sexta-feira, 29 de julho de 2011

SIS


Segundo o jornal i José Almeida Ribeiro pertencerá ao quadro dos serviços de informação e segurança - SIS - há trinta anos, dos quais quinze foram passados na actividade política.
Numa primeira fase, esteve mais próximo de Cavaco Silva, cuja campanha acompanhou em 1991, enquanto "espião". Mas acabou por ser no PS que ganhou importância política, chegando mesmo a integrar o último executivo de José Sócrates.
Na década de 90, Almeida Ribeiro esteve também no gabinete do então Ministro da República para os Açores, Mário Pinto - um militante histórico do PSD -, mas acabou por voltar ao SIS com o fim do chamado cavaquismo.
Quando António Guterres venceu as eleições, Manuel Maria Carrilho - à época ministro da Cultura -, requisita-o de novo ao SIS e escolhe-o para seu chefe de gabinete. Quando em 2000, Carrilho deixa o governo, Riibeiro volta, uma vez mais, aos serviços de informação.
A proximidade de Almeida Ribeiro a José Sócrates, terá nascido no primeiro governo de António Guterres e quando aquele foi eleito primeiro-ministro, trouxe-o para seu adjunto político.
Certo é que, contas feitas, este quadro das "secretas" passou cerca de quinze anos na actividade política, ou seja, metade da sua vida profissional a trabalhar com informação condidencial.
Confrontado com a mobilidade que existe no SIS, o presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, Prof. José Manuel Anes, defende que os casos mais graves são a transição dos serviços e informações para o sector privado.
Contudo, alerta que a situação ideal seria haver estabilidade profissional dentro dos serviços. Mas o facto é que é a própria legislação que permite que tal nem sempre se verifique.
Tudo isto, numa altura em que a ida para uma empresa privada do ex-director do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa, Silva Carvalho, veio reabrir a discussão sobre o modelo que deve ser aplicado aos elementos daqueles serviços.
É que, de facto, a sensibilidade política deste género de funções, não pode deixar de exigir um modelo que se afigura relevante redefinir, face ao momento que o país atravessa, onde este tipo de conhecimentos têm um altíssimo valor!

HSC

2 comentários:

Fada do bosque disse...

A esta promiscuidade que nos colocou à mercê das grandes potencias neoliberais europeias e estadounienses, se chama alta traição à Pátria. É para esses estrangeiros e em benefício próprio, que "trabalham" os nossos políticos, em detrimento de toda uma colectividade. Impressionante!

Marcolino disse...

Estimada Helena
Como sou ingénuo...! Pensava eu que esta gente do leva e tráz, insinua e desculpabiliza, destroi e arraza para sempre, com lugares cativos, junto a grandes nomes da politica nacional, tinha sido finalmente extinta com o desmantelamento da PIDE-DGS. O perfile psicológico é igual, feios, porcos e maus, mas muitissimo mais refinado.
Como sou ingénuo...!
Bom fim de semana
Marcolino