quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Clube de fãs!


Ontem, e depois de grande dificuldade em acertar uma data lá fui ao "5 para a meia noite" do Luis Felipe Borges em companhia do actor Nuno Melo. Tive sempre a noção de que aquele não seria um programa para mim, porque se destinava a gerações de gente muito mais nova. Mas lá fui.
Conversa puxa conversa - o tema filhos faz sempre parte - eis que o entrevistador me fala do meu clube de fãs. Olhei para ele como boi para palácio e julguei que ele se estava a meter comigo. Lá despachei a questão dizendo que não acreditava.
Mas a surpresa veio quando, no fim do programa, uma amiga me disse que era inteiramente verdade e que me mandaria o respectivo link para eu verificar.
Pois é mesmo verdadinha. Alguém deve ter entendido que eu merecia tal honra e vai daí deu início ao processo. Hoje fui ao Facebook ver se tudo não era uma grande "peta". Não era mesmo, e eu só não tinha conhecimento do facto porque raramente vou a esta rede social. Limito as visitas para quando tenho um novo livro para anunciar.
Fiquei muito envergonhada de ser o rosto de um movimento cuja existência eu desconhecia. Depois disto e de ter visto as coisas maravilhosas que dizem a meu respeito, os meus infantes que se cuidem. Com um "partidozito" à minha medida - falar frontalmente e sem rodeios -, ainda era capaz de lhes ganhar a corrida...

HSC

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Silly season



Também convém rir sem ser pelas aventuras tecnológicas. No momento, vamos rir-nos de mim.

1. A minha amiga Maggie dona do odestinomarcaahora.blogspot.com atribuíu-me o prémio acima

2. Vou redistribuí-lo por outros sete a saber
duas-ou-tres.blogspot.com
timtimnotibete.blogspot.com
arondadosdias.blogspot.com
odiplomata.blogs.sapo.pt
bombainteligente.blogs.sapo.pt
odestinomarcaahora.blogspot.com
a-casa-da-lapa.blogspot.com

3. Sete coisas pessoais de que gosto
gosto da família
gosto dos amigos
gosto de trabalhar
gosto de ler
gosto de ouvir música
gosto de silêncio
gosto do meu amor

4. Sete coisas que detesto
a mentira
a hipocrisia
a inveja
a tristeza
a estupidez
a política
a maledicêcia

E pronto aqui está a prova de que a silly season ainda não acabou e que eu alinho nela. Só podem ser os efeitos da Aple!

HSC

NOTA: detesto o número seis que é ambíguo e se confunde com o nove, que é aquele de que mais gosto. Portanto, escolhi o número sete. Também serve, calculo eu!

A primeira vez...


Na nossa vida há, por estranho que pareça, várias primeiras vezes. Tenho, ainda, a ingenuidade de lhes atribuir sempre um significado especial. Mas, para contrabalançar, sou "turra" e só desisto quando percebo que não tenho mesmo qualquer "chance" de ganhar. Como se pode calcular esta característica trouxe-me, ao longo da vida, grandes alegrias e algumas derrotas. Ou seja, fez-me!
Quando ataquei esta inovação tecnológica de que vos falei, o empregado olhou para mim e disse-me que, se quisesse, tinha a opção de trabalhar com o Windows no Mac. Porque a versão que o "bicho" trazia só era válida por, julgo, vinte e oito dias. Assim, se não me adaptasse, ao comprar a versão definitiva, poderia fazer uma escolha diferente.
O que ele me foi dizer?! Adoro desafios e ele acabara de me lançar um. Julgo que já terei chegado às vinte e quatro horas de labuta. Mas não desisti. O primeiro round está ganho!
Esta primeira vez foi difícil. Aliás, como tantas outras por que já passei. Mas julgo que estou a caminho da vitória porque, depois de um imenso esforço, venci o medo. E era este que me estava a condicionar e a fazer-me manter abertos os dois computadores. Hoje o velhinho tem estado fechado e eu sinto-me a ganhar terreno...

HSC

Nota: Se algum dos defensores do Mac souber dizer-me se há um manual sucinto para iniciados nesta nova ciência, por favor dê sugestões...

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Ganhar tempo e vida



Quando, de forma inesperada, somos confrontados com a doença daqueles que nos são queridos, por norma, tais acontecimentos fazem-nos repensar não só valores como prioridades.
Foi o que aconteceu comigo, quando um dos meus filhos adoeceu gravemente. Desde então, a minha necessidade de distinguir entre o essencial e o acessório tornou-se algo imprescindível e quase automatico. Com tal posicionamento passei também a ter a coragem de dizer “não”.
Lembrei-me disto a propósito do jantar a que fui no Domingo, em casa do Prof. Adriano Moreira. Foi uma noite tão interessante que quando cheguei a casa, tinha a sensação de me sentir mais rica, mais sabedora, mais tolerante.
De facto, há famílias e pessoas que têm o dom de fazer espoletar o que em nós existe de melhor.
Primeiro, a informalidade com que fui recebida, como se fizesse parte do clã. Depois, a qualidade da conversa que foi da política à história do mundo em que vivemos, numa troca de impressões em que cada um expôs os seus pontos de vista, mas em que nunca o tom das vozes sofreu alguma alteração. Enfim, um serão em que ganhei tempo e vida.
Já é coisa muito rara!

