quarta-feira, 6 de junho de 2012

Cartas, quem as não tem?

Um post do meu amigo Paulo Abreu Lima está, hoje, na origem deste meu.
Ele defende no seu Assim na Terra com no Céu - assimterraceu.blogspot.pt - que devemos guardar as cartas que consideramos importantes. Eu não, mas durante muito tempo pensei como ele. Explico-me.
As cartas são bocados de nós e contam histórias de um tempo que passou. O seu valor reside no olhar de quem as recebeu e naquele de quem as escreveu. Deixa-las cá ficar, significa que outros olhares se debruçarão, impiamente, sobre elas. E, a mim, isso passou a desagradar-me.
Neste momento, ando a preparar-me para queimar as cartas que, ao longo da sua vida, o meu filho Miguel me enviou e que contam um amor que é nosso e só nosso. Admitir que, um dia, alguém que não eu ou ele, as leriam, é impensável.
Depois hei-de abalançar-me a outras missivas que conservei e que não quero nem devo partilhar com quem cá fica. Todas elas tiveram um tempo, que foi meu. E que guardei, na ilusão de que o tempo também se guarda. Não é verdade!

HSC

35 comentários:

Anónimo disse...

Que bela reflexão, Drª Helena.

No meu caso e no seu também, poderá acrescentar-se "e-mails quem os não tem". Mas a sua reflexão é deveras interessante e superior.

De facto, as cartas são efémeras... de que servirão belas e elaboradas cartas de amor vindas ou trocadas entre aqueles cujo amor se esvaneceu. Se dilui com o tempo. E o que é bom nas cartas que se recebem e nas que se escrevem também é o sentimento que nelas se depões (seja ao enviar ou ao receber). Também não costumo guardar cartas, à exceção dos postais que um amigo me custa oferecer em ocasiões especiais: esses sim, guardo-os com todo o carinho julgo que pelo medo de que "parta", de que Deus o chame à sua presença e eu já não possa vislumbrar o brilho os seus olhos verdes.

E a propósito dele, se ele estivesse aqui ao meu lado agora diria para acrescentar o seguinte

<< É como diz o meu Principezinho: "Só se vê bem com o coração!">>

Silenciosamente ouvindo... disse...

Concordo plenamente consigo.Durante
40 anos mantive uma relação de amizade com uma pessoa(mulher)
e porque ela residia a 300 e tal
quilómetros de mim, e nesse tempo
não havia a Internet(apareceu já
no final do n/contacto) escrevíamos
uma carta todos os dias uma à outra.
Ela casou, eu casei, ela teve filhos,
eu não tive, mas íamos sempre escrevendo a tal carta...depois de um momento para o outro, ela resolveu pura e simplesmente acabar
com o contacto, quando ele já era mais fácil, havia a Internet...
Por isso, eu sei o que é ter cartas
e concordo consigo, eu também não
gostaria que alguém as lesse, por isso as rasguei. Há ainda as fotos,
e ainda não tive coragem para as
rasgar...um dia possivelmente o farei.
Beijinhos
Irene

Inês Galvão disse...

Não a conheço mas tenho pena. Agradeço-lhe a ajuda que me oferece quando leio os seus textos, têm alma.
O tempo não se guarda, guardam-se as memórias em nós e nós temos um tempo que acaba.
Um abraço
Inês Galvão

Tétisq disse...

Não sei se se trata de uma questão de avanço temporal ou recuo do contacto humano, mas, a verdade é que não as tenho...alguns emails e sms, mas não são a mesma coisa.
Gostava de ter cartas e guardar fragmentos de tempo, só para mim!*

Isabel Mouzinho disse...

Nunca tinha pensado nisto a fundo e, de uma maneira geral, tenho tendência para guardar as coisas de que gosto. Mas acho que tem razão. O tempo não se guarda e certas coisas e/ou palavras devem ser exclusivamente das pessoas a quem dizem respeito.
Beijinho
Isabel Mouzinho

Anónimo disse...

