abril e... quantos sonhos... completamente "destruídos",por estes políticos (???). Só houve um em quem nunca me arrependo de ter votado: Sá Carneiro! Mas era outra "casta", que já não há e os que ainda existem não querem ir para a política ativa. Por que será?...
Penso que se fossemos um povo bem informado ninguém, mas ninguém, votaria mais e então é que era engraçado ver como iriam resolver a questão... Mas é pura utopia!...Contudo, com o meu voto mais nenhum irá para o poder. Já votei o que tinha a votar...Não acredito em nenhum! Mas nenhum, mesmo.
Sinceramente, considero que o povo com tudo isto está tão "anestesiado" que nem poder de reação consegue ter. Que Deus nos guarde a todos e aos nossos filhos.
Que Deus nos proteja!
Um beijo grande para uma grande SENHORA.
Maria

Jéssica Barreira disse...

Gostei tanto que o partilhei no meu facebook, importa-se?

Beijinho

administrator disse...

Somos um povo do século XIX.
Mas gostamos dos BMWs do século XXI.
São muito giros, pá!
Aderentes aos favores de sua magestade e dos seus acólitos,
somos, profundamente do tempo da monarquia.
Nunca aprendemos nada,
nem com a revolução francesa, que era dos outros,
nem com o 5 de outubro, que foi nosso,
nem com o 25 de abril, que devia ter sido nosso.
Foi boa a festa, pá, mas ficámo-nos com as canções.
Por sinal muito lindas e escritas por gente que quiz mudar a sério.
Mas nós, na realidade, não quizemos.
E é pena.
Tenho muita pena.
Será que ainda não queremos?
Oxalá a era do "foi boa a festa, pá" tenha acabado,
oxalá passemos às vozes do Grândola vila morena...
e recordemos a rima.

Teresa disse...

Já ouvi imensos comentários de Economistas, comentadores etc; todos dizem o que a Sra. diz (e a maior parte até são da cor do governo),e pergunto: mas afinal em que PAÍS VIVE O NOSSO PRIMEIRO MINISTRO ???? MEDO!!!

sandrine disse...

... No seu ultimo livro diz que vai ajudar o povo como cozinhar com 4centos e qualquer coisa de € ... Força no Mac! Está a tornar-se pavoroso! Um cenário muito mau!

Beijos

Mateso disse...

Governar é um exercício de humildade perante um povo eleitor, governar é saber dar a uma geração pensando, ainda ,em otimiar a geração vindoura, governar é saber orientar as expectativas do povo de forma a torná-lo maior e forte, governar é um compromisso de ideias sobre atos verdadeiros, governar é, sim, amar um povo, fazê-lo crescer, dar-lhe a esperança do hoje na mira de um amanhã sereno.
Governar não é acusar castigando quem não errou, não é pisar quem não caiu,não é matar quem luta por estar vivo.
Os meus parabéns pela sua análise frontal. Bem Haja.

tuxa disse...

O primeiro ministro ao lançar este imposto apenas irá beneficiar o patronato e em especial os exportadores. Com estas medidas, o comércio e serviços irão perder mais consumidores e o numero de pobres será ainda maior. Como diria um velho amigo: "Cada tiro, cada melro."

Anónimo disse...

Cara Amiga Helena, desta vez estou mesmo boquiaberto. Já calculava que os actuais governantes sofrem de um défice de experiência de vida, mas não tanto. As últimas declarações do PM são preocupantes. Numa 6ª. feira à noite surge, com ar maroto de vingança sobre o Tribunal Constitucional, a anunciar que o regime fiscal ou da segurança social vai ser ainda pior do que o deste ano. Acaso o Governo, que apesar de tudo foi eleito, tem a noção do que é o Direito, a equidade e o bom-senso? Após esta chamada comunicação, com ar compungido, o PM vai para um teatro ver um espectáculo revivalista (o que não tem mal, não fora a reportagem...) onde parece que trauteia umas canções do seu agrado, com ar muito animado. Logo de seguida, emerge nessa coisa do Facebook, o brinquedo predilecto dos políticos de topo em Portugal, para se dirigir ao POVO, tratando-o por Amigos!!! Amigo de quem, de quantos? Invocando a sua qualidade de pai, a que propósito? Assina com o nome próprio como se fosse íntimo de todos nós... Num País de população envelhecida, não acha despropositado? Basta de marketing barato, para tentar reparar os muitos danos, que já não são apenas colaterais. Pense que está a lidar com milhões de cidadãos, na vida activa e não fácil ou que estão na chamada terceira idade, sendo estes considerados como um empecilho para o Governo, nós sabemos, apesar de terem tido uma vida de dezenas de anos de trabalho com contribuições/impostos pagos integralmente.
José Honorato Ferreira

Helena Sacadura Cabral disse...