HSC

sábado, 27 de agosto de 2011

Devo estar louca...



Sexta-feira, decidi aplicar as reservas destinadas a quinze dias de férias tranquilas e fazer um outro tipo de investimento.Tratou-se aa renovação dos meus instrumentos de trabalho, que andavam a pregar-me várias partidas, muito possivelmente próprias da idade que os seus componentes já possuíam.
Aproveitando as chamadas promoções e a paciência imensa do meu irmão mais novo, do meu sobrinho e da minha cunhada - estou sempre com eles nestas aventuras - renovei totalmente o meu "parque tecnológico".
De uma assentada foi um Mac de secretária e um iPad. Falta-me ainda um Mac Air, um velho sonho sempre adiado. Mas hei-de lá chegar. Ou seja, no dia em que o homem forte desta empresa se afasta dela, por razões de saúde - a empresa que o rejeitou, mas que ele recriou-, eu resolvi dar uma mudança radical nos meus hábitos de pensar e de usar o computador.
Sim, porque qualquer semelhança entre o que agora tenho e o Pc com que sempre trabalhei é pura fantasia. Estivemos os três - eu, a cunhada e o sobrinho - até às duas da madrugada a transferir coisas de uma máquina para a outra. O que prova bem a simplicidade da questão.
E hoje, estou há quase duas horas, a tentar fazer o que antes demorava meia hora. Mas quando eu vencer todas as minhas dificuldades, o que vou poupar em revistas e jornais estrangeiros, vai acalmar-me a angústia que ainda tenho com o gasto que fiz...

HSC

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Para meditar e comparar

Um amigo meu, monárquico, que gosta sempre de testar o meu republicanismo, convencido que está que sabe o que eu penso sobre formas de governo enviou-me o mail cujo conteúdo transcrevo.. Desta vez sorri e resolvi partilhá-lo convosco.

"Quando José Dias Ferreira, bisavô de Manuela (Dias) Ferreira Leite, chegou a chefe do Governo em 1892, encontrou um país de "tanga", por força de elevados investimentos ferroviários e em estradas e portos. A dívida pública representava 81% do PIB e o défice orçamental era de 2%.
Juntamente com o Ministro da Fazenda - Oliveira Martins, tio-bisavô do actual presidente do Tribunal de Contas - tomou medidas drásticas: subida de impostos, corte até 20% dos vencimentos dos funcionários públicos, suspensão de admissões no Estado, paragem das grandes obras, saída do padrão-ouro e desvalorização cambial.
Durante dez anos, não foi possível recorrer a empréstimos no estrangeiro, dada a situação de bancarrota verificada.
O desenvolvimento das infra-estruturas no "fontismo" baseou-se num modelo que se pode considerar como a génese das parcerias público-privadas. Eram concessões dadas a particulares que, muitas vezes, garantiam um determinado rendimento ao investimento e, se este ficasse abaixo desta garantia, havia compensação do Estado

Em 1892 o rei D. Carlos doou 20% (!) da sua dotação anual para ajudar o Estado e o País a sair da crise criada pelo rotativismo dos partidos (nada de novo, portanto).
Se calhar foi por isso que, mais tarde, o mataram.
Não se pode consentir que alguém dê, num país onde é costume tirar...o melhor, se calhar, é ter cuidado!"


Outros tempos, outras vontades. Hoje uma dezena de ricos diz-se disposto a ter uma sobrecarga fiscal enquanto durar a crise. Aqui parece que só Joe Berardo se manifestou. É natural!

HSC

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A Imigração...


Participação dos estrangeiros no mercado de trabalho português


O embaixador luxemburguês em Lisboa, Paul Schmit, revelou ontem que 33 por cento dos desempregados no Luxemburgo são portugueses.
Há já algum tempo que penso no desemprego daqueles que saíram e que, por causa da globalização da crise, em determinada altura irão regressar ao país. Situação que terá reflexos não só no emprego nacional mas também no envio de remessas para a pátria.
Na verdade, com as dificuldades que assolam a Europa, este problema do retorno dos emigrantes menos qualificados irá agravar não só a nossa crise, como a tensão social que anda por aí ainda encapotada.
Também é certo que alguns imigrantes, em particular brasileiros, estão a retornar à terra mãe, mas, no cômputo geral, creio que o actual governo, vai, mais tarde ou mais cedo, ter de encarar estes movimentos migratórios e ter preparadas algumas soluções, dado que a Segurança Social também sofrerá as consequências dessa saída de contribuintes e da entrada de nacionais desempregados.
Enfim, governar é, na actualidade, sobretudo prever. Para poder actuar atempadamente. Oxalá ninguem se esqueça disto!