Cada um faz com as cartas importantes da sua vida aquilo que quer.
Sempre tive tendencia a deitar tudo fora mas ainda bem que existem pessoas com uma personalidade diferenta da minha. A eles devemos museus e conhecimentos sobre o passado pois guardam objectos e cartas.
Lena Lara

Anónimo disse...

Ora, finalmente encointro alguem q pensa como eu.
eu, vou mais longe pois vou aos postais e ás fotos.
Penso q o mais importante fica na nossa mente para o sempre ... uma imagem, uma frase, um texto, etc....

CC

Unknown disse...

Está linda esta reflexão! Mas...Permita-me acrescentar o seguinte:sendo verdade o que diz,também é de alguma forma dar um fim àquele contacto sempre à mão, àquela volúpia renovada a cada desdobrar do papel, a caligrafia (?) inimitável, até o cheiro que se desprende... Não são as cartas importantes a presença possível daqueles que não podemos ter?

Lara disse...

Os unicos postais ou cartas que guardo são de ocasiões especiais enviados por amigos e familiares que são os meus pilares.
E ouve certas cartas que ja foram rasgadas de alguns familiares que ja não estão entre nós, mas sei de cor cada carta,cada palavra e cada linha que escreveu.

Beijinho

Anónimo disse...

Estou inteiramente de acordo com o excelente Paulo Abreu Lima. Embora compreenda as suas (HSC) razões, aqui expostas. Não guardo muitas, mas algumas. Por razões várias. Por exemplo, tenho a felicidade de ter ainda meu pais vivos e tenho cartas e postais deles que me foram enviadas em tempos e que guardo para as reler um dia quando deixarem de estar presentes. Tais como as de meus avós. Ainda hoje as releio, ocasionalmente, com um carinho (e saudade) imenso. E postais de meus filhos! Extraordinário, mas é verdade. Hoje, esta juventude perdeu-se com a Net, o Face-Book (!!), etc, mas meus filhos, quando estão fora, sobretudo a viverem fora, como tem sucedido, já me (nos) enviaram postais! Que guardarei.
E de amigos e de outros familiares, etc. Outro dia, numa daquelas cenas caseiras de querer reencontrar coisas e rearuma-las com mais ordem, redescobri uma série de cartas que tinha guardado, de todos os que aqui menciono e foi com enorme deleite e saudade que reli muitas dessas cartas (e postais).
Já quanto ao depois, ou seja, se as devo destruir ou conservar para quando eu também partir deste Mundo, não sei bem, mas de momento continuo de opinião de que as devo por cá deixar.
Mas, sublinho uma vez mais, compreendo muito bem as razões que assistem à ilustre autora deste não menos ilustre Blogue, para as querer destruir.
P.Rufino

Pôr do Sol disse...

Rasguei muitas cartas que só diziam respeito a dois.

Tratando-se de cartas de um filho com descendentes, eu não as queimaria, são um legado de amor.

A cada cabeça/coração....

Maria disse...

Querida Helena:
Chorei a lê-la. Tenho a mania de guardar cartas. Tenho cartas com 100 anos, dadas pela minha avó, cartas de meus pais, dos meus irmãos, dos filhos e, uma caixa de madeira, cheia de cartas minhas e de meu marido. Essa caixa, já esteve cheia com as cartas de amor de meus pais. No dia em que fiz 25 anos, ela já estava muito mal. Queimaram as cartas e deram-me a caixa.Eu meti-lhe dentro as minhas e do meu marido. Um dia destes, minha querida, vou queimar as cartas e a caixa. Os meus filhos, não têm cartas de amor. Os Emails e SMS, não se metem em caixas. Sofro de pensar, que vou queimar a minha história de amor, mas não quero que ninguém mais as leia. Afinal, "Todas as cartas de amor são ridículas. Se não fossem, não seriam cartas de amor". Só devem ser lidas, por quem as escreveu e quem as recebeu.
Beijinho
Maria

patricio branco disse...