Caro Anónimo das 02:06
Tem toda a razão. Toda.

Helena Sacadura Cabral disse...

Caro José Honorato
Calculas qual o meu estado de espírito que não deve andar longe do teu.
Terão valido a pena os anos em que nos esforçámos por ser honestos e não roubar nada a ninguém?!

(c) P.A.S. Pedro Almeida Sande disse...

Como gestor arrepio-me cada vez mais. Um dos aspectos mais lamentáveis no modo de fazer economia no governo de Passos Coelho é a sua total incompetência e do bluff (pelo desconhecimento do país que produz) que é Vítor Gaspar.
Portugal não deve entrar em deflação para tentar cumprir o défice público ou fiscal.
Se Passos quiser alterar a situação de uma espiral recessiva sem fim à vista deve fazer o inverso. E não se esquecer como "economista" que as expectativas e a fidúcia são um dos mais importantes instrumentos do crescimento económico. Sem ele, não há economia!
Não mais despesa pública, mas tentar preservar os sectores dos pequenos negócios que não tem nem influência no défice público, nem no défice externo. Esses sectores são os dos serviços às pessoas feitos por agentes económicos nacionais que contribuirão via IVA e IRS para contrariar o défice público, como: a formação, os serviços culturais, a restauração,...
Destruir por falta de mercado interno nestas áreas, serviços como a restauração e todos os serviços como a cultura, a formação, só destrói e promove o défice via menos receita fiscal e aumento da despesa social…
Há serviços que têm uma enorme capacidade de manutenção de emprego e que não afectam os dois mais importantes desequilíbrios nacionais: o défice público e o défice externo.

São, no entanto, muito sensíveis ao aumento dos impostos; quando Passos aumentou o IVA destes serviços deu um tiro no pé das receitas fiscais e no rendimento nacional.
ERRO CRASSO! AVISÁMO-LO!
Mas só alguns têm capacidade de ouvir, mais do que se querer fazer ouvido! A verdadeira inteligência está em saber ouvir bem, para poder tomar decisões que englobem todos!

Neste momento penso que só há uma maneira de nos fazermos ouvir (numa democracia que não ouve os seus representantes).
Exigir a não subida da TSU para quem trabalha e o olho por olho, dente por dente: retirarmos todo o dinheiro da banca se estas medidas avançarem, fazendo colapsar o sistema bancário com a nacionalização subsequente.


Anónimo disse...

D. Helena,

Je suis vraiment désolée …

Lendo-a a si, reforça ainda mais a ideia que tenho de que este país só entraria nos eixos com uma mulher. Mas uma mulher a sério, não uma coquetesinha, sem experiência da vida vida, mais vaidosa por se destacar entre as demais do seu género, do que orgulhosa e decidida a mostrar ao mundo de que fibra somos feitos.

Cumprimentos,
Cláudia

DD disse...

Cara Dr.ª Helena,
Desde do final de sexta-feira que tento encontrar uma explicação para a comunicação do PM mas todas as que encontro aumentam ainda mais o desprezo e a raiva pelo mesmo e por aqueles que o estão a assessorar (incluindo pessoas que forma dispensadas de cargos internacionais por incompetência).
O pior de tudo é perceber que já não vale a pena acreditar.

Agulheta disse...

Amiga Dra.Helena.O primeiro ministro já nos habituou a sua falta de senso a algum tempo.Pela forma mordaz com que diz as palavras,pensando que o povo que trabalha é um menino que anda no "regabofe"devia ter vergonha de todas as mentiras que deita pela boca fora.Sei que temos crise,tem toda a Europa infelizmente,mas esta não é a forma de tratar as pessoas.
Abraço de amizade

Maria disse...

O povo elegeu o Senhor Mário Monti? Porque temos nós de aguentar estes politicos impreparados, que batem no mesmo,pensado que somos tontos? E as tais gorduras de que tanto falava o PM? Já emagreceram? A oposição está onde? Francamente!!!! Não se admite tamanha falta de respeito. Cumprimentos Dra.Helena. Carmen

Paula disse...