HSC

Telomerização: as novas possibilidades

Porque me pareceu que o livro de Rui Zambujal levou algumas pessoas a compará-lo com algo semelhante ao "Segredo", seguem-se as palavras do próprio autor sobre a matéria de que se vem ocupando e que talvez iluminem as dúvidas de certos comentadores. Transcrevo assim o post colocado ontém no seu blogue telomerize.blogspot.com

"No princípio de Maio de 2011, o Prof. João Gonçalves, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, foi notícia porque ganhou um financiamento da Fundação Bill e Melinda Gates para investigar uma nova forma de combater a SIDA.
A técnica proposta pelo Prof. Gonçalves é relativamente complexa, mas o que nos interessa é que inclui uma metodologia para o transporte de grandes moléculas para o interior das células. Ora, transportar macromoléculas como a telomerase para o núcleo celular é justamente o que nos interessa. Esta tecnologia é absolutamente crucial para o nosso futuro.
Pouco depois de a notícia sair contactei o Professor, que inicialmente teve uma reacção muito positiva. Contudo, essa primeira impressão não se desenvolveu, e eu continuei as minhas pesquisas.
E eis o que descobri.
Já se produz comercialmente telomerase humana (e de roedores). Para ver uma selecção de empresas a trabalhar neste campo vá a http://www.biocompare.co.uk/ProductListings/16563/Biomolecule.html?s=telomerase , onde pode ver que já há diversas companhias a produzir telomerase (sob diversas designações, desde “Human Telomerase” até “TERT”). É uma área que parece estar a despertar grande interesse, e por esse lado não creio que houvesse grandes dificuldades.
E quanto ao transporte da telomerase para o sítio onde ela deverá actuar?
Quando soube dos empreendimentos do Prof. João Gonçalves, pensava que a técnica das nanopartículas (que é a metologia que é necessário dominar para se fazerem chegar macromoléculas ao interior das células) era uma técnica de ponta, praticada apenas nos laboratórios mais sofisticados. Estava enganado.
Umas semanas depois descobri que em Espanha uma muito pequena empresa situada numa pequena cidade de Navarra, a BioNanoPlus (www.bionanoplus.com ) já oferece tecnologia capaz de transportar proteínas (ou seja, a telomerase) para o interior das células. Se uma empresa tão pequena com a BioNanoPlus, numa região remota de Espanha, já propõe esta tecnologia, de que é que estamos à espera?
De ficar velhos?
Além disso, há um último “pormenor”, que é o seguinte: a telomerase é uma substância natural, cuja produção e comercialização está dependente de um ambiente regulatório muito menos exigente que moléculas artificiais. Estas últimas necessitam de extensos teste de toxicologia e eficácia, que não se aplicam às moléculas naturais. O que quer dizer que está tudo a nosso favor.
No meu livro 2009-2049: Quarenta Anos de Montanha Russa faço no capítulo 2 algumas propostas de experiências que nos poderiam fazer avançar consideravelmente no nosso conhecimento. As principais têm a ver com um peixe que vive apenas 13 semanas, o Nothobranchius furzeri. Este peixe, que obviamente é um vertebrado como o Homem e por isso tem a mesma sequencia de nucleótidos nos telómeros (os relógios biológicos das células) seria um veículo ideal para se tentarem obter extensões significativas do tempo de vida. Imaginem se conseguíssemos que o peixe que vive apenas treze semanas vivesse dois anos… ou vinte.
Além disso, há uma outra experiência muito mais simples, e com resultados quase imediatos: dar telomerase a ratos envelhecidos para ver se se consegue o mesmo resultado que o que Ronald DePinho obteve em Harvard: um rejuvenescimento radical dos animais.
O envelhecimento é, como qualquer médico pode confirmar, um processo de decadência que pode ser extremamente violento. Abrem-se-nos agora grandes possibilidades. A não ser que estejamos à espera de ficar velhos..."


HSC

sábado, 20 de agosto de 2011

Saiba como e porquê



Rui Zambujal é biólogo e também escritor. Nasceu em Lisboa em Novembro de 1963 e desde muito novo que o envelhecimento das pessoas o intrigava muito. Daí que, desde a sua adolescência um de seus principais interesses fosse a biologia do envelhecimento.
Para Rui Zambujal a vida funciona como uma lâmpada de Aladino e os seus três desejos. Só que em lugar de estabelecermos prioridades na satisfação dos nossos pedidos, eles deviam ser sempre os mesmos: desejar, desejar, desejar. Ou seja, deveríamos pedir para ter sempre mais desejos, para ter vontades sem fim. Porque isso é que é vital. E o envelhecimento é justamente desejar cada vez menos.
Em tese é este o núcleo central à volta do qual a sua obra se desenvolve. O livro foi publicado na Amazon e chama-se

2009-2049: Quarenta Anos de Montanha Russa".

