segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Será possível?


Estive uns dias no estrangeiro. Mas, ao contrário do que é habitual, desta vez cheguei a Lisboa de noite.
Viajei na Tap e não posso calar aquilo a que assisti e que passo a contar. Em turística foi-me servida uma refeição composta de um pão embalado, uma pequena caixa com manteiga, outra um pouco maior de massa com queijo e rodelas de salsicha, e uma embalagem fechada a vácuo de uma mistura de maçã e pêra em puré.
Não tinha fome e, por isso, devolvi tudo sem haver aberto nada. Qual não é o meu espanto quando vejo a hospedeira deitar a minha refeição fora para o mesmo recipiente onde deitara as embalagens usadas.
Surpreendida perguntei-lhe se não aproveitavam para dar a comida intocada. A rapariga, muito educada, disse-me que a ASAE, com grande pena delas, não consentia.
Nessa altura não me controlei e falei alto para ser ouvida: "Como é que é possível que se deite para o lixo comida que alimentaria gente que tem fome?Como é que as autoridades permitem que vá para uma trituradora, fruta, manteiga, pão, tudo hermeticamente fechado, quando há gente a morrer por um naco de comida?".
A mesma hospedeira contou-me que já tinham feito imensas tentativas de poder entregar ao Banco Alimentar as embalagens seladas não usadas, mas que a ASAE se mantinha irredutível na sua proibição.
Fiquei incomodada o resto da noite. Que país é este que consente uma tal ofensa à pobreza? Que nos exige sacrifícios e depois nem nos deixa ser solidários? Que diz preocupar-se com os que menos têm e desperdiça o alimento de alguns?
Haverá alguém que consiga levar este caso às autoridades competentes?

HSC

30 comentários:

Gaivota Maria disse...

As autoridades competentes não viajam na turística da TAP enm devem saber que há fome em Portugal. Um abraço pela sua coragem

Anónimo disse...

"Como é que é possível que se deite para o lixo comida que alimentaria gente que tem fome?"

Helena... assim não dá... quantas vezes tenho que lhe escrever!

SISTEMA MONETÁRIO...
LUCRO...

Tété disse...

Helena,
Começo a crer que não há volta a dar-lhe.
Infelizmente os interesses de alguns sobrepõem-se às necessidades dos outros.
Onde é que isto irá parar?
Beijinho

Fada do bosque disse...

O políticamente correcto, foi nisto que deu.
É políticamente correcto deixar morrer pessoas à fome e é políticamente correcto a farsa do multiculturalismo... e é políticamenre correcto termos terrotistas a fazer a governança de um País. Vai-se a ver, embora a Norte cada vez mais a Sul de Angola!
Afinal os políticos portugueses ainda não se desmamaram das antigas colónias e aprendem com esses terroristas, como se governa um País para lhes dar lucro a eles.
A cereja no topo do bolo?! o Orçamento de Estado... terroristas de colarinho branco, ainda piores que os outros, pois estes consideram-se legais!

CF disse...

Um País estranho, só pode ser um País estranho...

Julia Macias-Valet disse...

Cara Helena,

Nao sei se foi coincidência, a escolha deste post para o dia de hoje, mas hoje dia 17 de Outubro, comemora-se o DIA MUNDIAL DE RECUSA À MISÉRIA.

http://www.journee-mondiale.com/75/17_octobre-refus_misere.htm

Bem haja, Milady : )

Paulo Abreu e Lima disse...

Caríssima Helena,

Com todo o respeito mas, se até nas sobras dos restaurantes há constrangimentos quanto à qualidade da comida, acha que as sobras das refeições da TAP estão em condições bacterianas (e outras) para consumo...?

No caso de voos de longo curso, como é que era? No país destino ou na volta?

Imagine porém que havia condições higiénicas e logísticas ideais (ou razoáveis), não há (repito, não há), por enquanto, ninguém em portugal que não saiba onde encontrar comida fresca e quente de graça à disposição. Graças às SCM's, IPSS e outras.

A ASAE tem muitas bitolas ridículas, mas não tem costas tão largas. A hospedeira foi desinformadamente simpática.

Anónimo disse...

Cara Helena,

Recentemente, também viajei na TAP e fiquei incrédula quando me apercebi que deitavam a comida intacta para o lixo.