eu hoje penso ao contrario, que as cartas são para guardar, peças biograficas de valor duma pessoa ou de 2, e muitas vezes com valor literário, alem de documental.
atrevo-me a dizer, não destrua, é deixá-las fechadas, depositar num arquivo com permissão de futuro estudo, entregar á geração futura, etc
em inglaterra e outros paises, ao contrario de portugal, publicar as cartas de personalidades, politicos, artistas, escritores, é de regra, ainda ontem passei pela fnac e vi 2 ou 3 compilações de cartas, de churchill, de samuel becket.
não, as cartas são documentos interessantíssimos e valiosos. as de miguel portas devem ser por várias razões. é deixá las fechadas e guardadas, arquivadas.
mas quem fala nunca seguiu, infelizmente, vejo agora, o que agora está a defender e aconselhar.

marta duarte disse...

Drª Helena
Penso exatamente assim,já fiz a minha "queima" o que é meu de coraçao só a mim perteceu.
Nao vim aqui só para lhe dizer que tb assim penso,venho dizer-lhe com toda a admiraçao possivel...

A SENHORA É UMA SENHORA!!!!
Obrigada

Jéssica Barreira disse...

Quando li este seu texto lembrei-me do célebre poema cantado pela Amália que diz :

"O passado não deve nunca ser guardado, quer em cada momento se viva um lamento ou um sorriso fugaz. Pois mais tarde numa carta esquecida encontramos a vida, que já ficou pra trás."

E é mesmo isso. As cartas são a dois, não são públicas! E assim sendo não há motivos para as guardar. Nunca sabemos o que a vida nos reserva e por quem vão ser lidas...

Rasgar o passado não significa esquecê-lo, fingir que não existiu. Rasgar o passado significa que vivemos, aprendemos, quebramos etapas e sobretudo amadurecemos.

Isabel Seixas disse...

Gostei imenso de ler o seu destilar de emoções, é como quem faz paciências para deixar fluir o amor e faça o que fizerlançará sempre mais uma semente nessa relação indivisivel que nem o tempo ou seus cordeis podem desatar.
Abraço amigo

Raúl Mesquita disse...

Eu não sou capaz de queimar o passado, Cara Helena. Se calhar, faço pior, se calhar faço o que é melhor para mim, não sei. Tenho dúvidas. A minha vida, nesta idade, ainda está cheia delas. Admiro a sua determinação.

Raúl.

Agulheta disse...

Dr.ª Helena,linda esta reflexão de amor no fundo.Realmente as cartas são um pedaço de nós,é algo tão profundo e tão nosso que nunca gostaria de partilhar,as minhas e do meu marido estão numa caixa,quem partir primeiro decidirá o que fazer.Deixe que a abrace pelo amor incondicional que tem pelo Miguel como mãe,ele como pessoa boa que era deve onde estar viver feliz,era um ser extraordinário sem dúvida.
Beijinho

Paulo Abreu e Lima disse...

Amiga Helena,

Antes de mais, permita que lhe agradeça a referência e que me dirija ao Ilustre P.Rufino, cumprimentando-o e saudando-o com efusão.

Conforme já tive ocasião de lhe dizer, não tenho opinião definitiva sobre esta questão e guardo com imensa consideração o seu conselho avisado. Mas, desanuviando, já vi que não vai facilitar trabalho de (muitos) futuros historiadores, nem de nenhuma biografia autorizada... :) Deixo ainda uma pergunda´em jeito de doce provocação: não leu nenhuma carta quando escreveu o excelente "As nove magníficas"...?

Abreijos,
paulo

Anónimo disse...

Eu guardava as cartas. Para além dos aspectos pessoais há muitos outros aspectos que fazem a nossa História e isso não se aventa nunca. É património cultural que fica para reflexão futura. Hoje encanto-me quando encontro 1 simples bilhete de elétrico de 1968 deixado por acaso no meio de um livro. Que pena todos os bilhetes que deitei fora. Hoje fariam a delícia dos meus netos e falariam melhor do meu tempo que todas as minhas palavras. Veja como os amantes de Fernando Pessoa procuram até bocados de guardanapo onde ele apontava coisas.
Já percebi que as mulheres são mais dadas a um certo desprendimento para com o passado. Já dei comigo no contentor da rua à procura de coisas soltas que a minha mulher na sua boa-fé deitou fora porque para ela era só lixo, contudo não era. Era muito mais.
Eu guardarias as cartas sobretudo por serem do Miguel.
JCM

Alcipe disse...