Acaba de ganhar o prémio de melhor e-book do New York Book Festival, o que é digno de registo, tratando-se de um autor português. Está à venda na Amazon.com, em

http://www.amazon.com/2009-2049-Forty-Roller-Coaster-ebook/dp/B004JN11QQ/ref=sr_1_4?ie=UTF8&qid=1313440332&sr=8-4"

Pode ler-se uma sinopse e uma curta biografia na página da editora. A capa é muito informativa, e constitui uma boa introdução ao conteúdo. Estão a ser preparadas traduções para espanhol e francês.

Eu li-o há cerca de dois meses com muito interesse. Não sou uma especialista mas percebi que, de facto uma coisa é nós envelhecermos e outra é percebermos "porque" e "como" isso funciona.

HSC

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Deveras surpreendente...

Na União Europeia os defensores do ITF - Imposto sobre as Transacções Financeiras - enaltecem as suas vantagens, nomeadamente:
1- As receitas anuais daquele imposto na Europa cifrar-se-iam em 200 mil milhões anuais.
A nível mundial, as previsões seriam de 650 mil milhões de dólares.
2- O Parlamento Europeu considera que ITF seria fácil de adaptar ao mercado europeu e sem grandes despesas.
3- Constituiria um travão à especulação porque aumentava a transparência dos mercados, limitaria as operações prejudiciais e contribuiria para a redução dos deficits públicos.
4- Aplicar-se-ia a todos os tipos de transacções para não estimular a deslocações de algumas para instrumentos menos transparentes.
Ou seja, Merkl e Sarkozy acabam por ser os arautos da implementação de uma medida que a esquerda sempre viu como uma necessidade. O mundo da política económica é, de facto, deveras surpreendente!

HSC

Não vai ser fácil...

A Europa começa a reagir às últimas propostas, aqui referidas, de Merkel e Sarkozy. As bolsas, já de si preocupadas com as notícias sobre a América, reagiram fortemente às medidas do eixo franco alemão, nomeadamente ao anúncio de que poderia vir a ser imposta uma taxa sobre as operações financeiras.
É, de algum modo, o retorno à célebre taxa de Tobin - cujo nome se deve ao Prémio Nobel da Economia James Tobin -, que a propôs nos princípios da década de 70 e que, entre nós, mereceu sempre a máxima simpatia por parte dos dirigentes do BE.
Recorde-se que os acordos há quinze anos subscritos pelos lideres europeus, estabeleciam no Pacto de Estabilidade e Crescimento, que o limite do deficit se situava nos 3% do PIB. Todavia, em consequência da crise, a maioria dos estados membros não cumpriram esse limite.
Neste momento, e em consequência de situações como a grega, para não falar de outras, a Europa no seu conjunto, considera vital recuperar a disciplina fiscal. Em particular a Alemanha e a França que agora anunciaram a sua intenção de retirar, a partir de 2014, os fundos estruturais aos membros do euro que não cumpram com o objectivo do deficit.
No fundo, o que os dois estadistas pretendem com as propostas de quarta feira, é que a Europa - e eles em particular - só apoiem os estados membros que tenham as suas contas públicas saneadas.
Estão claros os destinatários da mensagem... Mas é bom que os dois crânios europeus não esqueçam que as surpresas existem e podem vir donde menos se esperam.

HSC

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A inutilidade da austeridade

Segundo o INE - Instituto Nacional de Estatística - a riqueza nacional decresceu 0,09% no segundo trimestre deste ano, relativamente ao mesmo período de 2010. O que significa que Portugal está a perder 4,2 milhões de euros por dia.
Tudo porque as tão salvíficas medidas de austeridade tiveram consequências negativas no comportamento dos mercados e nos consumidores. É o que se deduz dos números oficiais que, se pecarem por alguma coisa, não será por excesso.
Para alguns economistas, entre os quais me incluo, a segunda metade do ano vai ser pior ainda, visto que o mais provável é que o consumo público se contraia ainda mais e as exportações não descolem.
O Ministro Gaspar, muito pragmático, espera que a recessão faça recuar o PIB de 2,3%.
Este é o quadro numa altura em que só se mexe na receita. Os resultados estão à vista e não são animadores. Para quando, então, as mexidas na despesa, senhor Ministro? Talvez essas nos levem a algum lugar...

HSC

Devagarinho eles avançam...