Certamente como a grande maioria dos portugueses, sinto-me muito, muito desiludida com este Governo, no qual nem sequer votei. Tenho vergonha deste Primeiro Ministro, e tenho também uma receita para ele que o faria perceber o que é a vida real da maior parte dos portugueses: pô-lo a viver apenas com o ordenado mínimo, deduzido da TSU que preconiza, sem acesso a qualquer outra verba, a governar uma família de 4 pessoas, durante pelo menos um ano inteiro.
Penso que seria o suficiente para o fazer mudar de estratégia.

Paula.

Blondewithaphd disse...

"Governar é atenuar desigualdades" - a melhor frase que li nos últimos tempos no meio do barulho político em que vivemos. Obrigada.

patricio branco disse...

dou por mim a sentir asco por pessoas, obras e actos. e discursos hipocritas.

Maria disse...

Plenamente de acordo! As gentes da nossa terra, comeste tipo de situações, vão perder por completo a confiança na classe política...e aí não sei o que vai acontecer!

Anónimo disse...

Cavaco avisou do Monstro; Manuela Ferreira Leite avisou da falência do Estado; um Ministro da Economia afrontou o exilado e foi despedido, João César das Neves avisou do caminho que levávamos, muitos outros avisaram do caminho péssimo. Manuel foi apelidada de bruxa, de velha de tudo o que era insulto, eram bota-abaixistas, velhos do Restelo, etc.

Vivia-se à rica: as PPPs eram assinadas sem possibilidade de renegociação, as energias renováveis eram um must embora custassem 4 a 6 vezes o preço com origem noutras fontes, milhares de postos de carregamento de carros eléctricos foram instalados sem carros eléctricos, o parque escolar remodelou escolas que não conseguem pagar o ar condicionado que se tornou necessário nem a água para sofisticados sistemas de rega, os Magalhães foram dados às centenas de milhares arruinando o pequeno comerciante na área de informática, cada tenda para um breve inauguração de 2 km de estrada custava 10 a 30 000 euros, eram os quadros interactivos agora encostados nas escolas, eram cartões de crédito a 10000 euros mês, eram deputadas da AR a viver em Paris viajando à custa do Estado, era quase 1 milhão de euros por um café com um futebolista mediático, eram aeroportos como o da OTA, o de Beja, eram TGVs era a fumaça das causas fracturantes eram uma festa permanente.

Fechou-se o crédito, o BCP foi sugado a comprar dívida pública, o Banco de Ricardo Salgado fez o mesmo... esgotou-se. É de aguentar pois o dinheiro da Troika é necessário ou isto fecha tudo.

As facturas chegam sempre ... elas estão aí e há que aprender com os factos. Muitos não terão inteligência para perceber sequer o que aconteceu .. é pena.

Anónimo disse...

Drª Helena Sacadura Cabral concordo plenamente com as suas palavras e digo por bem menos mataram o Rei D.Carlos

Anónimo disse...

D. Helena,

permita-me que eu diga que este último comentário, do dia 11/09, pelas 22h46, é um excelente resumo dos últimos anos e do trajecto que nos trouxe até aqui.

Não que sirva de muito estarmos sempre a referir isto, porque o que importa por ora seria resolver com empenho e coragem o problema que temos em maos, mas seria bom que os portugueses não se esquecessem de como aqui chegamos.

E como, eventualmente, seria fundamental para o nosso futuro estes criminosos serão julgados e punidos por tanto acto de má fé.

Cumprimentos,
Cláudia

Sara disse...

Olá Helena, é a primeira vez que comento este blog, no entanto sou uma seguidora assídua destes textos que a senhora publica. Eu sou a Sara e tenho 21 anos. Ontem li um texto que foi partilhado por um amigo no facebook. Achei um texto bastante profundo, que reflete a visão de muitos portugueses perante a situação gravosa que estamos a viver. Decidi partilhar consigo(o texto encontra-se no link abaixo).

http://domingosamaral.com/32021.html

Cumprimentos.
Sara.

VMoreira disse...

Dra. Helena Sacadura Cabral, quero agradecer-lhe a frontalidade com que teceu este seu comentário. Sigo com mais ou menos assiduidade os seus comentários, e este deixou-me mais crente de há pessoas de bem neste País, onde por infelicidade temos ao leme do destino do País gente tão incompetente e imoral. Peço a Deus que os castigue exemplarmente, e que ilumine quem lhes suceder no comando da Nação Portuguesa. Obrigado. Bem haja!