Há cerca de dois anos, fui ao IKEA com dois primos pequenos e fomos almoçar à zona de restauração. Para os três, pedi um menu familiar. No entanto, quando vi a quantidade de comida, prescindi de mais um prato de massa que estava incluído (de resto, levava tudo).

Quando cheguei à caixa a funcionária disse que não podia considerar menu familiar porque faltava um prato incluído e era obrigada a passar as quantidades certas. Tentei explicar que pagava o mesmo levando ou não o dito prato, mas era para evitar deitar comida no lixo.

Foi em vão... Acabei por pagar mais porque desisti do suposto menu familiar e pedi para fazer a conta à unidade.

No final da refeição, fui ao balcão de apoio ao cliente e pedi o livro de reclamações. Referi que colocava sérias dúvidas que o patrão do IKEA tivesse conhecimento de tamanha falta de bom senso. Logo ele conhecido pela sua avareza :)

Nunca me deram uma resposta... mas, posteriormente, flexibilizaram a composição do menu familiar.

Isabel BP

Tita disse...

Aconteceu-me coisa semelhante há cerca de um mês, também na TAP, e foi exactamente essa a informação que me deram, após o meu reparo. Fiquei, obviamente, incomodada, e sei que, ao contrário do que o nosso Padre António Vieira diz que 'tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere...', isto me ficará para a vida, como ficou uma coisa semelhante, que observei, em escala XXL, há uns anos. Foi na Madeira, numa recepção oferecida pelo Presidente do Governo Regional da Madeira, para 800 pessoas, durante um Congresso de uma classe profissional. Fomos muito bem recebidos, com um jantar magnífico nos jardins da Quinta da Vigia. No fim, ainda alguns de nós com responsabilidade na organização nos encontrávamos por lá à conversa, vieram empregados e começaram a limpar as mesas. E limpar significava, retirar os pratos, talheres etc, para tabuleiros e virar tudo o que era comida, para dentro de enormes sacos de plástico pretos: eu vi vários leitões pouco mais do que encetados, bolos poe encetar, pão, nacos de carne, etc... Um horror. Em frente à quinta, estava uma espécie de orfanato, era só atravessar a rua... e a uns escassos quilómetros havia estava Câmara de Lobo, onde havia fome espelhada na cara das crianças que por lá brincavam. Perguntei aos empregados 'porquê?', disseram-me que eram ordens... O Presidente, a quem também perguntei, sorriu e disse-me que era impossível organizar a logística de aproveitamento dos restos. "Mas correu tudo muito bem, não acha?" acrescentou com um sorriso satisfeito.
Uma nota de sentido contrário: no dia seguinte, houve um jantar mais restrito, oferecido pelo representante da República, Rodrigues Consolado, e, no fim, estavam lá carrinhas frigoríficas, com tabuleiros e onde tudo, mas tudo o que sobrou, foi cuidadosamente colocado para distribuir por instituições.
Afinal a logística já estava inventada e até funcionava a uns escassos quinhentos metros da Quinta da Vigia...
Depois de ter presenciado aquela atitude tão leviana - que ainda hoje me incomoda imenso recordar - nada me surpreende relativamente aos números do nosso descontentamento, chegados daquela bonita ilha. E tenho pena...

Anónimo disse...

Helena , você pode!!
Use a exposição que tem na TV e conte a história !

Nós somos impotentes !!!
A ASAE é uma policia e como tal , tem chefes!! Aqule que ficou famoso por ser apanhado a fumar no CAsino Estoril, onde era proibido !!Um tal Nunes, maçon , só por sinal!

A logica da piedade não está presente nas mentes das elites politicas !

Diga-se que o menu não era grande coisa, mas a ASAE , não só é responsável pelo desperdiceo de comida, como também , protege a comida processada e perssegue a comida fresca. A chamada comida do dia !

Os objectivos ocultos da ASAE, estão bem à vista, só que o povo embarca nas campanhas de intoxicação propagandista e pensa que está a ser protegido como afinal está a ser assassinado lentamente !

A ASae, só por faltar o distico de proibido fumar em qualquer estabelecimento aplica multas de 2500€ e manda logo para o desemprego os trabalhadores!

A ASAE é uma especie de GESTAPO desfarçada !

As actividades económicas estão a ser monitorizadas para serem assarbacadas pelas mutinaconais e eliminar os pequenos negocios locais !