Os dois cérebros da União Europeia - Angela e Nicholas - tiveram uma "ideia" no encontro a dois que decorreu na cidade de Paris, para discutir o futuro da Zona Euro (Z.E) e a crise da dívida.
E qual foi a percepção destes privilegiados da política? Nada mais, nada menos, que a criação de um governo económico para aquela Zona, liderado pelo actual Presidente do Conselho Europeu Herman Van Rampuy. Mas não só. Aqueles estadistas pretendem ainda que até 2012 sejam inscritas nas Constituições dos países que compõem aquela Zona, limites ao endividamento nacional.
Esta proposta foi anunciada pelo Presidente francês, que aproveitou a ocasião para informar que aqueles dois países - sempre eles - vão propor em Setembro um imposto sobre transacções financeiras. O eixo franco alemão recusou, como já se esperava, a criação de eurobonds.
Nada disto me surpreende porque há muito que as decisões da Europa são lideradas por este eixo. Autonomia nacional? Em quê? Onde? Como?
Mas Sarkozy que se prepare, porque talvez dentro de um ano, o eixo bilateral não tenha senão a senhora Merkl. E ainda houve quem se surpreendesse com o meu post de 15 de Agosto, intitulado "E se acontecesse". É que, devagarinho,devagarinho, tudo avança nesse sentido!

HSC

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A subida das baixas


É verdade. Além da dívida também temos outras coisas a subir.
Neste caso, são as baixas clínicas, que em Maio último atingiam 93.473 pessoas e que no mês seguinte haviam disparado já para 117.671 trabalhadores. Claro que muitas serão fruto dos tempos difíceis que estamos a passar e uma forma de não irem para o desemprego. Mas outras serão puro abuso.
A fim de se ter uma ideia do prejuízo ou custo que a situação representa para o Estado - ou seja para todos nós, os contribuintes - basta dizer que no ano passado as 70.000 falsas baixas descobertas, teriam custado ao país 4,3 milhões de euros.
Portugal é de facto, difícil de governar. Uma parte dos que têm menos, só pensa em enganar. Uma parte dos que têm mais, só pensa em pôr o seu dinheiro ao fresco, onde esteja mais seguro. Haverá muita diferença entre estes dois tipos de comportamento? Não são ambos formas de prevaricar?

HSC

Como evitar?


Desde Janeiro que terão voado de Portugal 1,3 mil milhões de euros - cerca de 9 milhões diários - para paraísos fiscais. O que, segundo o Banco de Portugal, representará um aumento de 700% face a igual período do ano passado.
Se pensarmos um pouco, esta importância supera aquela que o governo espera arrecadar, com o corte de 50% no subsídio de Natal a recair sobre o valor acima do salário mínimo.
As pessoas que não têm dinheiro andam assustadas e tentam fugir das medidas de austeridade com baixas médicas ou outros subterfúgios equivalentes. Os que têm dinheiro põem-no lá fora, a salvo, em zonas que sendo paraísos fiscais, garantem não só confidencialidade como taxas mais reduzidas ou mesmo nulas.
Só em Março, que foi o mês em que mais se falou da troika, saíram do país 440 milhões de euros, o que mostra bem que quando a austeridade bate forte, o dinheiro não tem pátria. Tem apenas dono!
Todavia será importante que o governo olhe para estes números. É que sem dinheiro não há investimento e sem este não há emprego. Convém não esquecer que quando se estica muito a corda, ela acaba por nos bater no rosto. É de qualquer manual de economia...

HSC

Um esclarecimento

Este blogue é um espaço aberto onde todos os que o visitam podem expor os seus pontos de vista, o que sentem, o que pensam. Até hoje não deixei nenhum comentário sem publicação.
Mas isso não pode levar a que se tome o Fio de Prumo como um local de expressão de raivas pessoais ou de apelos à violência. Uma coisa é não se concordar com o que nos está a acontecer. Outra coisa é incitar ao ódio ou à desagregação.
Quem assim pensa, deve criar o seu próprio blogue e nele expôr toda a sua animosidade e repulsa. Porque, na nossa casa, todos fazemos o que queremos. Na casa dos outros, temos que ser mais contidos.
A raiva cega e nunca é boa conselheira, porque é impositiva e não propicia troca de ideias diferentes das nossas. Ora é nessa troca de diferentes mas serenos pontos de vista, que pode estar a mais valia. Jamais no rancor.
O facto de ter um filho no governo e outro no Parlamento Europeu nunca me impediu de dizer o que penso. Mas não preciso, nem precisei antes, de usar de violência verbal para me manifestar.
Alguns terão pensado que eu deixaria de tecer comentários negativos. Enganaram-se. Continuo e continuarei a fazer os que entender justos. Mas sem qualquer tipo de revanches ou de ódios de estimação. Que até tenho. Mas que guardo para mim, porque não têm qualquer utilidade!

HSC

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

E se acontecesse?!

Hoje lembrei-me de uma conversa que tive com a minha cunhada Paula, uma gestora de mão cheia, que o meu irmão mais novo teve a sorte de encontrar para partilhar a vida dele. E nós, os outros da família, a sorte imensa de a ter connosco.

Nessa conversa ela admitia que, um dia, podia acontecer que a Alemnha, a França e a Inglaterra, cansados dos problemas deles e dos nossos - ou seja dos outro 24 territórios que compõem a UE - decidissem abandonar o grupo dos 27 e irem à sua vidinha.