Não faça isso.

Com amizade

a) Alcipe

Anónimo disse...

Drª. Helena,

O seu texto fez-me reflectir e de facto agora que penso nisso, sempre destrui as cartas das pessoas que fizeram parte da minha vida mas que de uma forma ou outra saíram.
Conservo as do meu marido algumas delas com pétalas das rosas que acompanhavam as cartas.
Reparei com esta reflexão, que as cartas que rasguei foi as das pessoas que deixei de gostar ou que me magoaram.
As do meu marido, penso que não vão interessar aos meus filhos, mas ainda são minhas! Guardo-as como gosto de guardar o primeiro desenho deles, o primeiro bilhetinho, etc. Raramente as leio, mas gosto quando abro a gaveta de ler as cartas daquele que ao fim de 25 anos ainda me dá a mão quando dormimos.

Um abraço e obrigada pelos seus texto

FL

Anónimo disse...

Luísa Barbosa disse...
Muito obrigada pelo conselho. Ando a hesitar há anos em fazer o mesmo. O olhar dos outros sobre as nossas almas também não me agrada. Muito menos o julgamento que daí adviria. Poderiam os vindouros fazer prosa e romance à volta disso, mas de que serviria? Tentamos guardar o tempo, sim, é esse o desígnio quando, tremendo, escondemos algures uma cartinha de amor, mais amada a dita que o resto. O tempo prova-nos essa inutilidade ! Vou abalançar-me, ó se vou ! Grata.
Abraço
Luísa Barbosa

Jéssica Barreira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

As nossas cartas, recados, conquistas, ...fotos são o nosso registo na vida. O seu filho tem filhos e a senhora tem netos. Eles querem conhece-los, como tal deixe-se conhecer, por dentro também, não apenas como os outros que a rodearam na vida, a vão dar a conhecer.Vai haver um tempo em que eles querem rever, quando tiverem outras idades e outros olhos, as pessoas que eram os pais e avós. Conhecer as raízes ajuda a crescer e compreender como somos.

Maria Eduardo disse...

Dra. Helena,

Antes de mais quero dizer-lhe que a admiro muito e delicio-me com os artigos de opinião que publica nos seus blogues.

Este post tocou-me pessoalmente porque perdi a minha Mãe há pouco tempo e coube-me a missão de dar destino às recordações guardadas numa gaveta ao longo de quase um século. Encontrei lá memórias
diversas, postais, bilhetes, cartas e inclusive um caderno com a história de vida de meu pai.
Meu Pai quis deixar um testemunho do percurso da sua vida, ao longo dos tempos e minha Mãe guardou religiosamente esse rosário de amor, trabalho, ilusões e desilusões até partir também. Perante tal legado, questionei-me se teria o direito de destruir um espólio de memórias num minuto, tendo ele permanecido intacto, quase um século, naquela gaveta? Achei que não tinha esse direito e ... não fui capaz!...
E meditei... se conservamos tantos objectos pessoais que pertenceram aos nossos progenitores, porque não
guardar as suas próprias memórias ?
Decidi reunir tudo num álbum físico para os meus sobrinhos-netos mais tarde conhecerem como viveram os seus bisavós, no século passado, e como conseguiram adquirir o património confortável que lhes deixaram e em que eles vivem no presente... Ter orgulho do passado, no presente!...
Esse álbum terá o título: " Álbum de Memórias das Memórias dos Meus Queridos Bisavós".

Vou continuar a deliciar-me com os seus artigos. Obrigada Dra. Helena e bem haja por partilhar estes momentos de meditação...

E se me permite, gostaria de relembrar aqui o Seu Filho Miguel, pessoa que muito admirei pelas suas extraordinárias qualidades e pelo Ser Humano que foi!
maria eduardo

Anónimo disse...