E depois dizem que Portugal tem que produzir mais na Agricultura,Pescas e agropecuaria ???? PAra quÊ?
Para ASAE fechar os industriais e arruiná-los para o resto da vida !!!
Querem carne , comprem-na do Brasil! Querem peixe fresco ? Comprem da aquacultura da pescanova ! Querem um queijinho da serra? comprem-no da Suiça !

Eu tenho 20 de empresário e nunca vi uma estupidez tão grande neste Pais !!!
Só estou à espera do dia em que não haverá comida nos supermercados !!!
Depois quer como será !!

rosa disse...

Helena, nem sei o que lhe diga!!
Estou para lá de indignada!!
Somos uns tristes.

Julia Macias-Valet disse...

Cara Helena, enviei uma mensagem ontem por volta da meia-noite....nao chegou ?

Helena Sacadura Cabral disse...

Meu caro Paulo
O pão, a polpa de fruta e a manteiga estavam herméticamente fechadas a vácuo. Como nos hospitais.
O voo demorou duas horas e quinze minutos.
Acha que se aquele pão, manteiga e fruta seguissem para o Banco Alimentar iriam ter mais bactérias do que os que, de modo idêntico, compro no dia seguinte no supermercado?
Há fome Paulo. O que é inaceitável é ver mendigos remexer os caixotes de lixo para encontrar algo para comer. E eu já vi!

carolina disse...

D. Helena, parece-me que o problema é mesmo a falta de autoridade e competência... mais palavras...

AL disse...

A sua atitude é miserabilista e assistêncialista, Que morram à fome os estão com fome, as suas honras valem mais do que dar-lhes de comer. Fascismo nunca mais.

Paulo Abreu e Lima disse...

Caríssima Helena,
Antes que seja aqui açoitado por possíveis indignados leitores, esclareço que antipatizo com a ASAE; que me repugna esbanjar alimentos; que desde pequeno, pela educação católica que tive, ainda tenho a pulsão de beijar o pão que cai ao chão.
Por razões que não são para aqui chamadas, conheço profundamente a realidade actual das carências alimentares em todo o concelho de Lisboa e peremptoriamente reafirmo aqui que não existe (ainda…!) fome neste concelho. Os casos que a Helena refere de já ter visto pessoas à cata de comida nos contentores de lixo têm por base, na maioria dos casos, duas razões. Maleitas mentais ou/e toxicodependência. Na base do rendimento mínimo de inserção, ou da pensão social, está subjacente um contrato entre o estado e o indivíduo, em que este se obriga a fazer uma cura de desintoxicação (gratuita), caso contrário, o pouco que recebe vai tudo para o vício. No caso dos problemas de índole mental, idem. Mais: o facto de receber qualquer montante, não impede alguém de ter gratuitamente comida fresca e quente duas vezes por dia.
Mas voltemos à TAP. Não basta que exista alimento para dar aos mais carenciados. Tem, sobretudo, de existir canais de distribuição regulares para o banco alimentar em Alcântara, i.e., condições logísticas. É que as embalagens podem não ter sido violadas, mas se estes canais não existirem, são violados os prazos de validade no armazenamento. Plenamente de acordo que a ASAE deva permitir a abertura destes canais, mas que haja suficiente desperdício para a sua exequibilidade.
Por analogia, acrescento que caridade não é exactamente dar o que dispensamos ou que não nos faz falta, mas dar em consciência o que também gostaríamos de ter para nós. E a Caríssima Helena sabe disso muito melhor do que eu, pelo que não tome esta minha resposta como que se dirigindo exactamente a si.

(c) P.A.S. Pedro Almeida Sande disse...

Cara Helena

Sou a favor da ordem e do progresso. Da ordem autotutelada pela nossa consciência, da ordem de uma verdadeira democracia.

Desde a formação da ASAE e dos seus desmandos que grito a minha voz alto. A ASAE foi criada como um organismo ao estilo policial derrubando o bom senso do passado, bom senso pedagógico.

Os tiques antidemocráticos só estão à altura da enorme responsabilidade que tem tido na destruição do tecido produtivo, pelo excesso, pelo fundamentalismo.

Se fosse governo era o primeiro organismo que extinguia.

(c) P.A.S. Pedro Almeida Sande disse...