Impossível, disse eu. Mas agora que vejo cada vez mais próxima a hipótese de co-existirem dois euros diferenciados, ou até mesmo a saída da zona euro imposta a certos países, pergunto-me se não seria mais fácil aquela primeira hipótese que eu considerei uma loucura...

Assim como estamos, está visto que não vamos lá. A maleita está a atingir já os intocáveis. Por isso não me surpreenderia que a primeira a tomar a iniciativa fosse a Senhora Merkle. Depois dela...


HSC

domingo, 14 de agosto de 2011

600 leitores fiéis

Quando comecei a escrever este blogue, zangada com a direção do Diário de Notícias - servira quatro sem qualquer problema -, fi-lo sobretudo como uma forma de disciplina pessoal. Mantive o nome da coluna "Fio de prumo"e passei a escrever nesta com a mesma liberdade com que escrevera na outra até de lá sair.

Hoje quando aqui cheguei verifiquei que conseguira atingir 600 leitores fiéis. Fiquei sensibilizada, devo confessá-lo. Nunca acreditei que tal fosse viável em dois anos.
A todos e a todas que tornaram possível esta alegria, um muito obrigada!

HSC

Também há coisas boas




Neste fim de semana pude finalmente conhecer uma comentadora do meu blogue e de outros que frequento diariamente. É a segunda vez que tal me acontece. A primeira, Isabel Seixas, foi uma imensa alegria. Na altura partilhei-a aqui com todos os que me lêm.
Agora foi a vez de me encontrar com a Helena Oneto, a quem eu chamo de Helena O. E foi outra satisfação enorme. Temos tantos conhecimentos comuns que só por acaso não nos encontrámos antes. Mas foi melhor assim, porque ninguém nos apresentou. Fomos nós que quisemos conhecer-nos. E a sensação que tive foi a de que há já muitos anos que eramos amigas.
Só tenho pena que não tivessem lá estado a Maggie e a Isabel. Então era a cereja em cima do bolo. Jantámos junto ao mar, conversámos a noite inteira, e quando nos despedimos tivemos a certeza de que seria até breve.

Obrigada pela noite e pela ternura minha querida amiga!

HSC

sábado, 13 de agosto de 2011

Que diremos nós...


Poul Thomsen, do Fundo Monetário Internacional está apreensivo com a forma como o Programa da troika está a ser aplicado a Portugal. Disse ontem à TVI que a aplicação do memorando “não pode ser só cortes e mais cortes”, e mostrou-se preocupado com um plano muito austero.
Se ele está preocupado e as medidas em vigor são também de sua autoria, que diremos nós que as vivemos cada dia , cada hora, cada minuto?!

HSC

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Depois da PT, os bancários...

Na conferência de imprensa onde a troika fez a sua primeira avaliação do cumprimento do programa de ajuda externa, o líder da missão da Comissão Europeia, Jürgen Kröger, avançou que o Governo vai, de forma progressiva, absorver o Fundo de Pensões dos Bancários, pelo que vai proceder à sua transferência para a esfera do Estado, de modo a cobrir despesas inesperadas de quase 600 milhões com o BPN e a Madeira.

Este ano, aquele Fundo irá apenas cobrir despesas não previstas com o BPN - em termos líquidos 320 milhões de euros - e com a Madeira - despesas que ascendem a 277 milhões.

A troika, essa, não esclareceu a que é que se deve este encargo extra da região autónoma. Para que é que havia de fazê-lo, se nós estamos aqui apenas para cumprir, pagar e ainda agradecer?

O precedente foi aberto no governo anterior com o Fundo de Pensões da PT, que deu ao ex Primeiro Ministro uma folga que evidentemente não merecia.

Resta perguntar qual será o Fundo que se segue. Talvez o fundo do poço!

HSC

Absolutamente aterrada

Acabo de ouvir as declarações do Ministro das Finanças. Não quero acreditar que será a taxa máxima de IVA a que se irá aplicar ao gás e à electricidade.
É que as consequências desta medida são de uma gravidade tal que, ou estado em que o governo anterior deixou este país, era muito pior do que julgávamos já conhecer, ou desisto de entender a lógica de tais decisões que, para além do custo próprio, vão arrastar consigo o aumento em flecha de bens básicos essenciais. E com eles, claro, as duas reacções sociais inevitáveis: o desemprego e a violência, em particular a urbana.
Apesar de não possuir os dados todos - não sou governo - não acredito que não seja possível encontrar soluções alternativas menos dolorosas para as classes mais desfavorecidas.
Estas medidas, agora anunciadas, vão ter custos elevadíssimos para todos nós, e se o governo não as explicar muito bem, julgo que o seu caminho não será longo.
Os portugueses não são todos doutorados. Mas não são destituídos de bom senso. Têm-no provado à saciedade. Precisamos todos de compreender porque é que foram estas e não outras as opções feitas. Já. Temos esse direito, para que aquilo que aconteceu em Londres não venha a repetir-se aqui!