Agora percebo o que diz no texto...
Não esquecerei certamente, os momentinhos vividos hoje na Feira do Livro do Porto, na Avenida dos Aliados, foram escassos minutos mas pelo quais se pode dizer "Já valeu a pena viver..." ter a honra de estar assim perto de alguém como a senhora é... nem sei bem o quê! Uma honra imensa, uma dádiva indescritível que não se poderá nunca mais descrever por meio de palavras. O momento está cá e ficará bem gravado com certeza e cartas, se as houvesse, ou fotografias não teriam nunca palavras ou cor para transmitir o que senti.

Obrigada, um enorme abraço,
Vânia Batista

AEfetivamente disse...

Uma belíssima reflexão - e concordo com a decisão. As cartas são "nossas" e outros olhares não foram convidados. Excelente post.

Helena Sacadura Cabral disse...

Caros comentadores
Como se vê, a cada coração, sua batida.
Caro/a Anónimo das 09:08
O que o Miguel me escreveu dizia respeito à vida dele. Eram segredos seus que partilhava comigo e só comigo. Como filho.
Os filhos dele e meus netos devem vê-lo como um Pai e ter tido com ele a sua intimidade, que foi, certamente muito diferente daquela que teve comigo.
O que eu justamente não devo fazer é baralhar esses papeis.
O Miguel filho é uma pessoa. O Miguel pai é outra.
Por isso, eu nunca seria capaz de ler uma carta dele para os filhos...

Anónimo disse...

Eu nunca destruiria as cartas Dra! As memórias não são só nossas... Entrega-las-ia a alguém que as soubesse amar! Aos filhos, ao irmão, ao pai...

Um abraço cheio de ternura

Andrea P. disse...

Haverá alguma nova tecnologia que permita que as cartas se "dissolvam" no momento em que nós desaparecemos?

Entendo que as cartas (ou e-mails e sms) só fazem sentido para quem as escreve e para quem são dirigidas, mas só de imaginar que haveria de querer no futuro e em diversos momentos diferentes perder-me sozinha a ler as palavras e voltar a sentir tudo o que senti no momento que foram recebidas/escritas e não poder, sinto quase o desespero

sandrine disse...

Que caixa de segredos é maior que a Alma?! Um é assim, outro, assim é...
eu gosto do silêncio "tu" da canção
gosto do azul,"tu"cor-de-rosa
...
caixa de segredos é a minha Alma

Um passo...uma liberdade.."Aquilo em que Eu acredito"

Telma disse...

As palavras que escrevemos, são pedaços de nós que vão com elas e as que lemos pedaços de alguém que nos chegam.

Quando a palavra escrita e a palavra lida se encontram, há uma fusão que transcende a tudo que lhe é alheio.
Ainda assim, gosto de pensar que laços de letras irrepetíveis, únicos, como estes, podem perdurar sentimentos para além do tempo que nos existe (neste nosso "karma" de apenas sermos eternos noutro local que não este), ainda que lidas por outros olhos, tocadas por outras mãos e sentidas por outros sentidos.

Gosto muito da Dr.ª Helena e sei que tudo ponderou com a sua sensibilidade, e aqui em especial, com o afecto acrescido de Mãe do seu filho Miguel.

Apenas lhe digo, que o seu tempo de preparação contenha a serenidade necessária para agir no momento que sinta ser o certo, e que o fogo/luz que surgir das suas cartas, seja o símbolo de um Amor partilhado que não morre, e que até nas marcas vivas existentes em papel, só conseguiu "acender" o que mais vivo existe em vós.

Um abraço Dr.ª Helena.

Anónimo disse...

Dra Helena Sacadura

è muito bom ler o que escreve.è tão confortável como chegar ao fim de um dia de trabalho e descansar a cabeça num bom livro... Concordo com o que refere, de facto, as cartas são para ser lidas e guardadas no coração

cristina de sousa

Victoria Brown disse...

Gostei (:

Podes seguir de volta?