O que é inaceitável é ver mendigos remexer os caixotes de lixo para encontrar algo para comer. E eu já vi!

Estou convencido que com a falta de humanidade e idiotice de tal instituição, ainda haveremos de chegar ao ridículo dos fiscais da ASAE a multarem os desgraçados que vão aos caixotes às sobras. E com gorro e shot guns.

Helena Sacadura Cabral disse...

paulo
Apenas um esclarecimento complementar: O Banco Alimentar disponibilizaria pessoal para o efeito.

Fada do bosque disse...

(c)P.A.S.
Estou plenamente de acordo consigo.
Muito bem dito! O tal políticamente correcto.
Quanto à fome em Lisboa... pode ser até que não exista. Que tal um saltito até ao Norte, Distrito de Braga e Vale do Ave? ou Portugal é Lisboa e o resto paisagem?
O nível de vida dos lisboetas está muito acima dos outros portugueses do resto do País, o que não implica que todo o resto seja paisagem. Querem ver o que é a fome? Venham passar uns tempos aqui no Vale do Ave onde o desemprego é já crónico e o trabalho infantil prolifera para que as famílias não morram de fome. A escravatura está cá e pelos vistos Lisboa é excepção... Pelo menos, está justificado porque são tão passivos aí na capital com a governança dos portugueses. Pimenta no nariz dos outros é refresco... que o digam aqueles meninos que nem uma refeição calórica por dia têm... o que acontece cá a torto e a direito, motivo de queixa dos professores pois não conseguem ter rendimento escolar com tanta fome!
Maldito capitalismo e maldita ASAE.

Anónimo disse...

No concelho de Lisboa que conheço já há FOME!

No final do dia, vou fazer a minha habitual caminhada e na semana passada vi uma cena que não consigo esquecer - um casal de 30 e tal anos com um bebé a remexer no lixo.

Continuei a andar, mas quando estava a regressar vi a senhora sentada num degrau a amamentar o bebé. Fui ter com ela e nem conto o resto da vida deles porque é terrível (não são toxicodependentes e nem doentes mentais, tão simplesmente DESSEMPREGADOS). Fui ao Pingo Doce e comprei-lhes comida no take away.

Quando cheguei a casa, fui à janela e já estavam os dois sentados nos degraus a comer.

Mas para quem quiser confirmar que há mesmo FOME, basta ir à noite em frente do Monumental para ver, para além dos sem abrigo, a quantidade de pessoas que encaixam na miséria encoberta. Infelizmente, são muitos :(

No entanto, o mal do nosso país é que para se ser considerado pobre e passar fome é essencial encaixar no "roto e o esfarrapado".

Sou católica não praticante porque não sou adepta de rituais, rotinas e obrigações e rotinas, mas "irrita-me" quem acredita que ir ao domingo à missa e comungar é o suficiente para fazer bem ao próximo.

Convém combinar as orações com as acções, evitando a falsa "caridadezinha!.

Isabel BP

Paulo Abreu e Lima disse...

É verdade, Helena, sei-o bem: sou voluntário por consciência cívica e não trocava os meus nove meses de contribuinte liquido fiscal pelo extra que exerço no voluntariado. Não me indigno em privado nem lanço bitaites verbais de indignação pública, faço - contribuo - por acções. Nada mais me tranquiliza!

Fada do bosque disse...

Veja aqui Mia Couto e o medo global. " A fome é a maior arma do mundo(...)" "Há quem tenha medo que o medo acabe".
Vale a pena...e não é que disse o que eu costumo dizer?! "Somos governados por terroristas!"

Anónimo disse...

Infelizmente são este tipo de normas cegas que criaram muitos dos problemas que temos actualmente, quem as elabora não pára um pouco para pensar. É necessário sair dos gabinetes e ver a realidade dos cidadãos. Ou se calhar começarem a viajar em turística.
Adoro o seu blog, sigo com muita admiração e interesse em tudo aquilo que escreve. Já agora muitos parabéns pela Moeda de Troika, é fantástica e animada, que é o que faz falta ver e apreciar, animação fantasticamente inteligente.


Maria Isabel de Castro

Anónimo disse...