HSC

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O receio alastra


As sondagens valem o que valem. Todos o sabemos. Mas são sensores importantes do estado de espírito de um país ou de um nicho de mercado que se queira analisar. Por isso, todos dizem mal delas, mas ninguém as dispensa...O jornal "Le Parisien" decidiu sondar mil franceses com idade superior a 18 anos e divulgou hoje os resultados desse inquérito. Resultados que são, no mínimo, curiosos, se tivermos em atenção o rumor de que o triple A de rating da França poderá vir a descer.E o que diz, então, essa sondagem? Apenas isto: para liderar a crise económico financeira, 46% dos inquiridos têm mais confiança na gestão do governo de Berlim, chefiado por Angela Merkel, do que na de Sarkozy na qual apenas 33% confiam.O Presidente francês é, assim, relegado para a sexta posição e ultrapassado pelo FMI, empresas, o Presidente Obama e a União Europeia.A sondagem é publicada um dia depois de Sarkozy ter interrompido as férias para uma reunião governamental de emergência, mostrando bem a gravidade da forte pressão dos mercados sobre o seu país.

HSC

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Só dívidas!


Hoje li no Correio da Manhã que Portugal é o décimo país mais endividado do mundo. Os últimos dados publicados apontavam para um montante de 202 mil milhões de dólares, que representavam 87% do PIB.
Acredita-se que na actualidade aquela percentagem deverá rondar os 100%. Mas há gente pior que nós. Eis a lista em valor e percentagem do respectivo PIB:

1º JAPÃO - 14 mil milhões de dólares - 234%
2º GRÉCIA - 434 mil milhões de dólares - 139%
3º ITÁLIA - 2,5 mil milhões de dólares - 120%
4º ISLÂNDIA - 16 mil milhões de dólares - 108%
5º BÉLGICA - 504 mil milhões de dólares - 103%
6º IRLANDA - 220 mil milhões de dólares - 102%
7º EUA - 14,5 mil milhões de dólares - 99%
8º SINGAPURA - 254 mil milhões de dólares - 95%
9º FRANÇA - 2,315 mil milhões de dólares - 88%
10º PORTUGAL - 202 mil milhões de dólares - 87%

A situação mundial não é famosa. O problema é que nestes dez países a capacidade de recuperação não é a mesma. E estas percentagens só têm valor à luz dessa possibilidade. Portugal está, infelizmente, no grupo daqueles em que o desenvolvimento económico é menos firme!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Obama que se cuide...

Pedro Guerreiro é um jornalista que, por norma, diz coisas acertadas e que respeito. Na sua crónica de hoje no Correio da Manhã, acerta na "mouche", quando se refere à actual situação dos Estados Unidos da América, versus agências de rating.

Diz ele que os tigres quando nascem são uns animais adoráveis que qualquer criança gostaria de possuir. O problema surge quando eles crescem e se tornam ferozes, indomáveis e assassinos.

Enquanto as agências de rating apenas atacaram a Europa, Obama tinha pena, mas pensava que as ditas eram americanas e lá saberiam por que o faziam. Porém, quando as feras se permitiram descer o rating da poderosa America, o problema já era já outro. É que o Presidente conheceu, finalmente, a dor de quem nos roe as canelas.

Barak presume-se injustiçado pela Standard & Poors, que desceu o rating do seu país. Esquece, claro, a dívida colossal do mesmo. Sente - temos pena, como soi dizer-se - que, pela primeira vez, aquele que sempre foi considerado o melhor risco do mundo tivesse deixado de ser intocável.

Finalmente Obama compreendeu que os tigres não são de papel e que, pela sua própria natureza, matam para viver. Inclusivé americanos. O que deve levá-lo a ter muito cuidado, porque daqui a três meses, o acordo a que agora chegou, poderá não se repetir... e os tigres estão lá para atacar.



HSC

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Festivais


Francamente não gosto de festivais com multidões ululantes, muita poeira, pouca higiene e um barulho de liquidar os tímpanos mais duros.
E quando se ouvem as declarações dos participantes fica-se arrepiado. Perdoem-me a grosseria, mas ontem fiquei indignada com um "selvagenzinho" que dizia que "elas" o que queriam era "sal grosso da cintura para baixo"...
A televisão educativa e transparente, que não aceita a "censura", transmite esta alarvidade, para depois a família, quando questionada, descodificar.
O educado moçoilo - de certo muito orgulhoso de pertencer ao (seu) sexo masculino - fazia afirmações destas e ninguém se incomodava. Nem mesmo os elementos do género feminino que o ouviam.
Ministro Crato, por favor faça alguma coisa por gente desta. Depois do festival, dê-lhes serviço cívico que os obrigue a respeitar, pelo menos, as mães e as irmãs!

HSC

HSC

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Nunca saberemos a verdade...