Boa tarde,
Sou assistente de bordo e sei perfeitamente o que ali se passa. De facto a grande maioria dos passageiros quando nos devolvem as caixas fazem questão de frisar se a mesma foi mexida ou nao, ou retiram o que está bom e dão-nos em mãos. Com muita pena nossa, é-nos absolutamente impossível guardar essa comida, por questões de espaço que não existe para fazer essa separação e simplesmente porque depois o catering não a pode reencaminhar para quem precisa. é sem dúvida ridiculo visto que muitas e muitas vezes em 200 refeições, apenas metade são dadas. Não fazem ideia da quantidade de comida que embarca para um só vôo e consequentemente vai para o lixo em terra. Essas cargas são compradas ao catering pela TAP, como tal, já não re-embarcam, não são re-utilizadas, logo, poderiam servir para alimentar muita gente. Em tempos, a TAP teve acordo com algumas instituições para dar esta comida, mas com os tempos, legislações, ASAE e outras complicações, deixou de o poder faezr. As entidades justificavam o facto da comida ser pressurizada e depois quando despressurizada já não estar nas mesmas condições exactas. A mim parece-me um argumento insuficiente pois se comemos macdonald's e chinês e ainda andamos por cá, esta comida é boa. Quem tem fome precisa de comida e pode não estar nas exactas condições que a ASAE exige para se dar, mas é completamente inexplicável preferir deitá-la fora, a alimentar alguém.

Anónimo disse...

A hospedeira deu um testemunho que acredita a indignação da Helena!

Eu acrescento que se calhar a TAP dá enormes donativos a organizações não governamentais para acabar com a fome e ao mesmo tempo deita comida fora !!!

Isto é o nosso dia a dia !! O povo é enganado pela propaganda e aqui tiveram neste testemunho e realidade que contradiz a propaganda!
Como frisou bem, num restaurante Chinês o balde do lixo está sempre vazio !! Alguém já viu algum chinÊs de um restaurante ir deitar alguma coisa para o lixo ?
Quem viu que levante o dedo !!

ogam

Anónimo disse...

Atenção, eu não estou a dizer que a TAP haja erradamente, por favor leia com atenção o que escrevi. A TAP em tempos deu esses restantes a entidades, mas motivada por questoes burocráticas teve que deixar de o fazer. Não é a TAP que decide quando existe o que fazer quando existe uma entidade reguladora e superior que diz que a TAP não o pode fazer (dar os restantes). O problema aqui é quem impede de o fazer, não a TAP que teve iniciativa para tal. Agora se a companhia faz doativos, acho muito bem cumpre com o seu dever cívico visto que do modo como aqui referenciamos, é-lhe impedido.

patricio branco disse...

Penso que há uma explicação, baseada em razões de higiene e saude. Nos restaurantes, comida que já foi servida ao cliente, mesmo que não provada, e o prato intacto, deve ser deitada fora.
É um desperdicio? teoricamente sim, mas que se impõe por razões de segurança que estão acima.
A propósito de tap, necessitei às 21,30 de comprar um bilhete urgente para um voo cedo na manhã seguinte. O sistema online não aceitou porque era bilhete urgente e podia haver taxas a pagar. Liguei entãp para o nº geral de reservas da tap, começado por 707 e a essa hora, antes das 22h,já não funcionava. A compra online teve de ser feita através dum sitio independente de venda de passagens. Resumo: quem tem uma urgencia, à noite, nada pode fazer na tap.
Voltando à comida, ouvi algo sobre restaurantes que se estavam a associar a uma iniciativa para oferecer comida que sobrava, boa e não servida, presume se,a instituições de caridade.

Anónimo disse...

Desculpe Patricia, mas o que é que o seu bilhete urgente tem que ver com esta temática? Estamos a debater a comida que resta dos aviões e concordo com o que diz, trata-se de uma questão de higiéne e conservação...agora o bilhete não é p aqui chamado...(!!?)
Bela

Anónimo disse...

Normalmente, em pequenos voos recuso a comida que oferecem. Penso que guardarão pelo menos as embalagens tipo manteiga, etc., para quanto mais não seja, utilizar noutros voos.

Penso que seria bom podermos optar por incluir ou não refeição no acto de compra do bilhete, facilitava a logística, diminuia o desperdício e talvez contribuísse um pouquito para o orçamento da TAP. Em viagens de 2 ou mesmo 3 horas não há necessidade nenhuma de ser oferecido lanche, etc.