Ainda estamos longe de conhecer qual será o valor total da factura de nacionalização do BPN. Para já, o que está mesmo certinho, serão os 2,4 milhões de euros a que se somarão os 550 milhões de injeção para o aumento de capital, a ser feito antes de corporizada a operação de venda.
A este deprimente quadro financeiro, irão juntar-se as indemnizações e subsídios a cerca de 800 bancários que vão ser dispensados - embora se admita que, depois, alguns possam retornar, mas ignorando-se se, nesse caso, devolverão Estado alguma coisa do que já terão recebido.
Todas as contas feitas, calcula-se que o total desta "estória muito mal contada", ronde os 2% do PIB nacional. Peanuts, como se poderá deduzir, mesmo não sendo economista. Nem político, claro. Sendo apenas gente de mau senso...
Bagão Felix tem razão quando considera que, em termos relativos, Madoff custou mais barato à economia americana, dado que as suas operações "só" representaram 0,5% do PIB dos Estados Unidos.
Por mim, continuo a não admitir que se fique sem saber para onde foi o dinheiro que desapareceu e qual a responsabilidade dos supervisores. Já é mais que tempo!
Constâncio foi premiado e exportado para um lugar cimeiro. Da CMVM alguem sabe alguma coisa? Eu não...

HSC

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

E as promessas?!

O actual Ministro da Economia vai ter como seu braço direito Marta Maria Dias Quintas Neves, uma verdadeira super chefe. Óptimo, dada a reputação de competência de que a senhora goza.
O problema surge quando o salário que vai receber se situa 50% acima da sua antecessora.
A razão invocada é a de que a indigitada abandona o cargo de Directora de Regulação da PT Comunicações, para o qual havia sido nomeada em 2008.
Ignoro qual seria o seu salário nesse posto. Mas o que concluo, é que ou os vencimentos dos gabinetes ministeriais não são os adequados, e então devem ser revistos para todos, ou é injusto o atestado de incompetência passado àqueles aceitaram desempenhar as mesmas funções com vencimento inferior.
O serviço público não pode nem deve transformar-se num mundo de desigualdades consentidas. E este governo começa mal, ao permiti-las. Se alguma coisa os portugueses esperam, é que se não repitam situações tão criticadas no passado.
Manuela Ferreira Leite já havia tomado atitude idêntica com o Director Geral dos Impostos, que foi muito eficiente no seu desempenho. Porém, isso não altera a substância da questão. Ele seria igualmente competente ganhando menos. O que podia era não estar disposto ao sacrifício...
Se o Estado só consegue os melhores pagando mais é porque o que paga não é o que devia ser. As discrecionariedades só levam a que os bons jamais considerem que existe algo que se chama de espírito de missão cívica.

HSC

terça-feira, 2 de agosto de 2011

O relógio da dívida americana

Para quem estiver interessado na dívida americana faça copiar e colar

http://usdebtclock.org/

e verá que há sempre situações piores do que a nossa...
Mas, se preferir ouvir uma "estória" de terror, vá ao youtube em

http://youtu.be/RoiU1HNpGAA

para ouvir os comentários em português do Brasil. Então, acabará por pensar que, felizmente, é português!

HSC

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Um Domingo entre amigos


Como não tenho férias vou aproveitando os fins de semana para estar com os amigos.
Neste último, tive um programa "sui generis". Uma das minhas editoras sugeriu-me e ao Mário Zambujal que fizéssemos uma sessão de autógrafos na Feira do Livro da Caparica pelas 21horas Quer eu quer o Mário estávamos convencidos que, com a ventania que soprava, não venderíamos um só livro.
Então não é que fizeram fila para nos receber? Tocante, para quem, como eu, não ia à Caparica há cerca de vinte anos. Vendemos bastante e fomos muito bem recebidos!
No Domingo e à semelhança do que todos os anos acontece, lá fui ao almoço de amigos e familiares, na Quinta dos Leitões, um local maravilhoso, onde se juntam várias gerações.
É quase como um "pic-nic" só que com mesas postas. Cada um leva o que quer, junta-se tudo e tem-se um repasto de truz. Rimo-nos, comemos, bebericamos, pomos a conversa em dia e alguns, entre os quais eu, terminamos sempre a tarde na loja dos 170 e na Confeitaria da Amélia a comprar o que não faz falta, mas que acaba sempre por ser útil.
O passeio costumava incluir, igualmente, uma ida à loja chinesa mas esta - surpreendentemente - está para fechar. Deve ser caso único já que estlas se multiplicam como cogumelos.
Tudo isto se passa perto da Ericeira e todos os anos não deixo de me perder no caminho por causa por causa da galhofa e do riso que vai no carro. Este Domingo foi pior. Guiá-mo-nos pelo sistema GPS e não acertámos nem a ida nem o retorno...
De facto, burro velho não aprende línguas nem caminhos, mas diverte-se imenso com os erros cometidos e repetidos... Salve-se isso!

HSC